My Dear Love (Em Hiatus)

Capítulo 19 — O labirinto part 1


Alguns garotos entraram em pânico e a cada minuto Newt tinha que dizer que ia ficar tudo bem, os construtores estavam improvisando um muro mas estavam todos muitos desordenados sem o Gally por ali.
Alby e Newt ordenaram para que todos ficassem dentro da sede, dividiram-se em dois grupos um ficou no andar de baixo e outro no andar de cima.
Fiquei no andar de cima junto com Newt, Alby, Minho e infelizmente Thomas. O espaço era pequeno para abrigar todos aqueles clareanos o que tornava muito apertado, eu ajudava todos se organizarem e distribuía mantas e travesseiros, quando todos já estavam acomodados, sentei no chão e me apoie na parede, Newt fez a mesma coisa.
— Isso é o mais próximo de tudo se acabar que eu cheguei sabia? - perguntou a mim quebrando o silêncio perturbador e sem se importar se todos estavam escutando - O dia virou noite, suplementos cortados, as portas que não fecham, os criadores ou querem que morremos ou dar um grande empurrão e mostrar onde está a saída, mas de todas as formas tamos que continuar lutando até nos últimos minutos.
Ninguém parecia se manifestar, todos atento a qualquer ruído do lado de fora, muitos pensando na possibilidade de não sobreviver ou até então pensando no café da manhã.
— Alby, vai dizer alguma coisa? - novamente Newt questionou.
— Só porque o Fedelho aqui deu uma de super herói não quer dizer que vamos sobreviver a isso.
— Eu não concordo - começou Minho - e por isso amanhã vamos nos separar em equipes, corredores vão para o labirinto, vamos separar alguns suplementos para passarmos alguns dias lá dentro, os outros que estiveram aqui fora pegue os mapas para analisar cada um.
— De jeito nenhum - discordou Alby - Você não pode pedir as pessoas que se sujeitem a morrer, ainda temos a sede que pode muito bem nos protejer e quem iria se voluntariar para uma loucura dessa?
— Eu e Thomas - respondeu Minho sem paciência.
— Eu irei se for preciso.
— Não Newt - sussurrei para ele mas logo o mesmo deu um sorriso como se tudo estivesse sob controle.
Eu já não estava prestando atenção no que estavam falando, só conseguia perceber o quão meu desespero aumentava, preferi não me manifestar mais. A discussão entre eles parecia que não iria mais acabar, Alby depois de um tempo insistindo saiu, e ninguém foi atrás.
— Por que ele saiu? - perguntei ainda com a voz baixa.
— Diz ele que precisa ir na casa dos mapas, falou que vai fazer bem a ele.
O silêncio tomou o lugar, os clareanos tomados pelo medo nem sequer se movia, Newt me abraçou, aquele som de máquina de rastejando fez com que meu coração batesse mais forte, parecia que tinha uma dezenas deles do lado de fora.
— São os verdugos - alguém sussurrou.
Eles pareciam se aproximar a cada segundo, abracei Newt mais forte, fechei meus olhos com o intuito de amenizar o medo que eu sentia, mas era quase que impossível. Por um momento os sons dos verdugos acabaram, passou-se 1 minuto, 5 minutos mas quando completou exatamente 10 minutos de puro silêncio, as máquinas ligaram. As garras do verdugo perfurava a madeira subindo cada vez mais, ele parecia dar voltas quando por fim parou, todos estavam do lado oposto, era possível vê-lo da fresta da madeira, que protegia a janela.
Meu coração parou de bater por alguns milésimos quando a porta fora aberta, estávamos tão apreensivo com aquele verdugo que não pensávamos que alguma coisa iria entrar pela porta atrás de todos.
Mas não era um verdugo. Nem era Alby. Era Gally.
Seu cabelo estava bagunçado, as roupas manchadas e sujas, ele parecia que tinha corrido o labirinto inteiro, e então Gally caiu de joelhos, ainda sem acreditar que era ele, corri até o mesmo. Na hora em que ele me viu deu o seu sorriso mais lindo, me sentei no chão, coloquei as minhas mãos no seu rosto, não esperei por mais nada, minha boca foi de encontro com a sua, fazendo-me esquecer de verdugo, céu, labirinto, Thomas, sonhos, dos meninos, senti que só houvesse eu e ele apenas.
— Pimpolha - sussurrou ele depois que nos separamos - Eles vão matar cada um de nós, os verdugos, vão levar um a cada noite. Vamos comigo, descobri um lugar e só voltei para te buscar.
— Gally - comecei mas o mesmo me interrompeu.
— Evy, posso parecer louco com o que eu estou prestes a fazer, mas é o único jeito, por favor não me impeça de fazer isso.
Ele se levantou, todos ali ainda parecia surpresos.
— Eles vão matar vocês, um a cada noite - gritou Gally.
Ainda ninguém tinha se manifestado, todos continuavam em um absoluto silêncio.
— Você - apontou furioso para Thomas - é tudo culpa sua - ele fechou o punho que foi de encontro com o rosto de Thomas, Newt agiu primeiro empurrou Gally para longe.
— Será que vocês não entende? Não tem mais jeito, vamos todos morrer...essas estúpidas variáveis.
— Gally cala a boca, se você não percebeu tem um verdugo em cima da janela, senta aí e fique quieto, talvez ele vá embora.
Ele não se importou muito com o que Newt acabou de dizer, foi quando o mesmo começou a tirar as madeiras que protegia a janela, tirou a primeira, eu ainda tentava entender o que ele queria fazer, Newt olhou para mim como se eu devesse fazer alguma coisa, levantei-me mas ainda sem me manifestar, ele tirou a segunda.
— O que você está fazendo? - gritou Thomas.
— Cala a boca Thomas! Eu sei quem você é, não importa mais. Vou fazer o que é certo.
Ele tirou a última tábua, e foi nesse exato momento em que o verdugo quebrou a janela, vidro se espalhou para a sala toda fazendo com que todos recuassem. Então o verdugo pegou Gally.
Ainda analisava paralisada aquela cena, pisquei algumas vezes para me certificar que eu não estava em um sonho. Newt chegou perto de mim prevendo o que eu faria segurou meu braço, mas eu logo me soltei, sai pela porta aberta e desci as escadas o mais rápido que eu conseguia, já estava fora da sede sem me importar se me levariam ou não. Mas aquele verdugo estava entrando no labirinto.

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