Podia ser a coisa mais estranha a se fazer, eu podia estar pensando besteira, mas eu decidi:

— Eu devia começar a gostar de outra garota, Plagg

— Ah, finalmente - Ele falou, engolindo seu pedaço de queijo fedido - Ladybug nunca iria dar bola pra você mesmo.

Fiquei triste neste momento, esse infelizmente era a mais pura verdade, a super heroína devia ter outro alguém em seu coração, mas enquanto eu tentava esquecer ela, quem eu poderia começar a gostar?

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— Então Adrien, que tal Chloe?

— Ela, nunca, jamais.

— Que tal Alya?

— Caso não lembre, ela namora o Nino a mais de um mês.

— E aquela, a que senta do lado da Alya, que sempre gagueja quando fica perto de você?

— Marinette? - Parei de pensar em tudo, o rosto dela veio a minha cabeça, ela tinha os cabelos pretos iguais o da Ladybug, e os olhos azuis também, devia ser um bom começo para esquecer, ou não.

Natalie chega dizendo que vou me atrasar, por sorte Plagg tinha se escondido a tempo, peguei minha bolsa e fui correndo para a Limousine. Antes de sair, Natalie me deu uma (ótima) notícia, eu ficaria mais tempo na escola já que a aula de chinês foi adiada. Disse um obrigado pelo aviso, escondendo toda minha felicidade.

Respirei fundo, entrei na sala, Marinette já estava lá, isso é quase como um milagre, Chloe entrou logo depois de mim e sentando em seu lugar, e já foi pegando uma revista entregando todos os seus deveres para Sabrina.

Totalmente diferente da garota que eu sempre sento em sua frente, olhei para trás, ela estava conversando com Alya, que a estava elogiando por estar conseguindo chegar cedo agora.

No intervalo, a peguei conversando sobre mim, algo sobre me esquecer, já que ela nunca conseguia conversar comigo. Depois eu consegui entender melhor no final da aula:

— É isso mesmo Alya, como disse no intervalo, eu vou esquecer o Adrien, se eu não consigo nem mesmo dizer um oi para ele, isso significa que ele não é o cara certo, e é isso, eu vou procurar outro para gostar.

E saiu da sala.

É isso? Quando resolvo gostar de outra pessoa para eu esquecer a ladybug, essa pessoa também quer tentar me esquecer? Segui elas, por instinto felino, chamei Marinette.

— Então Marinette, hoje eu vou ficar um tempo a mais na escola, pensei em te convidar para passear na praça, o que acha?

Ela ficou muda durante um tempo, mas depois respirou fundo e respondeu:

— Claro Adrien, eu também não estou apressada para ir para casa.

Fiquei feliz com isso, peguei a mão dela e a guiei até a praça:

— Então vamos - Ela olhou para trás, onde estava Alya, que estava fazendo sinal de okay bem feliz, é Marinette, não vou deixar você me esquecer tão fácil.

Enquanto passeávamos pelo parque, ela não deixava de olhar para todos os brinquedos, talvez lembrando de quando ela brincava. Bom, ela deve ter brincado, eu nunca nem encostei em um balançador, nunca subi em um carrossel, fiquei com uma cara meio triste nesse momento:

— Está bem Adrien? - Acho que preocupei ela - Quer voltar?

— N-não, eu estou bem - Assim que parei de andar, notei que havia soltado sua mão, a peguei novamente e perguntei - Vai fazer alguma coisa hoje a noite?

— H-hoje a noite? - Ela ficou corada na hora - N-não, p-porque?

— Por curiosidade - Eu tinha criado um plano na minha cabeça.

Se ela queria me esquecer, farei ela gostar de mim de outro jeito. Uma pequena visita de um gato preto na sua casa não iria machucar.

Ela ainda estava meio corada, então pra eu quebrar o clima, puxei ela até perto de um carrinho de sorvete, pedi um de creme e ela um de morango. Saímos comendo nossos sorvetes até a porta da escola, aí então eu tive que dizer tchau, Gorila já estava lá. Entrei na limousine, e acenei para Marinette.

Entrei no meu quarto e fui fazer meu deveres. Acabei em apenas meia hora. Fiquei me perguntando onde Plagg estava, eu percebi que ele não estava comigo na aula. Usei um método infalível, peguei um queijo bem fedorento, levantei e em um passe de mágica, lá estava ele.

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— Coma Plagg, teremos que nos transformar hoje a noite.

— Transformar - Rapidamente comeu o queijo todo - Pra quê? Nenhum akuma apareceu.

— Eu sei, mas vamos visitar alguém, e não posso ir assim.

*Marinette narrando*

— Ai meu deus Mari, o que ele disse? - Perguntou Alya assim que cheguei no portão da escola, Adrien tinha ido embora, esse foi o momento tão desejado que sonhei em toda minha vida.

— Ele não queria largar minha mão Alya, ai, como vou esquecer ele se ele continuar assim?

— Não esquece, não percebe que o garoto da sua vida tá te dando a maior bola?

— Ele não é o garoto da minha vida Alya, se fosse, eu já teria ficado com ele a muito tempo - Eu fiquei triste, mas depois lembrei do que ele perguntou - Ele perguntou o que eu ia fazer hoje a noite...

— Ai meu deus, Marinette do céu, você não percebe? Ele te chamou pra sair!

— Mas ele não disse mais nada, disse que perguntou só por curiosidade - Olhei para o relógio - Desculpa, tenho que ir.

Corri para casa.

Dei um beijo no meu pai e na minha mãe, almocei e fui para o meu quarto.

— Tikki, hoje os professores exageraram, eu não irei conseguir fazer todos os deveres, vou ficar até hoje a noite, espero que uma não apareça nenhuma Akuma para pegar alguém.

Tikki riu, e falou para começar com história, já que era a que eu tinha mais dificuldade.

— Não devia ter, Ladybug tem mais de 5000 anos, mas enquanto faço o dever, eu sou a Marinette, não a heroína, que chato.

Fiquei até tarde tentando entender alguma coisa daquilo, mas tudo o que consegui responder foi o dever de português, e ainda faltava três.

— Tikki, eu não vou conseguir, e já são quase nove horas.

Eu escutei minha janela abrindo, eu quase caí da cadeira, Tikki se escondeu rapidamente. Eu fui andando devagar na direção da janela e quando cheguei, lá estava ele, o maroto ChatNoir.

— Boa Noite, Marinette.

Fiquei com a boca aberta, mas ele estava sorrindo, rapidamente perguntou se podia entrar, dei espaço e com um pulo, ChatNoir estava dentro do meu quarto. Eu teria vergonha um tempo atrás, mas eu já havia me livrado de todas as fotos do Adrien, não joguei fora, mas guardei, mas de qualquer forma, não estavam ali, então ChatNoir não iria fazer piadinha.

*Adrien narrando*

Até agora estava saindo tudo perfeito, foi quando observando seu quarto, vi livros sobre a mesa:

— Estava fazendo dever de casa, Marinette?

— O que você está fazendo aqui? - Ela perguntou - Ah, desculpa, não queria ser grossa, mas, sério, o que veio fazer aqui?

— Eu vim te visitar, faz um tempo que não nos falamos, desde que aquele desenhista atacou, vim ver como você estava - Sorri, ela respondeu que estava bem - E posso te ajudar com as tarefas.

Um brilho surgiu em seus olhos, ela rapidamente disse obrigada, e falou que estava com muita dúvida. Meia hora depois (de novo) consegui ajudar ela a terminar tudo. Fui para a varanda, ela foi atrás de mim.

*Marinette narrando*

Foi muito legal da parte do ChatNoir me ajudar com a tarefa, nunca esperei isso dele, para mim ele seria só um gato brincalhão que faz piadinhas, mas até mesmo ele consegue ser cavalheiro. Segui ele até a varanda, ficamos olhando para a lua.

— É uma vista linda daqui de sua casa - Ele disse

— Sim, adoro ficar aqui de vez em quando, pode ser estranho mas é um dos meus locais favoritos de toda Paris, mas é obvio que não ganha da Torre Eiffel - Olhei para ele - E qual seu local favorito?

— Torre Eiffel - Bem direto - Acho uma construção linda, e romântica.

Ele falou a última palavra olhando para mim, mas isso é estranho, ele não queria ficar dando em cima da Ladybug, que por acaso sou eu e... Espera, isso pode ser uma coisa boa, para eu esquecer Adrien. ChatNoir, você é o escolhido.

— É, é verdade - Eu sorri para ele - Ainda não entendo o que está fazendo aqui.

— Já disse, vim te visitar - Ele olhou para dentro do meu quarto - Você jogar video-game?

— Hãm? - Olhei para a TV - Sim, é claro, e eu aposto que sou melhor que você!

Ele perguntou quanto eu apostaria, e eu não respondi, só fiz a mesma pergunta, o que ele apostaria?

— Se você ganhar, pequena Marinette, eu terei que fazer o que você quiser durante uma semana, se eu ganhar, você terá que fazer o que eu quiser durante uma semana, concorda?

Concordei. Ganhei.

— Não acredito nisso - ChatNoir ficou reclamando - Tá, o que deseja que eu faça, Marinette?

Eu pensei, pensei e pensei, eu já tinha muitas ideias

— Primeiro, quero que venha aqui na minha casa todas as noites, segundo, quero que me chame de Mari, não de Marinette - Parei de falar e pensei - Mas se quiser, pode chamar de My Lady, como você chama a Ladybug.

Ele riu, se virou para mim, pegou minha mão e beijou:

— Então até amanhã, My Lady.