POV Reed

Andei a casa toda e não havia qualquer sinal de Mira ou meus filhos. Eu já estava ficando preocupado quando liguei o computador do escritório central e comecei a ver as imagens da câmera de segurança. Peguei apenas flashes: Mira tendo um ataque, Jhonny e Ben saindo, Mira acordando, Lyja... Lyja?! Voltei o vídeo e vi ela atacando Mira, depois sequestrando meus filhos e, então, fugindo com o Fantasticarro.

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Mostrei as imagens para Sue e avisei que era de suma importância encontrarmos Mira, ainda mais com tamanho poder que ela estava desenvolvendo.

Estávamos chegando ao castelo de Victor pela segunda vez, dessa vez tínhamos o intuito de resgatar Mira. Foi quando algo chacoalhou nosso jatinho de emergência.

–O que foi isso, Reed? – perguntou Sue. Estabilizei o jatinho novamente e olhei para os sensores.

–Nada que eu conheça. Temos que ir logo, pode ter sido Mira. – avisei e aumentei a velocidade do jato, mesmo tendo que retirar a camuflagem pra isso. Pousei o jato na frente do castelo e entramos em silêncio, quando vemos um robô carregando o corpo inerte da menina ruiva. Sue usou a telecinese para esmagar o robô por dentro e resgatar a menina.

–Mirella? Mirella? – ela chamava, mas o único indício que a garota estava viva era sua respiração fraca. Me aproximei e a tomei nos braços.

–Vou levá-la para jato, enquanto isso, fique fora de vista. – avisei e saí do castelo carregando Mirella nos braços.

Entrei no jato e a deitei em um banco nos fundos. Ela acordou enquanto eu colocava um pano molhado em sua testa, que estava ardendo em febre.

–Reed? – ela chamou. Me sentei ao seu lado e peguei sua mão.

–Se sente melhor Mira? – perguntei. Ela apenas concordou com a cabeça e se sentou.

–Reed, sobre Val e Frank, eles... – seu queixo começou a tremer e lágrimas escorreram sobre suas bochechas.

–Pode falar, Mira. – a incentivei. Ela me abraçou, soluçando.

–Eles... morreram... – soluços tomaram conta de seu corpo. Apenas a abracei com força e deixei que ela chorasse. Quando ela parou de soluçar, olhei fundo em seus olhos.

–Mira, eu tenho que ir ajudar a Sue. Fique aqui e não saia do jato, certo?

–Mas...

–Sem “mas”. Fique aqui e fuja, se for necessário. – lhe beijei a testa e saí do jato.

Segui até onde havia deixado Sue e a encontrei ainda sentada ao lado da parede.

–Por que demorou tanto, Reed? – ela perguntava.

–Estava consolado a ruivinha. – disse, apenas. Ela me puxou por vários corredores, até chegarmos à prisão onde fomos trancafiados da última vez. Corri até o lado de fora e libertei Ben de uma gaiola que estava suspensa sobre um precipício e logo voltamos para dentro, onde encontramos Jhonny caído em uma cela úmida, provavelmente desmaiado. Olhei para a cela onde Sue estava presa e fiquei surpreso ao ver cacos de vidro e ferro derretido em seu interior.

–Jhonny? – Sue chamou pelo irmão, que acordou lentamente. Ben quebrou as grades da cela, o que ativou o sistema de alarme do castelo e nos ajudou a acordar Jhonny. Ele se levantou cambaleante e saiu, se apoiando na irmã.

–Onde está a Mira? – ele perguntou, a voz rouca.

–No jato em que viemos e... – vários robôs entraram na prisão, sendo seguidos por von Doom e uma garota que lembrava muito Mira, mas não era ela. Essa estava vestida de preto, os cabelos presos em um rabo de cavalo e segurava um pistola em uma das mãos.

–Caros, amigos! Essa é minha filha mais velha Samantha. – apresentou Destino. A garota sorriu de forma maldosa e começou a brincar com a pistola. – Agora, se me dão licença, tenho que drenar o poder da minha menina mais nova. Acabe com todos, filhinha. – ele saiu, vitorioso, pensando que Mira ainda estava no castelo.

–Dispensados! – ela acenou para os robôs e eles saíram da sala, nos deixando a sós.

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–Desgraçada! – gritou Jhonny para a garota, ela apenas ergueu as sobrancelhas. – Você quase matou a Mira!

–Correção: Quase. – ela soltou a palavra calmamente. – Venham comigo se quiserem sair com vida daqui. Ainda tenho que resgatar minha irmã. – ela apenas se virou e começou a andar para fora dali. A seguimos sem termos muitas opções, mesmo Jhonny reclamando o caminho todo, mas ele trava quando ouvimos um grito.

–Jhonny!