Batalho em um duelo de videogames! Pervertido... Marinette Wins!

—E então querida? Fugindo das minhas piadas? – Adrien perguntou risonho.

—N-não. – Eu respondi baixinho.

—Hey Mari, aconteceu alguma coisa de novo não foi? Dá pra me falar o que é que está te acontecendo? – Ele perguntou serio.

—Não é nada não. – Eu sorri fracamente.

—Está bem. Se não quer me dizer então não diga. Mas uma dança você não vai me negar né?- Adrien disse apontando para a pista de dança onde as pessoas dançavam animadamente. –Finalmente começaram as músicas pop agitadas que você gosta. Vamos lá!

—Não... Eu tô cansada! – Eu falei nervosa.

—Então vamos nos sentar lá com a sua família e com a minha! – Ele falou pegando na minha mão, mas eu rapidamente me soltei.

—Nã-não! – Eu gaguejei.

—Mas você não está cansada? Vai ficar mais cansada ainda se ficar aí em pé com esse salto gigante! – Ele falou tentando me convencer a sair dali.

—Já disse não. Vou ficar aqui mesmo. – Falei entrando em desespero interno.

—Marinette. – Adrien me encarou sério.

—Já falei que não aconteceu nada! – Eu falei desesperada.

—Mas eu nem perguntei se aconteceu alguma coisa! Se você já falou isso é por que aconteceu! –Ele tinha me pegado. Não tinha como sair dessa.

—Adrien. – Eu chamei.

—Fala. – Ele disse serio.

—Promete que não vai rir de mim? – Perguntei vermelha como um pimentão.

—Prometo. – Ele falou gentilmente.

—Meu vestido rasgou na parte de trás. – Eu sussurrei.

—Como isso aconteceu? – Adrien perguntou com os olhos arregalados.

Eu expliquei que como eu tinha consertado o rasgo no vestido muito tarde eu tinha acabado deixando meio frouxo, e que Lila apareceu e nós duas brigamos e que ela aproveitou que estava frouxo e pisou na barra dele e rasgou de novo. Claro que eu não expliquei como foi a briga. Seria vergonhoso contar aquilo.

—Mas está tão ruim assim? –Adrien perguntou.

—Se eu soltar a saia do vestido a minha calcinha provavelmente vai aparecer! – Eu sussurrei corada.

—Sério? Posso olhar? – Adrien perguntou com um sorrisinho safado.

—Se-seu per-pervertido! – Eu gaguejei corada.

—Eu estou só brincando. – Ele falou ainda sorrindo daquele jeito.

—Claro que está... – Falei ironicamente.

—Pode esperar aqui um minutinho? – Ele perguntou.

—Como se eu pudesse sair daqui... – Resmunguei.

—Já volto. – Ele falou e foi em direção a mesa onde as nossas famílias estavam. Ele sussurrou algo no ouvido da senhora Agreste que balançou a cabeça positivamente, e finalmente voltou para onde eu estava. – Vem comigo.

—Tá doido? Alguém pode me ver! – Eu falei.

—Tem um corredor meio que secreto nesse salão que dá no andar de cima. – Ele falou.

—E o que vamos fazer lá? – Perguntei.

—Você vai ver.

Adrien me levou disfarçadamente até uma porta que ficava atrás de uma cortina. Nós entramos e eu me deparei com um enorme corredor. No final do corredor tinha uma escada. Nós seguimos andando.

—O que o andar de cima tem a ver com o meu vestido? – Eu perguntei para Adrien.

—Eu perguntei para minha mãe se ela podia emprestar um vestido para você e ela disse que sim. – Adrien disse calmamente.

—O QUE?- Eu gritei- E-e-e-eu não posso aceitar! Eu vou acabar rasgando, ou deixando alguma coisa que mancha cair nele, ou-

—Hey, calma. É claro que pode aceitar. É só um vestido. Estamos na casa de um estilista Marinette, um vestido a mais ou a menos não vai fazer falta. – Adrien disse sorrindo.

—Tem certeza? – Eu perguntei sem graça. Imagina que mico eu estragar um vestido da mulher que futuramente seria a minha sogra!

—Claro. Relaxa. – Ele disse colocando as mãos atrás da cabeça.

Nós dois chegamos no andar de cima e saímos por uma outra porta que ficava atrás de uma cortina. Aquele vestido estava meio pesado. E por um momento eu acho que deixei ele escorregar, mas deve ter sido só impressão.

—Aqui é o quarto dos meus pais. – Adrien disse entrando em um quarto gigante comigo. – Esse é o closet da minha mãe. Pode escolher qualquer vestido que sirva em você. – Adrien disse apontando para um dos cabideiros onde se encontravam vários vestidos de gala. – Vou te esperar lá fora.

—Está bem. – Eu falei olhando os vestidos.

—Ah e tem mais uma coisa. – Adrien disse quando já estava perto da porta do closet.

— O que? – Eu falei preocupada com o que poderia ser.

—Eu adorei a sua calcinha de joaninha. – Ele falou, deu uma piscadinha e saiu.

Eu pisquei algumas vezes tentando assimilar o que ele tinha dito. Então eu tinha mesmo soltado o vestido por um momento... E ele estava olhando!

—SEU PERVERTIDO!- Eu gritei muito corada.

Eu só escutei a risada dele do outro lado da porta. Bufei e comecei a procurar um vestido que coubesse em mim. Só achei um, que eu tenho certeza que seria bem vergonhoso de usar na frente do Adrien. Eu não usaria ele se pudesse, mas eu não tinha opção. Tirei meu vestido e coloquei o da senhora Agreste. Abri a porta e Adrien me olhou com um sorrisinho de canto.

—Escolheu esse pra combinar com a calcinha? – Ele perguntou se referindo ao fato de que como o vestido só tinha as cores vermelho e preto lembrava uma joaninha.

—Cala a boca! – Eu falei corada.

—Não fica assim Ladybug... –Ele riu.

—Não me venha com esses seus apelidos! – Eu falei corando mais ainda.

—Prefere Bugaboo? – Ele perguntou ainda sorridente.

—Gato idiota. Gosta desse? – Perguntei ironicamente.

—Miaudorei! –Ele disse sorrindo.

Do nada uma coisa me veio em mente.

—Adrien? – chamei.

—Fala my lady. –Ele disse ainda sorrindo.

—Por que você convidou a Lila? – Perguntei.

— Ciúmes, querida?- Ele falou e eu só inflei as bochechas.

—Claro que não! Mas, vocês não tinham brigado? Já fizeram as pazes? –Perguntei torcendo para que ele dissesse “Não”.

—Não. – Ele falou e eu fiz a minha dancinha da vitória internamente. – Meus pais só convidaram a família dela por que são amigos deles. Mas de qualquer jeito eu não posso ficar brigado com ela pra sempre. Vou ter que conversar com ela alguma hora. Mas eu acho melhor esperar para ela se acalmar um pouco. Depois dessa briga que vocês tiveram eu acho melhor não falar com ela por enquanto. – Adrien se explicou.

—Entendi... - Eu falei.

—Certeza que isso não é ciúme? – Adrien perguntou rindo.

— Claro que não! Vamos descer? –Perguntei antes que ele fizesse mais comentários.

—Eu queria ficar aqui em cima. Descansar um pouco dessa coisa toda de festa de gala. – Adrien disse esticando os braços para cima.

—Ah, vamos lá! Eu não curti quase nada da festa ainda! – Eu falei puxando ele pela manga do paletó.

—Olha, eu acho que você está querendo é mostrar para a Lila que conseguiu um vestido novo... –Adrien disse com um sorrisinho de canto.

—Isso também... – falei meio envergonhada.

—Nunca vou entender por que mulheres fazem essas coisas. – Adrien disse caminhado pelos corredores normais.

—É meio que uma questão de honra. – Eu falei descendo as escadas com ele.

—Mulheres... – Adrien suspirou. – Aí, ela tá olhando pra cá.

—Cadê? – Perguntei e olhei para todos os lados. Finalmente avistei Lila nos encarando com fogo nos olhos. A menina parecia planejar uma forma de me matar e esconder que cometeu o crime.

—Ela te olha como se quisesse te matar e esconder que cometeu o crime. – Adrien disse lendo meus pensamentos.

—Eu sei... E não é só ela. –Sussurrei, mas ele pareceu acabar escutando e se virou para ver quem eu estava encarando agora.

—Chloe? Por que ela está te olhando desse jeito também? – Adrien perguntou observando a loira que me fuzilava com o olhar. Eu fiquei em silencio. –Você está quieta. Isso tem a ver com aquilo que não queria me contar hoje mais cedo não é?

—Eu... Não. – Eu falei sem encarar as esmeraldas que eram os olhos dele.

—Ela fez alguma coisa com você, não fez? – Adrien falou segurando a minha mão. – Eu conheço a Chloe, com certeza ela falou alguma coisa com você.

— Eu não quero que você perca outra amiga por uma briga que ela teve comigo. – Eu sussurrei ainda sem o encarar.

—Marinette, você também é minha amiga. – Adrien disse e eu enrubesci.

— Ah Adrien, só não fala nada com ela enquanto eu ainda estiver aqui. Eu... Não quero ouvir aquilo que ela disse de novo. –Eu sussurrei desconfortável.

—Está bem. – Ele falou e eu finalmente o encarei. Ele tinha um sorriso gentil nos lábios. –Quer dançar?

Eu finalmente notei que nós já estávamos no meio da pista de dança, onde já se ouviu uma música agitada. Eu assenti.

—Aí você não acha estranho uma música agitada estar tocando nessa festa de gala? – Perguntei enquanto me soltava junto com o ritmo da musica.

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, ooh [x2]

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh, ooh

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, ooh

Venha sentir meu coração

Está batendo como um tambor e confesso

Quando você está por perto

É como marcha de um exército através de meu peito

E não há nada que eu possa fazer

Eu só gravitar em torno de você

Você está puxando em mim como a lua

Eu só quero você de lado

eu digo tudo o que eu puder para me dar mais do que apenas uma dança

Diga-me onde colocar minhas mãos

Você sabe que você poderia ser o meu one-night stand favorito

— Oh, você acha? – Adrien perguntou com um sorrisinho malandro. – Pode se dizer que talvez alguém tenha mexido na playlist quando ninguém estava olhando...

— Você é maluco! – Eu falei rindo.

Você me leva mais alto

—Talvez eu seja mesmo. – Adrien disse dançando um pouco mais perto de mim.

O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
O que você ira fazer se eu dissesse hoje à noite?
O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
Porque você sabe eu la, la, la, mentira

— Você dança bem... – Eu falei sorrindo e mexendo os ombros.

— Eu faço tudo bem... – Adrien disse sorrindo de forma narcisista. – Quer descobrir o que mais eu sei fazer muito bem?

Você é como uma canção
A bela sinfonia para os meus olhos
Então me leve
Eu quero cantar junto com você durante toda a noite

—E se eu disser que quero sim? – Perguntei com o mesmo sorriso de canto dele.

Eu não sou como os outros meninos
Porque com você e eu não tive escolha
Você me faz querer perder a voz
Eu só quero você para mim
Não, eu não sou o tipo de mentir
Mas eu só poderia começar hoje à noite
Deixe-me desligar todas as luzes
Você sabe que você poderia ser minha canção de ninar favorita

Você me leva mais alto

— Eu te mostro. – Adrien disse com um sorriso maior ainda.

O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
O que você ira fazer se eu dissesse isso hoje à noite?
O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
Porque você sabe eu la, la, la, menti

Como uma sinfonia
Como uma sinfonia
Como uma sinfonia esta noite
Como uma sinfonia
Como uma sinfonia
Como uma sinfonia esta noite
Soa como uma sinfonia
Como uma sinfonia
Como uma sinfonia esta noite
Como uma sinfonia
Como uma sinfonia
Como uma sinfonia esta noite

—Então eu digo que sim. – Sorri.

O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
O que você ira fazer se eu dissesse isso hoje à noite?
O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
Porque você sabe eu la, la, la, menti

O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
Oque você ira fazer se eu dissesse isso hoje à noite?
O que você faria se eu lhe dissesse que eu la, la, la, la, amei?
Porque você sabe eu la, la, la, menti

Ooh

—Excelente resposta, my lady. – Ele falou e me puxou pra fora da pista, até chegarmos a um canto mais reservado do salão.

— E então? – Perguntei.

—My lady... – Adrien falou se aproximando de mim.

—Diga. – Falei corando pela pouca distancia entre nós dois.

—Quer mesmo saber? – Ele sussurrou no meu ouvido. Ele estava tão perto de mim. Possivelmente podia escutar os batimentos acelerados do meu coração.

— S-s-sim... – Eu gaguejei baixo.

— Eu jogo vídeo game muito bem! – Ele falou se afastando de mim com um sorriso malandro. Eu o encarei incrédula por alguns segundos.

— Ah, vá a merda seu gato idiota! – Eu falei com a mão no coração tentando conter os batimentos e torcia para que as minhas bochechas não estivessem tão vermelha quanto eu achava que estavam.

—My lady, não conhecia esse seu lado agressivo. – Ele falou entre diversas risadas.

— Nunca ouviu falar que toda rosa tem seus espinhos? – Perguntei ainda tentando me acalmar e fazer minhas pernas pararem de tremer.

— Só é muito engraçado ouvir você falando aquilo. – Ele riu mais um pouco – Também sabe levantar o dedo do meio de vez enquanto? –Perguntou com um sorriso divertido.

— Eu não vou nem responder a sua pergunta. – Falei dando uma risadinha.

—Mas é serio quer ir jogar comigo? – Adrien perguntou com os olhos brilhando.

Eu rapidamente me virei para olhar para a festa. Consegui avistar Chloe que estava ao lado do seu pai, o prefeito, tentando parecer uma maravilhosa dama da alta sociedade. Vez ou outra a sua face de garota superelegante era substituída por uma carranca de ódio quando ela olhava para a minha direção. Um pouco mais longe dela eu avistei Lila conversando com uma outra adolescente supermodelo bem conhecida. Eu percebia a falsidade que aquelas duas exalavam daqui. Pareciam trocar elogios mentirosos como “Adorei o seu cabelo” ou “Que roupa maravilhosa!”, mas provavelmente o que pensavam uma da outra não seria muito adequado para citar aqui. Quando a outra supermodelo saiu o sorriso de Lila se desfez e ela pareceu balbuciar um “Já vai tarde, vadia.” E depois se virou sem a menor discrição para onde eu estava com o Adrien e mesmo de longe deu um sorriso. Adrien pareceu não notar, mas eu sabia exatamente o que aquela garota extremamente elegante estava querendo dizer: “Adrien só sente pena de você. Vocês dois nunca vão ter nada. Pare de se iludir com isso. Você é só uma menina padeira. Eu sou uma supermodelo.” Eu me sentia um pequeno inseto comparada aquelas garotas, como Adrien me chamou mesmo? Ah, joaninha! Isso. Eu era só uma joaninha perto de uma bela raposa e uma majestosa abelha-rainha. Insignificante. Apesar de ter dado a ideia de vir aqui para mostrar pra elas que eu não estava nem um pouco abatida com o acidente por ironia do destino eu não conseguiria fazer isso, pois já estava voltando a me sentir um lixo. E tenho certeza que continuaria me sentido assim se ficasse ali.

— É. Vamos subir. – Eu falei tentando sorrir.

—Está fazendo de novo. – Adrien disse enquanto andávamos novamente pelos corredores secretos.

— Fazendo o que? – Perguntei sem entender.

— Está incomodada com alguma coisa e não quer me falar! – Adrien reclamou. Ele estava visivelmente incomodado com aquilo.

—Adrien – Eu suspirei – É que... Eu fico pensando nas coisas que a Chloe e a Lila me disseram... – Resolvi dizer a verdade.

— Mari... Vem aqui. – Ele me puxou para um abraço. – Não se importe com o que elas disseram ok? Seja lá o que for não deve ser verdade.

— A-a-a-a-a-a—aa-a—a-a-a-a-a-a—a-a-a-a-a—a-aa—aa—a—a-a-a-a-a-a—a-a-a-a-a—a-a-a-a-a-a-ah... – Eu comecei a gaguejar alguma coisa idiota e sem nexo. Adrien estava me abraçando! Me consolando! Ele estava tão perto de mim... De novo! Aquilo era o paraíso. – Hã... Ah... Eu... Obriga-ga-da – Eu finalmente consegui dizer.

— Quer me falar agora? – Ele perguntou depois de um tempo. Nós ainda estávamos abraçados.

— Bom... Elas me disseram umas coisas... – Eu sussurrei.

— Sei. – Ele disse meio rindo – Isso é bem obvio.

—E... Bom, elas meio que... Disseram que eu... – Eu estava muito corada. Eu não podia contar que elas disseram que eu não tinha a menor chance com ele! – Que eu meio que... Não me encaixo muito aqui... Er... Que eu... Hum... Não sei exatamente como explicar.... F-foi mei-meio que...

— Elas te humilharam dizendo que não devia estar aqui, que você é só uma menina padeira e coisas assim? – Adrien perguntou e eu o encarei com os olhos arregalados. – Eu já tinha ouvido algumas garotas falando coisas assim da Bridgitte. Eram modelos que costumavam acompanhar o Felix em sessões de fotos e que perceberam que ele estava ficando bem próximo da Bridg. Não leva esse tipo de coisa a serio. Isso é só ciúme e inveja.

Eu assenti de leve com a cabeça. Eu estava feliz que Adrien pensasse isso. Era bom saber que ele não iria me chamar de menina padeira ou coisa do tipo também.

— Vamos my lady. – Ele desfez o abraço e me puxou pela mão até estarmos em frente a uma porta no andar de cima. – Senhorita Marinette, eu lhe apresento o meu humilde quarto. – Adrien abriu a porta do quarto dele e era como se eu estivesse encarando uma mansão dentro de outra mansão.

Parecia ter tudo que qualquer um poderia querer: Uma cama enorme, um banheiro enorme, TVs enormes, isso fora a rampa de skate, os jogos de fliperama, e várias outras coisas. As janelas gigantescas que iam do teto ao chão davam uma bela vista do céu noturno de Paris.

— U-uau... – Eu sussurrei encantada. – Adrien esse luar é incrível!

— Não tão incrível quanto os seus olhos puuuurrncesa. – Ele falou ronronado como um gato.

— Ad-adrien! – Ri meio corada.

—Não consigo resistir aos meus instintos naturais. Desculpe. – Ele falou passando a mão pelos cabelos loiros.

—Certo. – Eu falei – Vamos jogar?

—Vamos meu bem. Por aqui. – Ele disse come um gesto cavalheiresco me indicou o lugar onde ficava o seu videogame.

Nós nos sentamos no chão, do modo mais confortável que podíamos com aquelas roupas, e começamos a jogar Ultimate Mecha Strike III, meu jogo preferido. Ficamos jogando, e jogando, e jogando, e jogando por bastante tempo, até que Adrien bufou e pausou o jogo. Eu o encarei. Ele estava com as bochechas infladas e vermelhas.

—Algum problema Adrien? – Perguntei preocupada.

—Não tem graça! – Ele resmungou como uma criança.

—O que não tem graça? – Perguntei confusa.

—Jogar com você! Você só ganha! Eu sempre perco! – Ele falou se deitando no chão, com a cabeça no meu colo.

— Mas que gatinho mais egoísta! – Eu falei rindo.

—Hum... My lady, o que acha de fazermos uma aposta? – Ele perguntou de repente.

—Que tipo de aposta? – Perguntei observando os fios dourados que estavam espalhados pelo meu colo. Seria ousadia demais fazer carinho nele? Apesar das minhas bochechas estarem muito coradas resolvi tentar. Comecei a fazer um cafuné na cabeça dele. Ele sorriu.

— Vamos jogar três outros jogos. Se eu ganhar mais vezes você faz o que eu quiser. Se você ganhar mais vezes eu faço o que você quiser. – Adrien disse sorrindo de canto.

— É uma aposta arriscada. – Eu brinquei. – Tem certeza que quer mesmo isso?

—Absoluta. – Ele falou se levantando.

—Então está bem. –Eu falei sorrindo, ainda lembrando da maciez do cabelo do Adrien. O cheiro também era muito bom.

Nós começamos a jogar um outro jogo aleatório. Meia hora depois o resultado que já estava previsto veio à tona: Eu venci. A cara de Adrien era a melhor coisa do mundo. Era uma mistura de frustração com pirraça, bochechas infladas e vermelhas, parecia uma criancinha e estava muito fofo. Eu não consegui me conter. Peguei meu celular, que estava muito bem guardado em uma bolsinha minha, e tirei uma foto dele daquele jeito. Ele me olhou meio surpreso e confuso. Eu corei muito. Ele riu.

— Eu sei, eu sei. Sou uma puuuuurfeição. Tire quantas fotos quiser querida. – Ele falou passando a mão pelos cabelos e dando uma piscadinha. Eu ri, não sei se por achar graça ou se por alivio.

— Certo... Parece que eu ganhei. Tenho um desejo para escolher não é? – Perguntei mordendo o lábio inferior.

—Oh, diga logo por que tipo de tortura irei passar! – Ele disse de forma dramática.

Eu sorri de canto. Eu vou adorar isso.