New Hunter
1.02 – I believe in you, guys.
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– Isso não é possível. – disse Scarlett, andando de um lado para o outro na rua.
Os três já haviam saído do cemitério, já que não seria nada agradável conversarem perto de um corpo enquanto o mesmo se queimava.
– Quer dizer, isso... O que vocês fazem, não pode existir. – ela disse, os encarando.
– Mas é. – disse Dean.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Olha, você tem todo direito de não acreditar em nós, afinal de contas somos dois estranhos para vocês. – disse Sam. – Mas você precisa saber, que o que nós fazemos é algo certo. Nós apenas ajudamos as pessoas.
– Ah, então vocês querem me convencer de que queimar um corpo é algo realmente certo? – ela perguntou, em tom de cinismo enquanto encarava os Winchester.
– Olhando por esse lado pode não ser certo, mas nós estamos salvando as pessoas. – disse Sam.
– Isso por acaso tem algo a ver com essas mortes que estão acontecendo? – ela perguntou.
Os dois caçadores que estavam na sua frente apenas abaixaram a cabeça, como se não soubessem exatamente o que dizer.
– Digam de uma vez! – ela gritou.
– Sim, está bem? Tem muita coisa a ver. – disse Dean, alterando seu tom de voz.
Naquela ocasião, todos já sabiam que ele havia se irritado pela maneira da qual a detetive falava.
– As pessoas estavam morrendo, Scarlett. – disse o loiro, se aproximando. – E nós as salvamos, não conseguimos ajudar todas mas ao menos evitamos uma tragédia maior. – ele disse, em tom ameaçador, enquanto se aproximava ainda mais da detetive e a encarava, fazendo-a tremer.
– Dean, para. – disse Sam, o segurando. – Desse jeito você não vai conseguir fazer com que ela acredite em nós.
– Eu acredito. – Scarlett disse, por fim.
– O que disse? – perguntou o Winchester mais velho.
– Sim, eu acredito. – ela repetiu, os encarando. – Qual é, não sou tão indefesa assim, eu realmente acredito no que vocês estão falando.
– Então, você não acha que somos loucos? – perguntou Sam.
– Não, eu não acho isso. Afinal de contas, percebi mesmo que estivesse algo errado nesses casos.– ela disse, enquanto levantava sua sobrancelha. – Então me digam, Sam e Dean, o que era?
– Fantasma.
– Onde? – ela gritou assustada, olhando para trás.
– Não. – disse Sam, segurando o riso enquanto Dean gargalhava. – O caso, era um fantasma.
– Ata. – ela disse, olhando em volta novamente e fixando seu olhar ao de Sam. – Amanhã conversamos, eu preciso ir embora agora. – disse a detetive, ao olhar no relógio.
– Na verdade, nós devemos ir embora amanhã de manhã. – disse Sam.
– Mas nós podemos manter contato. – disse Dean, sorrindo maliciosamente.
Scarlett apenas revirou os olhos, caminhou até seu carro e desarmou o alarme, abriu a porta e virou para os dois de novo.
– Foi um prazer conhecê-los, meninos. – ela disse, dando tchau logo em seguida.
A detetive deu partida em seu carro, deixando os irmãos a olharem enquanto se distanciava.
[...]
– Até que ela era bem legal. – disse Dean, jogando as chaves do Impala em cima da mesa.
– É, mas ainda foi melhor ela saber da história só agora. Seria ainda pior se ela soubesse de tudo desde o início do caso. – disse Sam, tirando a jaqueta e jogando em cima de sua cama.
– Tem razão. – disse Dean, enquanto se jogava na cama e encarava o teto. – É uma pena que devemos ir amanhã tão cedo. – ele disse, para si mesmo.
[...]
Scarlett entrava em sua casa na ponta dos pés, enquanto caminhava vagarosamente e subia as escadas com cuidado para não acordar seus pais.
– Thom ligou. – disse sua mãe, sentada no sofá enquanto acendia um abajur.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Que susto mãe! – Scarlett disse, colocando a mão no peito.– Quem é Thom?
– Thom, da imobiliária. Pelo visto você não foi ver o apartamento com ele hoje. – disse Eleanor, se levantando do sofá e caminhando até a filha. – Onde esteve o dia inteiro? Por favor, não diga que foi na delegacia.
– Quer que eu minta pra você? – perguntou Scarlett, brincando.
– Scarlett, você se dedica demais ao seu trabalho. Não precisa disso, e você sabe! Até porque, temos grandes condições para te sustentar...
– Mãe! – ela gritou, antes que Eleanor terminasse de falar. – Eu gosto do meu emprego, não o faço por dinheiro. Não só por isso. – falou a detetive. – Eu ligo para Thom amanhã, e vejo o novo apartamento. Não há problemas. – ela disse, subindo a escada novamente.
Eleanor se jogou no sofá, enquanto colocava suas pernas em cima da mesa.
– Se ao menos ela soubesse o que está para acontecer. – ela disse, respirando fundo enquanto deixava sua cabeça apoiada no encosto do sofá.
[...]
Scarlett saiu do banheiro com uma toalha enrolada em seu rosto, colocou seu pijama e preparou sua cama para deitar.
Ela fitava o teto enquanto mexia sua cabeça no travesseiro. Ao menos ela pensava no que havia acontecido. Seria loucura ela acreditar naqueles dois caras. Naqueles dois estranhos.
Mas ao menos a detetive sabia que o que eles diziam era verdade. De alguma forma o que Dean e Sam falavam batia perfeitamente com o que estava acontecendo na cidade.
"Pelo menos eles resolveram esse caso para mim" – ela pensou, enquanto um sorriso escapava do seu rosto.
Deixou-se descansar quando percebeu que seu sono havia chegado.
[...]
Um som diferente havia a acordado naquele dia. Não, não era o despertador com o som horrível que ela não gostava, mas não queria mudar.
Pegou seu celular enquanto levantava sua cabeça levemente. Leu no visor o nome de Derick e resolveu atender.
– Você sabe que horas são? – perguntou a detetive, sem humor algum.
– Scarlett, houve outro assassinato. E eu acho que você iria querer saber de tudo em primeira mão, não é? – perguntou Derick, com uma voz brincalhona.
– Outro assassinato, mas isso não é possível. – disse Scarlett, se levantando em um pulo.
– O que disse? – perguntou Derick.
– Não, nada. Onde fica a cena do crime desta vez? – ela perguntou, enquanto pegava uma caneta e anotava tudo o que seu amigo lhe dizia. – Está bem, eu estou indo.
[...]
– Acho melhor contarmos para ela. – disse Eleanor, encarando Wesley.
– Está maluca? Não, nós não podemos fazer isso. – disse o pai de Scarlett.
– Wes, ela precisa saber. Não vai demorar muito para acontecer, sabemos disso. – ela disse, enquanto segurava sua mão.
– Preste atenção, quando acontecer você vai ligar para John Winchester ou Bobby Singer.
– Mas pra que?
– Apenas faça isso! – ele disse, quase gritando enquanto Scarlett descia as escadas, já arrumada.
– Onde vai? – perguntou Eleanor ao ver a filha indo em direção a porta.
– Oh, me desculpe mas já me ligaram e eu preciso ir. – disse Scarlett, dando um beijo na testa de seus pais.
– Não tem problema, apenas tome cuidado. – disse Wesley.
– Liguei para Thom, ele vai passar na delegacia hoje para falar com você. – disse Eleanor.
– Muito obrigada mãe, não sei o que faria sem vocês. – disse Scalett, saindo porta a fora.
[...]
Ao chegar na cena do crime, reconheceu um carro que estava a poucos metros. O mesmo Impala 67, de Dean e Sam.
Scarlett deu um pequeno sorriso, ao lembrar de que veria os dois mais uma vez.
Se meteu no meio da multidão e passou a faixa amarela logo em seguida, quando avistou Derick, foi imediatamente até ele.
– Então, o que houve dessa vez? – ela perguntou, entrando na casa.
– Inês Regina, 28 anos, morreu no banho. E adivinhe como?
– Sei lá, se afogou? – perguntou Scarlett, fazendo Derick rir.
– Adoro seu senso de humor. – ele disse, passando a mão em seu rosto.
– Qual é Derick, fale de uma vez. – ela disse, se afastando.
– Detetive Delaney, que honra vê-la novamente. – disse Dean, atrás dela.
Scarlett apenas se virou para trás, encarando os irmãos Winchester enquanto os dois olhavam para ele.
– Olá meninos. – ela disse, sorrindo.
– Espero que não esteja atrapalhando algo. – disse Dean, encarando Derick.
– Oh, não.– ela disse, envergonhada. Não se preocupem com isso.
– Então, já sabe o que aconteceu? – perguntou Sam.
– Na verdade, ainda não. Derick estava me dizendo na hora em que vocês chegaram. – disse Scarlett, simpática.
– Parece que não era isso o que ele estava fazendo. – disse Dean, fazendo a detetive ficar com vergonha e olhar para baixo.
– Scarlett, Inês morreu enforcada pelo chuveirinho. – disse Derick.
– Aquele negócio do chuveiro? – perguntou Scarlett, sem entender.
– Exatamente. – disse Dean. – Ou seja, temos mais um trabalho a fazer, detetive. – disse o loiro, sorrindo maliciosamente enquanto levantava a sobrancelha.
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