Naruto - My Chance At Love (itachi)
Capítulo 21 - Revelação
Mesmo que Kisame tivesse levado os outros membros para fora e estivessem agora sozinhos, era difícil começar uma conversa daquele tipo, do nada.
Por isso é que estavam agora sentados nos sofás, um em frente ao outro, em silêncio. Maiko sabia que Kisame não demoraria muito a voltar, mas não sabia por onde começar. Eles não eram pessoas normais. Como é que poderiam ter uma conversa normal e depois ter uma relação normal? Como é que ele tinha passado por aquilo com a ex-namorada?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Eu sou um ninja. – começou Itachi, depois de alguns minutos de um silêncio constrangedor – Sou um ANBU. Pertenço à Akatsuki. Nunca vais conseguir ter uma relação normal, comigo.
- Eu sei. – disse Maiko.
- Eu sou um assassino. – continuou Itachi – Matei o meu clã inteiro, numa noite.
- Isso…
- Ajudei a matar o Kazekage. – continuou Itachi, interrompendo Maiko – Matei muitos antes disso e vou continuar a matar enquanto continuar a viver.
- Eu sei. – disse Maiko, apontando os olhos para o chão.
- Eu estou doente. Com uma doença que me consome a vida sempre que respiro. – concluiu Itachi – E também não vou deixar que tentes curar-me.
- Porquê!? – perguntou Maiko, levantando-se – É porque não confias em mim!?
- Não. – respondeu Itachi – Já deves ter notado que ficas cansada quando me curas, certo?
- Sim, mas…
- Não é natural. – interrompeu Itachi – Já tentei médicos e curandeiros. Muitos disseram que não havia cura e os que tentaram curar-me, falharam. Houve um rapaz que tinha poderes semelhantes aos teus. Quando tentou curar-me, morreu.
- Qu…que tipo de doença é essa? – perguntou Maiko, um pouco assustada – Nunca ouvi falar de nada assim.
- A princípio pensei que fosse por causa do mangekyou sharingan. – disse Itachi – Depois descobrir que é uma doença rara, com raízes no clã Uchiha. – ele riu-se – E agora que estão todos mortos, não faço a mínima ideia de como combater o vírus.
- Então…vais morrer? – as lágrimas preencheram os olhos de Maiko – Por muito que eu tente ajudar, não posso fazer nada?
- Mesmo sabendo que não vou viver mais do que cinco anos, continuas a querer uma relação comigo? – perguntou Itachi, levantando-se quando Maiko começou a chorar e a soluçar. Quando ela anuiu com a cabeça, ele aproximou-se e afagou-lhe a cabeça – Então, daqui para a frente, por favor, toma conta de mim*. – com um sorriso, abraçou-a até os soluços pararem – Quero mostrar-te uma coisa, amanhã. Será que estás disponível?
Mais uma vez, agora com a cara encostada ao peito dele, ela anuiu.
Aproveitando a oportunidade de que estavam sozinhos, Itachi afastou-a, limpou-lhe as lágrimas, vergou-se, fechou os olhos e encostou a testa à dela quando ouviu a porta a abrir-se.
- O que é que estão a fazer? – perguntou Hidan, quando viu a cena.
- A Maiko disse que se estava a sentir quente. – mentiu Itachi, afastando-se – Estava a ver se ela tinha febre.
- É isso mesmo. – confirmou Maiko, corando intensamente.
- Realmente, ela parece um bocado vermelha. – concordou Hidan, aproximando-se com a intenção de fazer a mesma coisa que Itachi, mas este barrou o caminho dele – O que é que foi? Só ia confirmar que ela não estava com febre.
- Eu já o fiz. – garantiu Itachi, afastando Hidan – Ela só precisa de descansar um bocado.
- Isso quer dizer que não vamos comer? – perguntou Hidan, amuado.
- Eu posso preparar alguma coisa antes de ir deitar-me. – respondeu Maiko, vendo o brilho a aparecer no sorriso de Hidan. Depois olhou para Itachi – Só demoro quinze minutos.
Adorava aquele lugar, pensou Maiko, dirigindo-se para a cozinha. E, surpreendentemente, achava que eles tinham começado a gostar dela…ou pelo menos da sua comida.
Tal como tinha prometido a Itachi, não demorou mais de quinze minutos e, depois de pegar em algumas peças de fruta e uma tijela de ramen que tinha preparado, dirigiu-se para o seu quarto. Para tentar manter as aparências, Itachi comeu na cozinha com os restantes membros e, depois de arrumar o que tinha sujado, saiu da cozinha.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Eu vou ver como é que a Maiko está. – informou Itachi, dirigindo-se para o quarto dela.
Quando ele deixou a sala, Hidan suspirou. – Parece que o Itachi e a Maiko estão numa relação, agora.
- É o que parece. – disse Kakuzo, pegando no livro dos mais procurados.
- É estranho pensar no Itachi dessa maneira. – continuou Hidan, colocando as mãos atrás da cabeça – Não consigo imaginá-lo a fazer coisas românticas.
- Igualmente. – disse Kakuzo, enquanto folheava as páginas – E o que é que tu achas, Kisame?
- O Itachi-san não fala dessas coisas. – disse Kisame, fechando os olhos – Quem sabe do que ele é capaz.
…
Na verdade, na maioria das vezes, Itachi não era capaz de pensar em “gestos românticos”. No entanto, depois de Maiko acabar de comer, ele prometeu fazer-lhe companhia durante o resto da tarde, uma vez que os outros membros pensavam que ela estava doente e ele não queria deixá-la sozinha.
Isso por si, já era um gesto romântico.
Depois ficaram a conversar durante o resto da tarde. Conversa trivial, sobre a vida de Itachi antes de se tornar um ANBU e antes de matar o seu clã. De como tinha encontrado a Akatsuki e de como tinha cuidado do seu irmão por detrás das cortinhas, desde então. Depois foi a vez de Maiko falar da sua infância de o que tinha acontecido durante a sua estadia em Suna.
Quando o sol se pôs, já sabiam tudo um sobre o outro.
- Pergunto-me se os outros vão conseguir preparar alguma coisa para comer. – disse Maiko.
- Eles vão ficar bem. – garantiu Itachi – Ainda sobrou alguma comida do almoço. Queres que te prepare alguma coisa?
- Não. – respondeu Maiko, pegando na maça que tinha trazido e guardado para comer mais tarde – Eu nunca tenho muita fome à noite.
- Então devias ir dormir. – disse Itachi, afagando-lhe o cabelo – Amanhã temos de sair de madrugada para eu mostrar-te aquela coisa de que te falei.
- Está bem. – concordou Maiko, pousando a maça na cama quando Itachi vergou-se e pressionou os lábios contra a testa dela.
Infelizmente, quando estava prestes a beijá-la, Hidan bateu violentamente à porta, interrompendo-o outra vez. Nesse momento, Itachi perguntou-se se Nagato importar-se-ia se ele matasse Hidan.
- Maiko-chan! – exclamou Hidan do lado de fora, fazendo Itachi suspirar – Quando é que vais preparar o jantar!?
- Eu vou dizer-lhe para se desenrascarem-se sozinhos. – disse Itachi, levantando-se – Descansa. Amanhã vais fazer uma viagem bastante cansativa.
Quando ele saiu e começou a resmungar com Hidan, Maiko sorriu e deitou-se.
…
Na manhã seguinte, tal como tinha-lhe dito, Itachi acordou Maiko às quatro da manhã e juntos começaram a dirigir-se para a fronteira entre o País do Pássaro e o País do Vento.
Quando Maiko viu a casa construída completamente em madeira, abriu a boca e parou de correr.
- Wow! – foi a reacção dela – De quem é esta casa? É tão bonita!
- É tua. – revelou Itachi, vendo os olhos incrédulos de Maiko a brilhar – Fui eu que a construí para ti.
- A sério? – perguntou Maiko, sem conseguir acreditar qye ele tinha mesmo construído aquela casa só para ela – Posso entrar?
- Claro. – respondeu Itachi, vendo-a a correr para dentro da casa.
Como queria ver as reacções dela, apesar de não ir a correr, apressou-se a segui-la.
Maiko começou a lacrimejar quando viu os móveis completamente construídos à mão. Quando viu a cama com um colchão igual ao que ela tinha escolhido em Konoha. Com um enorme sorriso na cara, e depois de percorrer a casa inteira, Maiko saltou para cima da cama.
- Muito obrigada. – agradeceu Maiko, abraçando-se a uma almofada – Nunca imaginaria que alguém me construísse algo assim.
- Eu quero que te mudes para aqui o mais rapidamente possível. – informou Itachi, vendo-a a sentar-se na cama – Vou pedir autorização ao Paine para saíres do esconderijo. Vais ter de continuar a trabalhar para a Akatsuki, é claro.
- Muito obrigada. – repetiu Maiko – Mas, eu reparei num quarto vazio ao lado deste. Para que serve.
- Bem… - Itachi sentiu-se um bocado constrangido por ter de explicar – Eu pensei que um dia irás querer ter filhos. Aquele quarto é para eles. Se quiseres que eu construa um par de camas…
Maiko corou quando ele mencionou filhos. Ela nunca tinha pensado nisso até o conhecer e, sempre que se imaginava como mãe, só conseguia pensar em Itachi como pai dos seus filhos.
- Será que podíamos…passar aqui o dia. – murmurou Maiko, com o coração aos pulos – Eu queria habituar-me à casa antes de me mudar.
Depois de hesitar um bocado, Itachi desviou os olhos dos dela e anuiu.
…
- Onde é que eles estão!? – protestou Hidan, virando-se para Kisame – O sol já se pôs!
- Não faz mal. A Maiko-san está com o Itachi-san. – disse Kisame – Em todo o caso, a Konan-san disse que não tínhamos missões até ela voltar.
- Ela também disse que não devíamos sair daqui. – lembrou Kakuzo, que estava atento à conversa, apesar de ter o nariz no seu pequeno livrinho de recompensas – Acho que ela não vai gostar nada de saber que o Itachi e a Maiko lhe desobedeceram.
Kisame suspirou, levantou-se e voltou para o seu quarto. Mesmo que eles estivessem fora durante dias, ele não se preocuparia, mas estava preocupado com o que Paine e Konan pensariam.
Eles podiam até ser expulsos do grupo se Paine assim o decidisse.
Esperava que eles voltassem rapidamente.
…
Por muito que Kisame esperasse, Itachi e Maiko só voltaram na manhã seguinte, dez horas depois de o dia começar.
Quando Itachi entrou no esconderijo com Maiko às costas, Kisame levantou-se imediatamente, seguido de Hidan.
- O que é que aconteceu? – perguntou Kisame.
- Bem, eu levei-a a um médico que conheço na cidade. – mentiu Itachi – Ela passou lá a noite. Parece que tem uma constipação.
Era mentira, pensou Maiko, enquanto fingia estar a dormir. Apesar de ter o corpo dorido, não estava doente.
- Eu vou metê-la na cama. – disse Itachi, dirigindo-se ao quarto dela. Com cuidado, fechou a porta e pousou-a na cama. Depois suspirou e sentou-se ao lado dela – Eu sei que estás a fingir.
Embaraçada, Maiko abriu os olhos e olhou para Itachi. – Desculpa.
- Como é que está o teu corpo? – perguntou Itachi, calmamente – Quere alguma coisa?
- Talvez um pouco de água. – respondeu Maiko, vendo-o a levantar-se.
- Eu já volto. – disse Itachi, saindo.
Mal se encontrou sozinha, Maiko virou-se e tapou a cara com uma almofada. Aquela tinha sido a noite mais embaraçosa que tinha passado e, quando amanheceu, não fazia ideia de como olhar para Itachi, por isso fingiu que estava a dormir e deixou-se carregar por ele até ali.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!No entanto, nunca imaginaria que ele lhe construísse uma casa. E tinha passado um dia com ele, a passear pela terra que agora era sua.
Itachi tinha-lhe explicado que ninguém podia entrar naquela área sem entrar num dos seus genjutsus e que, por isso, ela estava protegida. Revelou que era provável que houvesse uma guerra a caminho e que ela não devia sair dali sem o ter ao seu lado.
- Eu vou ficar ao teu lado, enquanto puder. – prometeu Itachi – Por isso, se algum dia eu desaparecer, não deves sair daqui.
Apesar de ser a coisa mais triste que alguma vez tinha ouvido, porque lembrava-a que ele não ia ficar com ela durante muito tempo, também era a coisa mais romântica que alguma vez lhe tinham dito.
Por isso, mesmo que a noite anterior tivesse sido a mais embaraçosa da sua vida, aquele dia tinha certamente compensado. Quando Itachi voltou, ela estava com um sorriso na cara.
Estava ansiosa para se mudar para a sua nova casa com ele.
Fale com o autor