Momentos

Capítulo 4 — O próximo passo: Parte 2


And they lived happily ever after.

O que mais incomodava Percy Jackson é que ele teria que quebrar uma promessa.

Desconfortável, o filho de Poseidon passou a mão sobre a camisa azul de manga comprida que vestia, na tentativa de tirar qualquer sujeira inoportuna. Bem vestido, aguardava pacientemente à porta da casa de Annabeth, enquanto ela se arrumava para que saíssem. Depois de tantas dificuldades, decidiram que seria bom para ambos uma noite divertida.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Já namoravam há alguns anos. Completavam, juntos, 25 anos, e se surpreendiam de ainda estarem inteiros e apaixonados. Depois de tanto tempo, nutriam a mesma paixão um pelo outro e estavam felizes por isso.

O plano da noite era simples: Cinema, parque, jantar.

Assistiram a um bom filme. Bom, pelo menos parte dele. Perderam algumas cenas prestando atenção um no outro, sentindo um ao outro. Mas gostaram do que viram e discutiram a experiência fora da sala de exibição.

Sortudos ou não, o parque estava recebendo, aquele dia, uma exibição de circo e, sem que soubessem, acabaram incluído aquela atração à sua grade. Riram e se divertiram com os palhaços, surpreenderam-se com as mágicas e admiraram toda o esplendor dos movimentos acrobáticos dos artistas.

Finalmente, o jantar. Percy fora precavido e reservara uma mesa em um restaurante cinco estrelas, bem conhecido na cidade.

Ele tinha um motivo para isso.

Lá, acompanhou a moça até a mesa. Jantaram bem, como não se lembravam que já teriam feito algum dia. Percy se tocou que não parara de encarar os olhos da namorada durante a noite e só reparara no que vestia naquele momento. Um lindo vestido branco com detalhes bordados em dourado, que lhe caia perfeitamente. Os lindos cachos loiros caíam sobre os ombros, delicados e arrumados. Percebera, ainda, os efeitos do cinema, pois o vestido estaria um pouco amassado em algumas regiões menores. Riu.

— Está rindo do quê, Cabeça de Alga?

— De você.

— Não ria de mim, não é legal.

— É inevitável. Ver você me dá vontade de sorrir.

Trocaram olhares silenciosos e risos combinados, entendendo tudo que sentiam.

— Escuta, Annie — Ele continuou, mas em um tom sério, quase triste.

— O que foi? - Entranhou o tom usado.

— Vou quebrar uma promessa que eu fiz à você.

Promessa? Que promessa? De que ficariam juntos? De que seriam sinceros? De que se amariam para sempre? De que promessa ele estaria falando, e por que a quebraria?

Uma música solene começou a tocar ao seu lado, vinda de alguns homens bem vestidos e violinos empossados, e Percy ajoelhou-se à frente dela, sempre encarando-a nos olhos e com um sorriso torto nos lábios.

— Annabeth Chase. — Riu, e corrigiu — Sabidinha. Eu sei que prometi que não daria o próximo passo antes de você, mas esses anos juntos foram, sem dúvida, os melhores anos da minha vida. Não imagino minha vida sem você. Não quero imaginar. Você me completa e eu sinto que é o certo.

A loira colocou as mãos sobre o rosto, abalada com a cena.

— Você daria a honra de se casar comigo?

Ela riu, encabulada, abaixou-se ao mesmo nível dele e lhe beijou, carinhosamente.

— Claro, imbecil!

E se abraçaram, aproveitando o fim da música de fundo. Entreolharam-se e, em uníssono, disseram.

— Eu te amo, agora e para todo o sempre.