Mudanças Para Continuar

Chapter Twenty Four


Nós rimos novamente. Passamos o resto da tarde rindo, conversando e comendo. Quando são 17:50, decidimos ir embora.

— Nós já vamos. Está ficando tarde — digo. — Obrigada pela ajuda, Manu.

— Obrigado pela comida e por deixar-nos jogar no videogame — diz Noah sorrindo.

— Ah, desculpe a bagunça... — acrescento, meio sem graça.

— Quê isso! Foi muito bom tê-los aqui! — diz Manu que agora se vira para o computador. — Ter todos vocês aqui.

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— Que momento emocionante — diz Sarah, fazendo todos rirem.

— Tchau, Kim. Tchau, Sarah. Foi muito bom conhecê-las — me despeço, sorrindo.

— Digo o mesmo — diz Kim sorrindo.

— Tchau, Sarah. Tchau, Kim — diz Noah.

— Foi um prazer, Noah. Espero revê-lo em breve — diz Sarah sorrindo de uma maneira estranha.

— Foi legal conhecer vocês — Noah apenas diz isso sem nenhuma expressão no rosto, o que me dá vontade de rir muito, colocar aqueles famosos óculos nele, criar um meme e gritar: ’’Turn Down For What!’’. Mas, para não irritar Sarah, continuo apenas sorrindo.

Dou um abraço em Manu e Noah faz o mesmo. Vamos em direção à porta, e, quando chegamos, acenamos para o notebook. Kim e Sarah fazem o mesmo. Saímos da casa de Manuela e continuamos andando, por impulso.

— Ér... Então, vai para casa? — pergunta Noah, quebrando o silêncio.

— Sim, eu acho — digo rindo e ele faz o mesmo. — Você foi muito engraçado.

— Quando?

— Quando disse aquilo para Sarah. Tive vontade de colocar aqueles óculos em você e gritar: ’’Turn Down For What!’’.

— Não percebi — quando Noah diz isso, paro de andar.

— Como assim ’’não percebi’’?

— Eu não percebi que disse algo estranho para Sarah.

— Quer dizer que você deu um corte na garota e ’’não percebeu’’? — pergunto incrédula. Sempre que Noah ’’cortava’’ as pessoas, era por ser uma brincadeira. E ele sempre ’’percebia’’.

— É, eu acho. O que eu disse? Foi tão ruim assim? — pergunta. Parece que está tentando lembrar do momento.

— Um pouco — respondo. — O.k, talvez muito.

Noah faz uma cara de indiferença, como se não ligasse, e continua andando. Faço o mesmo. Acho ele não está prestando atenção em Sarah e, parando para ver/pensar agora, percebo que ela pode ter tentando dar em cima dele várias vezes. Ela quase sempre cantou depois de Noah. Como uma resposta, uma indireta. Vou ignorar, isso não é importante/interessante.

— Vai para sua casa também? — pergunto, indo atrás dele.

P.O.V Manuela:

Cindy e Noah vão embora.

‘’Foi legal conhecer vocês’’. É sério? ‘’Foi legal conhecer vocês’’?! — diz Sarah, incrédula. Parece que ela levou um ‘’corte/fora’’.

— Ai, ele está tão na sua, Sarah — Kim começa a rir depois da frase histórica da famosa série Todo Mundo Odeia O Chris. Parece que mais alguém percebeu o acontecimento.

— Como ele pôde fazer isso comigo? COMIGO? — diz Sarah após lançar um olhar mortal para Kim.

— Ele parece ser inteligente — Kim fala sem pensar, mas, ao perceber que Sarah está pronta para pular em seu pescoço, se corrige. — Q-quero dizer, ele parece ser ousado e rebelde.

Quase não consigo me segurar para não rir disso, mas consigo, graças a Deus. Sarah não ficaria feliz se eu risse. Não mesmo.

— Acho que ele só estava distraído e nem ouviu direito o que você disse — acalmo Sarah.

— É... Ou talvez cansado.... É! Cansado! Ele se esforçou bastante para tocar bateria hoje. Deveria estar exausto. Lindo e ainda talentoso; que maravilha, não? — Sarah volta ao normal e Kim revira os olhos. Não vou criticar, já me acostumei.

Olho o relógio e percebo que já são 18:00. Meus pais já vão chegar.

— Meus pais já devem estar vindo — digo.

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— O tempo passou rápido — diz Sarah.

— Ér... Mas a bagunça permanece... — fala Kim olhando para minha casa.

Olho em volta. O jogo ainda está aberto; a guitarra, a bateria e o microfone estão jogados em cantos diferentes da sala; a bandeja, agora vazia, está na mesa de centro; as almofadas do sofá estão ‘’por aí’’ e acho que esse chão necessita de uma vassoura.

É, nós fizemos uma pequena bagunça.

— Se me lembro bem, seus pais não curtem muito uma bagunça — exclama Sarah meio hesitante.

— Eu preciso arrumar isso! Socorro!

Com uma rapidez admirável, pego a bandeja e levo-a para a cozinha. Em seguida, desligo o jogo e recolho e guardo a guitarra, a bateria e o microfone.

— Rápido, Manu! — brinca Kim. — Sinto muito, mas não podemos ajudar. ‘’Algo’’ nos impede.

Ela e Sarah riem. Lanço-lhes rapidamente uma cara de tédio e corro para pegar as almofadas espalhadas pela sala. Atrás de uma delas, encontro um molho de chaves. Alguém esqueceu suas chaves. As deposito na mesa de centro mesmo. Coloco as almofadas em seus devidos lugares e busco uma vassoura – obviamente, correndo. Volto para a sala e começo a varrê-la rapidamente. Ouço o portão ser aberto.

Meus pais.