Momentos

Capitulo 5


***

Emma não fazia ideia do que havia acontecido. Ela continuava em frente a porta da casa de Regina parada como se fosse um estatua. Ela sentira aquele frio no estomago e o coração batendo como se houvesse acabado de correr uma maratona quando Regina colara os lábios na sua pele, tão próximos ao seus próprios lábios.

Ela não fazia ideia de que sentia algo há mais pela prefeita até aquele momento. Sempre existiu uma sensação diferente com Regina, mas antes ela interpretava como uma rivalidade. Quando viraram amigas, Emma passou a acreditar que era somente o carinho entre amigas, mas após esse momento tudo havia mudado.

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A loira descongelou, caminhando pelas ruas com seus próprios pensamentos, até chegar em casa. Entrou em silencio, tentando não acordar ninguém, e foi até seu quarto, onde tirou as roupas e prendeu longos fios dourados em um coque alto. Ela tomou um banho quente e vestiu seu pijama, deitando na cama e adormecendo para um sono sem sonhos.

***

Regina não estava muito diferente da loira. Ela entrou em casa sentindo seu coração bater mais forte do que nunca. No tempo que passou ao lado da nova amiga ela pode perceber que não queria só a amizade da loira. Sempre que Emma aparecia em sua sala, seu coração acelerava e ela podia se sentir uma tola.

Apesar de já estar vestida com seu mais confortável pijama e deitada pronta para dormir, o sono não chegava para Regina. Ela se perguntava o que aconteceria se houvesse continuado com Emma, ao invés de entrar correndo em casa, como uma garotinha assustada.

***

As duas não tiveram a oportunidade de se encontrarem durante o resto do final de semana. Quando na segunda feira, Emma apareceu na prefeitura com o almoço. Ambas parecia estar meio envergonhadas, mas isso não impediu a conversa entre elas.

–Henry vai para a sua casa hoje. – Emma disse.

–Ele me falou. – Regina riu baixinho. – Ele me disse que precisa de uma noite de sono sem acordar de três em três horas com um bebê chorando.

–Eu preciso de um lugar para mim. – a loira comeu a última batata de seu prato. – Apesar de adorar meus pais, eu preciso de privacidade e isso é algo impossível naquela casa.

–Eu posso te ajudar a encontrar algo. – Regina pegou o jornal da mesa de centro, estendendo-o para a loira. – Deve ter algo nos classificados.

A loira abriu o jornal, passando os olhos pelos anúncios, procurando algo que chamasse atenção. Quando encontrou o primeiro, pegou a caneta que prendia seus cabelos e circulou, repetindo em mais três lugares.

–Viu. – Regina sorriu. – Agora você só tem que ligar e fazer uma visita nos locais. Tudo graças a mim.

–Você só me entregou o jornal, Regina. – Emma ria. – Não exagere.

–Sem mim você nunca teria tomado a iniciativa, Swan. – Regina jogou os cabelos escuros para trás.

–Meu Deus! – Emma olhou assustada para o relógio. – Eu estou atrasada para a consulta.

A loira se despediu correndo a morena e saiu quase correndo pela porta, deixando Regina sozinha.

***

Emma olhava para a barriga saliente devido ao início do quinto mês de gestação. Todos na cidade já sabiam de sua gravidez e sempre tinha alguém parando-a na rua para perguntar do bebê. Ela finalmente descobrira o sexo do bebê e pretendia contar a todos no jantar especial que estava ocorrendo na casa de Mary naquela noite especifica.

–Estão todos te esperando. – Henry apareceu na porta do quarto.

–Eu já vou descer.

Henry entrou no local, parando de frente para a mãe. Ele a abraçou forte e acariciou lentamente seu abdome inchado. Emma sorriu para o filho, passando a mão por seus cabelos castanhos. Eles se separaram e desceram para a cozinha de mãos dadas.

–Finalmente. – Regina disse. – Achei que iria precisar buscar os dois.

–Não exagere. – Emma riu da cara da mulher. – Você é muito apressada as vezes.

–Não sou não. – a morena respondeu de nariz empinado.

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Todos se sentaram à mesa e antes de começarem a comer, Emma se levantou. Todos pararam e se viraram para a loira. Sabiam que ela tinha feito uma ultrassonografia mais cedo no mesmo dia e estavam ansiosos para saber o sexo do bebê.

–Então hoje mais cedo eu fui fazer essa ultrasso... – A loira começou.

–Nós já sabemos, Emma. – uma Regina impaciente interrompeu a loira. – Fale logo o sexo do bebê.

–Depois diz que não é apressada. – a sheriff bufou. – É uma menina.

Todos vibraram e parabenizaram a loira, brindando em seguida pela nova integrante da família.

***

–Não precisava me deixar em casa, Swan. – Regina abriu a porta do carro.

–Você estava sem carro e já é bem tarde. – Emma também saiu do carro.

Ambas caminharam em silencio até a porta da casa da prefeita. Ela destrancou a mesma com a chave que estava no bolso de seu casaco. Emma estava olhando para o chão, com as mãos nos bolsos de uma das últimas calças jeans que ainda fechavam. Ultimamente Regina reparara no quão melhor a loira estava. Não passava mais mal devido aos enjoos durante o almoço, estava mais sorridente e brincalhona.

–Bem, acho que vou entrar. – Ela se aproximou da loira.

–E eu vou para casa. – a loira sentiu seu coração acelerar.

Regina se aproximou lentamente, colando seus lábios aos da loira em um selinho longo. Separou os lábios, prendendo o da loira entre os seus em seguida. Quando os soltou, desejou um boa noite entre sussurros para a sheriff e entrou em casa sozinha.

***

Emma voltou para o carro em silencio. Sentia um formigamento nos lábios, como se pedissem por mais. As duas nem conversaram sobre o que significava aquele beijo no canto dos lábios no dia do festival e agora Regina realmente a beijara.

A loira se sentia nas nuvens ao mesmo tempo em que estava extremamente confusa. Ela gostava da morena, mas existia um medo de se machucar novamente que era superior a sua vontade de tentar. Era arriscado se magoar e perder Regina. Elas eram amigas e compartilhavam um filho. Além do que, Emma não queria começar algo sem ter certeza que seria reciproco. O fato de que teria um bebe em alguns momentos era um fator a mais para ser considerado sobre se seria certo começar um relacionamento nesse momento.

Mas afinal de contas, fora somente um beijo, não havia necessidade de pensar em relacionamentos. Muito menos com sua melhor amiga e mãe de seu filho.

***