My Madness Is You - (Completo)

Voltando para casa


Pov Natasha.

Chegamos a algum tempo, o garoto teve uma ideia sobre um dispositivo que anula a barreira sem destruir o espaço em que está, porque no caso, ela fica dentro de um depósito de eletrodomésticos, e estou esperando o Rogers voltar do reconhecimento do local.

— Por que não revelou o seu disfarce Viúva? - paro de observar o horizonte, e viro a minha cadeira para o garoto.
— O que disse? - do que ele está falando.
— Você entendeu - ele afirma.
— Não sei sobre o que você está falando - desconverso, e me viro de volta para o painel.
— Você sabe....Rodrigues - e sorri.

Como esse garoto sabe disso? Aposto que ele viu o meu cabelo quanto tentei salva-lo.

— Está enganado.
— Duvido muito. Sei que precisava entrar na instalação e se disfarça a opção mais óbvia, então matou aquela agente e roubou a sua identidade.
— E porquê acredita nisso?
— Porquê é o que eu faria.

Não acredito que um garoto me descobriu. Tomei cuidado com o meu disfarce.

— Quando você segurou o Capitão o impedindo de me sufocar, uns fios do seu cabelo apareceram, e antes de desmaiar pude os ver e só depois liguei os pontos, e pelo jeito o Rogers ainda acredita em você.
— Pelo visto, temos muitas coisas em comum.
— É temos.

Olho o retrovisor e o vejo de cabeça baixa. Seja lá o que tenha me feito arriscar o meu pescoço por um desconhecido, acreditar na sua história e o ajudar é simplesmente uma loucura. Paro de pensar quando recebo uma chamada.

— Natasha está na escuta?
— Estou aqui, como estão as coisas? - pergunto enquanto ajusto a frequência, está muito baixa.
— Chegar nessa brecha não vai ser fácil - responde suspirando - Alex pode ter encontrado o lugar e o encheu de macabros por segurança.
— Encontrou, mas não conseguiu passar - o garoto fala.
— Como sabe?
— O portal foi criado especificamente pra mim, com requisitos do meu DNA por segurança - ele chega do meu lado, cruzando os braços e olhando para a tela.
— Seus amigos são espertos - digo.
— Temos que tirar todos daqui o quanto antes - Rogers afirma.
— Que tal mata-los? - proponho - Um pouco de diversão é necessária.
— Eu topo - o garoto responde.
— Querem acabar com 50 macabros famintos?
— Claro quanto maior o numero melhor - digo contente.
— Sua ideia de diversão é um pouco duvidosa Romanoff - Steve se diverte com a ideia.
— Agradeço o elogio Rogers. Espera....você me chamou de Romanoff?
— Chamei não podia? - me pergunta.
— Pode eu só não esperava.

Muito estranho, com os outros me chamar pelo meu outro nome é como se revirasse o meu passado, e quando o Steve me chamou eu me senti normal, devo está louca.

— Pelo menos usem o jato, vai ser mais rápido.

O garoto vai até a sua mochila, e tira de lá um escudo circular com faixas em vermelho e azul envolta dele, e uma estrela no centro.

— Legal, onde conseguiu isso? - observo o seu equipamento.
— Foi um presente. Vou descer e ajudar, Pode abrir a porta quando chegarmos?

Decolo para perto do ponto indicado, e abro a porta traseira, e o garoto salta eu subo alguns metros e miro nos macabros selecionando vários alvos simultâneos, nas suas cabeças e disparo com gosto.

— Vão perder a diversão.

Pov Rogers.

Vejo o garoto se aproximando de mim.

— Hora de lutar.
— Toma.

Ele me entrega o escudo, o observo é bem bonito, e bem pesado.

— E com o que você vai lutar?

E aciona um dispositivo no seu pulso direito, e um escudo como o meu de energia se forma em torno do seu antebraço.

— Você é cheio de surpresas não é?
— Espero que goste.
— Como funciona?
— O escudo absorve o som e a energia para redireciona-la soque o escudo por dentro quando atingir o seu alvo, parede ou chão pode lançar se quiser, e ele sempre vai voltar para você.
— É incrível. Porque trouxe esse escudo se tem esse ai?
— Era do meu pai.
— Obrigado, eu me sinto honrado.
— Ele iria querer que usasse.

Gostei desse novo apetrecho. É estranho, mas sinto que ele é meu de alguma forma.

— Vão perder a diversão.

Olho pro céu e Natasha começou o ataque disparado com o jato nos seus alvos.

— Ela é incrível - escuto o rapaz dizer.
— Concordo.
— Sente alguma coisa por ela? - me pergunta.
— Amizade, parceria, não sei se chegaria longe ela é misteriosa e diferente de todas as mulheres que eu já conheci - respondo a morte da minha esposa é recente, e agora tenho outros problemas para resolver.
— Olha coisas mudam, quem sabe o que pode acontecer.
— Quem sabe. Agora vamos temos que lutar.

Corremos até a cerca que mantem o local seguro e quebro o cadeado com o escudo, e abrimos a porta os macabros nos veem e começamos a lutar lanço o escudo que bate em três deles e volta pra mim. Elimino o máximo de oponentes que posso com o garoto atrás de mim sempre descarrego a energia acumulada e os inimigos voam longe. Natasha dispara sem parar se livrando de vários alvos, se não fosse ela teríamos muito mais trabalho. Um grupo de quatro macabros subiu em um andaime e saltou em nós lancei o escudo no primeiro e depois bati na cabeça do outro quando ele voltou. Olho pro garoto e ele se livra do último só que no fim ele com as garras, deixou um grande corte no braço esquerdo dele.

— Droga - corro até ele, e me abaixo ao seu lado segurando o seu ferimento tento estancar o sangramento.
— Natasha? - a chamo pelo comunicador.
— Estou acabando com os últimos antes de chegarem em vocês. Aguentem ai.

Natasha termina com os remanescentes e pousa no chão, e eu levanto o garoto e o levo para dentro.

— Coloque ele aqui - ela indica a mesa para o garoto.

O deixo na maca e Natasha começa a limpar e suturar o ferimento. Vou auxiliando e enfaixamos o braço, terminamos rápido antes que se agravasse a situação.

— Tem que descansar agora - ela diz.
— Não posso, tenho que ir embora - o garoto insiste - Alguém vai aparecer aqui, e quando chegarem vocês tem que estar bem longe daqui.
— Ele tem razão Natasha - respondo - Temos que ir logo.

Pegamos os equipamentos, e partimos para dentro do depósito. Natasha explode a fechadura e abre a porta e entramos no depósito, automaticamente as luzes se acendem e andamos através dos caixotes e procuramos pela brecha.

— Estão escutando isso? - pergunto olhando para trás, e ouvindo um som parecido com um alarme ecoando.
— É a brecha, ainda está ativa. Obrigada Thorum.
— Quem? - Nat pergunta ao garoto.
— Minha irmã de criação, ela acreditou que eu iria voltar.
— Vou abrir essa porta.

Pov. Natasha

Pego os meu tablet e o conecto ao sistema o Software é mais avançado, só que tenho os meus truques, e em dois minutos consigo achar a falha no sistema e o desabilito.

— Consegui.

Rogers empurra a porta e vemos o portal tem um tamanho médio, como um buraco só que é cheio de luzes girando em círculos envolta da passagem, o espaço apesar de ser difícil de compreender é bem bonito.

— Muito bem esse é o dispositivo - o garoto se aproxima de nós - puxem a primeira alavanca para ligar o cronômetro de um minuto, depois puxem a segunda para ativar e depois se protejam. É isso hora da verdade - ele suspira nervoso.
— Faça uma boa viagem rapaz - Steve aperta a sua mão.
— Obrigado Capitão, e fique sabendo você não é um vilão - o garoto responde.
— Tome cuidado - peço enquanto ele se aproxima da brecha.
— Vou tomar, e obrigado por me salvarem, foi um prazer conhece-los.

Pov Garoto.

Me aproximo da brecha e olho pra trás.

— Nos vemos em breve - me despeço entro na passagem.

Sinto o impulso me levando para casa, vejo as cores do túnel me guiando e me aproximando do meu destino. Droga o meu braço está doendo muito, tenho que ficar acordado. Chego no fim e sou lançado para fora e grito de dor.

— AH! - seguro o meu ombro machucado, merda tenho que aguentar.
— James! - ouço a voz da Thorum me chamando e correndo até mim - Socorro! Ajudem aqui! - ela gritava para alguém.

Sinto o meu braço doer ainda mais, e a minha visão começa a escurecer, e vejo um grupo de pessoas se aproximar.

— Rogers? Que porra é essa? - vejo o frango entrar na sala.
— E eu que sei Francis? Me ajuda aqui - ela pede enquanto me levanta do chão.

Logo depois eu perco a consciência, e depois de um tempo acordo em um quarto na área hospitalar.

Meu nome é James Romanoff Rogers. A cerca de quatro anos atrás, meus irmãos e eu lutamos contra uma inteligência artificial chamada Ultron que de alguma forma se escondeu, e decidiu retornar e exterminou com quase todos os heróis do mundo.

Por muitos anos crescemos ouvindo histórias sobre os nossos pais, e os meus eram o Capitão América e a Viúva Negra, eu sei que é estranho para alguns, mas na minha realidade aconteceu, e foi o sacrifício deles que nos salvou. Eu não me lembro muito deles eramos pequenos quando aconteceu e os últimos Vingadores que sobraram nos criaram: Tony, Bruce, e Beth.

Crescer com tantos pais postiços era divertido, e nunca permitiram que esquecêssemos dos nossos pais, sempre nos mostrando fotos e vídeos. Conhecer a minha mãe foi espetacular, ela não sabia quem eu era e mesmo assim me ajudou, e o seu relacionamento com o meu pai naquela realidade está no começo. Tomara que no mundo deles eles possam ter a vida que os meus pais não tiveram. Juntos ou não quero que sejam felizes. Escuto batidas na porta.

— Podemos entrar? - Thorum pergunta.
— Claro - respondo sorrindo.

E a minha família entra. Uma saudade toma conta de mim, dois anos foram tempo demais.

— Refizemos o curativo e o seu soro melhorado fez o resto. - Beth me fala - Agora, o que te deu na cabeça de ativar a maquina do Scott e pular no espaço-tempo?
— Queria ver os meus pais. - explico.
— E conseguiu? - Azari pergunta.
— Consegui. Eles me salvaram de novo. Vou sentir saudades deles.
— Vamos, nos conte mais cara. Onde você foi? E como se machucou? - Pym pergunta.

Contei tudo o que aconteceu o que passei e descobri. As lendas sobre os meus heróis são realidade. A coragem e a honra deles nunca será esquecida e eu me orgulho de ser filho deles, eu os amo muito.

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