Capítulo 9

Cheguei em casa, e percebi ela silenciosa, o que significava que Anne não estava ali. Fui direto para a cozinha preparar algo para comer já que estava com muita fome, e não havia comido praticamente nada o dia inteiro.

Depois de comer um sanduiche, e ficar satisfeita, fui tomar um banho pra tirar a tensão do dia do meu corpo, estava morta de cansaço, desde que tinha começado a trabalhar naquela empresa tinha trabalhado tanto como hoje. Não que eu estivesse reclamando, eu amava aquele trabalho, as pessoas que agora eram agora muito importante para mim, principalmente as minhas amigas, e o meu chefe que havia se tornado como um pai pra mim. Eu não tinha do que me lamentar, alem do que eu havia finalmente encontrado o homem que tinha sido o meu herói naquele dia...

Sai do banho me sentindo muito mais relaxada do que antes. Peguei uma roupa leve para poder dormir quando a Anne entra, toda sorridente.

- Minha querida e amada sobrinha – disse com uma leve expressão de que não gostava de lembrar da sua idade. – gostaria de te apresentar uma pessoa...

- Como assim uma pessoa? E a essa hora? Já estava me preparando para dormir, estou cansada acabei de chegar, gostaria de ir dormir.

- Teve muito trabalho hoje, né!

- Você nem imagina. Mas deixa isso pra lá, outro dia você me apresenta essa pessoa OK.?

- Ah não! Nem vem com essa, entendo que esteja cansada, mas é só um instante, ele é tão lindo e super educado, você vai amar ele, além do mas você está sem um namorado a muito tempo e isso não é certo.

Logo que ela disse veio a imagem dele na minha mente, e me fez desejar que ele não fosse somente o meu chefe e sim mais que isso....Que besteira, era loucura minha querer ou até mesmo imaginar alguma coisa como essa, isso nunca iria acontecer não de sua parte e sim da dele.

- Se eu disse que não você vai desistir?

- É claro que não! Que idéia.

- Então tá – disse com um suspiro – desça que só irei traçar de roupa e logo me encontrarei, sua chata!

- Te amo. Não demora. – Anne falou saindo do meu quarto toda felizinha.

O que eu não fazia por ela? Eu ficava me perguntando enquanto descia as escada e ia em direção a sala ao mesmo tempo que ouvia vozes de pessoas rindo e conversando, reconhecia a da Anne, a do Carlos e a voz desconhecida que deveria ser a tal pessoa que queriam me apresentar.

- Finalmente você apareceu, já tava achando que não ia vim mais e eu ia ter que te puxar até aqui pelos cabelos.

- Você não iria fazer isso.

- Até parece que você não me conhece.

- Olá Carlos – Disse o cumprimentando.

- Sam, Sam essa era a pessoa que eu estava tão ansiosa para te apresentar..ele é um amigo do Carlos. Ele é lindo né... – Falou sussurrando no meu ouvindo, ou tentando por que acho que o tal amigo ouviu o que ela disse pelo sorriso que ele deu, que por sinal era muito bonito.

- Deixe eu me apresentar. Prazer meu nome é Alexander. – Ouvi ele dizer com uma voz grave, ele era muito bonito sem duvida. – E você é a Samantha né.

- Sim...como você.. ah sim Anne. – Digo olhando para ela, é claro que ela tinha lhe falado o meu nome e talvez até a minha vida toda desde quando eu nasci.

- Então, espero que vocês se conheçam um pouco, para isso iremos deixar vocês dois a sós, não é querido?

- Claro... – Depois que os dois saíram da sala, e foram imagino para o quarto da Anne, eu não sabia o que dizer ou fazer, me sentia um pouco envergonhada e não sabia o por que disso.

- Não precisa ficar calada assim tão calada por minha causa, a Anne falava tanto de você quando saiamos que fiquei curioso sobre você.

-Mas...por que? – eu não conseguia entender o motivo para esse interessassem todo em mim, já que eu não era nada de mais, era muito simples, simples até demais para mim, não chamava atenção de ninguém muito menos de um homem então no que ele pode ter se interessado em mim, alem do mais ele até agora nunca havia me visto.

- Anne falava que você era uma mulher muito linda alem de ser muito inteligente e divertida,e queria muito ver se o que ela falava era verdade ou estava mentindo, fiquei muito curioso para descobrir, até que hoje ela me convidou para vir aqui e finalmente te conhecer, já sei tudo sobre a sua vida de tanto que a Anne tem falado.

- Eu...não sabia sobre isso, ela não me contou nada...eu também quase não paro em casa agora... – murmurei para mim mesma essa ultima parte, se Anne não contava as coisas para mim a culpa não era só dela, mas também principalmente minha.

- Eu estava pensando em te convidar para ir ao cinema amanhã, o que você acha disso? Te prometo não fazer nada, somente conversar, tudo bem?

- Eu...não sei...

- Não custa nada a não ser que você estivesse pensando em fazer algo amanhã a noite?

- Não, eu não ia fazer nada – pelo menos que eu me lembrasse...

- Então, acho que não teria problema, mas não vou te pressionar a nada que não queira...

- Não eu vou, não tem nada de mais e...eu preciso relaxar um pouco, alem de faz muito tempo que não vou ao cinema. – e também precisava parar no meu chefe, isso era loucura eu tinha que parar de pensar isso, nos nunca poderíamos ter nada e se eu não parasse de pensar nele eu tinha certeza de que ia acabar me machucando.

- Então, te pego amanha as oito, pode ser?

- Claro. Estarei pronta pode deixar.

- Estou muito feliz que tenha aceito o meu convite. Então até amanhã.

- Até – disse o acompanhando até a porta. Fiquei observando ele entrar no carro e sumir pela rua já escura.

***

- Que barulho é esse, nem se pode dormir em paz nessa casa? – disse sentando na cama e me espreguiçando, ainda me sentia um pouco cansada mas eu não conseguiria dormir mais agora, então o único jeito era levantar.

Fui tomar um banho e fazer o resto da minha higiene pessoal, antes de descer. Quando cheguei a sala vi uma cena que me fez rir imediatamente.

- Você se superou né Anne!

- Mas...por que...você... está dizendo...isso?

- Pode parar de ficar pulando corda no meio da sala por favor, você vai acabar quebrando alguma coisa, estou só vendo.

- Pera ai, já estou terminando..só...falta...mais um, pronto acabei.

- Só por curiosidade, há quantas horas você está pulando corda?

- Hum...deixa eu ver...acho que há umas duas ou três horas.

- É você é maluca mesmo... – eu disse indo pra cozinha comer alguma coisa, estava morrendo de fome e graças ao banho eu estava sem sono. – E Anne vê se desliga esse radio ou abaixa por favor. – gritei para ela da cozinha

- Ok... – gritou me respondendo

Abri a geladeira e no momento em que vi a comida eu tinha perdido toda a fome, pequei uma jarra de suco de laranja e coloquei um pouco num copo para tomar, sabia que não podia ficar sem comer mesmo que não tivesse fome então pequei uma barra de cereal e comi com o meu suco.

- Sam, quer correr comigo um pouco comigo?

- Não to com muita vontade hoje...

- Ah para com isso, borá você vai ficar a manhã toda em casa? O dia tá lindo, e você vai ficar aqui dentro?

- Essa era a minha intenção

- Não vai mesmo. Vai lá colocar aquela roupa de ginástica que eu comprei pra você mês passado. To te esperando aqui.

- Tá sua chata. – subo as escadas sem nenhuma vontade de sair correndo pela cidade, nunca fui muito de fazer exercício, mas Anne tinha razão o dia estava muito bonito para eu ficar em casa. Pensei olhando para a janela.

***

Estávamos perto da London Eye, adorava ver o rio Tâmisa, era tão lindo a vista de Londres daqui, é tão mágico, me parecia surreal ainda mais quando era vista de noite com as luzes todas acesas, Londres se transformava.

- Sam vamos logo, para de ficar sonhando acordada ai, até parece que não dormiu..

- É eu podia ter dormido muito mais se não fosse você e a sua música alta.

- Ah para com essa nem vem me culpar. E vamos logo correr e aproveitar esse sol lindo.

- Ok – Disse e assim começamos a correr pela orla do rio Tâmisa.

Desde de que tinha vindo morar em Londres nunca tinha feito esse passeio, e agora percebo que deveria ter aceito as vezes que ela havia me chamado.

- E ai o que você conversou com o Alex?

- Nada de mais, combinamos hoje a noite de irmos ao cinema e depois talvez comer alguma coisa.

- Ok. Certo, tenho que te ajudar a se arrumar, não vamos poder correr muito agora...

- Como assim não vamos correr muito? Você estava pensando em correr quanto?

- Fazer umas três voltas talvez ou somente duas. – olhei para ela enquanto corríamos abismada a distancia daqui até o final da orla do rio era enorme, não estávamos nem na metade e eu já estava cansada imagina dando três voltar, concerteza eu morreria no meio do caminho.

Uma hora depois, estávamos fazendo o caminho de volta quando levo uma grande surpresa.

- O que ele está fazendo aqui? – disse parando e olhando para ele, não acreditava que fosse o ver aqui, e agora vê-lo fez sentir novamente tudo o arrepio e desejo que sinto quando ele estava por perto. Eu estava determinada a acabar com isso de vez era uma maluquice e eu ia me esforçar para esquecer aquele beijo, que de certo ele não deveria nem se lembrar.