— Ainda jovem, a princesa Victoria, foi mantida afastada de outras crianças. – Felicity mostrava as fotos da princesa Victoria para sua classe no Power Point à sua frente, quando apontou para o pequeno cachorro aos pés da princesa. – Esse é o pequeno Charles Spaniel, era o seu favorito. Seu nome era Dash, e ela escreveu em seu diário sobre o quanto ele significava para ela. Imaginem vocês crescendo num grande castelo, sozinhos na maior parte do tempo, e então, de repente, com apenas 18 anos de idade, você é coroada a rainha da Inglaterra. Essa será a lição de casa para essa noite. Vocês vão escrever um texto de 300 palavras sob o ponto de vista da rainha Victoria em 1837. – o apito para o intervalo soa forte. – Ok, ganha ponto extras se incluírem o Sr. Dash no texto. Uh- uh , Joe? Volte a se sentar, por favor.

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— Tenho treino de lacrosse.

— Conversamos sobre isso. Você precisa da média de aprovação se quiser permanecer no time.

Esperando os outros adolescentes saírem da sala de aula, o pai de Joe encostou-se no batente da porta com um taco de lacrosse na mão.

— Hu hu, vá para o treino agora, filho. – o pai de Joe jogou o taco para ele.

— Oh, me desculpe Sr. Wilson, mas ele ainda não foi liberado.

— Oh, acho que os adultos podem resolver isso, não acha? – Slade andou até onde Felicity estava com a cabeça erguida. – Joe está achando que você está ameaçando a participação dele no time de lacrosse.

— Oh, nunca disse isso. Eu ofereci ajuda extra para que ele não seja suspenso do time.

— Você sabe, eles não vão suspendê-lo. Ele é o melhor jogador.

— Bem, as regras da escola dizem que um estudante preciso de uma média de aprovação para praticar esporte.

— Bem, Srta. Smoak, é obvio que precisa passar ele.

— Joe precisa conquistar a própria nota dele.

— Quanto você quer? – Slade perguntou tirando a carteira do bolso e pegando algumas notas de dinheiro.

— Você não está falando sério!? – dignou-se Felicity.

— Pessoas como você sempre tem um preço. Qual é o seu?

— As notas desta escola não estão à venda.

— Preciso lembrá-la que a minha esposa faz parte do conselho desta escola?

— Tenho certeza que ela deseja que os alunos recebam a educação para o qual pagam. Especialmente o próprio filho.

— Parece confusa como as coisas funcionam aqui. Mas irá aprender. Eu prometo.

Slade olhou Felicity com ar de superioridade e ameaça, e ela o olhou com indignação e frustração.

Assim que chegou em casa, ao abrir a porta, Felicity chamou pela sua cachorrinha.

— Ophie! Oh, estou tão feliz em vê-la. Hoje foi o “dia”, Ophie. Que tal me levar para passear.?

Felicity acaricia e beijava Ophie que abanava seu rabo com satisfação, então ela pegou sua coleira colocando-a em Ophie e saiu para o seu desejado passeio.

— Boa garota! Nós precisamos estar bem para aquele show, mocinha.

Ophie andava ao lado de sua dona olhando para o seu rosto animadamente. Elas atravessaram a rua e foram até uma grande e elegante loja de noivas. Donna estava acabando de colocar um véu em um manequim quando Felicity e Ophie entraram.

— Então, não sei se o pai do Joe estava apenas tentando me pressionar ou o quê.

— Oh, tenho certeza que ele estava só apenas se mostrando. Como é mesmo o nome dele? – perguntou sua mãe.

— Slade Wilson.

— Vou procurá-lo.

— Mãe, os contratos estão prontos. – disse Ray, enteado de Donna. - Lizzie, que raios está fazendo com Ophie?

— Adestramento. Preciso ensiná-la a se posicionar em lugares diferentes, com pessoas ao redor para ficarmos prontas para o nosso grande show no sábado.

— Show de cachorros? Há lugares melhores para comemorarmos seu aniversário, baby. – reclamou Donna.

— Mas o show é pura diversão, e é muito legal, igual a uma festa.

— Quero chamar o melhor partido do casamento de Bertinelli. Ele é um bancário investidor. Ele é tão...

— Mamãe. Você prometeu. Nada de ficar tentando me arrumar alguém. Estou feliz sozinha.

— Ok. Aqui está ele. Slade Wilson. – Donna aproximou-se de sua filha com o tablet na mão apontando para a tela. – Ele é um lobista da Wall Street. Oh, esses caras realmente gostam de conseguir tudo do seu jeito.

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— Ele não conseguirá o que quer desta vez.

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No dia seguinte ao ocorrido com o pai de Joe, Felicity foi chamada no gabinete da diretora, Samantha Waltson.

— Estou suspensa? Por que Wilson se queixou de mim? Isso não parece razoável.

— É uma formalidade. Muitas escolas particulares fazem o mesmo. Elas protegem os estudantes, e deixam o conselho investigar a denúncia.

— Você não quer saber o que realmente aconteceu?

— Eu não quero ficar no meio de um disse-me-disse. É para isso que serve a investigação.

— Sra. Watson, a verdade não importa?

— Claro que importa. E você é uma boa professora, Felicity. Os alunos gostam de você. Tente confiar no processo.

A diretora Samantha Watson levantou-se da sua cadeira e abriu a porta para que Felicity fosse embora, dando por encerrada a conversa.

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O tal esperado dia da competição chegou. Os cachorros e seus donos estavam espalhados pela sala de competição, algumas pessoas já estavam sentadas em seus lugares aguardando o início do show.

Felicity estava com Ophie em cima de uma mesa escovando, enquanto Ray ao seu lado observava tudo.

— Tudo o que sei é que se eu tivesse sido demitido estaria em casa, na cama, lendo um bom livro.

— Este é o lugar onde quero estar. Com cachorros doces e descomplicados. Cachorros não se importam com dinheiro. Nem tentam manipular as pessoas. São apenas almas puras. Hum. E você pode escová-los e torná-los encantadores.

— Vou tomar um café na esquina. Vou pagar um café com leite pelo seu aniversário.

— Ok, o meu grupo se apresenta em vinte minutos.

— Não vou perder isso, prometo. Boa sorte, Ophie.

— Você não precisa de sorte, não é!? Você está pronta para derreter corações.

As apresentações continuavam pelo tapete azul, Felicity aguardava na fila sua vez de entrar com Ophie.

— O que está acontecendo? – Felicity perguntou ao concorrente atrás dela.

— Um novo juiz. Não temos ideia do que esperar dele.

— Oliver Jonas Queen. – Felicity lia o nome na lista de juízes a sua frente.

— Nunca ouviu falar dele? – perguntou outra concorrente, dois passos atrás de Felicity.

— Dinah!

— Lizzie!

— Oh, meu Deus! Há quanto tempo? Três ou quatro anos? – Felicity perguntou ao abraçar Dinah. – A minha mãe sabe que você está na cidade?

— Ainda não. Trouxe minha terrier, Rose. Queria trazer Blosson, mas a minha adestradora quebrou a perna, pobrezinha.

— Oh, sinto muito. Então, conhece esse juiz?

— Sim. E você tem sorte de tê-lo aqui. Ele é um dos melhores juízes de Star City. Quando tem tempo, é assim. Ele dirige a própria fundação. Eles doam milhões todo ano. Oh! Ele acabou de chegar. – Dinah olha para o homem elegantemente vestido com um terno na cor cinza jumbo e gravata azul marinho. – Interessante ele ser o juiz do seu grupo. Quase sempre os juízes de terriers são da cidade. Um espetáculo à vista, não é? - Oliver caminha lentamente, com as mãos no bolso, observando a analisando os concorrentes e seus donos. Dinah então se vira para Felicity e vê que ela olhava para Oliver como um cervo preso em faróis. – Lizzie!

— Estou bem. – Felicity fala ao despertar do seu devaneio, deixando Dinah rir intrigada.

Oliver analisava o pequeno terrier marron, ele passava a mão pelas costas do cachorro depois segurou sua cara e olhou bem em seus olhos, com um aceno pediu que o dono se retirasse, enquanto pedia a ajudante que anotasse as notas, ele não observou que estava também sendo analisado a poucos passos dali.

— “Número oito.”

— Olha como ele está falando com essas pessoas. – disse Ray.

— Andando, por favor.

— Ele me parece um pouco arrogante. – respondeu Felicity

— Você não tem ideia do que está dizendo.

— “Número oito.”

— Dê uma chance a ele. Deve ser super legal.

— Onde está o número oito? – perguntou Oliver irritado.

— “Número oito!” – mais uma vez ouviu-se chamar no autofalante.

— Felicity. Você não é o número oito? – perguntou Dinah ao aproximar deles – Estão te chamando agora.

— Oh!

Felicity correu para a entrada na aérea da competição, algumas palmas foram ouvidas e Oliver olhou com crítica ao redor e antes que ele se posiciona, trombou num pequeno corpo que vinha em sua direção.

— Número oito? – perguntou ao segurar pelos ombros a mulher a sua frente. – Está atrasada.

— Culpada. – sorriu Felicity tentando amenizar. – Isso significa que vai tirar pontos?

— Existe algo que a impeça de entrar na competição agora, ou preciso enviar um convite para você?

— Desculpe.

— Na plataforma, por favor.

Felicity andou com Ophie até a mesa à frente e a posicionou eretamente em cima dela. Oliver a acompanhava com olhar severo.

— Você é tão sério. – falou Felicity entre dentes.

— Eu levo minhas responsabilidades a sério. A maioria dos adestradores gosta disso.

— A maioria dos juízes abre um sorriso. Suponho que goste de fazer isso.

— Andando, por favor. - Felicity sorriu sem graça, retirou a coleira do pescoço e colocou Ophie no chão e ambas começaram a caminhar ao redor do tapete azul até parar novamente em frente a Oliver, ele abaixou e começou a examinar Ophie passando a mão delicadamente em sua cara tirando o pelo para ver melhor seus olhos. – Belo olhos. Uma pena essas sardas. – Felicity que olhava para frente tocou seu rosto enrugando a testa. – Me referi ao cachorro.

— Obrigada por esclarecer. – Felicity respondeu retirando a mão do seu rosto e sorrindo sarcasticamente.

— Se está confusa sobre a forma como as coisas são feias aqui, prometo que vai aprender. – disse Oliver para Felicity antes que ela saísse da aérea de competição.

— Você foi ótima. – elogiou Ray quando Felicity aproximou-se dele e de Dinah. – Ou pelo menos Ophie. Você parecia estar brigando com o juiz. Ainda bem que não estava usando sua voz alta!

— Você ouviu como ele falou comigo? Pareceu Slade Wilson.

— O Queen sempre foi bastante charmoso. – elogiou Dinah

— Você tem uma definição diferente de charmoso.

— Bem, um leve charme, admito.

— “ O julgamento final” – anunciou no alto falante.

— Wow. Hora do veredicto!

Felicity passou ao lado de Oliver e foi se colocar em posição ao lado dos outros concorrentes aguardando o veredicto.

Oliver caminhava lentamente ao lado da ajudante que carregava a bandeja com as duas faixas de ganhadores, ele olhava para os cachorros quando parou em frente a uma senhora loira vestida com seu terninho verde.

— Nosso vencedor. – Oliver anunciou apontando para a senhora, ele pegou a faixa e colocou em seu pescoço, depois retornou e parou em frente ao segundo colocado. – Nossa vice-vencedora. – anunciou Felicity como segunda colocada

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— Você conseguiu garota! Sim. – disse Felicity ao abaixar para cumprimentar Ophie, e não viu Oliver pegar a outra faixa da bandeja para colocar nela no momento em que havia abaixado. Então, Felicity ao ver Oliver segurando a faixa, levantou-se rapidamente e ele colocou a faixa ao redor de seu pescoço, ela agradeceu, mas ele preferiu ignorar e saiu rapidamente.

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— Não acredito que me fez usar isso. – resmungou Felicity para Ray ao sentar-se à mesa no restaurante que eles iam comemorar seu aniversário.

— Esse chapéu foi ideia minha. Eu escolhi para você. – respondeu Ray

— Você merece o crédito por essa faixa, Lizzie. Você conduziu Ophie lindamente. – cumprimentou Dinah levantando uma taça de vinho em direção a Felicity.

— Com Ophie fica fácil! – sorriu Felicity

— Humm. Quero que você seja minha adestradora, em Star City. Seu irmão me contou sobre sua suspensão.

— Você contou para ela? – perguntou Felicity a Ray .

— Oh, por favor. Sua mãe é uma da melhores amigas da minha mãe. Você me chamava de irmã. Nunca julgaria você. Será minha adestradora por alguns meses, e Rose está no caminho certo para se tornar campeã esse ano. Se vier trabalhar para mim você pode ter experiências de adestramento em grandes exposições, e poderia se hospedar comigo em meu tríplex.

— Obrigada! Sério. Mas espero voltar a trabalhar em breve.

— Um brinde a isso.

— Oops, vazio. – reclamou Dinah ao ver sua taça vazia ao brindar. – Volto já. – Dinah levanta para ir buscar mais vinho deixando Ray e Felicity sozinhos.

— É tão bom te ver. Mamãe vai enlouquecer.

— Totalmente.

— Obrigado por vir.

— Você é a melhor. Feliz aniversário!

— Obrigada...

— Número oito. – cumprimentou Oliver ao ver Felicity brindando com um acompanhante.

— Uhh.... é Felicity. Felicity Smoak.

— Vejo que seus desejos se realizaram.

— Sim, ela comemora 3.0 hoje.

Felicity tira o chapéu meio sem graça, olha para Ray e depois sorri em direção a Oliver.

— E parece está sendo bem divertido.

— Você deveria esperar por mim. – falou uma jovem de cabelos castanhos curtos para Oliver ao encontrá-lo, ela enganchou seu braço ao dele e olhou para o casal sentado à mesa a sua frente.

— Permita-me apresentar minha irmã, Thea.

— Esse é meu irmão, Ray. – apresentou Felicity aos irmãos Queen´s, abraçando Ray ao seu lado.

— Você não vai passar o dia todo conversando de novo, não é? – Thea riu. – É como se ele fosse o rei, e eu fosse um pequeno Minion.

— Tenho certeza que ele é exatamente isso. – concordou Felicity olhando sarcasticamente para Oliver.

— Vamos deixar sua celebração, então. – anunciou Oliver saindo com Thea.

— Você disse que ele era rude, mas, agora, você quem foi rude. – chamou Ray atenção de Felicity.

— Como assim? A própria irmã o acha arrogante. – retrucou Felicity

— Ela estava brincando com ele.

Antes que Felicity falasse mais alguma coisa, eles ouviram um grito vindo da entrada do restaurante.

— Ahhhh! Dinah! Você está fabulosa! Hahahahaha.

— Você também!

— O divórcio te fez bem!

Oliver e Thea observavam ao longe a interação de Dinah com uma mulher loira vestida com um vestido azul muito curto e justo no corpo, tentando entender de onde Dinah conhecia aquela mulher, ele levantou a sobrancelha e Thea revirou os olhos.

— Você acredita que meu bebê está comemorando 30 anos de idade, e não tem ninguém para festejar seu aniversário? – Donna falava alto e pouco se importava com as pessoas ao redor, principalmente com um certo casal de irmãos que não deixavam de olhar para ela. – Quero dizer, ela não me deixa arrumar ninguém para ela. Talvez você devia arrumar alguém para ela. – sugeriu Donna para Dinah ao sentar-se ao lado da sua filha.

— Mãe, mamãe, fala baixo. – pediu Felicity.

— Olhe esse rostinho. Ela é linda – Donna pegou no queixo de Felicity e apertou depois colocou o chapéu de volta em sua cabeça. – Olha. – ela sorriu para Dinah e arrumou o cabelo da filha. Felicity olhou discretamente e vergonhosamente para a mesa onde Oliver e sua irmã sentaram vendo que eles estavam concentrados em ler o cardápio.

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A diretora Watson olhava pela janela quando Felicity entrou em seu gabinete.

— Fiquei feliz em receber sua ligação. Não achei que a investigação fosse tão rápida.

— Sim, eles decidiram rapidamente.

— Então, vou poder voltar hoje à tarde?

— Sinto muito, Felicity. Não vai voltar para a sala de aula.

— Não estou entendendo. – falou Felicity chocada.

— Segundo, Wilson, você tentou extorqui-lo para alterar a nota de Joe.

— O quê? Isso não é verdade!

— Não importa se acredito nisso. A Sra. Shado Wilson tem uma cadeira no conselho, e ela acredita. O conselho votou para você sair por violar o código de ética do seu contrato.

— Isso não está certo. – Felicity balançava a cabeça em negação e surpresa. – Não por mim, mas pelos meus alunos. Acho que os jornais devem saber disso.

— Felicity, essa não é uma escola pública. É privada. O que significa que ela toma as próprias decisões. Certas, ou não, eles estão autorizados a te demitir.

— Posso ao menos dizer adeus aos meus alunos? – falou Felicity com pesar.

Algum tempo depois, Felicity, sai do prédio da escola em que lecionava há anos, ela chorava ao pegar seu celular.

— Dinah? É Felicity. Aquela oferta de adestradora ainda está valendo?

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Um taxi estacionou em frente ao apartamento de Dinah. O taxista abriu a porta para que Felicity e Ophie saíssem, e depois foi pegar as malas.

— Estamos aqui, Ophie. Vamos. Aqui senhor, obrigada!

Felicity puxou Ophie pela coleira e bateu na porta.

— Lizzie! Bem-vinda a Star City. – gritou Dinah ao vê-las. – Oi, entre.

O motorista de taxi ficou olhando a porta se fechar e em seguida abrir novamente, ele havia deixado as malas na calçada.

— Esqueci minhas malas. – Felicity falou constrangida e ao abaixar para pegá-las, ela viu um pequeno terrier branco e marron se aproximar, então começou a acariciá-lo. – Outro cavalheiro! Oi. Oh, não é adorável? Oh, sim....Sim, você é.

— Srta. Smoak, que surpresa!

Na hora em que ouviu aquela voz, Felicity parou de brincar com o cachorro e olhou para cima chocada.

— Você!? Sr. Queen, não estou entendendo. O que está fazendo aqui?

— Você age como se eu estivesse invadindo seu território, enquanto você está invadindo o meu. Esse é o meu bairro. Posso ajudá-la com ..... – Oliver perguntou ao vê-la pegar suas malas.

— Estou bem. Achei que você morasse em outro lugar....

— Meu endereço oficial é na casa de minha mãe, onde cresci, mas aqui é o lugar onde fico quando estou na cidade.

— Claro você tem uma casa para passar as férias... Provavelmente, em Huby City, Gotham City, ou na Europa? Já se confundiu com o lugar onde estava ao acordar?

— Você é sempre tão hostil?

— Desculpe. Parece que estamos nos provocando sem razão. Eu vou parar de falar em 3,2,1

— Sim, suponho que fui rude. Minha opinião, uma vez perdida, fica perdida para sempre.

— O que isso significa exatamente?

— Nada.

— Bem, temos a mesma paixão por cachorros.

— Sim, este é Ephinneus. E tenho outra, a Figgy, está lá dentro. – Oliver olha para o outro lado da rua. - Ela teve uma ninhada de filhotes.

— Espere. Você mora do outro lado da rua?

— Quando não estou confuso sobre o lugar onde acordo, sim.

— Eu ... me pergunto porque Dinah não me contou.

— Talvez deva perguntar para ela.

Oliver, então, deixa Felicity pensativa e atravessa a rua para sua casa.

—--------------------------------------------------

Horas mais tarde, no jantar, Dinah fala sobre a competição.

— Então, nesse fim de semana o show é no Glades. É um belo local, e esperamos que Rose se saia muito bem, não é querida? – pergunta Dinah para sua cachorrinha sentada ao seu lado. – Sim, vamos conseguir. Agora, precisamos decidir o que você vai usar. Lizzie? Terra para Felicity.

— Desculpe. O que estava dizendo?

— Está tudo bem?

— Por que não me disse que Oliver Queen mora do outro lado da rua?

— Oh .... então, vocês já se encontraram? Eu me pergunto, vocês dois fizeram faíscas voarem de novo?

— Quer saber se nos deparamos com a parede de nossa antipatia mútua? Sim.

— Queen não te antipatiza. Eu vi a maneira como ele te olhou no show em Central City.

— Sim, ele parecia se achar tão superior a mim, que deve ter tido uma vertigem. Acredite em mim, nós dois somos impensáveis.

— Com licença. – pede Dinah ao ouvir a campainha. – Thea, olá!

— Oi. Ollie disse que era para convidá-la para ver os filhotinhos.

— Claro, Figgy teve filhotinhos!

— Sim, ele disse para vir as 15 amanhã, e que deve levar sua hóspede também.

— Ele me convidou?

— Hum, me desculpe, mas você me parece familiar.

— Te vim em Central City.

— Ahh! Você é a mulher sem modos... Ou pelo menos foi isso que meu irmão me disse. Desculpe, todos dizem que eu não tenho filtro.

— Uma das razões de eu amar adolescentes. Ensinei uma turma do ensino médio. Gosto do modo que meus alunos sempre me deixavam saber como estou com eles.

— Professora do ensino médio. Uau. Você deve ser corajosa ou louca. Então, te vejo amanhã?

— Estaremos lá.

— Tchau.

— Viu! Eu falei que Oliver está interessado em te ver de novo.

— Bem, eu não tenho nenhum interesse me ver ele novamente. Mas, vou para ver os filhotes spaniel.

— Que seja.

Felicity se aprontava para dormir quando viu a persiana aberta e a fechou.

— Pronto! Fora da vistam, fora da mente. E eu tenho que parar de falar sozinha agora.

—------------------------------------------------

Às 15 horas em ponto, Dinah e Felicity estava batendo na porta da casa de Oliver.

— Olá, Dig!

— Srta. Drake, é sempre um prazer. O Sr. Queen pede desculpas por não estar aqui, ele teve uma reunião inesperada, mas ele pediu para recebê-las para a visita aos filhotes. Entrem. - Dinah olhou para Felicity e fez sinal para que ela entrasse primeiro, depois a seguiu para dentro da casa. Felicity ao ver os cachorrinhos correu para eles e não viu que havia pessoas na sala de estar, ela estava com um filhotinho nos braços quando ouviu Dig chamar-lhe a atenção. – Deixe-me apresentá-las a mãe do Sr. Oliver. Sra. Moira Darden Queen.

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— Olá, Moira. – cumprimentou Dinah.

— E Srta. Lance, Laurel Lance, uma “amiga” da família. Sras. Srta. Drake e Srta...?

— Smoak, Felicity Smoak. É tão bom conhecê-las. – Felicity esticou a mão para cumprimentar Moira, mas foi ignorado por esta.

— É? Devo chamar Sr. Diggle para te dar uma escova de fiapos? – perguntou Moira para Felicity com desdém.

— Oh, estive trabalhando com o terrier de Dinah a manhã inteira. Pensei que era uma reunião com os filhotes. – respondeu Felicity sem graça. – Eles são adoráveis!

— Ollie adora eles. Em todos esses anos que eu conheço ele, nunca o vi tão atencioso por bobagens. – falou Laurel para Moira sentada no sofá ao seu lado.

— Isso significa algo. Você conhece o meu filho desde que ele tinha 16 anos?

— E eu tinha 14 anos. Começamos a namorar desde cedo, mas no momento estamos dando um tempo.

— E você sempre consegue encontrar uma maneira de estar em todas as aventuras dele.

— Oh, sim, é a ex namoradinha grudenta dele. E sua irmãzinha, Sara, como ela está?

— O que estavam dizendo sobre irmãzinhas?

— Que elas são incríveis!

— Ei, Thea. Me apaixonei por seus filhotinhos.

— Eles não são as coisas mais fofa do mundo inteiro? – Thea olhou em volta para os filhotinhos. – Onde está Ollie? Preciso que ele me ajude com meu trabalho de história.

— Oh, ele teve que sair minha, filha. Negócios na Fundação.

— Ficaria feliz em ajudar, Thea. – ofereceu Felicity.

— Esse não é seu dever. – retrucou Moira antes que Thea falasse alguma coisa. – Thea, Laurel, te ajudará.

— Uh, mas Felicity é uma professora de verdade.

— Tive muitas aulas de história na faculdade. Venha, me mostre sua dificuldade. – insistiu Laurel. – Prazer em conhecê-la, Felicity.

— Ela não é linda? Ela sempre me impressionou. Ela se esforça para cuidar da Thea. No fim das contas, ela vai ser a cunhada de Thea muito em breve.

— Hã. – Dinah colocou a mão na boca para não rir.

— Vem para a mamãe. - Moira pegou o filhote que estava anos braços de Felicity e saiu deixando-as sozinhas. – Meu bebezinho precioso.

— Admita. Oliver não tem nada a ver comigo. – falou Felicity ao saírem da casa. – Ele nem estava lá. Além disso, ele está praticamente noivo.

— Tenho certeza que se ele quisesse se casar com a Laurel, já teria feito a proposta há anos. No mais ……

— Você é igual a minha mãe, não consegue admitir quando está errada.

—------------------------------------------------

Felicity voltava de um passeio noturno com Ophie quando ela viu um Bentley estacionar do lado de fora da casa de Oliver. Então, três pessoas desceram do carro, Oliver, Laurel e um outro homem.

— Olhe isso Ophie.

Oliver olhou para trás e Felicity imediatamente se escondeu atrás da árvore.

— Número oito. – gritou Oliver. – Noite agradável para caminhar, não é?

Felicity saiu de trás da árvore morrendo de vergonha e bufou, enquanto Oliver do outro lado sorria.

— Grap!

Oliver riu dela e entrou em seu apartamento sem dar a chance de ela retrucar alguma coisa.

—-----------------------------------------------------------

Dois dias após o pequeno contratempo de Felicity e Oliver, ela estava escovando Rose para mais uma competição.

— Amassa e depois puxa na direção que o pelo cresce. – instruía Dinah à Felicity.

— Ela gosta.

— Você precisa de vê-la no show. Ela ama a atenção do juiz. E hoje será Oliver Queen.

— Tem certeza que ele tem tempo livre com aquela agenda lotada?

— Percebi ciúmes em seu olho ao ver a foto dele com Laurel Lance?

— Só me senti triste pelas árvores que foram arrancadas para imprimir uma foto dele chegando em uma festa.

— Foi uma gala de caridade. Oliver precisava ir.

— Claro. E tinha que ser a coluna de fofoca!?

— A família Queen é muito importante em Star City. Oliver frequenta a casa do prefeito, uma vez já o aconselhou sobre filantropia. Ele lutou para que o Glades se tornasse um bairro habitável. É claro que os jornais vão atrás dele, ele é um homem notável.

— Claro que é.

— Acho que é para você. – falou Dinah para Felicity, assim que a campainha tocou, ela olhou interrogativamente e foi abrir a porta.

— Surpresa!

— Mamãe! O que está fazendo aqui? A feira de noiva é só semana que vem.

— Pensei em vir mais cedo e ir com você.

— Ohh, estou tão feliz! Sabe onde vamos nos hospedar né?

Horas mais tarde, Dinah, Felicity e Donna, chegavam ao local da competição. O local já estava cheio de repórteres, cachorros e seus donos tirando fotos, e visitantes que estavam ali para verem o show.

— Então é isso. Esse é o grande show. – falou Dinah.

— Há muitas pessoas aqui. – constatou Felicity.

— Queria ter trazido pompons. Eu poderia ser a líder de torcida de Rose. – brincou Donna.

Donna entrou furtivamente na sala onde preparavam os cachorros para a competição, ela observava tudo com interesse e curiosidade.

— Vi uma mulher colocando peruca no cachorro. – falou Donna horrorizada.

— Isso é trapaça. Perucas são contra as regras. - informou Felicity.

— Você está preocupada com trapaça!? Era um cachorro usando peruca. Sério, os cachorros daqui não são normais.

— Viu. – Felicity apontou em direção a Oliver sentado ao lado de Laurel e sua irmã. – Estão quase caminhando para o altar. Laurel gruda em Oliver como cola.

— Laurel, está aqui a meu convite. – falou Moira ao se aproximar por trás de Felicity. – Não que meu filho, ou nossos convidados, sejam da sua conta.

— Ela é antipática. – falou Dinah quando Moira se afastou delas. – Ela trouxe cinco cachorros para cá hoje, e pensa que é a rainha do circuito.

— Pelo menos seu sobrenome diz isso. – falou ironicamente Donna. – É a mulher que me mostrou no jornal com Oliver?

— Sim, é a Laurel.

— Então, porque ele está olhando para Felicity como um cachorro abandonado, e não para a sua suposta noiva?

Quando as competições começaram, Donna, Felicity e Dinha estavam sentadas de frente a Moira, Thea e um elegante rapaz ao lado de Laurel, Oliver já estava no centro do palco para avaliar os competidores.

— Por que dois juízes?

— O outro é um juiz substituto. Oliver está treinando ele.

— Soube o porquê de Ollie não está lá quando você foi ver os cachorrinhos. – falou Thea ao sentar-se ao lado de Felicity. – Minha mãe apareceu, e disse a Ollie que tinha uma grande emergência na empresa. Ela sabia que você iria.

— Como ela poderia saber disso?

— Oh, minha mãe sabe de tudo que não deveria saber. Ollie acha que ela é a espiã da casa. Ela está olhando para mim! É melhor eu ir. Oh, ainda preciso de sua ajuda com o meu trabalho de história. Posso ir amanhã?

— Claro.

— “Número três, por favor” – o alto falante chamou o próximo participante.

Felicity sorriu para suas companheiras antes de se levantar.

— “Número três.”

Rose foi seguindo Felicity bem de perto que caminhava em direção ao palco da competição.

— Sr. Queen.

— Srta. Smoak. Esse é o Sr. Allen. Podemos ver seu cachorro na plataforma, por favor?

Felicity abaixou para pegar Rose no colo e colocá-la na plataforma, ela alisou os pelos e puxou delicadamente o rabo para que Rose ficasse ereta. Oliver aproximou-se e começou a avaliar Rose, ele abaixou a altura dos olhos da cadela, rodeou a plataforma e passou a mãos pelas costas de Rose.

— As costas devem ser esbeltas e ágeis e o corpo deve ser reto ao passarmos a mão. Ele também deve possuir olhar vivaz e inteligente. – instruía Oliver ao Sr. Allen olhando para o rosto de Felicity.

— Não sei o que está….

— Ele está citando o padrão da raça border terriers.

— Como você disse que se chamava mesmo? – perguntou Felicity sorrindo.

— Allen, Barry Allen. – respondeu Barry também sorrindo, mas quando ele viu que Oliver havia inclinado a cabeça e olhava para ele com fúria no olhar, Barry parou de sorrir.

— Eu quero ouvir mais. – pediu Felicity.

— Sr. Allen, o que o padrão diz sobre o temperamento de um border?

— Acredito que diz que o cachorro deve ser doce e afetuoso.

— Doce e afetuoso. Qualidades valiosas.

Oliver e Felicity trocavam olhares quando foram interrompidos por Barry.

— Oh, quase esqueci dessa parte, eles brincam muito.

— Srta. Smoak, podemos ver o seu cachorro dando uma volta?

— Pode sim, Sr. Queen.

Então, Felicity desceu Rose da plataforma e começou a desfilar com ela sob o olhar atento de Oliver, até que o alto falante chamou o próximo concorrente.

— Obrigado, Srta. Smoak.

Ao retornar para o seu assento, Felicity foi surpreendida pelo rapaz elegante que estava sentado ao lado de Laurel do outro lado do salão.

— Hei, Tommy Merlyn.

— Smoak, Felicity Smoak. E essa é Donna, minha mãe…

— Mãe!??

— Sim, minha mãe, e Dinah, nossa amiga.

— Ah. Thommas, prazer em conhecê-las.

— Você é o melhor amigo de Oliver, quero dizer, Sr. Queen. Não que eu acho ele velho, só não temos intimidade, quero dizer, não somos “amigos”. E eu vou parar de falar agora, em 3,2,1

— Hahahaha, sim. Posso contar todo tipo de histórias da nossa adolescência rebelde.

— Rebelde? Oliver Queen?

— Bem, fazer xixi em um carro de polícia é ser rebelde? Então, sim, fomos rebeldes.

— Oh, meu Deus! – riu Donna.

— Espero que não se importe se eu pedir o número de sua amiga. Acho que vamos sair.

— Pode me perguntar agora mesmo. – respondeu Dinah sussurrando.

— Que tal essa noite?

— Eu adoraria.

— Ótimo! Ainda vou precisar do seu número, então… - Tommy retira seu celular do bolso e o dá para Dinah. – Você pode anotar em meu telefone?

— Tommy, aí está você. – interrompe Laurel a conversa.

— Oi. – respondeu Tommy a contragosto.

— Oi, Felicity. Bom te ver de novo.

— Você conhece ela? – perguntou Tommy a Laurel.

— Ah, sim, Felicity Smoak. Conheci ela na casa de Ollie. Lembra!?

— Sim, lembro. Bem, é um prazer conhecer as duas adoráveis Smoaks e sua linda amiga. Te vejo hoje à noite, Dinah. Suponho que …..estamos indo.

Laurel puxou Tommy com ela e saiu batendo o pé como uma criança mimada.

“ O julgamento final” – anunciou no alto falante.

— Oh, julgamento final ! – Felicity falou batendo palmas. E se levantou para se juntar aos outros concorrentes.

— Boa sorte!. – desejou Donna.

Oliver e Barry começaram a andar em frente aos concorrentes observando-os antes de darem a palavra final, até que ambos pararam em frente a Felicity e Rose.

— Nossa vencedora. – anunciou Oliver.

— Minha menina ganhou! – disse Donna contente para Dinah.

— Parabéns! – elogiou Oliver ao colocar a faixa de vencedora no pescoço de Felicity. – Você é notável.

— Obrigada por comentar sobre isso!?

Laurel ao longe observava Oliver e Felicity se interagirem, então, ela resolveu se levantar e andar até ele para abraçá-lo. Felicity ao ver a cena, ficou triste.

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Em algum lugar no Parque, Donna, Felicity e Dinah brindavam a vitória da terrier Rose.

— Então é assim que a vencedora se sente. É tão doce!

— Eu disse que esse seria o ano de Rose. Tinha esquecido. – Dinah mexeu em sua bolsa e tirou um envelope para entregá-lo a Felicity. – Trouxe sua carta. Aí está. Estou saindo. Não me esperem.

— Estou tão feliz por Dinah sair com Tommy. Ele parece ser uma boa pessoa. Um empresário, os Merlyns têm muito dinheiro.

— Mãe, já disse para parar de stalkear as pessoas na internet.Oh!

— Aconteceu alguma coisa? – perguntou Donna ao ver sua filha lendo a carta que Dinah havia lhe entregado antes.

— É uma carta do advogado do Sr. Wilson. Ele está ameaçando me processar por acusações fraudulentas contra ele. Eu disse a verdade sobre ele, e agora ele quer me arruinar? – falou Felicity indignada.

— Isso é ridículo! – Donna arrancou a carta das mãos de Felicity e começou a ler.

— Vou sair para dar um passeio. – Felicity levantou-se e puxou Rose consigo.

— Felicity….

Felicity andava sem rumo pelo parque até que ouviu seu nome ser chamado.

— Srta. Smoak. – gritou Oliver. – Estou feliz, corri para te ver.

— Não precisa falar o que não é verdade.

— Não, mas estou. Quero te pedir desculpas por não estar em casa quando foi ver os filhotes. Minha mãe contou uma história exagerada. Às vezes é um desafio seguir as agendas misteriosas dela.

— Estou curiosa. Isso é algo que considere um problema real?

— O que para você é problema real?

— Pobreza, doença, oprimidos, famintos?

— Só porque não está na minha lista de problemas, não quer dizer que não me importo.

— Não imagino o que esteja em sua lista. Talvez problemas com garotas na faculdade, porque quem tem seios é capaz de seduzir garotos de fraternidades.

— Eu era de uma fraternidade.

— Foi o que eu disse. Eu já ensinei garotos privilegiados, que pais fazem os problemas sumirem, até a professora…. – Felicity começa a chorar.

— Você está … Você está chorando?

— Nope, não estou chorando! Eu não choro! Por que você acha que estou chorando? Não estou chorando…..

Felicity saiu correndo deixando Oliver para trás sem entender o que ele havia feito.

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O dia da feira de noivas chegou e o trio estava lá na primeira fila.

— Oh, eu amo pronunciar o nome dele. – falou Dinah para Felicity e Donna. - Tommy… Ele é tão incrível! Acho que ele é o escolhido.

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— Só o conhece há uma semana. – questionou Felicity.

— Soube deste o primeiro encontro, quando você sabe, você sabe.

— Você é tão fácil de se apaixonar por alguém. Gostaria de poder ser mais parecida com você.

— Você só precisa dar uma chance, e sabe de quem estou falando.

— Dinah…Não vou me apaixonar por Oliver Queen. Muito pelo contrário.

— Não parece filha, seus olhos se acendem como uma árvore de Natal quando ele aparece. – retrucou Donna . - Ninguém nunca me olhou do jeito que ele olha para você.

— Ele é maravilhoso! De milhões de maneiras diferentes. Mas esse é o problema. É muito fácil me perder nele. E isso é muito ruim para mim.

— Minha filha, é assim que nos sentimos quando amamos alguém. Acredite ou não, ele se perde em você. E vocês vão se encontrar um no outro. Não complique. Não estrague algo que a maioria não consegue ter. Porque se você fizer isso, acredite, nunca encontrará um gato desse que goste de cachorro.

Elas estavam rindo da última frase de Donna, quando um burburinho começou na entrada do salão.

— Sra. Queen, pode nos dizer o que está fazendo aqui? – perguntou Susan Williams, a repórter do canal 52.

— Estou indo fundo, em minha busca pelo vestido ideal. Na verdade, estou aqui com a encantadora Laurel Lance. – ambas caminhavam lentamente e sorridentes, para que os fotógrafos pudessem tirar fotos. – Ela está à procura do vestido de casamento perfeito.

Ao se sentarem, Moira e Laurel, viram Dinah e as Smoaks do lado oposto, e sorriram com desdém.

Felicity balançou a cabeça tentando tirar seus pensamentos de Oliver e o que poderia ter acontecido com os dois se ela se deixasse levar pelas palavras de sua mãe e da sua amiga, percebendo que tudo não passava de uma ilusão.

Horas depois, Felicity e Dinah caminhavam para a saída do salão para encontrarem Donna que as esperava no estacionamento.

— Seria indelicado se fosse até Laurel perguntar se ela está noiva de Oliver? Ou talvez eu possa perguntar ao Tommy.

— Ela combina com ele. Embora ele seja bom demais para ela. Ele é interessante, ela não….

Antes que Dinah alertasse Felicity, Laurel chegou a tempo de ouvir o que ela havia falado.

— Sim, ouvi o que você falou sobre Ollie, e eu quero que saiba que também acho que ele é uma pessoa maravilhosa. Ele é um amigo maravilho para mim há tantos anos que não dá para contar.

— Vocês estão noivos? - perguntou Dinah sem rodeios.

— Hã. – Laurel sorriu sem jeito. – Sempre houve um entendimento entre nossas famílias que um dia nos casaríamos. Acredito que Oliver saberá o momento certo. E pretendo estar pronta quando esse momento chegar.

— Laurel….. – chamou Moira ao passar por elas sem sequer dar uma olhada, então Laurel a seguiu como um cachorrinho seguindo o osso.

— Eles não estão noivos. – afirmou Dinah.

— Eu não me importo.

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Thea e Felicity, dias depois do evento catastrófico, se encontraram numa cafeteria perto da casa delas.

— Ok. Sim eu acho que entendi. Hey, você é incrível!

— Obrigada por comentar sobre isso.

— Muito melhor que a ajuda da Laurel.

— Pelo menos ela tentou.

— Sim, se você chama de tentativa me ignorar, enquanto fica no telefone.

— Bem, por que não dar uma chance para ela? Sua mãe disse que ela pode ser sua cunhada em breve.

— Hã. Sim, ela quer. – Thea riu com descrença. – Ollie não vai se casar com ela. Ele boceja quando ela conversa com ele. Mas não boceja quando conversa com você. Ele fica bem acordado. Tipo… sorri quando te vê. Hahahahaha

— Então, quando terminar seu rascunho vou te ajudar a editar.

— Fique olhando, e vai ler o melhor texto que já escrevi. Obrigada, Lizzie. Sério.

As duas pararam em frente à casa de Thea, e Felicity ficou olhando-a subir as escadas e bater na porta. Assim que a porta foi aberta, Oliver deu passagem para que Thea entrasse e viu Felicity na calçada, ambos sorriram sem graça um para o outro, então, Oliver fechou a porta e Felicity deu meia volta atravessando a rua para a casa de Dinah.

Donna e Dinah estavam lado a lado no sofá lendo a manchete sensacionalista do Canal 52 pela internet, escrita pela repórter Susan William, em letras garrafais e ao lado da foto de Moira com Laurel no evento de noivas “OLIVER FEZ A PROPOSTA?”.

— Acha que isso é verdade?

— Não sei.

— Olá! Meninas! Hei! – cumprimentou Felicity

— Como foi o dever de casa? – perguntou Donna

— Bem! Thea é muito inteligente.

— Eu sei. Graças a Deus que ela tem Oliver.

— O que quer dizer?

— Ele quem cuidou dela quando seu pai morreu num acidente de barco. Você não sabia?

— Não, eu ……Me perguntava por que ela morava com o irmão, mas…

— Ele insistiu em ficar com ela.

— Mas por que?

— Isso não é a minha história para contar. Mas, Felicity, Oliver tem um bom coração, ele passou por muita coisa, largou sua vida de playboy, de festas e confusões para cuidar de uma irmã problemática.

— E eu disse a ele que ele não tinha problemas.

Felicity saiu da sala chateada deixando Donna e Dinah sozinhas.

— Moira armou isso. – afirmou Dinah apontando o dedo para a tela do notebook. – Aposto que chamou os jornais, e chamou os fotógrafos. Talvez eu deva rebater tiro com tiro, hum?

Donna balançou os ombros em concordância e elas começaram a trabalhar.

No dia seguinte…

— Bom dia! – Felicity falou ao ver Dinah na cozinha preparando o café da manhã.

— Marquei para você uma sessão de box.

— Box?

— Sim, box. Tem um ginásio na rua de trás, um amigo meu é dono de lá. Ele se chama Rene Ramirez. Você está precisando de aliviar essa tensão, para a competição deste fim de semana. Essa é a sua missão do dia.

Dinah entregou as luvas de box vermelha para Felicity e apontou para o quarto, mandando que ela fosse se trocar, depois tomou um gole do seu café e sorriu diabolicamente.

Meia hora depois, Felicity atravessa a porta da academia Wild Dog, ela seguiu para a garotinha por trás do balcão.

— Bom dia! Eu sou a ….

— Felicity.

— Como você ….

— Tia Dinah ligou e me avisou sobre você. Já estávamos te esperando. Eu sou a Zoe.

Felicity sorriu para Zoe que retribui o sorriso, depois Zoe a levou para um dos cantos do grande salão da academia e posicionou Felicity em frente a um dos sacos de areia.

— Fique aqui Felicity, vou chamar o meu pai.

Rene chegou logo depois e passou instruções para Felicity, ela começou a socar o saco imediatamente conforme ele havia instruído. Meia hora depois, Felicity socava o saco de areia com raiva quando ouviu uma voz bem conhecida.

— Oi. Mantenha o pulso reto. Para não torcer. – Felicity parou o saco de areia e olhou para trás vendo Oliver parado com as mãos por trás das costas, então virou-se para o saco novamente e o socou uma vez com a mão direita conforme a explicação de Oliver. – Srta. Smoak.

— Oi. Pode me chamar de Felicity. Ou Lizzie. Foi o apelido que sua irmã, Thea, me deu.

— Felicity fica melhor. É mais … Deixa pra lá.Por que está aqui?

— Oh …. Dinah achou melhor eu fazer alguns exercícios para diminuir a tensão.

— No mesmo dia que ela sabe que eu venho treinar toda semana? - Felicity enrugou as sobrancelhas e ficou parada olhando para Oliver como um cervo congelado nos faróis. – Você está bem?

— Hum.

— Você está fazendo aquela coisa com as sobrancelhas.

— É só… - Felicity fechou os olhos e passou a mão pela testa. – Dinah está tentando nos juntar. Eu sinto muito, se soubesse não teria vindo.

— Tudo bem. Eu iria te encontrar de qualquer maneira.

— Eu quero…. – ambos falaram ao mesmo tempo.

— Por favor, continue. – pediu Oliver.

— Quero lhe pedir desculpas pelo que eu disse outro dia…. Sobre você não ter problemas reais. Eu estava chateado por outras razões.

— Não leve para o lado pessoal. Eu queria te agradecer por ajudar Thea. Ela disse que você é uma ótima professora. Obrigado!

— Ela é uma ótima aluna, e, obviamente, acha que você é o sol e a lua. Eu te admiro, por cuidar dela. Apesar de ser jovem.

— Você deve admirar a ela. Ela e eu estivemos juntos em circunstancias difíceis.

— Eu não sei porque eu achava que o dinheiro protegia as pessoas da dor, ou da necessidade de trabalhar.

— Você pensa que eu não trabalho?

— Bem, quero dizer, não dá trabalho contar seu dinheiro?

— Claro…

— Hei, boss!

— Oi, Rene.

— A escada salmon está liberada.

— Escada salmon?? – perguntou Felicity.

— Venha, eu vou te mostrar.

Oliver ajudou Felicity a tirar suas luvas e a levou até onde estava instalado o equipamento que Rene se referia, ela olhou para a escada de ferro suspensa no ar e inclinou para o lado direito a cabeça em interrogação, fazendo com que Oliver sorrisse

Alguns minutos depois……

— Explica de novo porque eu achei que seria divertido. – Felicity pergunta pendurada na escada salmon.

— Sei lá. Desça, desça. – Oliver fez sinal para que ela descesse e Felicity desceu olhando para suas mãos enquanto ele se dirigia a escada.

— Certo. Isso é apenas barra fixa. – ele explicou.

— Certo.

— Todo mundo sabe fazer barra.

— Bem ….

— É barra com alçamento no fim. – à medida que Oliver explicava, ele demonstrava – Um floreio no final. – ele, então, sobre um degrau e pula para o chão.

— Eu não consigo fazer barra.

Oliver faz um gesto com o dedo chamando Felicity – Venha cá.

— Certo. Eu não floreio bem.

— Acredito em você. Pronta?

Oliver a segurou pela cintura e a posicionou em frente a barra fazendo com que Felicity a segurasse.

— Oh, meu Deu! Estou com o queixo na barra. – ela balançava as pernas e olhava empolgada por cima da barra.

— Mais ou menos. – Oliver se posicionou a sua frente – Certo. Muito bem.

— Certo.

— Um, dois, três. Vai!

— Sim. Não, não, não. Socorro!

— Está bem. Eu te peguei. – Oliver vai em socorro à Felicity e a pega no ar pela cintura, ela segura nos ombros de Oliver e ambos por um momento ficaram se olhando até que ele a colocou no chão.

— Eu fiz mais ou menos. Eu acho. – ela falava arrumando a camiseta

— Claro. – ele respondeu com a cabeça baixa.

— Podemos trabalhar na barra.

— Você fez metade de uma.

— Metade, eu aceito a metade. Excitante. Eu acho que não sou boa nisso.

— Sejamos justos, você fez muito bem para uma primeira vez.

Os dois estavam próximos um do outro e sem que percebesse, Oliver enconchou o rosto de Felicity com as duas mãos e a beijou. Depois do beijo inesperado, ambos se olharam assustados e Felicity saiu correndo em direção a saída da academia deixando Oliver com as mãos no ar.

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— Não sei quem você pensa que é vindo a minha casa com esse lixo. Me acusando…

— Não, ela está morando…

— Você precisa ir embora. Precisa se desculpar!

— Não tenho intenção de fazer tal coisa. Eu …. Aí está ela. Talvez ela possa se explicar.

Moira e Dinah discutiam na sala de estar desta quando Felicity chegou.

— Explicar o que?

— Isto aqui. – Moira levanta um jornal com a foto dela e de Oliver na academia, no momento em que Oliver a segura pela cintura. – Deixe eu ler a manchete. “ Oliver Queen foi flagrado ontem, em carícias com uma mulher anônima. O relacionamento dele com Laurel Lance terminou?”

— Não estávamos nos acariciando.

— Ah, sim. Estamos no século 21, mas ainda tenho certeza que uma mulher que tenta seduzir o homem de outra mulher continua sendo uma criatura repugnante. – Moira falou com desdém virando as costas para ir embora.

— Oh, pare com isso e desça do pedestal. – criticou Dinah fazendo com que Moira desse meia volta. – Oliver não colocou um anel no dedo de Laurel.

— Isso não foi uma sedução. Ele só me beijou, e que beijo! – Felicity pensou.

— O que? Oliver te beijou!?

— Oh, meu Deus. Eu falei isso alto, não foi? – Felicity olhou horrizada para Moira.

— Se não ficar longe de meu filho, me certificarei, pessoalmente, de que irá se arrepender.

— Tem certeza que sabe que estamos no século 21? Ele é um homem adulto e pode escolher com quem ele passa o tempo. – Dinah falou desafiadoramente.

— Você tem alguma ideia da importância do papel de Oliver como chefe da Fundação da família?

— Por favor …..

— Quantas pessoas ele impactaria? O quanto é importante cada escolha que ele toma? A esposa certa vai torná-lo ainda mais eficaz no mundo? Mas a errada …….- Moira neste momento olha de esguelha para Felicity.

— Como você tomou há 17 anos atrás? Dormindo com Malcolm Merlyn, um ano antes de Thea nascer? – acusou Dinah, Moira.

Moira olhou ferozmente para Dinah, e antes que ela fizesse qualquer coisa, Felicity a interrompe.

— Não vejo razão para continuar essa conversa. Por favor, vá embora.

— Então o que você vai fazer com essa informação. “Felicity”?

— Acho que a senhora quem deve contar para a sua filha. Ela devia ficar sabendo pela senhora.

— Eu não vou contar nada a minha filha. E nem você. Se você não quer guardar segredo o meu segredo pelo bem da Thea, que seja pelo seu. Eu vejo como você olha para o meu filho. Se você contar para ela, você vai partir o mundo de Oliver ao meio, e uma parte dele vai sempre culpar você. Ele vai me odiar, com certeza. Mas ele vai te odiar também. Todos nós temos que guardar segredos, Srta. Smoak.

— Não ameace a minha amiga, ela não tem nada a ver com suas sujeiras e mentiras, “Sra. Queen”.

— Já falei o que precisava ser dito.

Dinah cruzou os braços e olhou ferozmente para Moira, esta caminhou lentamente para a porta de saída como se nada tivesse acontecido.

— Isso foi um desastre. Se a imprensa tentar me investigar, toda a terrível confusão com Slade Wilson pode estar em todos os jornais amanhã, e nunca serei contratada novamente como professora. – Dinah abriu a boca para falar, mas Felicity a interrompe. – Não. Se as câmeras seguem Oliver Queen. Eu tenho que ficar longe dele, bem longe dele.

— Isso pode ser difícil de fazer. O “Western Country Show” é nesse fim de semana, e Oliver está programado para julgar os terriers.

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O fim de semana nunca custou tanto a chegar como esse, pensou Felicity.

Dinah estava escovando Rose quando Felicity chegou nervosa.

— Sinto que há câmeras por todo lado, esperando para atacar.

— Primeiro, estaremos bem longe da cidade. Em segundo lugar, essa foto será antiga, notícia velha. Todo mundo já estará falando da próxima fofoca.

— Olha a Laurel. Preciso falar com ela.

— Mas é quase a hora de ……..

Laurel já estava sentada na primeira fileira quando Felicity foi até ela.

— Com licença. – Felicity pediu a uma senhora que estava sentada antes de Laurel, passou pela Laurel sentando-se ao seu lado. – Laurel ….Quero me explicar. Essa foto no jornal de mim com seu … seu… Oliver. Deu a impressão errada.

— Está tudo bem. Eu sei que Ollie é muito leal. Tenho certeza que foi um encontro inocente.

— E foi. Gostaria que não tivesse acontecido. Eu desejaria nunca ter ficado perto de Oliver Queen em nenhum lugar.

De repente Felicity ouve um pigarro atrás dela.

— Srta. Smoak? – cumprimentou Oliver sentado ao seu lado. – Acredito que é a número 1 hoje?

— Sou. –Felicity responde apontando para a sua faixa de participante colocado no braço esquerdo. - Acho que vou… embora – ela se levanta deixando um sorridente Oliver e uma ciumenta Laurel para trás.

Laurel olhou no rosto de Oliver e observou que ele nunca sorria para ela, como sorria para Felicity Smoak.

No momento em que Felicity saiu, ela se encontrou com Moira Queen, e esta a olhou com desprezo e desdém, o que não passou despercebido por Oliver. Então, Oliver se levantou e foi atrás de Felicity.

— Srta. Smoak. – ele a segurou pelo cotovelo impedindo-a de seguir em frente. – O que está acontecendo com você e minha mãe? E não diga que não é nada.

— Não é nada.

— Fe.li.ci.ty

— Bem, minha mãe é minha mãe, e meu pai, ele nos deixou quando eu tinha sete anos.

— Você está com problema na sua família?

— Não. O problema e a sua família……..

Depois que Oliver anunciou Felicity e Rose como ganhadoras dos terriers, ele foi até sua mãe que estava parada com seu blasé esperando ser a próxima na competição e sussurrou em seu ouvido.

— Eu sei.

Moira congelou em seu lugar e tentou falar, mas não consegui emitir nenhuma palavra, sua boca abria e fechada como um peixe fora d`água.

Felicity e Dinah já estavam do lado de fora do salão indo embora quando foram interrompidas.

— Hã, hã. – pigarreou Sr. Curtis, acompanhado de Oliver.

— É o diretor do circuito. – falou Dinah entre dentes para Felicity.

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— Sra. Drake , fui informado de um conflito de interesses na decisão de hoje de Rose no grupo terrier.

— O quê? – falou Dinah indignada.

— Foi o que minha mãe disse. – respondeu Oliver.

— Parece que nosso juiz é intimo da adestradora. – Sr. Curtis entregou um jornal para Dinah com a foto de Oliver e Felicity.

— Eu já informei que não há nenhuma intimidade. – explicou Oliver.

— Nem um pouco. – acrescentou Felicity. – Eu e o Sr. Oliver, isso é impensável.

— Olha, eu vou permitir que a decisão de hoje permaneça com uma condição: que a Srta Smoak não apresente seu cachorro enquanto o Sr. Queen estiver julgando os terriers.

— Mas ele está na programação para julgar os próximos três shows.

— Eu me abstenho. – comunicou Oliver.

— Receio que isso nos deixa em maus lençóis. – falou Sr. Curtis contrariado.

— Ninguém vai contrariar, Dinah. – Felicity falou antes que Dinah se manifestasse. – Aqui é o Colégio Clayton de novo.

— Eu não tenho nenhum problema em contrariar uma decisão ruim. – insistiu Oliver.

— Esse é o seu mundo, e tem o direito de me mostrar a saída, e eu prefiro sair se a verdade não importa.

Felicity deu-lhes as costas e puxou Rose consigo, Dinah a segui, mas antes jogou o jornal no peito do Sr. Curtis.

— Tudo correu bem. – Oliver falou com sarcasmo.

………………………………………………………………………..

Um mês havia se passado desde o incidente com o diretor do circuito. Dinah contratou outro adestrador e Felicity o ajudava a preparar Rose, e quando Dianh e Rose estavam nas competições, Felicity e Ophie passeavam pela cidade.

Ao voltarem num desses passeios, Felicity encontrou Oliver batendo na porta da casa de Dinah.

— Foi por isso que ninguém atendeu minha batida. Quero te pedir desculpas por tudo que aconteceu na última competição que participamos juntos.

— Eu já te desculpei. Sei que você não fez parte disso. Sua mãe, ela é um tanto persuasiva.

— Eu gostaria de discutir a situação, se tiver um tempo.

— Vamos entrar.

— Prefiro falar isso em outro lugar. Felicity, você quer sair para jantar comigo?

— Estou falando sério, Oliver.

— Eu também.

— Eu não quero entender tudo errado, mas você está me chamando para um encontro? Um encontro de verdade? Em encontro, encontro?

— Cla… Quer dizer, a implicação do jantar é que você…

— Normalmente sou eu que falo em frases fragmentadas.

— Você quer sair para jantar comigo? – Oliver sorriu.

— Quero. – Felicity balançou a cabeça concordando.

—---------------------------------------

— Queen. Mesa para dois. – Oliver falou para o metre, assim que entrou no restaurante italiano.

— Por aqui.

Assim que Oliver viu Felicity sentada, vestida com um vestido vermelho e seus cabelos encaracolados e soltos na altura dos ombros, ele sorriu.

— Oi.Oi. – Felicity levantou-se da mesa para cumprimentar Oliver e eles se abraçaram.

— Oi. – respondeu Oliver olhando-a intensamente.

— O que foi? – Felicity perguntou olhando para os lados.

— Nada. Eu só estou …..

— Nervoso?

— É.

— Pode entrar na fila……..

— Scotch. Puro – pediu Oliver ao garçom.

— Só água para mim, Obrigada.

— Tem certeza? A bebida pode meio que ajudar com toda a …..

— O álcool não vai cair bem com os três diazepans que tomei.

— Estou ficando maluco? Quer dizer, por que a gente precisa ficar nervoso?

— Bem, já esgotamos todos os tópicos que normalmente seriam abordados em uma competição, numa primeira competição, e segundo e terceiro, e em todos as competições. Na verdade, e já vi você malhando.

— Ainda tem algumas coisas que você não sabe sobre mim.

— Por favor, diga uma.

— Nos últimos cinco anos, eu nem sempre fui esse cara responsável.

— Eu imaginei.

Oliver falou por mais alguns minutos antes de chegar no assunto que ele queria realmente falar.

— … ai eu entrei na academia. Você foi a primeira pessoa que eu enxerguei. – Oliver balança a cabeça e sorri com a recordação. – Tinha alguma coisa de especial em você.

— É, eu estava socando o saco de areia. – sorriu envergonha Felicity colocando o cabelo por trás da orelha.

— Sua luva era vermelha.

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Felicity e Oliver ficaram noivos na festa de Natal. Dois meses depois, eles se casaram.

Moira começou sua campanha para prefeita de Star City, Laurel foi embora para Huby City, ela seria a nova promotora da cidade. Dinah e Tommy ainda continuam juntos, Donna conheceu o pai de Laurel e começaram a namorar, Ray conheceu a irmã de Laurel, Sara Lance, que acabou se tornando umas das amigas intimas de Felicity, e se apaixonaram, pretendendo se casarem no meio do ano. Thea nunca soube que era filha de Malcoln Merlyn.

Um ano depois…..

Oliver corria pelo bosque, vestindo seu moletom com capuz verde, quando passou por um de seus vizinhos que estava regando a grama, indo em direção a sua casa.

— Bom dia!

— Como vai você?

Ele sorriu ao entrar em casa e viu os porta-retratos com as fotos das viagens que eles fizeram na lua de mel. Felicity estava sentada no balcão ao lado do fogão.

— Oi. – ela pulou do balcão largando a revista que estava lendo, e pegou a frigideira juntamente com uma colher e foi ao encontro de Oliver.

— Ah. Está bem. – Oliver falou ao ver Felicity com a colher indo em sua direção. – Está quente!

— Ahh! - Felicity sorria esperando o veredicto.

— Felicity Smoak Queen. Você falou com essa omelete.

— Mesmo? – ela murchou seu sorriso e olhou de lado para Oliver.

— Sim.

— É um crime o modo como aprendeu rápido a cozinhar. – ela falou ao jogar fora a omelete na lata de lixo.

— Eu sempre quis fazer além do que era possível em minha casa, que era basicamente cru ou cozido. - ele começou a preparar uma nova omelete para dividir com sua esposa.

— E como foi a corrida?

— Foi boa. Estou me acostumando a correr sem os nossos cachorros.

— Hum, hum. – Felicity abraçou Oliver beijando-o em seguida.

— Estou suado.

— Eu sei. Eu gosto!

— É?

— Eu te amo, Oliver Jonas Queen!

— Felicity Meghan Smoak, quer casar comigo?

— Eu acho que já fizemos isso. – ela respondeu ao mostrar-lhe o anel em seu dedo esquerdo.

O resto são outras histórias ……….

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.