Nas Profundezas do Lago - Dramione - 2ª Temporada

O que ainda permanece escondido?


Capitulo 14: O que ainda permanece escondido?

Minerva foi firme ao dizer à punição que cada uma das alunas receberia pelo mau comportamento que tiveram em sala de aula, o qual, não era a primeira vez. Anne seria suspensa pelo uso indevido de magia. A princípio, Mineira cogitava a expulsão da mesma, mas preferiu não concretizar, já que a aluna não sabia ao certo o que estava fazendo e parecia muito confusa com a consequência de seus atos. Apesar de ter colocado a vida um colega em risco, agiu sem pensar e pode ver também, que a menina esta arrependida. Anne ficaria em casa por um Mês, retornando a escola, apenas para fazer provas, e as faria em sala separada de seus colegas de casa. Já Mia, não seria suspensa, mas ficaria de detenção também por um mês ajudando Filtch a fiscalizar os livros que estavam sendo expostos para os alunos. Minerva desconfiava que o livro que Anne encontrou em seu salão comunal, não deveria estar ali. Ambas as alunas e seus pais concordaram com a decisão. Embora Pansy tenha questionado a não suspensão de Mia, já que foi a mesma que havia começado a confusão. Minerva explicou com paciência a diferencia de gravidade de cada situação. Mia começou sim a briga, porem, foi Anne quem usou um feitiço sem conhecimento para atingir um colega. Acertou Vitor sem querer, de fato, mas a intenção de Anne era atingir Mia, mesmo que não estivesse pensando em seus atos no momento. Pansy bufou, mas não disse mais nada.

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Tanto Draco quanto Hermione estavam indignados com que acontecia, principalmente com os protestos de Pansy em relação a decisão que Minerva havia tomado. Por diversas vezes, Hermione dava um leve toque no braço de Draco, para que ele não se manifestasse contra Pansy. Ela podia sentir os músculos dele ficando rígidos cada vez que ouvia Pansy abrir a boca. Hermione não estava diferente, mas Hermione tinha um controle mais racional do que Draco. Mas Ela o entendia perfeitamente. Toda vez que Pansy falava algo, Hermione se lembrava da audiência para o caso de Draco, e o quando Pansy fazia de tudo para prejudica-lo. Isso porque durante toda a vida, a ouvia gritar para quem quisesse o quanto o amava. Pansy não tinha ideia do que era amar alguém. Hermione até duvidava as vezes, se Pansy amava a própria filha pelo tanto que a influenciava em atitudes ruins. Por outro lado, Hermione sabia o quanto a filha era importante, também era mãe e sabia que Pansy faria o possível e o impossível para ajudar Anne. Pansy era alguém muito difícil de entender.

— Com licença, Senhora McGonagall – Disse Madame Promfrey aparecendo na porta da diretoria. – Apenas vim avisar que o menino Zabini já foi levado para o Hospital pelos pais.

— Obrigada pelo comunicado! Bom... Peço que a senhorita Parkinson vá arrumar as suas coisas para ir para casa com sua mãe. - Viu Anne assentir levemente com a cabaça. – Já Mia volte para a sala de aula. – Foi à vez de Mia assentir. - Mais tarde Filch irá te buscar para começar a cumprir a sua detenção. Daqui a pouco vou passar na sala para avisar os alunos do ocorrido.

Anne saiu acompanhada da mãe. Nenhuma das suas olhou pra trás antes de deixar a sala. Mia foi em seguida após se despedir dos pais.

No corredor voltando para a sala de aula, Mia pode observar de longe Anne e Pansy descendo as escadas para ir até as masmorras. Uma atitude de Anne chamou a sua atenção: Mia viu Anne tirar a mão de Pansy de seu ombro de forma ríspida e se afastou da mesma sem dizer nada. Pode ouvir Pansy chamando pela filha e confusa pelo comportamento da mesma. Por alguns instantes Mia ficou curiosa com o gesto, mas não deu muita bola, Anne não era importante naquele momento. Mia tinha outras coisas mais serias com o que se preocupar. Sua mente logo foi para Vitor e relembrou tudo que havia acontecido com ele. Ficou muito assustada quando o ouviu gritar e cair no chão. Não fazia ideia do que fazer ali. Mia só desejava que o amigo ficasse bem e ela queria muito que pudesse visita-lo.~*~

— Preciso passar na sala de poções antes de ir para o salão comunal – Disse Anne enquanto caminhava pelos corredores do castelo, acompanhada pela mãe. – Pode indo na frente, não vou demorar.

Pansy nada disse naquele momento, apenas assentiu. Ainda estava confusa pelo jeito que a filha estava a tratando. Entendi que a filha pudesse estar chateada e assustada por todo o ocorrido, principalmente, por Victor. Porem, não entendia o tratamento de Anne para com ela.

— Vou te esperar no seu dormitório, então! – Disse depois de um tempo, olhando para a filha ao seu lado, mas Anne nem a olhou de volta, apenas desviou o caminho e seguiu para onde planejava.

A sala de poções estava vazia naquele momento. Depois do que havia acontecido naquela manhã, os alunos foram dispensados. Foi um alivio para Anne não ver ninguém ali. Não queria encontrar com suas amigas lhe fazendo mil perguntas sobre como estava seu colega de casa, ou pior, encontrar os alunos da Grifinória lhe encarando com ódio por quase ter machucado Mia. Já estava mal o suficiente, para ter que lidar com olhares e comentários dos outros que não faziam ideia de como estava se sentindo. Por um instante Anne estava aliviada por estar indo passar um tempo em casa, longe de tudo aquilo.

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Caminhou as passos lentos até um dos armários da sala. Precisava pegar um ingrediente para um trabalho que tinha data de entrega para daqui uma semana. Agora que havia sido suspensa, teria que se empenhar mais nas matérias para manter o bom desempenho escolar. Pegou cada ingrediente que precisava para executar a tarefa, mas antes de chegar as pesadas portas de madeira, Anne reparou em algo: Havia um buraco no fundo no armário. Olhou em direção a porta para ver se não havia risco de ninguém chegar de repente, é começou a tirar frasco por frasco daquele armário para alcançar a abertura no fundo. Teve um pouco de dificuldade para tirar a madeira, que supostamente, tampava o buraco. Conseguiu. Colocou-se mais para dentro do móvel e acendeu a varinha para conseguir enxergar o que havia lá dentro. Não viu nada a principio, mas mexendo mais sentiu algo estranho. Parecia algo de madeira e quadrado. Anne deduziu que pudesse ser uma caixa. Esforçou-se mais para conseguir tirar o objeto de lá e tirou. Não errou na sua dedução, era uma caixa de madeira decorada.

— Que caixa é essa? E porque esta aqui? – Sussurrou para si mesma. A curiosidade lhe fez abrir a caixa e ficou mais confusa ainda pelo que continha em seu interior. Haviam pequenos frasco de vidro e pequenos pergaminhos, que não pode abrir naquele momento. Anne já estava demorando demais naquela sala, e a qualquer momento poderia aparecer alguém. Pegou a caixa e colocou dentro da mochila que havia deixado na sala, junto com os ingredientes. Arrumou o armário como tinha encontrado, pegou a mochila e colocou em suas costas, antes de sair da sala e fechar a porta atrás de si.

~*~

A cabeça de Pansy parecia que ia explodir, por isso, decidiu parar um pouco de organizar as coisas da filha e se sentou na cama da mesma. Fechou os olhos por alguns instantes para ver se a dor diminuía, mas nada adiantou. Pansy se sentia tão frustrada com tudo que estava acontecendo. Se já não bastassem as ameaças que sofria por parte de Frederico em fazer de tudo para ter Anne com ele, ainda tinha que aguentar ver sua única filha levar a culpa sozinha pelo acidente de Victor. Anne foi errada? foi, mas Mia também tinha sua parcela de culpa e por mais que tentasse argumentar com McGonagall, nada adiantava, o máximo que Mia teve de punição, foi um mês de detenção.

— Malditos! – Deixou escapar em pensamentos altos, enquanto levantava da cama, já impaciente com a demora de Anne, e indo até a janela, para observar um pouco as criaturas vivendo nas profundezas do lago. Suspirou cansada, enquanto sem perceber, um filme começou a passar em sua mente. Lembrou-se de sua época de infância e adolescência e de como as coisas era muito mais fáceis, tinha como obrigação apenas ter um bom desempenho nos estudo e lidar com os dramas de ser apaixonada por Draco Malfoy. Riu ironicamente. Em meio a tantas lembranças uma lhe fez perder o ar.

23 de Dezembro de 1994 (Semana do baile de inverno)

Sexta- feira chegou muito mais animada do que de costume. Era um falatório por todos os cantos do castelo. Tudo porque no dia seguinte irá acontecer o grande baile de inverno. Pansy estava eufórica. Mal dormiu a noite pensando no convite que Draco havia feito a ela, na noite anterior, para ser o seu par. Draco havia sido direto e simples do sei jeito, mas já bastou para ela estar ansiosa para o grande dia. Levantou cedo e logo já tratou de se arramar, acordar suas amigas para saírem. Nem iria tomar café. Como o dia estava liberado e não haveria aulas, ambas tinham combinado de saírem para comprar seus vestidos. Pansy queria o melhor que estivesse da loja, por isso escolheu sair no período da manhã, antes que as lojas lotassem com os outros alunos.

A neve caia em suas cabeças a medida que andavam pelos jardins do castelo em direção ao portões. Suas roupas luxuosas não a deixando sentir muito frio. Quando estava quase atravessando os portões, alguém lhe chamou a atenção e ela parou imediatamente. Narcisa Malfoy vinha com seu sobretudo elegante e sóbrio, trazendo uma sacola nas mãos. Vinha com a cabeça baixa, como se estivesse pensativa e não a viu de primeiro momento.

— Senhora Malfoy? – Decidiu tomar a iniciativa para chamar a atenção dela.

Narcisa lhe encarou e logo soltou um sorriso leve e sincero.

— Olá! Como esta, querida? – Perguntou se aproximando mais de Pansy.

— Estou bem, obrigada! Estou indo comprar o meu vestido para amanhã. – Disse não conseguindo conter o sorriso.

— Draco me contou que a convidou para o baile – sorriu para ela. – Vim trazer os trajes dele.

Pansy olhou mais atentamente para a sacola que carregava e até tentou olhar o conteúdo mas não conseguiu. Porem, outra coisa lhe chamou a atenção ao olhar para as mãos de Narcisa, enquanto a mesma ajeitava a sacola...

— A pulseira que senhora Foster estava usando, era da Narcisa? – Pansy refletiu em sussurro. Nem notou que Anne estava ao seu lado lhe olhando sem entender.

— Que pulseira? Mamãe estou há um tempão te chamando. – Disse num tom preocupada pelos olhos arregalados da mãe, sem apresentar nenhuma reação. - Que cara é essa? Parece que viu um fantasma!

— O que? – Pansy finalmente voltou à realidade. – Não é nada, meu amor! Vamos para a casa.

~*~

Nem chegou a abrir por completo a porta do quarto e Draco já sentiu o vento que vinha da janela lhe atingir sem muita violência. Entrou em silencio incerto do que poderia encontrar. Porem, só esperava que Vitor estivesse bem. A primeira visão que teve, foi dos pais do garoto em pé ao lado da cama em que estava. Abraçado e concentrados em cada movimento do filho. Nem perceberam Draco se aproximar. Do casal, seus olhos foram para o garotinho que dormia profundamente. Parecia estável, mas Draco preferiu perguntar:

— Como ele está?

Foi só então que Astória e Blasio viraram ao mesmo tempo notando a presença de Draco. Quando Draco saiu de Hogwarts junto de Hermione, duas coisas tinha decidido que faria: Visitar Vitor e encontrar com Pansy. Queria muito que sua esposa fosse junto, mas entendia seus compromissos com o Ministério. Então estava apenas ele dando apoio aos amigos que tanto lhe ajudaram quando ele mais precisou. Devia muito a eles.

— Agora esta bem! – Disse Astória. Draco notou suas bochechas vermelhas que o fez deduzir que a mesma tinha chorado. – Graças a Merlin fomos capazes de chegar, estava com tanto medo de aparatar com ele naquele estado. Mas conseguimos. – Suspirou relaxando toda a tensão do corpo.

— Fico aliviado que esteja tudo bem, foi um grande susto. – Disse calmamente. – Hermione não pode vir, mas esta na torcida por ele. Ela mandou dizer que se precisarem de algo, ela estará a disposição... E eu também, é claro.

— Obrigado! – Foi a vez de Blasio de pronunciar. – O que aconteceu depois que saímos?

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— Mia esta de detenção e Anne foi suspensa. - Suspensa? – Pergunto Astória indignada. – Ela deveria ter sido expulsa. Anne quase matou colega.

Embora não tenha dito nada a primeiro momento, Draco concordou com os argumentos de Astória. Olhou por alguns segundos o garotinho dormindo e imaginou que se não fosse por Vitor, era Mia quem estaria ali. Esse pensamento lhe bateu como um soco no estomago e ficou extremante dividido com o que sentia. O ódio que estava de Pansy passou no mesmo instante para a menina. Todo aquele sentimento de pena que estava sentindo no escritório de McGonagall o deixou. Porem, os olhos medrosos e assustados dela, alcançavam suas lembranças, o fazendo questionar se ela deveria mesmo ter sido expulsa. De qualquer forma, a única convicção que Draco tinha, é que tudo aquilo estava acontecendo por culpa exclusiva de Pansy Parkinson.

— Tomei a decisão que vou falar com a Pansy! – Disse Draco deixando seus pensamentos apenas para si. – Já faz um tempo que venho cogitando isso e agora chegou o momento.
— Quando vi meu filho no estado que estava na enfermaria... – Começou Zabini. ­– Eu estava pronto para dizer umas poucas e boas para aquela miserável, mas não pude... Por isso tem meu total apoio. Você precisa mesmo falar tudo o que pensa pra ela, alias já passou da hora.

Astória apenas concordou com a cabeça.

~*~
Só sabia que era dia, graças a luz que entrava pela pequena fresta da janela que ficava no alto de sua cela. Não sabia as horas e nem o dia em que estava. A cada dia que passava perdia mais a noção do tempo, e sua idade já não o ajudava mais. Com dificuldade Lucius se posicionou na direção da luz que entrava, para tentar se aquecer, mesmo que o mínimo que fosse. Fechou os olhos e respirou fundo ao sentir o calor do sol em seu rosto envelhecido. Estava cansado pela noite mal dormida. Ainda de olhos fechados, Lucius se lembrava com clareza do que tinha acontecido. Não sabia dizer se tinha sonhado ou não, estava confuso também. Mas mesmo assim, ele tinha quase certeza que foi real, ele queria que fosse real.

Ninguém havia lhe visitado desde o dia que chegou em Azkaban, exceto os guardas que o buscavam para interrogatórios ou lhe trazer alguma coisa que necessitasse.

Estranhou quando ouviu passos no corredor em direção a sua cela. Era um barulho diferente do que ele estava acostumado, era barulho de salto. A luz da lua entrava fria e as ondas estavam mais agitadas. Só assim Lucius conseguia distinguir o dia e a noite. Não sabia que horas eram, mas sabia que não era horário de visitas. Encolheu-se debaixo do cobertor em num canto da cela com receio de quem poderia estar ali e se questionou como alguém conseguiu entrar naquela hora. Prendeu a respiração e esperou pelo que aconteceria.

— Me doi tanto te ver assim! – Disse a voz que fez Lucius arregalar os olhos. Estava escuro e não conseguia ver direito quem estava ali, mas conhecia muito bem aquela voz. – Eu sinto muito, querido!

Lucius não reagiu. Não sabia o que fazer... Ao mesmo tempo em que queria olhar para quem estava ali, não conseguia. Estava em choque.

Voltou a realidade quando ouviu baterem na grade da cela, lhe chamando a atenção. Ao sentir o cheiro de comida, foi inevitável o ronco de seu estomago.

— Café da manhã, Malfoy! – Disse Murilo, um dos gradar que ficavam na ala em que estava. Era um dos únicos contatos de Lucius tinha.

— Obrigado! – Disse indo até a grade com dificuldade. – Murilo, posso lhe fazer uma pergunta?

— O que quer, Malfoy?

— Poderia chamar a Ministra, por favor? Preciso falar com ela... é importante!

Murilo estranhou aquele pedido tão repentino, mas veria o que poderia fazer. Lucius precisava que ela fosse até ele para contar o que havia acontecido, só ela lhe daria ouvidos a algo tão importante. Lucius precisava mais do que nunca de Hermione.

~*~

Não precisavam de muito tempo, pois isso, foram direto ao ponto, quando Aurora serviu dois copos de whisky para brindar com o seu companheiro. Tinham marcado de se encontrarem antes do 2º turno no Ministério começar. Precisavam ser discretos.

— Tem certeza que não deixou nada para trás – Perguntou Aurora entregando o copo de bebida para o rapaz sentado no seu confortável sofá.

— Absoluta, pode ficar tranquila! Assim que saiu tratei de verificar se tudo estava em ordem. Sabe que se tratando de feitiços imperdoáveis eu sou o melhor... Sempre fui. – Disse o homem dando um gole na bebida gelada.

— Assim espero – Disse Aurora com suas expressões serias. Ela não estava para brincadeira. – Tudo tem que sair como combinamos. Theodore.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.