Meu celular vibrou fazendo com que aquele sonho tivesse que acabar, e eu ter que acordar. Me soltei de Duda e ainda com vergonha e a cara toda vermelha eu abaixei a cabeça e atendi o celular .

(Ligação on)

–Alô?

–Cristina Clemente, onde você está?- era a minha mãe e ela estava mais que brava.

–Ah, na casa do Duda mãe! Eu disse que iria.

–Sim, mas disse que voltaria cedo. Já são nove horas! Volte para casa agora!

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–Ta mãe, tô indo, Beijos!

(Fim de ligação on)

–Você já vai?- duda perguntou ao me ver pegando minha mochila. Eu não sabia onde enfiar a cara.

–Sim, já vou.- disse com a cabeça ainda abaixada.

Fui rápido ate a porta para não ter que olhar para cara do Duda. Mas ele me mandou esperar.

–Espera!

–Sim?- falo

– Eu posso te dar uma carona.

–Não precisa.- falo rápido.

–E você acha mesmo que eu vou te deixar ir pra casa sozinha a essa hora da noite. E ainda mais chovendo. - É...estava chovendo... Que azar! eu olhei seus belos olhos e fiquei em silêncio.- vem...

Ele me entregou um casaco preto de couro e me levou ate perto da garagem onde trouxe uma moto e me mandou subir.

–Eu nunca subi numa moto..- disse com medo e ele apenas me entregou o capacete.

–É só segurar firme em mim.- ele pegou na minha mão e a sua voz me passava segurança.

–Tudo bem...- falei e subi, disse o endereço, coloquei o capacete e ele pegou meus braços e envolveu em sua cintura.

Ele acelerou e saiu em disparada. A pista estava tão escorregadia que pensei dez vezes que iamos sofrer um acidente.

–Duda! Vai devagar..- falei e ele riu.

–Calma princesa, você não vai morrer.

NÃO É O QUE PARECE...- meu subconsciente gritou.

Depois de uns dez minutos, finalmentechegamos.

–Pronto princesa, você esta viva!- ele falou tirando o capacete e o cabelo dele ficava tão lindo bagunçado... E para Cristina! Não é hora pra olhar cabelo. Já tinha parado de chover e eu tirei o casaco para entrega-lo.

–Obrigada..- falei depois de um longo suspiro.- O seu casaco.- o entreguei.

–É seu!- ele deu um sorriso digamos... Safado. Colou o capacete e disse (ate amanhã)

–Ate...- falei e quando ele foi embora eu não pude esconder minha felicidade. Pulei igual uma doida, e pouco me importava se minha mãe ia brigar comigo ou não.

–Ate que em fim você chegou Dona Cristina.- minha mãe falava autóritaria.

–Desculpa mãe, é que eu me atrasei, prometo não fazer isso, é que eu não vi a hora e..- comecei a falar sem parar..- Quando percebi já era tarde dema..- ela me interrompeu.

–Calma Cris! Vá correndo tomar banho , eu deixei seu jantar no micro ondas. - assenti e subi pro quarto.

Entrei no chuveiro e passei a mão pelo meu corpo, toquei minha cintura e minha boca e foi como se eu sentisse os lábios dele nos meus de novo. A sua mão em minha cintura. -Duda..- suspirei mais uma vez falando seu nome... Eu amo ele, eu nem acredito que aquilo aconteceu. Eu dei meu primeiro beijo e foi com ele, com o Duda, o meu Eduardo...
A minha felicidade era tão grande que me deu vontade de sair dançando na chuva. Mas para não ficar doente, eu só vesti meu pijama , me deitei e abracei o casaco dele. Eu não queria comer , eu só queria pensar nele, sonhar com ele... E assim, adormeci.

Triiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!

Acordei com o barulho do despeetador, bem na melhor parte do meu sonho ele sempre faiz isso.

Levantei, fiz minhas higienes matinais , peguei minha mochila e fui ate a cozinha.

"Filha, tive que ir cedo para o trabalho hoje. Tome seu café da manhã.
Nos vemos a noite! Beijos."- dizia o bilhete na geladeira .

Eu e minha mãe faziamos isso muitas vezes. Nos comonicavamos por bilhetes deixados na porta da geladeira,é que a nossa vida é muito corrida.
Tomei rápido o meu café, peguei meus óculos e livros ,e fui ate o ponto de ônibus.

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A cada minuto que se passava eu ficava mais anciosa para chegar no colégio e contar o que aconteceu para Rafa. Eu também ficava anciosa para ver o Duda, embora eu esteja morta de vergonha.
Assim que cheguei comecei a andar depressa com os livros e era impossível esconder o meu largo sorriso. Eu estava tão feliz! Ate ver... O DUDA BEIJADO A PRICILA!!!
Fechei e abri os olhos várias vezes para ver se aquilo era mesmo real. Sai dali.
Não pode ser!!!! Não!!!!!!!! Meu coração batia forte e minhas lágrimas pediam para sair. Como? Ele estava comigo ontem, eu achava que... Esse é o meu problema! Eu acho muito, mas nunca tenho certeza de nada. Se alguém me desse uma faca para eu cravar no meu peito eu aceitaria, porque nenhuma dor é pior do que a que eu estou sentido agora. Como eu sou burra ,Deus!!!! Eu sonhei com ele tantas noites e do nada ele me beijou ontem e eu disse ser a garota mais feliz do mundo. Ele sempre foi o garoto mais desejado por todas do colégio, o mais lindo, mas eu não o amava platônicamente apenas por achar ele bonito. Eu o amava porque eu tinha certeza que ele ia além daquele corpo de atleta e carinha de principe. Eu pensava que ele era um Principe. Que toda a sua pose de "galinha" era fachada, eu achava ter um "Gus" do filme "A culpa é das estrelas" ali dentro dele. Eu nunca o amei só pelo fato de ele ser lindo, eu o amei porque eu achei que ele era uma boa pessoa apesar de tudo. Estava acostumada com todas as vezes que vi ele com várias garotas em um só dia, mas elas eram a de sempre, ele não estava machucando elas. Só que eu fui diferente, ele sabia que eu era a nerd caipira que com certeza nunca tinha beijado, mas mesmo assim ele feiz isso comigo! Ele brincou com meus sentimentos. Ele feiz todo o meu amor virar um simples nada.

E a pobre nerd se apaixona pelo garoto popular, ela acha que conto de fadas existe, e ela acredita num "final feliz". Mas o problema é que ele não existe e ela é tão inoscente que precisa quebrar a cara para perceber isso.

Eu caminhava depressa com uns livros na mão ate Débora derrubar, lagrimas caiam descontroladamente pelo meu rosto, primeiro o Eduardo e agora ainda tem isso? Eu não aguento mais.

–Foi mal nerd , não te vi, deve ser porque você é tão excluida que se torna invisivel.- ela deu uma rizada.Me agaxei para apanhar os livros.- Ta chorando nerd? Chora não..- ela dizia sarcástica e eu apenas ficava em silêncio.- Sua aberração! Coisinha feia!!- ela deu mais uma rizada e antes de ir me empurrou com o seu salto.

Comecei a empilhar os livros quando vi alguém se abaixando para me ajudar.

–Que garota mas imbecil.- o garoto que me ajudava falou.

–Ah, não precisa me ajudar e ela é assim mesmo.- falei.

–Assim como? Bruxa?- ele me feiz rir .- Juro que só não bati nela porque é mulher e eu estava muito longe.

–Não precisaria, obrigada por me...- minha fala foi interrompida quando levantamos juntos e eu finalmente olhei para o garoto que me ajudou. Ele era tão lindo quanto o filho do Deus dos mares.

–Eu sou novato aqui ,acabei de chegar na cidade. Me chamo Guilherme, prazer.- ele estendeu a mão.

–Cristina..- falei sorrindo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.