- Mione?

- Hum?

- Já disse que esta linda hoje?

Ela me fuzilou com o olhar, deixando finalmente sua poção de lado. Eu estava tentando conversar com ela desde o inicio da aula, mas ela nem se dignava a ouvir. Finalmente prestou atenção em mim.

- O que você quer Ronald?

- Não posso simplesmente dizer que você esta linda? – perguntei, encolhendo os ombros.

- P-pode. – ela disse, ficando vermelha. – Mas por que agora? O que aconteceu com a Lilá?

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- Não tem nenhum motivo especial, só que você esta bonita mesmo. – disse, inocentemente. – E a Lilá... Ela esta bem, até onde eu sei.

- Não foi isso que eu perguntei. – ela revirou os olhos. – Vocês ainda estão juntos?

- Ah... Ér...

Mione Pov

Eu sabia. Ele não ia largar dela tão cedo. Com um suspiro, voltei ao meu trabalho, deixando-o falar com o vento. Quem Ronald Weasley acha que engana? A mim que não.

Finalmente a aula acabou. Assim como eu havia previsto, o tempo de folga dos sextanistas não eram horas para relaxar como Rony havia imaginado, mas sim tempo para ficarmos em dia com a enorme quantidade de tarefas que tinham. Não somente estávamos estudando como se tivessem exames todos os dias, mas a dificuldade das lições em si exigiam agora muito mais deles do que antes. Harry mal compreendera metade do que a Prof.McGonagall lhes havia dito nesses dias; até mesmo eu tinha que pedir para que ela repetisse instruções uma ou duas vezes (Inacreditavelmente, e para o meu eterno desgosto, a matéria favorita de Harry tinha, inesperadamente, se tornado Poções, graças ao tal Príncipe Mestiço.). Feitiços não-verbais eram agora muito aguardados, não apenas em Defesa contra a Artes das Trevas, como também em Feitiços e Transfiguração.

Eu estava olhando para o relógio toda hora, já que eram raros os momentos que eu podia passar com Draco. Coisas que o amor faz. Antes eu estaria pedindo que os segundos passassem mais devagar, só para eu ter mais tempo de aula. Agora quero que eles passem rápido, para ter mais tempo com ele.

E foi o que fiz, assim que despistei Rony e Harry. Harry parecia entender que eu queria me encontrar com meu “namorado”, mas Rony teimava:

- Deixe-nos ir com você. Qual o problema?

- O problema, Ronald, é que você não consegue manter-se calado. [N/L: Isso me lembra a Frida USASUAHSUAHS]

- É alguém que conhecemos?

Mordi o lábio. Contar ou não contar, eisa questão.

- É. – disse, por fim.

- Então por que eu não posso vê-lo?

- Olha, eu me encontro com vocês no treino de quadribol, ok?

Balancei a cabeça e corri, deixando-os para trás. Senti o vento acoitar meu rosto, de olhos fechados. Era tranqüilizante, me fazia não pensar na guerra iminente contra Lord Voldemort, em Draco e Rony, ou em comensais da morte.

Foi quando eu trombei em alguém. Já ia cair quando ele me puxou.

- Aonde pensa que vai?

Cada pelo de meu corpo se arrepiou. Conhecia aquela voz. O formigamento passava por meus dedos, em contato com a pele gélida de Draco, me acalmando mais do que antes. Desejei que ele não a soltasse, mas este se afastou como se o contato pegasse fogo.

- Você é doida, Hermione? – perguntou, tentando conter a leve sugestão de risada em sua voz.

Eu não prestei atenção. Abri os olhos para ver Draco com mais clareza. As mechas loiras caiam sob a testa, e ele tinha fortes olheiras pelos olhos inchados, dando-lhe a impressão de que estivera chorando.

– O que aconteceu com você?

- Te interessa? – ele disse arrogante. – Vamos, tenho mais o que fazer do que ficar aqui.

Senti como se meu coração tivesse sido arrancado do peito. Por que ele estava me tratando assim, como se eu fosse qualquer uma? Senti lágrimas em meus olhos.

- O que aconteceu com você? – repeti. – por que esta assim?

Ele resmungou alguma coisa e começou a andar. Fiquei em seu encalço.

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- Você não vai fugir de mim tão fácil assim. – disse, cruzando os braços. – Vai continuar fazendo birra ou me dizer o que esta acontecendo?

Ele se virou e me pressionou contra a parede, arrancando-me um beijo. Quando nós já estávamos sem fôlego, Draco abriu os olhos, parecendo mais calmo. Suspirou.

- Eu vi você com ele. Acha que não ouvi? Ele disse que você é linda.

- É. E daí?

Estávamos em corredor deserto. Ninguém podia nos ver. Eu arfavacom seu corpo ainda colado ao meu.

- E daí? Não vê Hermione? Ele gosta de você.

- Se ele gostasse de mim, não estaria com a Lilá. – soltei. – E... Eu não gosto dele.

- Não? Ou só está se vingando por ele ficar com aquela outra? – Draco apertou meu braço. – Diga-me, Hermione, eu sou só alguém para fazer ciúmes no Weasley? É isso?

- Eu... Ér...

Ele bufou, com raiva, e me largou. Escorreguei para o chão, colocando as mãos no rosto.

- Eu sabia. – resmungou.

Quando abri os olhos novamente, Draco não estava mais ali. Senti as lagrimas quentes descerem pelo meu rosto e seu sabor salgado enquanto soluçava. O que é isso, Hermione? Perguntei-me. Levante-se e lute pelo o que quer. É Rony ou Draco?

O pior é que nem eu sabia.

Corri para o campo de quadribol, para ver o teste dos garotos. Tentei parecer o mais animada e feliz possível. Só me surpreendi quando encontrei praticamente metade de Hogwarts no campo.

- Os testes devem levar toda a manhã, muitas pessoas se inscreveram – Harry comentou, quando me viu chegando. Ele parecia bastante nervoso. - Eu não sei o motivo dessa popularidade tão repentina do time

Ótimo, uma coisa que eu entendia. Isso provavelmente vai me fazer esquecer.

- Ah, Harry - disse meio impaciente com a obviedade da coisa toda -Não é o quadribol que se tornou popular, e sim você! Você nunca foi tão interessante, e francamente, nunca foi tão fantástico como agora.

Rony quase engasgou. O que foi, agora ele vai achar que eu gosto do Harry? Meu Merlin. Olhei para ele com desdém antes de voltar-me para Harry.

- Todo mundo sabe que agora você está dizendo a verdade, não é? Toda a comunidade mágica teve de admitir que você estava certo sobre Voldemort ter voltado, e que você realmente encontrou com ele nos últimos dois anos, escapando nas duas vezes. E agora estão te chamando de O Escolhido. – continuei. - Bem, vamoslá, vai dizer que você não consegue ver por que as pessoas estão fascinadas por você?

As pessoas conversavam ansiosas enquanto nos aproximávamos. Harry parecia cada vez mais nervoso.

- E você estava envolvido com aquela perseguição do Ministério quando eles estavam tentando pintá-lo como inseguro e mentiroso. – Não conseguia parar de falar. - Ainda dá pra ver as marcas nas costasde sua mão de quando aquela mulher diabólica te fez escrever com seu próprio sangue, mas você continuou firme com a sua história...

- Ainda dá pra ver onde aqueles cérebros se apossaram de mim no Ministério, veja. - disse Rony, agitando suas luvas para trás.

Revirei os olhos. Já tinha esquecido completamente o que havia acontecido mais cedo.

Draco Pov

- Aaaaaain, Draco... – Pansy sussurrava em meu ouvido.

Sabia que aquilo era tremendamente idiota, estúpido, infantil... Parecia até uma criança birrenta procurando se vingar. Mas eu estava com raiva. Muita raiva. E pelo visto Pansy Parkinson era a única que me aceitava.

Não conseguia acreditar que me deixara ser usado daquele jeito. Como ela pode? E eu achava que ela gostavamesmode mim.

Eu e Pansy nos agarrávamos a vista de todos no pátio. Ela estava muito feliz por que eu finalmente voltara a falar com ela, depois de duas ou três semanas.

E Hermione estava lá, fingindo que não via. Ela e o Weasley. Potter estava com eles, mas parecia invisível enquanto eles conversavam. Era como se só os dois existissem e conversassem normalmente, fingindo estar alheios a mim e a Pansy. Na verdade, acho que nem o Weasleyzinho prestava atenção, só tinha olhos para Hermione.

Talvez ele fosse o melhor para ela. Esse pensamento ecoou na minha mente, como o pio de uma coruja. E se eu fosse o errado? E se meu destino fosse estar com Pansy, longe de Hermione? Afinal, eu sou um comensal da morte. E o Weasley... Um herói, a vista dela.

Fui usado. É isso.

Senti que ultrapassei alguma linha invisível quando Pansy entrelaçou suas pernas na minha cintura, obrigando-me a sustentá-la. Neste momento Hermione se levantou, jogou o livro que estava lendo na grama e voltou para o castelo. Parei de agarrar Pansy no mesmo momento.

- Draco...? – ela sussurrou.

- Já chega, Pan. – disse, soltando-a na grama.

- Ah, logo agora? – ela piscou. – Já sei, você quer ir para um lugar mais reservado?

- Não. Eu quero só ir estudar. Adeus. – disse, deixando-a ali.

Pelo menos uma parte do que eu falei era verdade. Dirigi-me até a biblioteca, onde sabia que poderia encontrá-la. E acertei. Hermione estava ali, sentada entre pilhas de livros, com a cabeça entre os braços. Seus soluços eram tão altos que até Madame Pince parecia comovida, ignorando-a.

Sentei ao seu lado. Ela parou de soluçar no mesmo instante.

- Hermione...? – sussurrei.

Ela levantou a cabeça. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, mas as lágrimas haviam secado.

Fui surpreendido por um tapa. Coloquei a mão no rosto, esfregando o local. Ela se levantou, nervosa.

- Nunca mais, Draco Malfoy.Nunca maisbrinque com os sentimentos de uma garota.

Dizendo isso, ela saiu da biblioteca, agarrada a seus livros.

Hermione Pov

Eu sou realmente muito burra. Por que não consigo me decidir? Logo hoje de manhã eu estava ajudando Rony a ganhar o lugar de goleiro no time. E agora eu estou chorando por causa do Draco.

E infelizmente Harry já havia descoberto minha pequena ajudinha a Rony. Não foi minha culpa se o feitiço foi tão forte que Comarco ainda estava meio confuso, tropeçando no vento, quando foi para o Salão Principal.

Enfim, agora eu tenho que me arrumar para mais uma das festinhas do Slughorn. Vou ter que ficar aturando o Mclaggen a noite inteira.

Argh.