Momentos da Vida (Wolverine e Ohana)

E na Mansão, tudo como sempre: imprevisível!


texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

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E NA MANSÃO, TUDO COMO SEMPRE, IMPREVISÍVEL

Já nos EUA, mais precisamente em Westchester, Jean e Hank acharam melhor não informar aos outros habitantes da Mansão sobre o estado de saúde do Professor. Eles esperariam e, caso o Professor melhorasse e concordasse, não criariam pânico desnecessário… Quanto a Gambit, Jean pediu mentalmente para que ele não comentasse o desmaio de Xavier com ninguém, nem mesmo Vampira, ao que ele concordou relutante. Dizendo não esconder nada da cherie e, se ela perguntasse sobre ele, diria a verdade. Por hora foi o suficiente para Jean e ambos entraram nesse acordo.

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Um dia se passou sem novidades, Vampira e Gambit se falavam por telefone e, mesmo assim, eles conseguiam fazer amor! Charles continuava em algo parecido com um coma que ambos não entendiam. Estava tudo certo com seu corpo, exceto pelo fato de o Professor não responder quando chamado e não abrir os olhos por vontade própria.

Jean: Eu vou entrar, Hank! Precisamos saber se a mente dele ainda está sã, receptiva, enfim, se ele está consciente do entorno, não? - ela tinha o rosto cansado, havia velado por ele desde que desmaiou e, mesmo tendo algumas visitas de Scott ou mesmo a companhia de Hank havia tomado para si o fardo de “responsável” pelo querido professor…

Hank: Querida amiga, a tecnologia mesclada que temos aqui nos permite afirmar, com exatidão, que ele está bem, apenas não deseja despertar. Sua mente está sã e, compreendendo sua preocupação, não posso dizer mais nada além de vá adiante… Se isso for tranquilizá-la, nada mais justo. Mas vá devagar!… - enviando um olhar de compaixão para a amiga de longa data.

Jean aproxima a cadeira da cabeça de Charles e apoia a mão esquerda no chacra coronário enquanto a direita apoia na sua própria testa, como se criasse um circuito fechado entre eles. Não demora muito para que ela consiga sentir a mente do amigo e, com isso, perceba que está no Japão, no momento da oferta de Logan, sentindo que Ohana também estava conectada com eles todos e, desse modo, a telepata pôde saber das intenções do canadense. Chateou-se pelo rumo das coisas, mas nada podia fazer, a não ser aproveitar o momento para questionar Charles, pois o vínculo criado havia sido rompido.

A forma astral de Charles estava totalmente desenvolta e até mesmo rejuvenescida com toda aquela aventura, ao ver Jean ele sorriu levemente e enviou para a mente da ruiva que ficaria um pouco mais fora do corpo, antes de voltar. Ele queria testar seus limites e perceber se conseguiria chegar até onde Lilandra estava e, para isso, bastou pensar na imperatriz Shi’ar para desaparecer e não deixar rastros mentais onde Jean pudesse se fiar. A telepata aproveita que está ali para checar os acontecimentos subsequentes e acaba tão incrédula quanto Sagara sobre o último encontro de Ohana e Logan. Como havia ficado em modo “silencioso” na mente de Logan, Jean capta toda excitação que o canadense sente somente em cheirar a chegada de Ohana pelo corredor. E quando os dois se beijam a telepata é invadida por uma cálida sensação, a mesma da primeira vez que beijou Scott, mas que desde aquele tempo, deixou de existir… Assim que percebe as intenções de Wolverine antes do ato ela enrubesce e decide cortar o laço telepático e retorna, com um pouco da excitação sentida daquele momento que não era dela, mas do qual participou. Hank nota a diferença de comportamento da telepata e pergunta por Xavier; sendo pega de surpresa pelo amigo, Jean dá um leve pulo na cadeira e, passando a mão apressadamente pelas têmporas ela explica sua conversa com o mentor dos X-Men.

Hank: Hum… Interessante você o descrever rejuvenescido e ativo. Eu me questiono se fosse eu, o que faria nessa circunstância, não é mesmo? - com sua famosa pose de pensador de ponta cabeça, preso em um dos canos do LabMed.

Jean concorda com a cabeça e pede para a Inteligência Artificial que gerencia o centro médico se conectar ao celular dela, dando avisos em tempo real sobre as condições do Professor X.

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Computador: Feito, sra. Summers. Deseja algo mais? - com a voz doce que muito lembrava a da repórter Trish.

Jean: Não, assim está bom. Agradeço – e voltando-se para Hank diz que vai subir um pouco, pois havia ficado com dor de cabeça.

Hank: Claro, minha cara… Cuide-se e estimo melhoras. Ficarei de plantão, caso haja alguma novidade. - desceu para pegar um livro e, em seguida, pendurou-se novamente, colocando os óculos e aprofundando a leitura com “O Cérebro Triúno”.

Em um dos quartos da Mansão, Vampira olhava pela janela Clarisse brincando de casinha com Gian no jardim, a sulista estava sentada no alpendre com um vestidinho de alças florido e botas de couro, cabelos soltos e um velho par de luvas que havia encontrado numa das gavetas do quarto, luvas que iam até o meio do seu braço e impediam, no passado, que sua pele encostasse em outras e absorvesse seus poderes. Eram essas luvas agora que a abraçavam enquanto seu olhar vigiava a filha mas sua mente perdia-se em cenas passadas. Engraçado que as mais sérias sempre envolviam Remy, sempre em momentos onde punha em xeque sua inteligência para arriscar a vida e se aproximar de Vampira. Ela sorri abertamente enquanto essas lembranças povoam sua mente e seus lábios acabam soltando: “O que ele tinha de lindo ele tinha de burro… Só pode ser!”

Remy: Se estiver falando de outro lindo que não Remy ficarei muito enciumado, cherie…

Vampira se assusta com a aproximação silenciosa e acaba sentando-se no alpendre e vendo Gambit encostado no batente da porta, com as pernas cruzadas e levemente inclinado. Vestia uma calça de moletom mais apertada com um par de tênis e uma baby look sintética preta que deixava à mostra seu “tanquinho”. Ele olha com curiosidade para as luvas, depois com apetite para o vestido e resolve ignorar as palavras anteriores da mutante, sacudindo as chaves do conversível de Scott no dedo indicador e convidando:

Remy: Já cuidei de tudo com as “babás”, Clarisse estará bem por algumas horas. Inclusive Remy já conversou com a petit e tive sua promessa que se comportará. Já passou um dia depois da terapia de Hank, vamos pra cidade comemorar? - e dizia isso enquanto adentrava o quarto todo sorridente.

Vampira: Ah… Gato! ‘Cê acha uma boa ideia sairmos assim? A Mansão é gigante, não precisamos sair pra ter privacidade, saca? - descendo levitando do alpendre para os braços dele, enquanto cruzava as pernas para ser pega no colo.

Remy: Espero que isso não seja vergonha de estar do lado de Remy, mon cherie… Desde que Clarisse nasceu que não temos um momento nosso, realmente despreocupados, non? Ela está dentro do lugar mais seguro da Terra, desde a morte de Metabolisis… - e deu de ombros, antes de Vampira encontrá-lo e ele pegá-la.

Vampira: Vergonha do meu grandão, é ruim, hein?! Eu tenho é ódio se toda essa ladainha do Hank não funcionar e você agir do mesmo jeito, né? Porque eu tenho que me segurar pra não quebrar a cara daquelas biscates e, de lambuja, a sua também! - e lascou-lhe um beijo na boca.

Remy: Só saberemos tentando, V… Remy quer muito saber se vai poder andar livre por aí, com olhos somente para você. Não tem curiosidade? - virando todo o conjunto para a porta do quarto, em direção à saída; não sem antes puxar cada uma das luvas e deixá-las caídas no chão do quarto - Pour Dieu, não precisamos mais delas!

Vampira não questionou mais nada, ficava mexendo as pernas para frente e para trás, enquanto bagunçava o cabelo de Gambit e, de vez em quando, lhe dava um beijo aqui e outro lá. Assim os dois foram trocando carinhos e sorrisos até a garagem onde a mutante levitou para o banco do passageiro enquanto Remy pulava para sentar-se da direção, usando a porta para alavancar sua subida.

A tensão de Vampira era evidente, realmente pelos motivos que ela havia dito; mas ela devia essa ida a cidade ao Remy, ele tentou mesmo – dessa vez – fazer algo pra mudar positivamente e ela, como esposa e amante, apoiava essa atitude, na verdade, independentemente dos resultados! Nos semáforos vermelhos ele fazia alguma palhaçada para tentar tirá-la da tensão e ao chegarem no centro Vampira estava visivelmente mais relaxada. Pararam na frente de um Pub Irlandês e o cajun deu a volta para abrir a porta da esposa, estendendo a mão para que ela levantasse. Mesmo com o número de mutantes alto pela cidade, era quase impossível não parar para olhar Gambit em seus 1,87m e com olhos vermelhos e pretos, além do seu físico, claro! Já a sulista encantava por seu sorriso aberto e seu cabelo comprido, encaracolado e com uma mecha branca. Os dois formavam um lindo casal! E foi assim, aparentemente como antes, sendo admirados e sentindo-se desejados que eles entraram no Pub. O clima escuro e cheio de adornos na cor verde característica da Irlanda estava por todo lado; o lugar não estava muito cheio, mas contava com garçons e garçonetes esperando por uma casa cheia dentro de algumas horas. O casal escolheu uma mesa ao fundo para sentar-se, assim poderiam passar por todo salão, na frente do bar, na frente do palco onde estavam preparando o som para algum show e, em seguida, na frente de algumas mesinhas até chegar onde escolheram sentar. Pelo caminho, apesar de várias oportunidades, Gambit não precisou olhar para nenhuma mulher, ele não sentia a urgência de fazer isso. E, do mesmo modo, as mulheres olhavam-no como normalmente olham para um homem bonito e desejável, sem exageros em se jogar nos braços dele. Os olhos de Vampira brilharam, ela quase não conseguia esconder a satisfação de passar por aquele momento. Se Hank estivesse lá ela o beijaria, definitivamente! Não ousou exteriorizar nada diretamente ao marido, queria que ele desse algum depoimento sobre o que sentia e se sentia algo diferente, a sulista não ousaria quebrar aquele silencio, por mais incômodo que fosse. Sentaram-se e o cajun deu mais uma olhada ao redor, olhando Vampira nos olhos:

Remy: Cherie, Remy pode ver em seus olhos o quanto está feliz, non? - ela segurou nas mãos dele, apoiadas sobre a mesa. - Parece estranho, non tenho urgence em olhar outras femmes! Aliás, Remy non quer olhar pra mais nenhuma além de você, mon coeur! - e, nesse ponto, seus olhos também brilharam, como se antes houvesse uma grande maldição sobre ele.

Vampira: Ah! Gatão! ‘Cê não pode imaginar o quanto eu tô feliz! Serião, eu não queria dar nenhuma opinião antes de você falar o que sentia!! - e apertava as mãos dele bem forte, mas sem machucar. - Vem cá, vem! - E aproveitaram a mesa curta para se beijar, Vampira agarrava o cotovelo de Gambit e este explorava com sua língua cada parte que sabia ser excitante à companheira. Quando perderam o fôlego e voltaram a sentar perceberam que algumas pessoas ao redor olhavam curiosas, elas queriam ver por quanto tempo os dois ainda aguentariam sustentar aquele beijo.

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Remy: Nossa, como estou me sentindo diferente… Parece que posso focar muito mais naquilo que estou fazendo sem aquela outra parte minha, cherie!…

Vampira: Isso com certeza eu senti, grandão. ‘Cê sempre beijou muito bem, não posso negar, mas nunca te senti tão focado no que fazia… - e seu sorriso deixava transparecer vários pensamentos sacanas.

Remy: Se continuar a sorrir assim, ma vie, não serei responsável par moi…— e por debaixo da mesa, passou a acariciar os joelhos de Vampira, subindo para a coxa.

Em vez de frear os movimentos de Gambit, Vampira aproximou a cadeira da mesa e desencostou um pouco as costas do encosto, enquanto mordia descaradamente o lábio inferior e, em seguida, moveu os lábios dizendo: “mostra o que você tem pra mim, amor”. Sorrindo de lado o cajun também se movimenta levemente para conseguir aproximar a mão esquerda da região interna da coxa, ele percebe uma garçonete chegando e precisa parar, pois percebeu que os dois não tinham pedido nada para comer ou beber e, se quisessem ser deixados em paz por alguns momentos, seria necessário agir como um consumidor do Pub. Levantando a própria mão direita para chamar a garçonete ele recebe um olhar descrente de Vampira que se ajeita na cadeira e, quando a garota chega com o cardápio, Gambit já lança:

Remy: Queremos duas Irish Red Ale de 500ml, por favor e uma porção média de batatas fritas.

A garçonete parou pra olhar com mais detalhe os olhos dele e, após lançar o pedido numa comanda eletrônica, lançou: “Lente de contato irada, cara!” e saiu pra atender outra mesa.

Remy: Só esperar chegar o pedido e recomeçamos, cherie. - e dá uma piscada, esticando a mão para Vampira apoiar a dela na sua.

Vampira: Ah! Bem pensado, Remy! Por um minuto, achei que ‘cê tinha criado escrúpulos também… Eu já ia reclamar com o Hank… - e estendeu a mão onde ele pediu, recebendo uma massagem que começou no pulso e foi subindo para o cotovelo, em alguns pontos que Gambit conhecia, como um pirata que tem nas mãos um mapa da mina e sabe, exatamente, o caminho que deve percorrer para encontrar o tesouro.

Não demora muito para o pedido chegar, as fritas estavam no ponto certo e vieram com dois cremes para serem molhadas; as cervejas estavam em copos transparentes com alças que imitavam lianas entrelaçadas, com uma cor vermelho alaranjada sensacional! Ambos agradecem ao garçom que os trouxe e dão uma bebericada, dividindo uma batata frita. Quando vai beber novo gole, Gambit já reinicia a aproximação com a mão esquerda, enquanto conversavam algo irrelevante sobre a decoração do ambiente, Vampira volta a reposicionar-se mais para perto e, desse jeito, o cajun tem acesso total ao interior da coxa da mutante, que ele explora enquanto avança para o local com mais de 8000 terminações nervosas; e sem encontrar obstáculos, ele aponta de forma divertida: “oui, ma belle, você é a não francesa mais francesa que conheço!”, com a maestria de um crupiê que maneja cartas de baralho ele a faz soltar um longo e rouco gemido, abafado pela música que uma banda havia começado a tocar alguns minutos antes.

Vampira: Ha, amour… - resfolegando e mordendo forte o lábio inferior – Como pode ser tão… Diferente assim?… - falando entre um gemido e outro.

Remy: Remy à sua disposição… - enquanto passava a outra mão no rosto de Vampira, colocando o dedão no canto do lábio dela; que não se faz de rogada e o chupa com todo gosto fazendo também o marido soltar um leve gemido, seguido de uma risada rouca.

Olhando para um dos lados, Vampira vê que as toaletes são mistas e, com isso, solta um apressado: “Vem terminar o que começou, gatão” levantando-se e deixando Gambit meio zonzo, demorando alguns segundos para compreender o convite. Quando percebe, levanta a sobrancelha, termina a cerveja em duas goladas e pensa no quanto assim era melhor do que antes; seria como se fizessem amor pela primeira vez e ele não perderia a chance de impressioná-la, mesmo num banheiro de bar.

Quando saem do Pub os dois estão parecendo colegiais. Não conseguem parar de se olhar, se tocar, como se nada além dos dois existisse no mundo. Riam de tudo e de nada, pararam para comprar sorvete; deram uns amassos em um beco mais afastado; de lá, Vampira os levou até um dos prédios mais altos e os dois ficaram sentados no parapeito, com ela deitada no colo dele enquanto este, esporadicamente, a enchia de beijos.

Remy: Pardon, ma belle! Por tudo que te fiz passar, antes dessa “cura”… Remy pode dizer, com conhecimento de causa, o quanto estava perdendo também. Mas você… O quanto a fiz so*

Vampira o impede de terminar, colocando o dedo indicador nos lábios dele e o beijando possessivamente em seguida:

Vampira: Gatinho, quem vive de passado é museu!… Esquece o que rolou, porque depois do Pub, eu tenho certeza de que você está comigo, do mesmo jeito que eu sempre estive com você. Então esquece, falou? - e seus olhos brilharam - Eu acho que é hora de darmos um irmãozinho pra Clarisse, tu não acha, não? - e coloca a mão dele na barriga dela, descendo depois pro púbis. Os olhos de Gambit se enchem de alegria! Ele sempre queria outra criança, na verdade, muitas crianças… Ele adorava a ideia de ter muitos filhos, mas entendia que Vampira não queria por ter tido um parto complicado. Só naquele momento o cajun compreendeu a verdade: ela não queria era correr o risco de ser abandonada por ele, por qualquer outra mulher, com vários filhos nas costas! Agora que o percebia realmente comprometido, até nisso, os dois tinham os mesmos desejos.

Vampira: Ah! Qualé?! Eu sou do Sul, Remy! Quanto mais cheia a casa, melhor! - ele então a arrasta para seu colo, levantando-a e a encara profundamente, dando em seguida um sorriso aberto:

Remy: Je t’aime, Vampira! - e os dois fazem amor novamente, no parapeito do prédio, enquanto o crepúsculo inicia.

Enquanto o casal estava na cidade, Gian aproveitava para se divertir com Clarisse. Ele era filho único e, com isso, não tinha tido a oportunidade de explorar tanto a imaginação de uma criança. O mutante ficou encantado com as possibilidades e Clarisse amou ver todas as suas imaginações ganhando vida diante dos olhos.

Clarisse: Gian! Você é como um mágico! Ia fazer muitas crianças felizes em hospitais! Imagina? Elas não podem sair pra brincar mas você traz os brinquedos até a cama delas! Vamos falar com papai e mamãe pra irmos um dia, o que acha?

Gian ficou espantado no quanto a pequenina tinha ido longe! Ele nunca pensou de modo tão funcional para sua mutação! Seria super possível… Hoje as pessoas aceitavam melhor os mutantes, ele poderia fazer muitas pessoas felizes, sua mente pensou mesmo em adultos hospitalizados. Uma vez ele viu na televisão o quanto pensamentos positivos e alegres ajudavam na recuperação das pessoas hospitalizadas!

Gian: Com certeza, pequenina! Vamos falar com eles sim! Gostei muito da sua ideia e de como você consegue pensar no próximo, acho que era exatamente disso que eu precisava, obrigado! - e imagina vários fogos de artifício explodindo sobre o castelo e a floresta encantada que a Clarisse tinha imaginado e onde brincavam atualmente; os olhos dela brilhavam e as palminhas batiam.

Depois de alguns minutos, Kitty os chamou para almoçar. Ela havia feito batatinhas “smiles”, talharim com ovos fritos e uma salada de alface com tomates para os três. Havia também um suco de polpa de acerola com um canudinho cheio de voltas e colorido. Clarisse gostou muito dos pratos, elogiou Kitty e percebeu que Gian olhava a Lince Negra com uma certa admiração. Depois de algumas garfadas no macarrão e duas mordidinhas em uma batata ela comenta:

Clarisse: Kitty, sua mutação é muito linda, não é Gian?

O novato enrubesce e pensa que não era só a mutação… Sorri em seguida e comenta:

Gian: Como eu disse lá na Lua, sempre quis ser um X-Men, senhorita Pryde! Um dos motivos era a paixão com que eu via vocês agindo por aquilo que consideravam certo; especialmente a senhorita.

Kitty sorri, ela inferiu algumas coisas pelo enrubescimento do rapaz e, também, o fato de citá-la como responsável por ele querer ser um X-Men, de modo indireto, por sua extrema timidez, mas ela o achou uma gracinha, por não ser desrespeitoso. A diferença de idade entre ambos era de quase 20 anos e isso a fez desencorajar o rapaz:

Kitty: Obrigada, Giancarlo. Tenho certeza de que muitos outros apareceram na TV com paixão. Tudo que sei é graças ao Logan e ao Professor Xavier. Aproveita a presença deles aqui o quanto puder, pois eu só estarei até a volta do casal Logan. - e sorri despretensiosamente.

Clarisse: Ah… Mas se você aprendeu um montão de coisas com eles, com certeza tem um truque ou dois pra nos ensinar! Eu queria muito aprender alguma coisa dos adultos, e eu acho que o Gian ia gostar de ter umas aulas com você, Kitty. O que me diz? Será que não conseguiríamos marcar um dia da semana pra termos essa aulinha? - e ambos olharam para a menina que tinha um pedaço de ovo colado na bochecha, com duas chuquinhas no cabelo e um sorriso sincero.

Kitty riu e foi pra direção de Clarisse para limpar seu rosto, novamente o rapaz encabulou; ele tinha entendido a explicação anterior de Lince como um “sai pra lá que tu não faz meu tipo” e isso o desencorajou a tentar reafirmar a ideia da menina. Vendo-o tão desolado, Kitty se arrependeu por ter sido tão polida e lançou:

Kitty: Se Gian topar não aprender com os “tops”, eu adoraria ensinar! Afinal, estava de professora em outra unidade do Instituto mesmo. - e ambas olham para o mutante, que volta a sorrir mais abertamente e acena positivamente com a cabeça.

Enquanto isso, Clarisse balançava os pezinhos na cadeira e usava o canudo engraçado que Kitty havia colocado no suco. Kitty parou um pouco para olhar Gian retirar os pratos, copos e utensílios da mesa e levar até a pia. A criança não deixou de notar e soltou um “ele é bonito, né?” no ouvido da mulher que se assustou e sacudiu a cabeça, negando o quanto o rapaz poderia sim, ser considerado bonito. Kitty pegou Clarisse no colo e esta ainda completa: “e vocês formam um belo casal juntos, sabia?”. Lince não pode deixar de olhar espantada para a pequena “cupido” que tinha diante de si… Mas, sendo filha do casal LeBeau, devia saber muito sobre namoros e conquistas, afinal, o exemplo vinha dos pais, que estavam constantemente se paquerando e comentando também sobre a beleza de outros casais. Fato é que ao agradecer a Gian pela ajuda, Kitty quase se esqueceu da diferença de idade e acalentou alguma oportunidade de ouvir mais sobre a paixão do rapaz pelos X-Men e confirmar se havia alguma intenção em relação a ela. Mas isso deveria esperar, a tarde era de Clarisse e era nisso que ambos deviam focar as atenções. Ao menos para Kitty era essa a “missão”.

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