Moonshine

Fase I - Os Cullen


Acordei pela manhã com a claridade entrando pela janela. Levantei-me da cama ainda meio sonolento e fui ao banheiro. Molhei o rosto pra despertar, escovei os dentes e tomei um banho.

Troquei de roupa e desci pra comer. Katie estava colocando o café da manhã na mesa, não vi Harry na casa então presumi que havia saído pra comprar alguma coisa.

— Dormiu bem ? - Katie perguntou me tirando dos meus pensamentos.

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— Mais ou menos. - respondi. Passei geleia no pão e mordi. - Eu quebrei o espelho do guarda roupa sem querer.

— Tá tudo bem, aquele guarda roupa e velho.

— Cadê o Harry ?

— Saiu pra comprar tinta, ele volta logo.

Me concentrei em ver mais alguma coisa sobre os meus pais mas não consegui saber de mais nada.

— Você acha que eu devo procurá-los ? Os meus pais ? Eu temo que eles não me aceitem ou que o meu pai seja como o Anthony.

— Você só vai saber quando encontrá-los. - Katie disse. - Mas eu tenho certeza que agora que são outras pessoas eles não são nada como antes.

É o que eu espero. Pensei comigo mesmo.

Terminei de comer, foi quando Harry chegou cheio de sacolas nas mãos.

— Trouxe as tintas pra pintar a casa por fora. - ele disse.

— Ótimo, vamos logo antes que pensem que estamos morando numa casa mal-assombrada. - falei.

Harry teve que pedir uma escada emprestada a mulher do Sr. Swan, passamos a manhã toda pintando a frente da casa e os fundos faltando apenas as laterais e o telhado. Não sei porque o Harry inventou de pintar o telhado. Ele entrou pra almoçar e eu fiquei de entrar depois dele mas eu queria pintar o telhado então eu subi na escada.

— Luke vem almoçar. - Harry chamou.

— Já vou. - gritei.

Eu comecei a pintar por conta própria.

— Luke o que você está fazendo ? - Harry me pegou de surpresa e o susto me fez cair da escada.

Torci o tornozelo na queda e fiquei no chão segurando o meu pé.

— Luke. - Harry correu pra me acudir.

— Meu tornozelo está doendo. A culpa é sua por ter me assustado.

— Vamos pro hospital.

Ele me pegou no colo e me colocou dentro do carro, depois voltou pra dentro de casa pra pegar os documentos dele e os meus e depois entrou no carro e sentou o pé no acelerador.

Harry estava dirigindo numa velocidade muito alta, estava nervoso por causa da minha queda e queria chegar rápido ao hospital. Eu estava com medo por dois motivos:

1 - Algum policial nos parar e nos mandar pra delegacia.
2 - Harry acelerar demais e causar um acidente.

Então e tinha que fazê-lo parar.

— Harry para, nos vamos bater. - falei. Ele não me ouviu. - Harry por favor diminui a velocidade ou nós vamos nos dar mal.

Ele não estava me ouvindo, então eu parei o carro com a minha telecinese. Ele estava nervoso, e eu entendia isso porquê anos atrás Katie se acidentou e quase morreu. Por isso ele é tão cuidadoso e age no impulso quando algo assim acontece.

— Harry, dirige devagar. Um tornozelo torcido não é questão de vida ou morte, se você dirigir desse jeito alguém vai acabar morrendo.

Ele respirou fundo e se acalmou, depois voltou a dirigir normalmente até chegarmos ao hospital. Eu fui atendido rápido quando demos entrada e fui encaminhado para uma sala onde um médico loiro e pálido estava. Eu logo percebi que ele era um vampiro mas não tive medo.

— O que temos aqui ? - ele perguntou sorrindo. Em seu crachá estava escrito Dr. Carlisle Cullen.

— Um tornozelo torcido. - eu disse.

— Eu vou tirar seu tênis. - ele falou.

Assim que ele começou a tirar o tênis meu tornozelo gritou de dor e eu apertei o braço do Harry pra não gritar também. O Dr. Cullen examinou meu tornozelo que já estava um pouco inchado. Fiz uma ressonância mas felizmente eu não quebrei nenhum osso.

— Você vai precisar usar gesso por algumas semanas, seu tornozelo vai desinchar logo. - disse o doutor.

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Fomos para outra sala logo após colocar o gesso onde uma mulher de costas estava. Assim que ela se virou eu tive uma grande surpresa, era minha mãe. Era ela mesmo, na minha frente mas em seu crachá estava escrito Isabella Cullen. Ela estava como eu me lembrava, e estava bem.

— Mãe. - eu fiquei tão surpreso que quando falei minha voz saiu como se eu tivesse sussurrando.

— Desculpe, o que disse ? - ela perguntou.

— Nada, eu tava pensando alto. - respondi, mas não consegui disfarçar minha cara de surpresa. - É que você me lembra uma pessoa.

— E quem seria essa pessoa ? - ela voltou a perguntar sorrindo. O mesmo sorriso que minha mãe tinha.

— Minha mãe. - senti uma lágrima cair na mesma hora. - Ela se chamava Marie.

Ela ficou um pouco mexida quando falei o nome da minha mãe, ou melhor o nome da antiga encarnação dela.

— Eu sinto muito. - ela disse. Isabella escreveu algo num papel e deu pro Harry, era os remédios que eu precisava tomar pra desinchar meu tornozelo, tínhamos que pegar na saída.

Voltamos rápido pra casa. Me joguei logo no sofá pra não ter que subir as escadas com uma perna engessada. Dentro de mim eu sentia um misto de tristeza, choque e decepção. Ela não me reconheceu. Isso me deixou muito pra baixo.

Katie colocou meu almoço e me trouxe no sofá. Eu mal toquei na comida porque estava pensando, me questionando por quê ela não me reconheceu. Fiquei um tempo sentado olhando pra tv foi então que a campainha tocou, eu estava na sala então resolvi atender, era a Dr. Isabella.

— Eu posso entrar ? - ela perguntou.

— Claro. - dei espaço para que ela passasse.

Harry e Katie apareceram na hora e ficaram surpresos.

— Doutora, o que faz aqui ? - Harry perguntou.

— Eu vim por que preciso saber quem foi Marie Lancaster e por que eu tenho flashes de uma época que eu não vivi. - ela disse um pouco nervosa. - Quando vi o Lucca eu o reconheci por conta desses flashes.

Harry e Katie olharam diretamente pra mim por que eu era o único que podia explicar o que estava acontecendo.

— Tem certeza que quer saber ? O que eu tenho pra falar pode ser um pouco perturbador.

— Tenho sim. - ela disse.

Eu respirei fundo e me preparei pra falar.

— Eu sou seu filho! - disse. - Você é a reencarnação da minha mãe, Marie Lancaster. Ela e o meu pai morreram num incêndio do qual eu escapei. Isso aconteceu em mil setessentos e cinquenta e cinco, eu tinha doze anos.

— E todos esses anos você tem esperado pra me encontrar ? - eu confirmei sua pergunta muito emocionado.

— Você e o meu pai. - eu falei. Estiquei minha mão até seu rosto e lhe mostrei tudo o que ela precisava ver sobre o passado dela e do meu pai e de mim.

Ela ficou muito surpresa e se pudesse estaria chorando de felicidade por saber que tem um filho que esteve esperando pra reencontrá-la. Isabella me abraçou, eu me arrepiei por conta da pele fria dela.

— Edward vai adorar conhecer você. - ela disse. - Pelo que me mostrou ele deve ser a reencarnação do seu pai, Anthony. Nós temos os mesmo nomes que eles.

Eu abri um sorriso mas ainda estava chorando de emoção.

A pedido dela nós fomos de carro até a sua casa. Assim que entramos na trilha de terra eu vi surgir numa clareira uma enorme mansão cor de laranja e marrom. Quando nos aproximamos mais notei que algumas paredes eram de vidro e dava pra ver o interior da casa e algumas pessoas circulando e olhando pra fora.

Descemos do carro e entramos na casa, passamos pelo hall e subimos o primeiro lance de escadas até chegarmos à sala, onde haviam outros seis vampiros reunidos e o Dr. Cullen. Um dos seis vampiros era o meu pai, o qual Isabella chamou de Edward.

— Bella, eu falei pra você não tentar interferir em nada. - a vampira de cabelos negros e curtos reclamou olhando pra Isabella irritada.

— Alice, me desculpa mas eu não consegui ficar quieta. - Bella disse.

— Lucca. - Edward se aproximou de mim e se ajoelhou na minha frente. - Eu sou mesmo a reencarnação do seu pai ? - eu estava com medo dele mas confirmei tocando seu rosto lhe mostrando o que eu havia mostrado pra Bella. Ele ficou surpreso.

— Você tem o mesmo dom que Renesmee. - ele disse maravilhado.

— Quem é Renesmee ? - perguntei.

— Nossa outra filha. Você tem uma irmã. - ele respondeu. Na mesma hora me abraçou, eu fiquei apavorado mas o medo me paralisou.

— Bella e eu queríamos tanto ter um filho.

— E agora nós temos. - Bella disse. - Renesmee quando souber vai adorar.

— Meu Deus. Ele é a sua cara, Edward. - a loira de cabelos compridos disse.

Para que todos entendessem melhor o que estava acontecendo nos sentamos e eu expliquei tudo ( quase tudo ) o que aconteceu para que eu pudesse encontrar Bella e Edward. O primeiro a entender foi o Dr. Cullen e depois a esposa dele Esmee. Alice, a vampira que reclamou com Bella já sabia que eu ia procurá-los e alertou Bella que precisava esperar mas ela se apressou.

— Acho que nossa missão por aqui foi concluída. Luke está de novo com os pais dele, agora só nos resta ir embora. - Katie disse como se estivesse se despedindo.

— Vocês vão embora ? Vão me abandonar também ? - perguntei pra me prevenir.

— Claro que não, eu falei no sentido de voltar pra casa. Não quero mais ficar pulando de canto em canto sem um lugar fixo pra ficar. - Katie disse. - Nós sempre estaremos aqui pra você. Diferente do seu irmão que nos deixou.

— Irmão ? Tem mais um ? - Edward perguntou.

— Isso eu posso explicar depois. - falei.

Katie e Harry se despediram dos Cullen mas eu os acompanhei até o lado de fora da casa pra me despedir melhor.

— Muito obrigado. Vocês foram as melhores pessoas do mundo pra mim e eu sou eternamente grato a vocês. - eu disse.

— Não mais. Nós tiramos o feitiço de você assim pode crescer e viver normalmente. - Harry disse. Eu não tinha mais nada pra dizer então os abracei.

— Obrigado, por tudo.

Eles foram embora em seguida. Eu voltei pra dentro, subi as escadas com um pouco de dificuldade por conta do meu tornozelo. Para a minha surpresa Bella me levou pro segundo andar da casa onde me mostrou um quarto que já tinham preparado pra mim. Era o antigo quarto do Edward mas ele ajeitaram e redecoraram tudo para que ficasse do meu agrado. Tinha um closet enorme repleto de roupas e um banheiro particular, além de ter uma tv, vídeo game e tudo mais.