*--Gabriel Soliver--*

Uma coisa muito estranha aconteceu ontem a noite, senti como se parte de mim estivesse morrendo e não entendi o porque. Meus braços doíam como nunca doeram em toda minha vida, então sentei em minha cama e fechei meus olhos. Invoquei as sombras que seguem os casulos e para minha surpresa, faltava uma das espiãs. Então vem a pergunta, por que e como isso aconteceu? Meus braços doem e uma das sombras somem?

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Hoje logo cedo fiz uma pequena pesquisa e percebi que a sombra espiã que seguia e observara a Juliana Oivlar, havia desaparecido, simplesmente sumiu. Andando pelos corredores da escola John Nerfal, enquanto eu segurava meu quente e delicioso café expresso do Nerfal Express e os alunos me cumprimentavam com um singelo bom dia, vi algo realmente perturbador. A sombra que vigiara Juliana Oivlar aparecera em minha frente, ela apenas ficou parada ali me olhando e o estranho, é que eu não havia lhe invocado. A negra espiã, aparentemente invisível para os que caminhavam também pelos corredores, ergue uma de suas mãos para frente e a vi explodindo, gerando uma fumaça roxa e escura e depois sumiu, apenas desapareceu. Neste exato momento meus braços doeram de uma forma colossal, o que me fez apertar o copo frágil com café expresso, fazendo com que o negro líquido fervente escorresse em minhas mãos.

Meus braços estavam tremendo como se tivesse uma convulsão, meus músculos estavam se contraindo e meus nervos não pararam de pulsar. A dor que eu sentia, era muito parecida com o dia em que eu e Marcus Kefrer, decidimos fazer o ritual das sombras espiãs, quando a sombra de meus braços fora queimada e eu sentira tudo, centímetro por centímetro. Eu me esforçara para não gritar, não na frente de tantos alunos que estranhariam. Então aconteceu uma coisa inesperada e que poderia comprometer meu disfarce de professor de história. Eu simplesmente desmaiei.

*--*--*--*--*

— Pai, você acordou! — Uma imagem desfocada estava ficando mais nítida. Quando minha visão voltou ao normal, vi meu filho Danilo Soliver sentado ao meu lado.

— Onde estou? — Perguntei confuso, minha cabeça doía e eu estava um pouco atordoado.

— Está no hospital. Você desmaiou há alguns dias — ele começara a explicar.

— Espera! A quantos dias fiquei desacordado? — Perguntei confuso tentando me levantar.

— Por favor, não se mexa, você precisa repousar. — Ele se preocupou então relaxei um pouco no leito. — Está aqui a três dias. Fiquei muito assustado, mas os médicos disseram que acordaria logo. Só teve um colapso nervoso, mas precisará relaxar esses dias.

— Não! Não posso ficar aqui! — Falei angustiado tentando me levantar novamente.

— Pai, por favor, não seja teimoso. — Ele reclama.

— Mas preciso dar aula para os casulos, protegê-los é minha obrigação como sacerdote. — Eu disse ainda inquieto.

— Você pensa mais neles do que em mim. — Percebi a frustração do Danilo em seu olhar, infelizmente não conseguir lhe dizer nada. — Desde que virou sacerdote da nova ordem, você só tem se preocupado com eles. Você cuida mais deles do que do seu próprio filho.

— Não é verdade Danilo. — Minha vista embaçara novamente. — Eu amo você filho.

— Então descanse. — Ele pediu — Se me ama mesmo pai, esqueça todos aqueles imbecis e se cure, — quando percebi que o Danilo, meu filho estava chorando por mim, observei que ele estava certo. — me prove que me ama, porque se o senhor me ama mesmo, o senhor não me deixaria só. Porque se você morrer pai, eu não terei mas ninguém.

— Tudo bem, eu prometo. — Abaixei a cabeça e finalmente depois de muitos anos, recebi um abraço de meu filho. A muito tempo não trocávamos gestos afetuosos e isso era muito triste. Ainda com a vista embaçada, peguei no sono mais uma vez.

*--Erick--*

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— Bem eu adorei este lenço querido, é muito lindo e roxo é a minha cor favorita. — Minha mãe sorriu enquanto amarrara um lenço, em sua cabeça careca. Eu com certeza não estava bem vendo esta cena, mas dentro de mim algo estava muito feliz, hoje a noite eu Jhon e Lexa, faríamos o anel sanguessuga.

— Está realmente bonita mãe! — Sorri.

— Obrigada meu amor. — Ela levantou os braços e me aproximei para lhe abraçar. Ela deu um beijo em minha testa, sério como a amo.

Por um momento lembrei da Juliana, se eu pudesse, teria feito algum anel para ela, mas como Lexa disse, não existe maneira de salvar alguém que morrera a algum tempo. Depois que seu espirito se vai por completo, não há o que se possa fazer.

Terminando a visita com minha mãe, já estava na hora de ir para escola. Como estava um pouco atrasado me apressei dando passos rápidos e longos, pelos corredores do hospital. Vi uma maca vindo em minha direção quando um quarto me chamou atenção, a porta estava aberta e pude ver que nele estava o Danilo Soliver. O pai dele, o sacerdote de minha linhagem mágica, tinha tido algum tipo de convulsão e caiu desmaiado outro dia na escola. Todos ficaram tensos. Como o Gabriel é meu professor de história e meu professor de bruxaria, decidi entrar e tentar dar alguma força pro Danilo. Bati na porta e ele se virou.

— Oi. — Falei ao entrar.

— Oi! — Danilo falou um pouco arrogante, tento ignorar sua arrogância e até entendo um pouco sua reação.

— Como ele está? — Perguntei.

— Não muito bem, acabou de adormecer, por causa dos remédios. — Ele disse. — Por que se importa? — Eu já iria responder sua pergunta, mas Danilo parecia pronto para me interromper. — Você nem gosta dele. Nenhum de vocês gostam dele, então Erick, por que se importa?

— É — Fiquei um pouco relutante para responder — Eu odeio seu pai. — Admiti e a expressão dele já dizia como seria sua reação, provavelmente ele me expulsaria sem dó, mas então continuei a falar. — Mas ele é meu professor de bruxaria e mesmo não gostando dele, eu respeito ele.

— Não é isso que parecia durante as aulas. — Ele argumentou amargo.

— Sei que é seu pai, mas até você precisa admitir que ele na maior parte do tempo é um saco. — Comentei sincero — Ele fala com arrogância o tempo inteiro, xinga todos o tempo inteiro, sem falar que se não fazemos alguma magia certa ele nos repreende como se tivéssemos obrigação de saber tudo.

— Você — ele suspirou — tem razão. Sem falar que não nos deixa usar magia fora das aulas dele.

— Até parece que você não quebrou essa regra. — Brinquei então sorrimos.

— Você também? — Ele riu indiferente.

— Eu? Com certeza, — Falei lembrando de algumas coisas — meu pai não sabe até hoje que lhe contei que sou bruxo.

— Ha ha, minha vizinha ainda tenta descobrir o porquê de sua geladeira esquentar coisas e seu forno congelar ao invés de assar. — Ele admitiu a maldade com um sorriso.

— Cara você é do mal. — Comecei a rir também.

— Sabe, você não é tão imbecil quanto eu achei. — Admite ele.

— Sabe, você não é tão mesquinho, ou tão boçal, chato, nariz empinado e principalmente tão prepotente quanto achei que fosse. — Confessei.

— Eles falam sempre assim de mim não é? — Ele perguntou um pouco chateado.

— Eles? — Respondi sua pergunta, fazendo outra.

— É eles, os outros casulos. — O loiro dotado de um enorme nariz, abaixa a cabeça, ajeitando seus óculos de pouco Grau.

— Bem... — Nossa conversa estava tão legal que não queria estragar tudo, mas também não queria mentir para ele. — Quase isso tudo, o Billy costuma te chamar de bichinha do papai. — Achei que o Danilo fosse se estressar, mas ao invés disso ele apenas sorriu.

— Nossa! — Ele riu mais um pouco, mas ficou sério quase no mesmo instante. — Sabe Erick, não queria que fosse assim. Mas, por ser filho do sacerdote, quer dizer, meu pai pediu para que não me misturasse. Quer saber, meu pai nem sempre está certo.

— Bem, — Olhei pro relógio, o Danilo é um cara legal. O problema todo é esse pai mala dele, que o impede de ser essa ótima pessoa que estou dialogando agora. — estou atrasado pra escola, nos vemos por aí?

— Claro! — Afirma ele e antes que eu pudesse atravessar a porta ele grita. — Erick!

— Oi! — Me virei segurando a mochila.

— Obrigado por vir. — Depois de Danilo agradecer, dei um rápido sorriso de canto e simplesmente sai dali. Talvez eu tenha perdido uma amiga, mas acho que fiz uma nova amizade e isso de certa forma me consola, mas nada vai tirar essa culpa que sinto dentro de mim.


*--Daniella--*

Duas palavras, artes cênicas. Como o Pedro resolveu me abandonar quando eu mais precisei dele, o jeito foi pular para o lado profissional da enganação. A arte de fingir ser quem não é, de encarar textos muitas vezes improvisados, para que o show nunca acabe. Existe um grupo de atores na cidade, então resolvi contratar algum que pareça com o papai e para se passar por ele.

Infelizmente os atores desse grupo são muito caros, entretanto depois de pensar muito achei um jeito de conseguir dinheiro fácil e rápido, é um jeito nada digno de conseguir dinheiro mas, é a solução por enquanto. Se você pensou em prostituição a resposta é, ERRADA, obvio, o que acha que eu sou? Como este ano consegui horrores de patrocínio para o baile das rosas, posso tirar uma certa quantia em dinheiro sem que seja percebido. Eu sei, é totalmente errado e como sou a líder das líderes de torcida, eu deveria fazer tudo corretamente. Mas se eu precisar roubar para me proteger, farei com certeza.

Desci do ônibus e fui para um pequeno prédio no centro da cidade. A rua estava suja, fedia a esgoto, estava cheia de papeis e embalagens de comidas. Os prédios não eram dos melhores e tinha vários mendigos sentados nas calçadas. O único prédio que era realmente bom, comparando com todo local, era o do grupo de atores. Entrei, passei por um guarda grandão que parecia um armário de tão grande. Tem uma moça na recepção fazendo as unhas e com uma maquiagem extremamente forte e desproporcional ao seu tom de pele. Imagine uma pessoa de pele escura, usando maquiagem no tom de uma pessoa branca como papel, pois é, era essa minha visão agora. Tentando ignorar o mal gosto da garota mulher sentada eu me apresento.

— Pois não? — Ela pergunta passando esmalte amarelo no dedão do pé. Fiz uma careta, olhei para o lado e falei sem olhar para criatura.

— O grupo de atores fica em qual andar por favor?

— Olha aqui querida, — Olhei para mulher, ela acabou de elevar a voz? Pra mim? — eu tenho cara de guia? De GPS? De...

— Olha aqui você meu amor, — a interrompi — aqui está escrito. Alguma dúvida? Retire com a recepcionista, você está na mesa da recepcionista, usando o telefone dela e tem um crachá que diz RECEPCIONISTA! Então meu bem, faça bem o seu trabalho e esse tom de maquiagem não combina com sua pele. — Nos encaramos por alguns segundos e ela enfim falou.

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— No quinto andar primeira porta! — A moça fez um bico tão debochada, que parecia ter ganho a mine discursarão que tivemos. Olhei pra ela fiz o mesmo biquinho.

— Obrigada! — Saí e entrei no elevador.

Antes de fechar as portas do elevador uma mulher entra nele. Ela está usando um vestido preto, seus cabelos são longos e loiros, ela aperta o botão do segundo andar. Tentei ficar quieta atrás dela, algo nela me arrepia, tentei não chamar atenção.

— Está um belo dia de sol hoje não acha? — Ela me pergunta sem olhar para trás.

— Yeah! Está sim! — Tentei parecer indiferente, a voz dela me parecia familiar.

Em menos de poucos segundos, a campainha do elevador informou que estávamos no segundo andar, onde a misteriosa moça loira desceria. O ar ao nosso redor era gelado, provavelmente por causa do ar condicionado do elevador, mas foi no momento em que eu assoprei, que percebi que estava muito mais frio do que deveria estar. Uma fumaça de ambiente gélido saiu de minha respiração, mas a moça a minha frente pareceu não perceber que a temperatura ao nosso redor havia abaixado demais.

Quando a porta do elevador se abriu, ela jogou seus claros cabelos para trás e desfilou normalmente. Fiquei olhando curiosamente em que porta ela entraria, mas a porta se fechara. Quase que no mesmo instante o ambiente ao meu redor, estava menos frio. Muito estranho. Balancei a cabeça tentando me focar no que vim fazer aqui, contratar um ator.

O quinto andar não tinha corredores com portas, havia apenas uma única porta fechada. Andei pelo pouco corredor que tinha até chegar a esta porta cor marfim. Bati algumas vezes e então um cara muito branco e magro abre a porta. Ele abriu a porta sem falar nada e fez um gesto muito articulado para que eu entrasse, foi quando entrei e vi sua roupa listrada de preto e vermelho, que percebi, ele é um mímico. Sorri tentando soar gentil e então perguntei.

— Oi, preciso falar com o alguns atores. — Ele apenas apontou para uma outra porta. A porta era rosa e tinha duas máscaras, uma estava sorrindo e a outra chorando. — Obrigada. — Sorri agradecendo e me dirigir a porta.

Antes de chegar na porta, pude perceber como o espaço aqui realmente é grande. Tinham cortinhas delicadas e arroxeadas nas paredes e na frente das janelas, elas meio que impediam a luz do sol de entrar. O carpete era de um verde esmeralda muito bonito e os sofás totalmente de couro preto. Até conde consegui contar tinham uns oito vasos com violetas, muito bem posicionados. Também, não pude deixar de notar grupo de pessoas muito diferentes, fazendo esse lugar parecer um tipo de circo. Tinham alguns palhaços, mímicos e bailarinas.

A porta não estava trancada, na verdade estava meio aberta, empurrei ela um pouco, abrindo ela mais e então bati com as costas dos dedos.

— Alguém aqui? — Então coloquei a cabeça para dentro da sala e pude ver um grupo de pessoas. Eles pareciam tensos, tinham três mulheres e quatro homens, uma das mulheres estava caída ao chão, parecia ter sido empurrada, um rapaz loiro estava segurando um cara de pele escura. Esse homem que estava sendo segurado, aparentemente estava querendo agredir a mulher que estava ao chão. Então vi uma bela mulher negra de cabelos com muitos dreds verdes falar.

— Violência não vai ajudar nisso Zack!

— Ela me traiu, me traiu com o Gregory! — O Alto jovem de pele cor café, o que estava sendo segurado esbravejou.

— Eu não te traí. — Fala a moça branca de cabelos castanhos, a que estava jogada ao chão.

— Cale a boca sua vadia! — O tal Zack empurrou o jovem loiro que o segurava, fazendo com que esse caísse no chão, prevendo alguma catástrofe coloco minha mão dentro da bolsa, procurando meu spray de pimenta.

A mulher de dreds verdes tenta impedi-lo mas a mesma leva um super tapão na fuça do grandão. Então corri tirando rapidamente o spray da bolsa e espirro um super jato de pimenta nos olhos dele. Ele gritou e tropeçou em algo, caindo de bunda no chão. Me virei para a mulher que ia ser agredida.

— Você está bem? — Perguntei, tentando ajudá-la.

— Claro que estou bem, você é louca? — Ela disse muito brava. Então ela se levantou do chão sem minha ajuda e correu até o grandão, que coçava os olhos. — Você estar bem Junior?

Foi quando olhei para um homem sentado numa cadeira olhando tudo, que percebi que aquilo era apenas uma encenação. Como eu saberia que ele estava ali? Bem, eu estava atrás da porta e onde ele tava, era meio que impossível eu ver ele. Ok eu sei, tô ferrada.

— Ai, essa vaca ferrou meu olho. — O homem falou chorando.

— Desculpa, eu não sabia que era uma encenação.

— Queriiidaaaa... — O rapaz loiro que segurava o tal Junior, fala de um jeito super gay. — Aqui é uma sala de teatro, o que você acha que teria aqui? Me poupe. — Ele disse revirando os olhos. — Você tá bem Juh?

— Vou ficar bem, só, me tirem daqui. — Os atores ali presentes levaram o grandão para algum lugar, provavelmente lavar os olhos dele.

— Mil perdões gente. — Gritei para eles, até que saíram totalmente da sala. — Ai como eu sou uma imbecil. — Lastimei num alto pensamento.

— Nisso concordo com você. — Olhei para trás e o diretor deles estava me observando. Ele é alto, cabelos claros, olhos azuis e tinha uma barba cheia e um tanto que acobreada. — O que veio fazer aqui, além de acabar com o ensaio de meu grupo?

— Eu vim contratar seus serviços. — Sorri.

— Como assim? — Ele levantou de sua cadeira — Vai precisar de alguma peça teatral, para uma apresentação em sua escola?

— É um tanto que mais complicado que isso. — Falei desconfiada.

— O quanto mais complicado?

— Eu queria te contratar, aliás você é perfeito para o perfil que estou procurando. — Falei tentando soar normal.

— Sabe que sou diretor e para atuar sou muito mais caro que os outros atores. — Ele disse indo em direção a uma das janelas, abrindo as cortinas e olhando para fora.

— É já imaginei que sim, pago adiantado. — Fui até perto dele.

— Qual papel você quer que eu faça? — Ele levanta uma de suas sobrancelhas.

— Quero que se passe por meu pai. — Quando eu disse, ele pareceu surpreso.

— Você sabe que usurpação é crime, não sabe? — Disse o diretor franzindo a testa.

— Não se preocupe, tenho tudo sob controle. — Insinuei de um jeito sínica.

— Se algo der errado, você vai se ver comigo e falo sério. — O homem de barba cor cobre e sorriso amarelado me mostrou um canivete, ameaçadoramente me fazendo querer sumir. O problema é que infelizmente preciso disso, preciso que ele faça isso, ou o diretor da minha escola pode ferrar com a minha vida e a do meu pai.

— Como eu disse, não se preocupe — andei em direção a porta e antes de chegar a mesma olhei para trás — eu tenho tudo sob controle. — Joguei uma sacola com mil dólares encima de sua cadeira. — Metade agora e metade depois. — Sorri vitoriosa.

— Mas ainda não falei o preço senhorita.

— Acho que, o que vou te pagar, é mais do que vais cobrar. — Então eu disse fechando a porta — Certifique-se de aparecer na Escola de John Nerfal amanhã, que te darei a outra metade do pagamento.