Miraculous: Secret Wars

Don't Mess With Time


Marinette se revirava na cama durante sua tentativa malsucedida de dormir. Tinha passado um dia incrível com o amor da sua vida, mas que infelizmente também tinha sido regado de preocupações.

Ladybug era a grande líder da equipe, não podia falhar. Tudo bem que cometer erros era normal, mas o erro de não conseguir impedir Hawk Moth de obter os Miraculous, ela não podia cometer. Pois segundo seu eu do futuro, coisas bem ruins aconteceriam.

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E de certa forma ela já tinha falhado. Cabia ela não cometer o mesmo erro duas vezes. O problema é que ela tinha pouquíssimas informações sobre como as coisas terminaram e como saber aonde errou se não sabe nem o que aconteceu?

— Você está bem? – Tikki acordou com a movimentação da garota.

— Estou. Só não consigo dormir. – desviou o olhar para a kwami, que lhe encarava com uma expressão preocupada – Esses pensamentos ficam me assombrando. Eu já perdi uma vez, por que não perderia novamente?

— Isso não é só sobre você.

— É, eu sei. Mas eu sou a líder. A equipe é minha responsabilidade. Não consigo me imaginar falhando com eles dessa maneira. – admitiu, frustrada.

— Por isso você não pode pensar que vai falhar. Precisa acreditar em si mesma e nos seus amigos. – Marinette sorriu levemente – E tem mais, você não sabe o que aconteceu. Pode ser que a falha não tenha vindo de você. Pode ser que ninguém tenha falhado. Mas acima de tudo, vocês precisam...

— Espera! – ergueu o indicador para cima, sentindo uma ideia vir na sua mente – A Marinette e o Adrien do futuro construíram uma máquina para vir até aqui, mas nós temos o Miraculous do coelho. E se a Bunnix usasse para viajar para o futuro e trouxesse algumas informações? Aí nós ao menos saberíamos aonde erramos! – era uma ideia brilhante, mas por que a kwami não parecia animada?

— Olha, eu não sei se é uma boa.

— O quê? Por quê?

— Mexer com viagem no tempo, não é muito recomendado.

— Mas e o Miraculous? Por que ele existe então?

— São saltos curtos, de alguns minutos ou horas. E normalmente para o passado. Mas agora, você nem sabe quanto tempo no futuro precisa que ela viaje. – Marinette ficou parada, assimilando as informações – Poderia levar muito tempo até encontrar o ponto exato que você quer que ela vá. É perigoso!

— Eu e o Adrien do futuro viajamos para o passado, qual a diferença?

— Marinette... Viajar para o futuro é bem diferente. Talvez você veja coisas que não quer ver. – explicou calmamente – O passado já foi, você sabe o que aconteceu. Mas viajar para o futuro é que nem andar de olhos vendados, você não sabe para onde está indo e quando tirar a venda, pode ser que esteja em um lugar bem diferente das suas expectativas. – a azulada respirou fundo. – E você não lembra o que o Mestre Fu disse quando você quis entregar o Miraculous para a Alix?

— Que é para ser usado somente como último recurso. – relembrou a conversa com o Guardião – Mas acontece que esse é o nosso último recurso, Tikki.

— Imagino que você possa pensar em algo menos arriscado do que isso. – a kwami se aproximou – Escute o que eu digo, Marinette. Não vale a pena colocar a sua amiga em risco por algo que nem aconteceu ainda. – a garota assentiu.

— Obrigada, Tikki. Vou tentar pensar em algo.

— Mas primeiro, vá dormir. Já está tarde.

— Estou indo. – riu da preocupação do pequeno ser mágico – Boa noite.

— Boa noite.

***

Alix respirou fundo, pensando em tudo que havia conversando com Fluff sobre viagem no tempo. O kwami tinha a alertado para não mexer muito com isso, já que era extremamente perigoso.

— Mas sabe o que é mais perigoso? – disse baixo para si mesma, encarando seu kwami que dormia calmamente na cadeira ao seu lado. Já era tarde da noite e Alix estava sozinha aguardando na recepção do museu, pois seu pai e seu irmão estavam arrumando uma nova exposição – Hawk Moth conseguir os Miraculous e fazer aquela bagunça toda com o universo. Fluff?

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A garota respirou fundo e ficou de pé, decidida sobre o que faria. Já o kwami a encarou sem entender muita coisa, recém havia acordado.

— O que aconteceu?

— Preciso fazer uma viagem.

— Como assim?

— Você vai ver. Fluff, clockwise! – a garota se transformou e decidiu ser rápida antes que se arrependesse – Burrow!

***

Luka encarava o rio se movimentar lentamente pela janela da sua casa. O garoto bufou e deitou em sua cama.

— Algo de errado, mestre? – Sass apareceu, arrancando uma risadinha do garoto.

— Sim, você me chamando de “mestre”. Já disse que não precisa disso. – falou calmamente. – E na verdade, eu estive pensando sobre essa coisa toda de fim do mundo.

— Não é bem isso. – Sass riu de leve.

— É, mas a Ladybug fala como se fosse. – deu de ombros – De qualquer jeito, fico pensando sobre o meu futuro. Tudo mudou depois que eu recebi o Miraculous e acho que isso vai afetar nos meus planos, mesmo que a gente vença Hawk Moth dessa vez.

— E isso é bom ou ruim? – Luka encarou o kwami.

— Ainda não sei. Mas acho que vou ter tempo de descobrir. – Sass sorriu. Seu portador era um bom garoto – Até hoje me pergunto o porquê da Ladybug ter confiado o Miraculous da cobra à mim. Tudo bem que era pra salvar a Juleka, mas pela responsabilidade de ser um portador, ela precisaria confiar muito em mim, não é?

— Sim, tem razão.

— Mas como? Como ela me conhece? Quem é ela? – Sass não disse nada. Mesmo se soubesse quem era a garota por trás da máscara, não poderia revelar isso à Luka – Queria muito descobrir. – suspirou.

— Um dia quem sabe ela conte para você. Tudo à seu tempo, é só ter paciência. – sorriu para o garoto que fez o mesmo.

— É, eu tenho.

***

Bunnix caiu de joelhos no chão, com a respiração ofegante. Aquela viagem tinha consumido muito da sua energia, sentia que desmaiaria há qualquer momento.

Ficou de joelhos e olhou em volta, notando que ainda estava no museu. As fracas luzes da parede iluminavam os corredores vazios, o que significava que estavam fechados. Alix analisou as obras do saguão aonde estava e notou que haviam algumas diferenças – nada além do esperado.

— Aonde eu vim parar? Ou melhor, quando eu vim parar? – ouviu o bipe do seu Miraculous, indicando que sua transformação acabaria logo. Por sorte o banheiro masculino ficava perto de onde estava, então foi se arrastando até entrar e logo sua transformação chegou ao fim.

— O que... O que aconteceu? Por estou tão cansado? – Alix alimentou seu kwami e contou o que havia feito – Você ficou maluca? Nós conversamos e...

— É, eu sei. Eu sei. – disse com dificuldade. Não tinha conseguido ficar de pé ainda, estava sentada no chão, escorada na porta – Deixa o sermão para depois, temos que poupar nossas energias. – Fluff apenas assentiu e continuou comendo. – Em que ano será que estamos?

— Não sei.

— Vou ir até a recepção e olhar no computador. Preparado? – o kwami assentiu – Fluff, clockwise! – se transformou e ficou de pé, agora com um pouco mais de energia, mas ainda sim debilitada.

Assim que saiu do banheiro, se deparou com o taser apontado para si, o que a assustou. No entanto sua expressão mudou assim que viu a pessoa por trás dele.

— Seja quem for fique parado ou eu... Mini eu? – disse a mulher.

— A-Acho que sim. – Alix analisou à si mesma mais velha, não imaginando que ficaria tão bonita e descolada.

— Como? Mas... Como chegou aqui? Espera! Eu sei como, mas... – baixou o taser e parou para pensar – Não devia ter vindo. Você precisa ir embora.

— Eu sei que não devia, mas eu precisei. Eu...

— É sério, você precisa ir! – a mais nova notou que sua eu do futuro estava com a respiração descompassada.

— Não. Eu preciso de informações. – foi direto ao ponto – A Ladybug e o Chat Noir do futuro nos alertaram do Hawk Moth e... Você já viveu a guerra, certo?

— Sim, infelizmente. – fez uma expressão triste e desviou o olhar.

— Então! Me ajude a impedi-la! Eu só preciso saber alguma coisa, qualquer coisa. E aí eu digo pra Ladybug e...

— Não, você não pode dizer à ela que esteve aqui. Em hipótese alguma fale algo para a Ma... Ma... My lady. – se corrigiu rapidamente, os heróis não sabiam suas identidades naquela época. Bunnix arqueou uma sobrancelha.

— Não é só o Chat Noir que chama ela assim?

— Isso não vem ao caso, mini eu. – balançou as mãos, tentando desviar do assunto o mais rápido possível – O ponto é que você não pode dizer pra Ladybug que você veio aqui. Se ela souber que você se arriscou dessa maneira, ela pode surtar e tirar o seu Miraculous.

— T-Tá. Mas então me diz alguma coisa. Sei lá... – parou para pensar – Me diz a identidade do Hawk Moth, posso dar um jeito e fingir que descobri sozinha.

— Eu não posso.

— Mas por quê? Seria uma enorme vantagem!

— Se eu disser a identidade dele, vocês têm mais chances ainda de perderem. – Bunnix arregalou os olhos. O que ela queria dizer com isso? – Agora, você precisa ir.

— Não sem antes você me dizer qualquer coisa que possa me ajudar.

— Já disse que não posso! Não posso interferir no passado! – Alix disse cruzando os braços. Não lembrava que era tão irritante assim com dezesseis anos.

— Mas então por que a Ladybug e o Chat Noir interferiram?

— É diferente, ok? Foi por um bem maior e eles trabalharam nisso por muitos anos. – explicou – E o mais importante, discutiram isso com a equipe.

— E como eles viajaram? – Alix tirou seu relógio da família do bolso e mostrou com um sorriso.

— Reconhece, mini eu? – Bunnix assentiu – Com a inteligência da Ladybug, do Chat Noir e do nosso colega, Max, que se tornou um renomado cientista, combinados à tecnologia do nosso relógio, depois de alguns anos eles conseguiram viajar para o passado. – guardou o objeto novamente – Mas eles demoraram e o projeto estava instável. Por isso ficaram por tão pouco tempo e chegaram quase mortos aqui. Agora entende que não se mexe com o tempo?

Bunnix não disse nada, apenas encarou o chão. Tinha se arriscado para nada?

— Eu te imploro... Por favor, me diz alguma coisa! – Alix sentiu a tristeza invadir o seu peito, vendo a si mesma, só que mais nova, tão decepcionada. Mas infelizmente não podia dizer o que aconteceria.

— Eu não posso. – a heroína suspirou e encarou o chão novamente. – No dia da guerra, quando aconteceu a... Você sabe... Eu fiquei paralisada. Me senti uma completa inútil. E até hoje, depois de onze anos, eu continuo me perguntando o que eu poderia ter feito caso conseguisse me mover. Eu poderia ter ajudado? Nunca vou saber. – respirou fundo – Olha mini eu, não posso te dizer nada significativo ou que vá acontecer, mas eu posso te dizer o que você deve fazer. – Bunnix levantou o olhar e encarou sua versão mais velha – Está pronta para ouvir?

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— Sim!