My Fallen Angel - EM REVISÃO

Capítulo 12- O inesperado aluno novo. - REVISADO.


Daniel Grigori

Dois meses haviam se passado desde os últimos episódios, Lucinda e eu estávamos mais firmes do que nunca. A cada dia que se passava, era como se o que sentíamos um pelo outro ficasse cada vez mais forte.

Ariane tirava sarro disso sempre que podia, dizia que éramos o casal mais meloso que aquele reformatório tinha, e que por isso, sentia náuseas constantemente.

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—Daniel! – Luce me chamou enquanto caminhava a passos largos a meu encontro.

—Oi meu anjo. – Sorri quando ela parou ao meu lado.

Lucinda ficou na ponta dos pés e eu sabia o que ela queria dizer com aquilo. Aos poucos, nossa distância foi dissipada e acabamos por trocar um beijo longo e intenso que só fora impedido pela falta de ar que nos consumia.

—Tenho novidades. – Ela esboçou um sorriso.

—E o que seria? – Questionei acariciando sua face.

—Venha comigo, quero te mostrar uma pessoa que acabou de entrar na Sword and Cross, tenho certeza que vai se lembrar assim que bater os olhos nele. – Puxou-me pelos braços.

Olhei para Luce confuso, mas assenti e a segui até o portão principal do reformatório.

O ar fugiu dos meus pulmões quando eu notei a figura que aparecia em minha frente à medida que nos aproximávamos. O rosto cínico e prepotente daquele ser só me fizeram crer que eu não estava no meio de um pesadelo, eu estava vivendo aquilo, e não era nada bom.

—Lucinda! – Ele exclamou em um tom alegre abrindo os braços a procura de um abraço.

E para minha surpresa, Luce não hesitou em se libertar das minhas mãos e correr para os braços daquela coisa, o envolvendo em um abraço caloroso.

—Bill! – Ela disse ao apertá-lo contra si. – O mundo é realmente pequeno.

Um misto de confusão e descontentamento ficou em minha mente. Eu teria ouvido direito? Lucinda se referiu a ele como Bill? O que mais eu havia perdido desde aquela noite no píer?!

—Oh, me perdoe. – O até então, Bill, virou-se para mim. – Você certamente é aquele cara que brigou comigo por causa dela na praia, certo?

—É o que parece. – O olhei intensamente.

—Vamos nos comportar, meninos. – Luce interveio antes que eu partisse a cara daquele imbecil. – Bill e eu somos amigos e Daniel e eu namorados, o que passou está enterrado, vamos tentar manter uma relação saudável, por favor.

—Se depender de mim, Luce, pode ficar despreocupada, não tenho intenção alguma de atrapalhar vocês, ademais, os dois formam um casal bonito. – Bill sorriu de canto, e aquilo só me deixava ainda mais irritado.

Meu auto controle parecia não existir mais. Aquele teatrinho barato já estava me subindo a cabeça e eu de fato teria feito alguma coisa, se não fosse por Randy que chegou aos berros nos chutando para a sala de aula.

Cerrei os punhos e segurei as mãos de Luce, olhei uma última vez para aquele maldito e jurei a mim mesmo que acabaria com ele o mais rápido possível.

Lucinda Price

Quando ouvi pelos corredores que um garoto loiro de olhos azuis havia ingressado do reformatório, nunca pensei que seria o mesmo garoto que beijei no píer na noite em que Daniel e eu tivemos o nosso primeiro beijo.

Minha simpatia com o loiro era algo peculiar, de alguma forma extremamente estranha, eu me sentia ligada a Bill, era como se existisse um imã que me conectava a ele, não da mesma forma como eu me sentia com Daniel, mas era tão intenso quanto.

Eu sabia exatamente o que aquilo significaria, Daniel não ficara contente com a possibilidade de dividir a minha atenção com o estranho que arrisquei me envolver por uma noite, mas Bill e eu éramos amigos e não tinha o porque dele se preocupar tanto.

A aula de literatura inglesa por fim havia acabado, e logo que saí da sala me deparei com o senhor olhos azuis.

—Luce! Estava a sua procura. – Ele colocou as mãos nos bolsos da calça jeans.

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O encontro não era a coisa mais confortável. Eu podia sentir Daniel enrijecendo ao meu lado e aquilo não nada, mas nada bom.

—Olá, Bill, o que você precisa? – Pigarreei depois de um longo silêncio.

—Estou um pouco perdido por aqui, esse lugar é imenso. – Riu acanhado. –Você teria um tempo livre para me mostrar as coisas? Você é a única que não me olha como se eu fosse uma abominação.

Arrisquei olhar para Daniel, e para minha surpresa ele apenas deu de ombros.

—Tudo bem, acho que não há problema, vamos, eu te mostro o lugar. – Despedi-me de Daniel e me pus a andar com Bill a meu encalço.

Tentei ser ágil em meu trabalho de guia turística do dia. A companhia de Bill era boa, mas eu não queria causar problemas a ele, principalmente com Daniel sempre a espreita, apenas esperando uma investida errada do loiro de olhos azuis.

Caminhávamos pelo nosso último destino, o inusitado cemitério. Era engraçado como todas as coisas reveladoras aconteciam comigo naquele lugar, desde a primeira conversa com Cam, desde a descoberta sobre Daniel.

E como eu já podia prever, com Bill não seria diferente.

—Lucinda...eu sei que te disse com veemência sobre não interferir entre Daniel e você, mas é que... – Ele parou em frente a uma lápide, exatamente onde uma estátua de Lúcifer estava esculpida de maneira grosseira.

—Bill, não misture as coisas...tudo está tão complicado que não sei como vamos nos portar nessa situação. – Soltei um longo suspiro. – Eu amo o Daniel, e o que aconteceu na praia precisa morrer na praia, é o melhor que podemos fazer um para o outro.

—Daniel pode ter seu charme e aqueles olhos peculiares, mas deveria pensar bem, as vezes o cara certo não é aquele que te dá flores ou te salva de beijos a luz da lua, talvez eu possa ser a pessoa certa para você dividir seus dias. – Bill me olhou com uma certa súplica nos olhos.

—Não complique as coisas, cumpra com o que prometeu e tudo ficará bem. – Pedi já hesitante em continuar a conversa.

—Eu disse que não ia interferir, mas eu não prometi. – Dito isso virou-se de costas e rumou ao dormitório.

Deixei meu corpo descansar ao lado da estátua do rei do inferno. Sentia como se fosse um imã que só atraía problemas, e eu precisava a todo custo tirar aquela ideia maluca da cabeça de Bill antes que as coisas piorassem.

—O que ele queria? – Daniel surgiu no meio da mata, igual um fantasma.

—A quanto tempo está me seguindo? – Questionei já com medo da resposta.

—Não segui vocês, eu estava passando pelo cemitério quando eu o vi se afastar e aqui estou eu, agora não mude de assunto e me diga o que ele queria com você. – Daniel cruzou os braços.

—Ele queria apenas meu caderno emprestado, só isso. – Dei de ombros tentando parecer o mais convincente possível.

—Luce... - Insistiu Daniel um pouco desconfiado.

—Daniel, confia em mim, não há com o que se preocupar. – Assegurei.

Daniel assentiu derrotado e eu lhe dei um beijo de despedida, só havia um lugar que me faria bem naquele momento, e esse lugar era meu quarto.