My Sister's Boyfriend

Let Him Go - Sophie Everdeen


POV Sophie Everdeen

Segunda-feira. Existe algum dia mais odioso do que uma segunda-feira? Porque honestamente, eu não sei como alguém consegue acordar feliz e de bom humor em uma segunda-feira chuvosa, mas ainda assim, aqui estamos, Katniss e eu tentando dormir por mais míseros cinco minutos, enquanto Primrose pula em minha cama como se fosse um trampolim. Alguém ensina essa garota a respeitar os mais velhos por favor?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Prim, eu te amo, sério, mas se você der mais um pulo, eu não vou pensar duas vezes antes de te jogar no chão.—Katniss murmurou com a cabeça enterrada no travesseiro, então Prim e eu ouvimos basicamente uma voz rouca que parecia vir do além.

Deixem-me explicar o que minha gêmea faz na minha cama, sendo que ela tem uma cama própria, em um quarto, que eu costumava usar como atelier e foi transformado no quarto dela de um dia pro outro uma semana antes de eu saber que ela estava se mudando de volta para LA e ter que mudar minhas coisas para o sótão da mansão, mas hey, sem ressentimentos.

Enfim, Katniss e Peeta (que por sinal estão agindo bem menos estranho em torno um do outro desde a festa de aniversário barra noivado do meu pai semana passada, o que é bom, pelo menos eu acho), decidiram que seria uma boa ideia assistir filmes de terror em um domingo a noite, resolvemos assistir o exorcista e eu acordei no meio da noite com uma Katniss com os olhos arregalados e ofegando se jogando na minha cama se aviso prévio.

Minha irmã é um bebezão, senhoras e senhores.

—Sorry sisters, mas o papai mandou eu acordar as duas, porque já estão atrasadas, e vocês ainda tem que experimentar os vestidos de damas de honra depois da escola.—Prim respondeu, parando de pular, sentando-se na beirada da cama, ao lado de Katniss.

Solto um grunhido meio estranho junto com Katniss ao ouvir Prim mencionar o casamento dos infernos. Eu morro antes de deixar meu pai se casar com aquela imitação baranga de uma modelo da Victoria Secrets. Me recuso.

Acredita que ela teve a cara de pau de chamar Katniss e eu para sermos madrinhas do casamento? E pior, ela quer que a gente use um vestido verde, V-E-R-D-E. E ainda pediu que eu desenha-se o vestido de casamento, pelo menos a vadia tem bom gosto, por mais que eu odeia a ideia dela se casando com meu pai e vindo morar nessa casa.

—Queria estar morta.—murmurei, me impulsionando para sentar na cama, ao mesmo tempo que agarrei meu travesseiro e joguei-o na cabeça de Katniss, que estava na mesma posição de antes, não importa o quanto Prim tenha pulado e gritado, ela não moveu um musculo. —Levanta logo que hoje a morte vai ser lenta.—falei e vi Prim rindo, levantando-se de cama e saindo correndo de lá com suas trancinhas longas voando.

Katniss tirou a cabeça do travesseiro, levantando-se um pouco com o cotovelo apoiado no colchão e me encarou com os cabelos todos na cara.

—Eu tenho mesmo que sair daqui Sophizinha, Soso, Sosozinha, irmã do meu coração, alma gêmea, tico do meu teco?—Katniss pergunta fazendo beicinho e me olhando com os olhos brilhando com a esperança....tadinha.

—Sim.—respondi e sem deixar ela processar o que estava acontecendo, me virei, colocando meus dois pés na sua cintura e pressionado, a empurrando para fora da cama, só para ouvir o baque no chão, um grunhido e um “Ai”, quando a mesma atingiu o chão toda enrolada em cobertores.—Vai se arrumar amorzinho.

—Eu te odeio.—ela disse rastejando até a porta sem nem se dar ao trabalho de levantar e caminhar, Katniss literalmente se arrastou até seu quarto, me fazendo gargalhar auto enquanto a assistia.

—Você me ama!—gritei e ouvi uma porta batendo forte e um grito vindo do quarto dela.

—Vai pro inferno Sophie!

—Eu sou a rainha de lá!—gritei de volta, ainda rindo com a cena da minha irmã se arrastando na cabeça.

Levei a mão ao meu colar, o com o pingente de coração que Katniss tem na pulseira e o apertei sorrindo, era bom ter Katniss de volta em LA. Todos esses anos que passamos separadas, eu não posso reclamar da vida que tive aqui sem ela, mas por mais feliz que eu fosse, era como se estivesse faltando alguma coisa, uma parte de mim, e estava, literalmente uma parte de mim, minha irmã gêmea.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

E agora eu tinha Katniss de volta, mesmo nas circunstâncias horríveis que foram, perder a mamãe, por mais distante que pudéssemos ter sido, ainda assim, eu tinha Katniss de volta, Peeta e tudo parecia estar exatamente no lugar.

(...)

Depois de tomarmos café, Katniss e eu fomos para a escola, geralmente Peeta passava para me buscar, mas Katniss insistiu que fossemos no carro dela desde o primeiro dia dela aqui, eu nunca entendi bem o motivo, mas resolvi não complicar e apenas concordar.

Chegamos em cima da hora, mas a primeira aula de hoje era com o professor Beetee, o professor de literatura, e graças ao bom Deus, ele nunca dava advertência por chegar atrasado, até porque se ele desse, Kat e eu teríamos que ir pra diretoria, e ficar meia hora explicando para a diretora Coin o por que de estarmos atrasadas, e aquela velha me assusta.

Abri a porta devagar, e Beetee apenas acenou com a cabeça, sinalizando para entrarmos e irmos para nossos lugares.

Katniss caminhou para seu lugar, terceira fileira, atrás de Clove e em frente a Gale, já eu me sentava ao lado de Peeta, atrás de Marvel e em frente a Johanna.

Beetee começou a dar sua aula sobre romance, coisa que eu não estava prestando atenção, por que convenhamos, quem presta atenção em aula de literatura? Não levem a mal, eu amo ler, mas geralmente os livros que o Beetee pede são aqueles chatos, que parecem que não acabam nunca.

Mas uma coisa chamou minha atenção, na verdade duas, uma no mínimo estranha e outra no mínimo suspeita. Johanna fez um comentário que fez Beetee entrar em “Clichês de histórias de amor”. Nisso, ele pediu para que os alunos começassem a apontar os maior clichês dos livros, e o que toda história de amor tinha em comum, e foi ai, que as coisas começaram a ficar estranhas.

—Quase história de amor, tem um triangulo amoroso, pode ser que não seja reciproco, mas sempre tem um terceiro nas relações, aquela pessoa que torna o enredo dos personagens principais interessante.—Annie falou, fazendo Finnick e Johanna se entreolharem estranhamente e Finn olhar para mim.

O encarei de volta, provavelmente com um ponto de interrogação escrito na minha testa, ele apenas sorriu, e virou-se para o professor de novo. Estranho.

—Muito bem Srta Cresta. Então todos concordamos que um dos maiores clichês é aquele personagem que torna as coisas interessantes?—Beetee perguntou.

—Sim, mas nem sempre esse personagem faz de propósito.—Madge pontou e nossos colegas pareciam concordar com ela.—As vezes esses personagens podem ser antagonistas, ou as vezes podem ser alguém que se apaixonou pela pessoa errada, ou as vezes a família, como em um amor proibido.

—Isso mesmo Srta Undersee.

Nesse momento, vi Clove dando uma longa encarada em Cashmere, a namorada de Cato, e tive que me segurar para não gargalhar ali mesmo.

Clove sempre teve uma quedinha por Cato, desde a quinta série(bem, Cato estava na sexta, mas ele repetiu aquele ano, então acabamos no mesmo ano que ele.), enfim, Cashmete e Cato começaram a namorar a uns seis meses, mas todos sabemos como Cato realmente se sente sobre ela e sobre Clove, os dois são apenas muito lerdos, e ainda não tiveram coragem de se declarar. Ainda, Johanna e eu temos um plano que envolve um porão, uma tesoura e fita adesiva pra resolver esse probleminha, enfim, Clove não foi a única a encarar Cashmere, ela era o conflito que tornava a história de amor deles interessante.

Ok, parte um esclarecida.

O que eu não entendi, foi que além de olharem para Cash, enquanto Beetee falava dos conflitos entre os protagonistas de um romance, eles olharam rapidamente para Peeta e eu, não me entendam errado, se eu não confiassem 100% no meu namorado e em minha irmã eu teria entendido os olhares sem pensar duas vezes, mas isso estava fora de questão, não estava?

Alternei meu olhar entre Katniss e Peeta, que se remexiam desconfortáveis em suas cadeiras, como se fosse desconfortável estar em suas próprias peles neste exato momento....Ok, é oficial, tem algo acontecendo e todo mundo sabe, menos eu.

(...)

Depois da aula, e da tarde longa que tivemos com Brianna experimentando os vestidos, Katniss, Peeta, Johanna, Gale, Marvel, Finnick e eu resolvemos todos sair pra tomar sorvete, estava um calor horroroso, e ficar olhando pra cara daquela sonsa não ajudava.

Estávamos em uma sorveteria perto da loja dos vestidos, os outros já estavam aqui quando liguei para Peeta, então Kat e eu apenas nos juntamos a eles depois. Estava sentada ao lado de Peeta, o mesmo com um dos braços ao redor da minha cintura, enquanto segurava uma casquinha de sorvete de chocolate na outra mão, e comia parecendo uma criança, fazendo todos riem.

—Sua boca ‘ta suja amor.—falei rindo mais ainda quando ele tentou limpar e acabou sujando mais ainda.

—Deu?

—Não.—respondi em meio as gargalhadas.

—Para de rir e me ajuda ou eu limpo a boca na sua blusa.—ele falou sorrindo torto, o que me fez arregalar os olhos.

—OK, CALMA.—gritei roubando um guardanapo da minha irmã, e limpando a boca de Peeta, dando um selinho nele logo em seguida, que sorriu dando uma piscadinha pra mim.

Me ajeitei nos braços dele de novo, voltando a comer o meu sorvete, olhando de canto para Katniss que se mexeu desconfortavelmente na cadeira, ok, momento perfeito.

—Então, estranha aquela aula do Beetee hoje...—comecei e vi todos congelando ao mesmo tempo, o que seria muito engraçado se eu não tivesse uma sensação ruim neste exato momento.

Mas o que alimentou a minha desconfiança quanto a minha constatação na sala de aula hoje mais cedo foi sentir Peeta endurecendo ao meu lado, assim como ver que Katniss parecia segurar a respiração por alguns segundos.

—Como assim?—Gale perguntou olhando pra qualquer lugar, menos nos meus olhos, o que fez Johanna meter um tapa nem tão discreto em seu braço esquerdo.—O que?

Johanna não respondeu, apenas arregalou os olhos e murmurou um cala a boca.

—Estou falando do climão entre o Catito, Clove e a Cash, eu hein.—falei, e pude ver todo mundo relaxando aos poucos.—Acharam que eu estava falando de que?

—Nada não.—Finn começou.—Mas eu não compreendi muito bem o que aconteceu entre o Cato e a Clove, só sei que ela gosta dele, e ele namora.

—Ah, ele e a Clove são apaixonadinhos um pelo outro, porem são muito lerdinhos e demoraram de mais pra fazer alguma coisa a respeito, ai a Cash foi lá e fisgou o Catito, mas todo mundo sabe que ele ainda gosta da Clove e que ela ainda gosta dele, e que essa história já virou palhaçada.—respondi com a boca cheia de sorvete, fazendo todos olharem pra mim.

—Como assim?—perguntou Johanna.

—Se eles gostam um do outro eles deveriam ficar juntos, simples.—dei de ombros, e todos ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas encarando seus próprios sorvetes.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Mas e a Cash?—Marvel quebrou o silêncio, me encarando.

—Se ela ama mesmo o Cato, ela vai deixa-lo ir.-de de ombros, virando-me para encarar Peeta séria, que deu um sorrisinho amarelo.—Se ela realmente se importa com ele, ela vai deixa-lo ser feliz não importa o quanto isso possa machuca-la.—terminei ainda olhando para Peeta, que desviou os olhos para o sorvete na mesma hora.

Virei-me para os outros e voltei a sorrir, um clima estranho se instalou ao nosso redor e Katniss estava mais calada do que nunca, o que não era uma coisa normal, e foi ali que eu tive certeza.

O que eu faria sobre isso? Eu não faço a menor ideia.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.