Três semanas mais tarde...



John caminhava calmamente pelo corredor da faculdade, após a aula quando uma jovem de cabelos castanhos escuros e olhos verdes se aproximou e disse:



– Aqui está meu telefone.

– Oh. Obrigado. – ele respondeu pegando o pedaço de papel sorrindo – Posso perguntar por quê?

– Para você me ligar quando for me buscar amanhã à noite. – ela sorriu – Ah, meu nome é Sarah.

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– Prazer, meu nome é John. John Watson.

– Eu sei, fazemos aula de anatomia juntos. Mas você é sempre centrado...nunca olha para os lados. Desculpe se fui agressiva, mas só assim para fazer você me notar. – a jovem respondeu enquanto ajeitava os cabelos.

– Eu gostei. Uau. Certo...com certeza eu vou querer notar você amanhã à noite. – John sorriu.

– Eu espero você me ligar então. Tchau. – ela se despediu se afastando.

John então guardou o pedaço de papel e continuou seu percurso até o refeitório, onde Sherlock o aguardava sentado, lendo um livro.

– Oi! – ele cumprimentou enquanto sentava-se também.

– Vai sair amanhã à noite com ela? – o moreno perguntou abaixando o livro.

– Oi? Como...sabe? Você conhece a Sarah?

– Quem é Sarah?

– É a pessoa com quem eu vou sair amanhã à noite.

– Não conheço. Só presumi que pelo seu sorriso de lado ou se tratava de mulher real...ou virtual. Você faz esse mesmo sorriso quando esta usando seu notebook de madrugada.

– O quê?! – John disse ficando completamente corado.

Neste momento dois jovens se aproximaram e Sherlock fez uma careta antes que um deles dissesse:

– Finalmente nos conhecemos. John! Prazer, meu nome Mycroft.

– Prazer, Mycroft. – John respondeu estendendo a mão.

– E eu sou Greg. – o outro disse fazendo o mesmo.

– Legal. – John disse enquanto encarava os dois estranhos.

– Você não sabe quem nós somos, estou certo? – Greg perguntou.

– Que vergonha, Sherlock! Não falou de nós para seu amigo...- o outro provocou.

– Falei sim. John, estes são o meu irmão e seu fiel escudeiro, Lestrade.

– Oh! Certo...Sherlock mencionou vocês. Uma vez. Prazer...como vão?

– Muito bem! Sherlock ao contrário fala sobre você sempre nas aulas...- Greg sorriu.

– Sério? Que legal.

– Isso é bem mais que legal. É interessante saber que você é real. Você sabe, Sherlock tem uma séria tendência para a psicopatia. Achávamos que você era imaginário. – Mycroft brincou.

– E você sempre foi muito engraçado. No que podemos ajuda-los? – o moreno perguntou.

– Nada, só viemos conhecer o John. E avisar que no sábado vamos comemorar o meu aniversário um pub aqui perto, vocês estão convidados. Vai ser legal se vocês irem. – Greg convidou.

– Estarei ocupado. – Sherlock respondeu sem cerimônias.

– Fazendo o quê? Tentando descobrir como as rachaduras do teto do seu quarto foram feitas? Não seja insuportável! – Mycroft disse.

– Nós iremos. Eu vou pelo menos e arrasto ele comigo...posso levar a Sarah também? – o loiro pediu.

– Claro! Leve quem você quiser! – Lestrade sorriu.

– Você presume que estará com a Sarah ainda no sábado. Mas ainda nem saiu com ela. Como? – Sherlock questionou com seus olhos azuis encarando-o.

– Faltam quatro dias para o sábado. E eu acho que tudo dará certo amanhã...por que não haveria de estar com ela ainda no sábado?

– Oh, autoconfiança. Isso é bom, John. – o moreno respondeu enquanto voltava para seu livro.

– Bom, temos que ir para o nosso campus. Vamos jogar. Vemos vocês no sábado, até mais! – Greg se despediu enquanto Mycroft lançou um sorriso significativo para o loiro enquanto se afastavam.

– Seu irmão parece legal. – disse sentando-se perto de Sherlock.

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– Nem tudo é o que parece. Mas isso é elementar, você já deve saber.

– Ele é tão inteligente quanto você? – John questionou.

– Ele bem que queria.

Neste momento ouviram assobios, além de risadas no outro lado do refeitório. Ao olhar, viram um casal se aproximando. A moça era extremamente bonita e sensual além de muito maquiada, enquanto o rapaz tinha trajes caros e pose de malandro.

– Quem são eles?

– Irene Adler e Jim Moriarty. – Sherlock respondeu e havia algo em sua voz que John não conseguiu distinguir.

– Como os conhece?

– E quem não os conhece? Eles são os alunos mais populares.

– São namorados?

– Esse é o tipo de assunto que não me interessa nenhum pouco, por exemplo. Mas respondendo à sua pergunta...ninguém sabe. Ninguém consegue descobrir se são irmãos, namorados, amigos...

– Eles são a Meg e o Jack então! Sabe? Do The White Stripes! – John brincou, mas Sherlock não entendeu a brincadeira e então ele continuou – E nem você? Nem você sabe? Impossível.

– Não, nem eu. Ela é incrivelmente inteligente e enigmática. É impossível decifrá-la. – Holmes suspirou e isso incomodou John.

Eles então pediram finalmente seu almoço, enquanto Irene e Jim se afastaram.



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– Eu adorei o filme. Obrigada. – Sarah disse enquanto John segurava sua mão, ambos sentados em uma mesa de um restaurante japonês no centro.



– E eu adorei ter te conhecido.

– Você é tão fofo...- ela sorriu se aproximando para beijá-lo.

Neste momento o celular de John vibrou e ele o pegou, vendo a mensagem:

“John, me ajude. SH”

– Oh, meu Deus. É o Sherlock. Ele está pedindo ajuda...

– O quê? Sherlock Holmes?

– É, é o meu amigo. Nós dividimos um quarto na república. O que será que aconteceu? Ele disse que ficaria em casa estudando...- John se perguntou preocupado.

– Você divide quarto com o Holmes? Com o maluco do Holmes?

– Ele não é maluco. Ele é mal compreendido. Tenho que ir ajuda-lo!
– O quê? Estamos em um encontro.

– Eu sei Sarah e sinto muito, mas as pessoas não são muito afim de ajuda-lo. Ele pode ser insuportável...tenho que ir. Me desculpe.

– Ei, espera! Não teve ter acontecido nada...ele não tem um irmão? Veja se ele pode ajudar...

– Não, eles não se dão bem. Eu te ligo, ok? Eu sinto muitíssimo. – disse o loiro deixando o dinheiro em cima da mesa e saindo correndo.

Pegou o primeiro táxi e ao chegar na república correu o mais rápido que conseguiu. Ao abrir a porta do seu quarto, encontrou Sherlock deitado em sua cama, pensando.

– Sherlock! Eu cheguei...o que houve? – perguntou enquanto tomava fôlego.

– Você tem uma caneta preta?

– O-o quê?!

– Eu não consegui achar nas suas coisas, mas sei que você tem. Preciso terminar um trabalho dissertativo e não gosto de caneta azul.

John o encarou por alguns instantes. Após isso foi até a sua mochila e pegou a caneta, jogando com força no moreno que a pegou no ar.

– Eu achei que você estivesse com problemas, Sherlock! E você só queria uma caneta estúpida?

– E com que tipos de problemas eu poderia ter aqui em casa? A falta de uma caneta me parece bem plausível! Já sei, você assistiu a um filme sobre assassinatos em seu encontro! Por isso acabou criando essa esta expectativa irreal e ilógica de que eu estava em perigo.

– É, Sherlock! Eu assisti...mas você me mandou aquela mensagem e eu...sei lá. Me preocupei com você. Bom, foi bobeira da minha parte...eu podia ter ligado e droga! A Sarah! – John se lembrou.

– Bem, eu não disse que era urgente. E provavelmente se estivesse morrendo ou algo do tipo, não teria tempo de lhe enviar uma mensagem, John. Mas anime-se: mudei de ideia e vou com você no aniversário do Lestrade. Quer chá gelado? – o moreno ofereceu tranquilamente levantando-se e indo até a geladeira.