Nicalysson e Mared

O mesmo destino


Passou-se um dia de negação de Zeus, um dia de agunia sem ver Mariana, sem ver Fred, mas com Nico. Como aquilo podia ter acontecido? Eu não queria Mariana meio-sangue, era muito perigoso, e se ela acabasse morrendo de novo? E se ela acabasse não podendo retornar? Ficasse morta para sempre?...

- Alysson- disse uma voz conhecida tocando meu ombro e me tirando de meus devaneios. Eu estava sentada no chão, encostada nas paredes de mármore da sala de reuniões do olimpo. Me virei e quase bati minha cabeça com a de Apolo.

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- Ah, é você- murmurei.

Ele sorriu.

- Não, é Ártemis- ele riu. O jeito dele me lembrava muito Fred, o que era muito bom, pois me sentia melhor perto de Apolo do que de outros deuses, como Afrodite e Hera.

Eu suspirei.

- O que você quer?- Perguntei.

- Uau- disse ele.- Você deve ser a primeira adolescente que não me chama de senhor- ele sorriu.

- Eu tenho 29 anos- murmurei.

- Mas não parece- disse ele.

- E você também não aparenta ter a idade que tem- zombei.

- Ah, isso é verdade- ele sorriu.- Mas a gente releva.

- Sim, relevamos.

Ele sorriu novamente.

- Ah, sim, o que eu vim fazer aqui... bem, vim te pedir desculpas.

- Por que?

- Por Frederik ter nascido- ele riu.

- Não é culpa sua, eu estava nervosa quando disse que era...- murmurei.

- Eu sei, mesmo assim, desculpe-me.

- Desculpado.

Ele se sentou ao meu lado.

- Você não devia estar trabalhando no mundo mortal?- Perguntei.

- Lá está de noite, e aqui também...- disse ele.

- Mas sempre tem algum lugar no mundo para iluminar.

- Tsc, sempre há gente para ressucitar e você está aqui, pensando- disse ele.

- Ah, é verdade, mas... é, você venceu.

Ele sorriu.

- Eu sempre venço- disse ele.

- ALYSSON!- Gritou Deméter apavorada correndo até nós.

- Calma!- Disse eu.- O que aconteceu?

- É o Di Angelo, Zeus pediu para que eu o chamasse para não-sei-o-que e ele não estava no castelo!

- Castelo?- Perguntou Apolo.

- Você não lembra de ajudar a gente a construir nosso castelo?- Perguntei.

- AAAAH!- Berrou Apolo.- Claro...

- Mas ele não é obrigado a ficar lá sempre- disse eu.

- Não, mas ele não está em lugar nenhum!- Disse Deméter.

- Vai ver que ele fugiu, olha a esposa que ele tem!- Zombou Apolo e eu lhe dei um tapa na nuca.

- Ele não pode simplesmente ter sumido- disse eu me levantando e andando pelo olimpo.- Nico!- Gritei, e nada veio em resposta.- NICOOOO!- Mais silêncio. Me dirigi até nosso quase-castelo, que pra falar a verdade era como um chalé do acampamento, mas parece que os deuses não gostam quando chamam suas casas de chalé. Era feito de mármore, metade pintado de branco e metade pintado de preto, com nossos símbolos aos lados do arco que chamavamos de porta.- NICOOO!- Berrei, o que na verdade era muito idiota, pois o nosso chalé... isto é, castelo era um tanto pequeno, e como um deus, era quase impossível Nico não ouvir se eu sussurrasse o nome dele naquele lugar.- NICO!- Berrei novamente, mas ele não respondeu.- Onde está você...?

De repente, tudo à minha volta começou a ficar turvo, minha visão se apagou, e eu se retornou no acampamento, eu estava no acampamento, o que eu estava fazendo alí? Onde estava Deméter? Onde estava Apolo? Onde estava Mariana?... Mariana! Corri até o chalé de Hermes, mas por incrível que pareça, estava vazio... abri o chalé de Apolo, igualmente vazio, o de Poseidon e de Atena também, onde estavam todos?

Eu andei até a casa grande, que estava vazia, a não ser por Dionísio que jogava algum jogo de cartas sozinho e tomava uma Coca Diet sem prestar atenção na minha presença, e então, fui até as colinas, e o meu pior pesadelo-real estava na minha frente.

Todos os campistas amontoados numa massa ambulante de gente, entrei na multidão, e meu pesadelo só se tornou mais nítido a cada \"Coitada da filha de Hades...\" que eu ouvia, e então eu avistei Nico, com seu peito esquerdo sangrando e a camisa ensopada de sangue à seu lado.

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- O que aconteceu...- murmurei.

Mariana estava ajoelhada ao lado de Nico chorando, Percy e Annabeth olhavam angústiados para a cena, eu cai de joelhos no chão, minhas lágrimas foram derramadas à medida que eu olhava os ferimentos de Nico.

Em meio aos meus soluços do choro, uma mão tocou meu ombro, eu me virei e dei de cara com um morto, era Pyter.

- Aly...- ele murmurou.

- Pyter... como... como você está vivo?

- O que?- Ele perguntou.

- Como... como...- eu desabei a chorar, o que estava acontecendo? Nico estava morto na minha frente, Pyter estava vivo, Mariana estava viva e não parecia nada surpresa em me ver, ela parecia me conhecer, Fred... onde estava Fred? Percy e Annabeth não haviam crescido, estavam com a mesma idade de quando os conheci, bom, mais ou menos... quando eu os conheci... Nico... Mariana... Frederik... Percy... Pyter... Danny... onde estava Danny? E como Nico estava morto?

Não é possível matar um deus.