Mudando o Jeito de Viver

16- Reações inesperadas. (Edward)


“A saudade é a inconfortável esperança de um reencontro.”

*Cry – Rihanna.*

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–Alice você tem certeza? – questionei pela décima vez, enquanto a mesma tentava inutilmente empurrar-me pelas escadas, forçando-me a descê-las. – E se ela não quiser me ver? – incerto, prendi-me no corrimão impedindo-a de ir adiante.

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Bufou contrariada revirando os olhos.

–É claro que ela quer te ver, isso é meio obvio não acha? – empurrou-me novamente. – Tenha a mais absoluta certeza de que você é a primeira pessoa que Bell quer ver assim que chegar.

–Como pode ter tanta certeza se tudo que estamos fazendo é contra a vontade dela? Que eu saiba, Renée nos avisou de sua chegada desobedecendo a um pedido da mesma. – informei contrariado. – Bell não quer nossa presença, deixou isso bem claro na ligação!

Alice só podia estar com algum problema mental. Queria, chegando a ponto de me chantagear, fazer-me busca Bell no aeroporto, quando a mesma foi extremamente clara com relação á isso, dizendo que não queria que nenhum Cullen, sem exceção, soubesse de sua volta para Forks.

Mesmo desejando desesperadamente vê-la, respeitava sua decisão em não nos querer por perto, não queria obrigá-la a conviver comigo quando sua vontade era outra. Mas, Alice e Renée estão praticamente me obrigando a ir até ela, desrespeitando qualquer regra que foi imposta á nós, digo, á mãe dela.

–Estou começando a me arrepender de ter deixado você falar com Renée. – reclamou cruzando os braços.

–Vamos ser racionais Alice, ela não nos quer por perto, vamos respeitar essa decisão. – sugeri baixando o olhar.

–Nunca ouviu falar que quando uma pessoa exigi algo, ela quer exatamente o contrário? – arqueou as sobrancelhas. – Então meu irmão, é isso que Bell fez.

–Hã?

–Ah Deus, dei-me paciência! – reclamou olhando o teto. – Sinceramente pensei que você fosse mais inteligente Edward.

–Pode, por favor, parar de me insultar e explicar? – exigi um tanto alterado.

Alice fazia a tolerância de qualquer um ir para o espaço.

–Na ligação, Bell exigiu, chegando a ameaçar a própria mãe, que não deixasse qualquer um de nós saber de sua volta não é mesmo? – afirmei. – Então meu querido, quando uma pessoa exigi algo tão nervosamente quanto ela fez, isso significa que esse não é o real desejo dela.

–Não faz sentido. – cocei a cabeça.

Alice bufou.

–Bell acha que assim nos livra de qualquer sofrimento, acredita veementemente que o que está fazendo é o melhor para nós, mas como passar firmeza quando a mesma já não tem mais certeza de que é certo? Do que realmente quer? – levantava questionamentos que a própria mãe da menina desconhecia e nem desconfiava.

–Como sabe de tudo isso? – questionei franzindo o ceio.

–Eu conheço minha amiga, sei que ela fez o que achou melhor para nós, não o que achou benéfico para si mesma. – disse. – Bell é bastante altruísta, põe a felicidade dos outros antes da própria.

–Isso eu tenho que concordar.

–Então seu idiota, o que você ainda está fazendo parado aqui? – voltou a me empurrar, descendo as escadas junto a mim. – O vôo dela aterrissa em meia hora e você com a lerdeza de uma tartaruga.

–Nossa, quantos elogios! Isso está me fazendo tão bem Alice, você não sabe o quanto! – ironizei sorrindo amargamente.

–Desculpe Edward, só estou ansiosa para ver Bell novamente e você sabe que nessas horas eu não me controlo. – justificou enquanto passávamos pela porta principal.

Estaquei.

–Espere, ainda tenho uma dúvida. – avisei segurando-me nas paredes a nossa volta.

–Arrrg, porque você não fala enquanto anda? – questionou irritada.

–Sei lá, é automático! – dei de ombros. – Voltando ao assunto, e se ela quiser ver á todos menos á mim? Não seria melhor um de vocês irem buscá-la? Assim pouparia constrangimentos.

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–Você quer ou não quer vê-la novamente? – questionou.

–É claro que eu quero! Mas, sei lá, ela pode estar com um novo namorado, quem sabe?

Alice olhou-me incrédula.

–Que foi? Pode acontecer! Bell é linda, qualquer um quer uma garota como ela!

–Mas ela te ama, não quer outro! – voltou a me empurrar.

–Espera!

Bufou.

–O que foi dessa vez? – perguntou cansada.

–Como está minha aparência? Pareço que fiquei depressivo por dois meses?

Alice fechou os olhos e respirou fundo.

–Vai buscá-la Edward! – sussurrou tentando se controlar.

–Mas...

–VAI AGORA! – gritou fazendo-me correr até o carro e trancar-me lá.

Alice sabe se assustadora quando quer, cruzes!

Sorri dando-me conta de como meu humor mudou drasticamente depois que eu soube que Bell voltaria.

Ela está voltando!

Afoito com essa realidade, pus um tanto desesperado as chaves na ignição e rapidamente dei partida para logo depois acelerar o carro na auto-estrada que me levaria diretamente para meu destino. O aeroporto de Forks. Lá, em poucos minutos, estaria à coisa mais preciosa que já foi minha, a melhor e mais significativa, devo ressaltar.

Ajustei-me desconfortável no acento no carro, não contendo a empolgação e o nervosismo de reencontrá-la depois de um momento conturbado na vida de ambos. Uma fase ruim não só na minha vida, mas á de toda minha família e acredito eu, na de Bell também. Mas é apenas uma pequena parte desagradável de um longo caminho ainda para ser percorrido. Somente uma fase, e creio eu, passageira. Ou assim eu esperava.

Pisei fundo no acelerador, querendo ganhar tempo antes de seu vôo aterrissar. O relógio marcava 20h45 min. Ou seja, tinha apenas quinze minutos para chegar antes da mesma, mas como nem tudo é como nós queremos, o transito repentinamente pareceu se intensificar, atrapalhando minha passagem e deixando-me cada vez mais ansioso.

Buzinei impaciente, recebendo em troca exclamações raivosas e nada educadas de alguns motoristas de mau gênio.

Cortei pela direita, sorrindo triunfante enquanto escapava da imensidão interminável de carros parados na avenida extremamente estreita. Ao que parecia, na cidade existia mais carros do que as ruas poderiam suportar.

Girei rapidamente pelo estacionamento, imediatamente encontrando uma vaga viável. Praticamente voei para fora do Volvo, correndo e entrando pelas portas automáticas, dando de cara com um enorme saguão não muito movimentado.

O relógio marcava 21h05min. Olhei o painel eletrônico e vi que seu vôo já havia pousado á bastante tempo. Adiantado, droga!

Andei por entre as pessoas, sempre observando a minha volta. E foi em uma dessas que finalmente a vi.

Reconheci pelas roupas, pois essa havia mudado a cor e o comprimento do cabelo. O preto contrastava com sua pele alva, deixando-a mais linda, se possível. Parecia ter problemas com a mala, pois essa tinha uma expressão frustrada e um leve bico se formava em seus lábios.

Deus, como eu senti falta disso!

Não pude deixar de sorrir quando a mesma comemorou, parecendo triunfante em finalmente ter conseguido erguer a bolsa, imediatamente se dirigindo á saída.

Essa era a minha deixa.

Respirei fundo e fui ao seu encontro, observando atentamente cada movimento que Bell fazia, forçando á minha mente a gravar cada traço, cada sorriso, cada olhar.

Estava tão absorto, que somente á alguns passos de distância é que resolvi anunciar minha presença.

–Precisa de ajuda? – questionei com a voz um tanto saudosa, parando de caminhar quando a mesma o fez.

Como o previsto, Bell não esperava minha aparição, pois demonstrou isso deixando, novamente, sua mala escapar de suas mãos agora levemente tremulas.

Pude ouvir quando a mesma arfou surpresa, balbuciando um quase inaudível “Edward”.

Bell, antes de costas, virou-se lentamente até ficar de frente para mim. Sua expressão um tanto atordoada e descrente denunciava claramente que duvidava o fato de eu estar ali ser real.

–Oi. – saudei sorrindo, não contendo a emoção de vê-la depois de um tempo que me pareceu interminável.

Olhei seus olhos á tempo de vê-los marejados. O chocolate derretido parecia prestes á se derramar em lagrimas que eu duvidava ser de alegria ou tristeza.

Ah, como eu senti saudade desses olhos! Marrom chocolate se tornou minha cor favorita.

E tão rápido como veio, sua expressão mudou beirando a indiferença. Seus olhos ainda brilhavam, mas tornaram-se apáticos. Um sorriso tímido surgiu em seus lábios, por simples educação.

–Olá Edward! – cumprimentou, com a voz levemente rouca. Sem qualquer vestígio de emoção.

Não me importando com sua mudança de humor, caminhei com passadas largas e rápidas ao seu encontro, abrindo os braços na intenção de dar lhe um forte abraço, cheio de saudade e alegria. Mas, assim que circulei seu corpo, a mesma afastou-se um passo, deixando claro que recusava qualquer tipo de contato.

E o encanto acabou.

Meu coração partiu- se ao meio, vendo-a desviar o olhar para qualquer lugar que não fosse meus olhos.

Tentei dar lhe um beijo na bochecha, mas Bell desviou o rosto para direção oposta ao meu, negando o meu carinho.

–Mas, o que...?

–Vamos, quero descansar, o vôo foi longo e cansativo! – pediu recolhendo seus pertences e caminhando em direção á saída, deixando-me atônito e desnorteado.

Meus ombros caíram.

Apático, arrastei-me até seu encontro e retirei á mala de suas mãos, tentando, ao menos, ser gentil.

–Obrigada! – agradeceu enquanto eu suspirava resignado.

As coisas mudam Edward, pessoas mudam e com Bell não seria diferente! Você já não significa mais nada!

Já não significa mais nada!

Caminhamos á uma distância significativa e em completo silêncio até onde meu carro estava estacionado.

Guardei sua bolsa no porta-malas enquanto Bell adentrava ao banco de carona, com o semblante sem qualquer tipo ou sequer vestígio de emoção.

Sentei-me ao seu lado e rapidamente dei partida, pegando o retorno de volta para o interior da cidade.

O caminho pareceu-me mais longo do que realmente é. Nenhum tipo de ruído se ouvia de nós, apenas a leve respiração de ambos e o quase inaudível ronco do motor.

–Posso? – questionou de repente apontando seu indicador para o rádio.

Dei de ombros.

–Fique a vontade!

Ligou a música, deixando-a em tom ambiente. O suficiente para romper o silêncio desagradável que se formou em todo o percurso de volta.

–E então, como estão as coisas? – perguntou, resolvendo falar.

Meus olhos não se desviaram da estrada.

Novamente dei de ombros, indiferente.

–Normal, tudo continua da mesma forma! – respondi prontamente, querendo arrancar, de qualquer forma, algum tipo emoção vinda de sua parte. – E você? Como foi a viagem?

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Deu de ombros.

–Foi boa. – foi somente isso que ela respondeu, deixando claro que não entraria mais em detalhes. – Volto amanhã mesmo, não gosto de deixar minha avó sozinha.

Assenti, sendo incapaz de proferir alguma palavra, tamanha era meu desapontamento e tristeza.

Meu peito se apertava, minha cabeça latejava, meus olhos marejaram. Eu estava destruído. Descrente, eu não acreditava. Tudo parecia irreal e sem fundamento. O que seria de mim agora?

*Grenade – Bruno Mars.*

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A pouca esperança que se formou, agora se esvaia por entre meus dedos, deixando-me em um estado mais lastimável do que á alguns dias atrás. E essas dores, sinceramente, não se curariam. Já não havia mais volta. Já não havia mais cura. Esse era o meu fim, o fim de tudo que eu já fui capaz de crer.

Como ela podia tratar de tudo com tanta indiferença?

Fácil, ela já não se importa!

Fechei os olhos quando, finalmente, estacionei em frente à casa dos Swan. Esperei Bell sair do carro, mas a mesma não o fez. Abri os olhos e essa me olhava com uma expressão preocupada e ... piedosa?

Piedade, era o que faltava!

Bufei saindo do carro e pegando sua bolsa, entregando-a logo em seguida. Voltei pela lateral na intenção de dirigir para o mais longe possível desse lugar.

–Obrigada novamente! – agradeceu, sorrindo de forma carinhosa.

–Disponha. – respondi no automático, abrindo a porta do carro.

–Não vai entrar? – questionou pegando-me de surpresa.

Fitei-a.

–Não. – vi em seus olhos algo mudar. – Talvez mais tarde! – dei de ombros, desviando de seu olhar e entrando no Volvo.

Girei as chaves e cantei pneu a tempo de ouvir um coro gritar um sonoro e alegre “BELL”.

Eu já não fazia parte disso! Eu já não era mais bem vindo!

– PDV Emmett McCarty.

Bell está de volta! Bell está de volta! Bell está de volta! Bell está de volta!

Agora, enfim, as coisas voltaram ao que era antes!

OBA, bolo!

Fim PDV Emmett McCarty.

– PDV Alice Cullen.

Todos estavam extremamente felizes e empolgados com a volta de Bell á cidade. Já não havia mais aqueles semblantes tristes, saudosos e sem vida, muito menos choradeira. As pessoas agora só derramariam lagrimas se for da mais pura e plena felicidade.

Eu era uma dessas.

Já não me agüentava mais de tanta alegria e euforia. Meu coração acelerava á cada pulo que eu dava de tão descontrolada que eu estava no momento.

Queria gritar, beijar, abraçar cada ser existente nessa casa e ainda gritar:

MINHA MELHOR AMIGA ESTÁ DE VOLTA!

E eu estava disposta á fazer de tudo para que isso permanecesse. Faria o possível e o impossível para ver Bell e Edward juntos novamente. Eles se completavam como ninguém. Amavam-se de forma tão intensa e avassaladora que ninguém seria capaz de destruir. Acho que somente á distancia mesmo! Talvez nem ela.

E falando nele, Edward estava desaparecido á algumas horas.

Só faltava ele aqui.

Todos estavam um tanto receosos sobre esse sumiço repentino. Edward não costumava agir dessa forma tão inconseqüente se não houvesse motivo. Talvez tenha ocorrido algo na volta do aeroporto. E Bell, que constantemente olhava pela janela, me fazia crer que era algo grave.

Caminhei até a mesma na intenção de interrogá-la.

–O que tanto você olha? – questionei pegando-a de surpresa.

Sobressaltou-se levemente, sorrindo sem jeito.

–Eu? Hã... Nada! Não estou olhando nada, apenas o céu. – respondeu-me desviando o olhar.

Estreitei os olhos em fendas, observando-a atentamente.

–Sabe que não precisa mentir para mim não é? – declarei cruzando os braços.

Bufou gesticulando com as mãos.

–Eu não estou mentindo Allie! Afinal, porque eu faria isso? – riu nervosamente, tentando esquivar-se.

–Bell...

–Ok, ok, é tudo culpa minha! Edward não quis comemorar conosco por minha causa, pela forma como eu o tratei no aeroporto. – confessou baixando o olhar, envergonhada.

Franzi o ceio.

–Como assim pela forma que você o tratou?

–Indiferente, como se eu não me importasse dele estar comigo! Neguei seu abraço, neguei seu beijo e você não sabe como eu estou me sentindo agora! Não sabe como eu me arrependo de ter agido daquela forma tão fria quando a minha real vontade era correr para seus braços e lá permanecer. – seus olhos transbordaram, deixando lagrimas grossas escorrerem por sua face mais pálida que o normal.

–Eu não acredito que você fez isso! – esbravejei indignada. - Bell, você não sabe como foi duro para o meu irmão superar á sua ida para o Canadá. Ele ficou depressivo, sabe o que é isso? Edward ficou doente por saber que você o havia abandonado! Não que eu esteja justificando a forma como ele reagiu ao descobrir que você estava doente, mas ele pensou que você o odiava, que ele já não significava mais nada para você.

Bell arregalou os olhos um tanto atordoada.

–Mas, eu só fiz aquilo porque achei que era o melhor para... – interrompi.

–... ele, já sei disso! Mas, Edward não ficou melhor e tenho certeza absoluta que você também não. Isso já não é o certo Bell, já não é o que lhe faz bem. Vocês... – fui interrompida por uma linda menina cutucando meu braço.

–Alice, quando o Eddie vai chegar? – perguntou Marie, fazendo um leve biquinho.

–Não sei princesa, não sei! – respondi de forma sincera.

Arregalou os olhos.

–Ele não vem?

–Claro que ele vem querida, só que mais tarde! Edward está... ocupado no momento! Mas, daqui a pouco ele chega! – menti, recebendo um largo sorriso em resposta.

–Quer brincar de boneca comigo? – assenti, sorrindo. – Olhe, essa aqui se chama Molly e aquela ali, é a sua e se chama Lindsay. – apontou para as bonecas perfeitamente posicionadas sobre o sofá. - Quer brincar também Bell? Você pode ficar com a Charloty!

Bell sorriu fracamente, negando.

–Hoje não, minha pequena! Amanhã prometo que brinco com você e com a Charloty! – riu.

Olhei em sua direção, balançando a cabeça negativamente.

–Alice, por favor, entenda! Eu...

–Esquece! – finalizei a conversa, pegando Marie nos braços e me dirigindo á ampla sala de brinquedos. – Espere um segundinho Marie, eu já volto! – pedi, andado apressadamente em direção á cozinha da casa e sacando meu celular do bolso traseiro.

Disquei seu número e depois de umas sete chamadas, finalmente ouço uma voz sonolenta e arrastada atender.

–Alô? Quem é?

–Edward onde você está? – questionei enfurecida.

–Alice? Ah, eu estou em casa oras! – respondeu-me de forma monótona.

–Fazendo o que em casa seu idiota?

–Dormindo? O que mais eu estaria fazendo á 00h34min? Eu heim Alice, parece que bebe! – soltou um longo bocejo.

Respirei fundo para não explodir.

–Então meu querido, sinto lhe informar que você terá que tirar seu traseiro extremamente branco dessa cama e vir imediatamente para a casa dos Swan.

–Porque eu faria isso? Bell não me quer ai, não forçarei nosso convívio como VOCÊ fez no aeroporto! – exaltou-se.

–Ela fez aquilo por que... Ah, esquece! Você tem que vim Edward, Marie está perguntando por você!

–Marie? Já é aniversario dela não é? – murmurou pensativo. – Ah não Alice, não estou em condições agora.

Suspirei.

–Se você não aparecer em cinco minutos eu mesmo irei até ai te arrastar! – ameacei.

–Mas...

–Quatro minutos. – e desliguei.

Sorri.

Dever cumprido!

Fim PDV Alice Cullen.

Já disse que odeio Alice Cullen? Pois bem, estou dizendo agora!

EU ODEIO MINHA IRMÃ!

Somente esses pensamentos rodavam minha mente quando estacionei em frente á casa dos Swan que me parecia bastante movimentada. O imóvel inteiro estava iluminado e uma música tocava ao fundo.

Suspirei desgostoso.

Onde eu estava com a cabeça?

Sai lentamente do Volvo, trancando-o e caminhando, de forma exageradamente arrastada, até a porta, onde a campainha foi soada.

Poucos segundos depois a mesma é aberta e uma Renée sorridente aparece.

–Querido, que bom que veio! – saudou-me liberando minha passagem.

Sorri.

–Obrigada, mas eu não pretendo demorar! Só vim mesmo para parabenizar Marie e... – fui interrompido por um enorme estrondo de algo se quebrando.

–BELL! - Reconheci a voz de Marie gritando desesperada.

Corri até a cozinha e o que vi, deixou-me horrorizado, em estado de choque.

Bell estava estirada no chão repleto de cacos de vidro, inconsciente. Suas mãos sangravam na mesma intensidade que seu nariz e boca.

Carlisle rapidamente ajoelhou-se ao seu lado, examinando-a.

–Rápido, chamem uma ambulância! Bell não está respirando!