Monster Love

Surrender


Natasha acordou com o celular vibrando insistentemente ao seu lado. Bruce não estava com ela, mas a cama amarrotada ao seu lado indicava que talvez fizesse pouco tempo que saíra. No visor do celular um aviso de 7 chamadas não atendidas, quem quer fosse queria mesmo falar com ela. Mas se Bruce vira as chamadas porque não a acordou? Logo descobriu o motivo, as chamadas eram do Capitão Rogers.

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Bruce entrou repentinamente com algo nas mãos, parecia entretido e satisfeito.

_Bom dia! Trouxe uma coisa para você experimentar, vi que tinha na ilha e não pude resistir. É água de coco, me lembra da temporada que passei na América do Sul, muito agradável.

Ele rumou para a cozinha, perfurou os cocos que trazia e despejou nos copos, pôs gelo e foi na direção dela que estava sentada na cama, só então ele notou que ela estava quieta ao telefone. Lembrou-se das chamadas que viu antes de sair, um incomodo se instalando dentro do peito. Se não controlasse suas reações acabaria demonstrando ciúmes, sabia com quem ela deveria estar falando. Colocou o copo na mão dela e saiu com o seu copo, ainda pode ouvir o fim da conversa.

_Tudo bem Steve, faremos sim... quando você quiser... não precisa, eu faço questão... será um prazer...

“Steve? Sério? Passo um tempão praticamente implorando para que me chame de Bruce...”

Bruce entrou na cabana e sentou-se diante dos computadores, distrair a mente nesse momento era crucial, nada de pensar na conversa entre Natasha e o Capitão, nem na camiseta que ela usou antes dele rasgá-la ao meio, antes do sonho...

_Ok! Bruce, Verônica é o foco agora!

Deteve-se outra vez no projeto, observando uma transmissão online que Jarvis rodava da produção do novo protótipo, pelo andamento deveria estar pronto ainda hoje.

_Jarvis?

_Dr. Banner.

_Eu estive pensando... se as placas demorarem para encaixar, temos que ter uma alternativa para compensar isso.

_O que o senhor sugere?

_O campo magnético eletrificado aqui da ilha impediu o “cara verde” de saltar para longe, talvez possamos fazer com que as placas emitam essa mesma eletricidade entre si.

_Precisaremos reverter a capacidade para o tamanho do casulo.

_Isso é fácil. Você consegue fazer as modificações a tempo?

_Creio que sim.

_Ótimo, aguarde meus cálculos, não quero atrasar a produção, serei breve.

Trabalhou distraidamente empenhado em achar o ponto exato para a mudança na estrutura. Não quis ir procurar por ela, autopreservação. Permitiu-se mergulhar no trabalho por um tempo, sem pensar em mais nada. Até que o perfume sutil de banho tomado pairou no ambiente, nem precisou virar para saber que ela estava lá, fingiu não notar e permaneceu de cabeça baixa. Tremeu ao toque da mão pequena em seu ombro.

_Como estão as coisas por aqui?

Era difícil pensar em alguma resposta quando a mão acariciava o ombro dele e o cheiro da pele dela era tão sedutor que lhe roubava o ar. Queria ficar de pé, abraçar aquele corpo macio e sentir de perto aquele perfume de fêmea sensual.

_Estou... ah... terminando uns cálculos, Jarvis vai acrescentar melhorias ao casulo de metal.

_Hum. Gostaria de recompensá-lo pelo bom trabalho que vem fazendo, o que quer de mim?

“Que você me beije, me seduza e me espere nua naquela cama espaçosa...”

_Estou cheio dessa comida enlatada, mais um dia comendo essas porcarias e meu organismo pode sofrer mais uma alteração violenta me transformando em uma coisa grande, verde e pegajosa.

_Credo!

Ele sorriu do espanto disfarçado dela. Aquele meio sorriso encabulado que sempre mostrava duas covinhas que ele tinha. Como alguém não fazia ideia do quanto era atraente e charmoso sorrindo daquela forma?

_Seu desejo é tão simples que é impossível não conceder Bruce.

No peito o coração bateu mais rápido ao notar que ela vestia outra vez uma camisa dele, com os braços enrolados até os cotovelos, alguns botões abertos, um jeans colado completava o conjunto. Era melhor não perguntar o motivo de ela estar usando as camisas dele, suspeitava que só tivesse trazido camisetas com aquele desenho infame do escudo. Ainda viajando naquela visão ele apenas contemplou-a curvando-se para acessar alguma coisa no computador, digitou alguma coisa, mas ele só tinha olhos para o quadril saliente se exibindo... deu-se conta que mal pode apreciar aquela região, tamanho o desejo que o consumia, tinha que lembrar de corrigir isso da próxima vez.

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_Se houver próxima vez...

Ela virou o rosto e se deparou com ele olhando para seu quadril, por certo estava pensando alto outra vez, porém não precisava falar o resto, bastou olhar para o rosto envergonhando após ser pegue outra vez despreparado. Ela não conteve o desejo de atormentá-lo mais um pouco, porque não seria Natasha Romanoff se não estivesse sempre dispostas a atormentar os pensamentos e a vida desse homem.

_Eu espero que tenha Dr. Banner... pela direção do seu olhar, eu espero que tenhamos muitas outras vezes... da mesma oportunidade.

Ela se aproximou devagar, girou a cadeira e sentou nas pernas dele, com os olhos na mesma altura, abriu mais alguns botões da camisa. Ele engoliu em seco mais de uma vez tentando recobrar a consciência, tocou no rosto dela e aproximou mais de si, com o polegar acariciou os lábios voluptuosos.

_Gostaria muito de saber o motivo pelo qual você me provoca tanto... – ele sussurrou – Você me odeia?

_Muito. Odeio quando morde o canto do lábio inferior da forma como esta fazendo agora, quando sorrir constrangido e nervoso, quando me lança esse olhar faminto e desesperado, odeio principalmente o seu jeito bobo e charmoso que faz as mulheres terem pensamentos proibidos com você...

_Que tipo de pensamentos?

_Como os que estou tendo agora, por exemplo...

Bruce podia ser o Hulk indestrutível e poderoso, mas não era páreo para tanta sedução. Rendeu-se aos encantos daquela sereia e a beijou. Lenta e calmamente como nunca fizera antes, abraçou o corpo sexy enquanto ela bagunçava os cabelos dele durante o beijo, apertou com firmeza as nádegas diminuindo o vazio entre seus corpos, ainda bem que os botões da blusa era magnéticos e não voaram longe com o puxão que ele deu para poder sentir com mais precisão o toque aveludado daquele corpo, afundou seu rosto na curva do pescoço e desceu afastando o sutiã que cobria um par de seios moldados pelos deuses, quais quer fossem eles.

Abriu o botão e o zíper do jeans que ela vestia, quase perdeu o controle ao perceber que não usava peça intima por baixo da calça, tinha que ir devagar dessa vez. Ela quis se levantar mas ela a prendeu num abraço, segurou as duas mãos delas prendendo-a.

Natasha se sentiu uma ratinha presa entre as patas de um gato. Não era um gato qualquer, era um gato astuto e viril que se disfarçava de ingênuo e fraco. Mas aquele abraço forte que prendeu suas mãos às costas a incendiou ainda mais. Queria lutar para se libertar, mas a luxuria que a consumia fazia seu corpo se render ainda mais, se entregar apaixonado. Gemeu aprisionada quando teve um seio capturado pelos lábios dele. Bruce não parecia ser tão forte assim, diria até que a força estava apenas no outro cara, mas vendo-se dominada tão facilmente dessa forma esse pensamento se desfez. Todos os outros pensamentos também a abandonaram quando ele a segurou com apenas uma das mãos e com a outra seguiu sorrateiro pelo cós da calça e invadiu o espaço do baixo ventre até encaixar o polegar no seu ponto fraco. Ele procurava a melhor posição, a cada toque era uma descarga de energia que seu corpo sofria, voltou a se apossar dos lábios dela.

Ele estava adorando aquela brincadeira, ela iria pagar por todo sofrimento que vinha causando, e pagaria com gemidos de prazer, com gritinhos enlouquecidos na hora do orgasmo... se sentiu poderoso, não como Hulk, como homem. Ter aquela mulher rendida em seus braços era surreal, se ela desejasse um escravo ele com certeza seria um forte candidato, nem precisava pedir. Não queria machucar aquela rosa vermelha, daria a ela pelo menos agora um deleite saboroso do que poderia vir mais tarde. Ela estava úmida lá em baixo, nem precisou caprichar tanto, bastou encontrar o lugar exato em que faria sua mágica. E quando finalmente encaixou, prendeu-a mais forte e roubou-lhe o ar num beijo possessivo e erótico, enquanto sua mão se dedicava a enlouquecer aquela fêmea febril de paixão. Um verdadeiro mestre na arte de dar prazer, ele movimentava a mão com pressão e sutileza e apertava o que podia daquele corpo. Ela tremeu e ele soube que estava na hora. Parou de beijá-la apenas para observar o rosto dela enrubescer, a boca sensual semiaberta buscando sôfrega pelo ar que lhe faltava, os olhos cerrados e os gemidos fracos escaparem na hora em que o orgasmo a abalou.

Ele soltou as mãos dela e agarrou-se em seu corpo, sentindo as vibrações e as batidas frenéticas no peito dela. Ela ainda arfava quando ergueu os braços para repousa-los sobre os ombros dele.

Fato comprovado: Bruce Banner podia até ser um menino bobo no corpo de um homem de 45, mas era “expert” na arte de dar prazer e enlouquecer uma mulher, e nem precisava estar nu para fazer com que qualquer uma se rendesse aos seus encantos e toques. Natasha se sentiu traída pelo próprio corpo que ao invés de lutar e combater se entregou preguiçoso aos beijos e toques de Bruce. Permaneceu alguns segundos abraçada a ele, esperando seu corpo parar de desejar que ele continuasse, mas estava difícil, queria retribuir o que acabara de receber, mesmo que isso representasse ser invadida pela virilidade grotesca do meio homem outra vez. Prendeu o rosto dele com as mãos e encarou aquele olhar de fera reprimida ao seu, encostou os lábios nos dele.

Eles ouviram o barulho de hélices ao longe, ela não queria acreditar em tamanho infortúnio, mas o barulho se aproximava. Interrompeu o beijo e levantou-se abotoando a blusa e a calça.

_Inferno! – ela praguejou enfurecida.

Ele bufou frustrado e esfregou o rosto com as mãos, tentou arrumar os cabelos em desalinho e controlar a respiração e os pensamentos na esperança de fazer a ereção formada em sua calça desaparecer rapidamente.

Ela verificou o monitor e nele estava visível a autorização da aproximação do veiculo na ilha, era um helicóptero Stark, suspeitava de quem estaria chegando, mas não esperava que fosse tão cedo.

_Temos companhia. Antes que nos encontrem aqui, dessa forma... – ela apontou para a roupa amarrotada dele e para os botões da camisa que vestia ainda abertos – É melhor os recepcionar lá fora.

Ele concordou e desajeitado tentou disfarçar o volume na calça e o nervosismo. Ela seguia na frente tão segura, disfarçando que ainda estava tremula. Ele parou no meio do caminho, ao notar que o helicóptero já pousara e Clint desligava os motores, Capitão Rogers desafivelava o sinto de segurança.

_Como eu posso ser tão sortudo e estar no céu em um segundo e no outro dar de cara com as portas do inferno?