Nossa Eterna Usurpadora

Não pode ser coincidência


CD: ISSO É PRA VOCÊ APREDER A NÃO SE METER COM A MULHER DOS OUTROS.

O impacto do ato violento de Carlos Daniel em Douglas mergulhou a sala em um clima de tensão antes não presente. A rapidez do soco e a violência contida nele surpreendeu Maldonado que ao sentir a colisão da mão de Carlos Daniel com o seu maxilar não conseguiu manter a estabilidade em suas pernas, caindo assim sob a pequena poltrona que o rodeava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Paulina não conseguia acreditar na cena que presenciava, a rapidez com que tudo ocorreu a deixou por alguns segundos em estado de choque. Ela não conseguia processar a repentina mudança de Carlos Daniel, um pouco antes ele estava calmo e sereno, mas ao ver Douglas atravessando a porta dianteira da casa, suas feições mudaram automaticamente, seu corpo foi tomado por uma fúria e a raiva presente em seu olhar assustou Paulina.

Ver seu amado tão transtornado fez surgir em sua mente lembranças antigas. Suas atitudes lembravam os momentos tenebrosos que viveram anos atrás, a ultima vez que ela havia visto aquele olhar furioso no rosto do marido foi quando ele descobriu a cerca dos atos impróprios de Paola, e as consequências daquela raiva explosiva quase o levou a caminho de uma tragédia.

Paulina: CARLOS DANIEL, como você pode?? - Disse Paulina olhando para o rosto furioso do gostosão e em seguida direcionando sua atenção ao amigo- Ai meu deus Douglas como você está?

DM: Eu estou bem Paulina não se preocupe.

CD: E você ainda fica do lado dele? Depois de tudo o que passamos agora?

Paulina: Claro que fico do lado dele Carlos Daniel, você o agrediu sem motivo.

CD: SEM MOTIVO PAULINA? SEM MOTIVO??

DM: Depois de ter a petulância de me bater ainda grita com a Paulina, mas você é muito covarde mesmo Carlos Daniel.

A ira de Carlos Daniel aumentou ainda mais depois das palavras de Maldonado, ele havia se transformado em outra pessoa, como se toda a raiva armazenada dentro de si dos acontecimentos em sua vida estivesse vindo à tona naquele momento, ele não sentia mais controle sobre suas palavras e atos.

Agindo rapidamente como da primeira vez, ele aproximou-se de Douglas e fez menção de outro soco, mas surpreende-se quando viu a reação de Maldonado. Ele percebendo o murro iminente, antecipou-se fazendo com que a mão de Carlos Daniel atingisse o vazio, dando lhe uma oportunidade para que revidasse.

Em questão de segundos ambos estavam trocando socos na sala da mansão, a fúria dos dois impedia que eles raciocinassem, não percebiam os objetos sendo quebrados pela brutalidade de seus movimentos e muito menos o estado em que Paulina se encontrava. Nossa eterna usurpadora não sabia como agir e nem o que deveria fazer para separar os dois, a sua impotência perante a briga causou um choro silencioso, sendo evidente apenas pelas lágrimas que caiam de seu rosto.

Entre o estrondo dos objetos sendo quebrados e o barulho das agressões, um leve som de choro começou a ressoar pela casa, sua intensidade foi aumentando com o passar do tempo, fazendo com que Paulina saísse de seu pequeno desespero interno e tentasse agir perante o choro de sua filha.

Paulina: Gabriela!

Ao ouvirem o choro do bebe e o desesperado correr de Paulina até o quarto da filha, os dois pararam a interminável briga e a seguiram. No momento em que chegaram no delicado quarto da criança depararam-se com nossa eterna usurpadora segurando a filha nos braços, a ninando.

CD: O que aconteceu com a minha filha?

Paulina: Ela se assustou com o barulho da briga estúpida de vocês.

DM: Me desculpe Paulina, eu não tive a intenção de assustar a Gaby. – Disse Douglas com um olhar penalizado.

CD: Sim meu amor, me perdoe também.

Paulina não respondeu nada, apenas lançou sobre os dois um olhar de reprovação e continuou tentando acalmar o bebê. Depois de perceber que a pequena princesa havia voltado a dormir tranquilamente, Paulina a colocou no berço e voltou para a sala. Chegando no local, ela encontrou os dois sentados no sofá em silencio com suas cabeças voltadas para baixo, demonstrando em seus olhares uma certa vergonha pelo ocorrido.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Paulina: Acho que depois do que aconteceu aqui, vocês já podem ir embora!

CD: Não Paulina, temos que terminar nossa conversa.

Paulina: Você acha que depois dessa cena de vocês dois, eu ainda quero conversar com você Carlos Daniel.

CD: Mas eu não tive culpa meu amor, foi ele quem começou quando tentou te roubar de mim.

DM: Eu não roubei a Paulina de você, você que foi um cafajeste e foi pra cama com a irmã dela.

CD: Cala a sua boca desgraçado – Disse Carlos Daniel olhando fixamente Douglas Maldonado e virando-se para Paulina posteriormente – E acredite em mim Paulina, eu não te trai, eu não dormi com a Noelia.

DM: Noelia???

Paulina sem perceber a expressão de perplexidade que havia se formado no rosto de Maldonado, continuou a falar com Carlos Daniel.

Paulina: Eu queria acreditar em você Carlos Daniel, mas... mas eu não me esqueço daquela cena. Acho que você não sabe o quanto foi doloroso ver você e minha irmã gêmea na minha cama.

DM: Irmã Gemea???

Paulina: Sim Douglas, Noelia é minha irmã gêmea. Mas porque o espanto?

Douglas não conseguia esconder o fato de seu assombro, havia muitas coisas que se relacionavam entre si. Sua mente estava borbulhando em um mar de acontecimentos e lembranças que apenas ele viveu. “Não pode ser não poder, não seria coincidência, não pode ser coincidência”

DM: É que... que é ... eu não sabia que sua irmã gêmea se chamava Noelia.

Paulina: Acho que não cheguei a comentar o nome dela com você porque depois de tudo o que aconteceu eu preferi esquecer que ela existe. Mas não estou entendendo, você parece está assustado.

CD: Sim, ficou desse jeito depois de ouvir o nome daquela desgraçada.

DM: Paulina, você sabe onde ela mora? –Disse com um tom de desespero.

Paulina: Sim, sei mas...

DM: Então, vamos lá. Agora.

CD: O que? Ficou doido Maldonado? Não quero nunca mais olhar pra cara daquela mulher.

Paulina: Eu não estou entendendo, o que está acontecendo Douglas?

DM: Eu explico depois, precisamos ir lá. AGORA.

A angustia com que Douglas estava falando não deixou duvidas de que algo de anormal estava acontecendo. Intrigados com a atitude dele, Carlos Daniel e Paulina aceitaram ir até a casa de Noelia. No decorrer do caminho, o carro permanecia em silencio, primeiro porque Douglas parecia estar perdido em um conflito interno, suas expressões demonstravam angustia e incredulidade, e depois porque os nossos protagonistas não conseguiam entender o que estava acontecendo, e nem o que estava levando o milionário a agir de tal forma.

Ao chegarem no local, depararam-se com uma casa muito grande com finos detalhes dando um toque de luxo em sua fachada. No momento, a beleza da casa não foi percebida pelos três, eles estavam tomados por uma atmosfera tensa que pairava sobre suas mentes. Sem perder tempo, Paulina respirou fundo e apertou a campainha da casa, seu ruindo leve porém audível demonstrava que havia visitas naquela mansão. Em pouco tempo, a porta se abriu, dando visão de uma mulher elegante com um forte batom vermelho nos lábios.

Noelia: Paulina...que surpresa, entre.

Paulina: Como você pode notar, eu vim acompanhada de Carlos Daniel que você conhece muito bem – Disse ironizando – E Douglas Maldonado.

Paulina: Douglas essa é a minha irmã Noelia.

Douglas não falava nada apenas fitava Noelia com uma expressão seria em seu rosto, olhou constantemente aquela Iris verde, precisa da confirmação de seus pensamentos, e sabia que a encontraria naquele olhar.

CD: Pode explicar o que está acontecendo Maldonado?

Paulina: Sim Douglas, porque insistiu em vim aqui.

DM: O motivo de estar aqui é que eu imagino que temos muitos assuntos a ser discutidos todos nós. Não é mesmo Noelia, ou devo dizer.... Paola.