Minha Vida Não Seria Nada Sem Você

Capítulo XII- Continuo sonhando que você está aqui


http://www.youtube.com/watch?v=yK9ZuGZfp8s– Leia ouvindo!



A luz que iluminava aquele quarto sombrio estava falhando e aquilo já me deixara com raiva, estava presa sentindo meus pulsos doerem e sendo cortados por aquele liquido dos infernos. Pelo menos estava sem aquele vampiro problemático ao meu lado, quanto tempo mais eu teria de ficar aqui? Por que me queriam tanto – poderia jurar que já fazia mais de cinco dias que estava presa aqui, e por que ninguém veio atrás de mim? Meu pai... Minha mãe... E muito menos Seth. Nesse momento ele deveria estar com aquela maldita da Carly – desejo com todas as minhas forças que um raio caia em cima dela. Mordi meus lábios com força, tentei mais uma vez me soltar o que resulto em mais daquele liquido em meu rosto. Resmunguei alguns palavrões.


Já não conseguia ver mais nada, as lagrimas de desespero rolavam por meu rosto. Tudo que eu queria naquele momento era mais uma vez estar com minha família... Meus irmãos, até mesmo Matt que se achava toda manhã, Lucy que era sempre tão sensível comigo, Bell mesmo sendo esnobe nunca estivera tão longe de mim e... Charlie. Onde estaria minha irmãzinha, minha melhor amiga. Sempre estivemos juntas, choramos, sorrimos, brigamos se ajudamos e sempre uma ao lado da outra. Isso chega a ser cruel – quer me machucar, me machuque mais nunca use a minha família... Charlie nunca teve nada haver com esse assunto. Claro que eu mesma nunca iria entender o motivo de algum psicopata me sequestrar, bater em mim, me dar sangue humano e ainda por cima me torturar de varias maneiras.


Soltei o peso do meu corpo, ficando arqueada. O liquido pingava sobre minha costa, ardendo e poderia jurar que também cortando minha pele – provavelmente iria sangrar. A noção do tempo ao meu lado já não me importava mais, tudo que queria era estar ao lado de minha família novamente. Poder abraçar e ver pelo menos mais uma vez o sorriso de minha mãe e poder me permitir ter uma boa noite de sono e simplesmente... Sonhar com aqueles que amo. Mais como poderia viver, viver sem aqueles que amo? As lagrimas não paravam e eu não podia simplesmente desligar os sentimentos, eles estavam tão presentes naquele momento.


Respirei fundo, fechei meus olhos e por uma fração de segundos. Lá estava eu, em um lugar totalmente branco minhas roupas eram comuns do dia a dia. E de repente ouvi um “Ei, por aqui” Lembrava-me a voz de minha irmã... Charlie. Seria realmente possível? Comecei a ouvir passos mais não era o meu, talvez Charlie correndo ao meu encontro “Venha, não se perca”. Podia jurar que naquele momento, a esperança brotou em meu rosto. Corri o mais rápido que pude, parei em um lugar aonde havia dois caminhos, esquerda ou direita. Qual escolher? “Vamos, você sabe qual escolher” A voz voltou mais forte. Segui pela esquerda, e de repente uma porta se formou em minha frente, coloquei minha mão sobre a maçaneta a girando – e quando dei por mim estava em casa. Sorri contente, entrei dando de cara com o corredor que irai em direção à sala de estar, e já corri até a sala. Deparei-me com a pior cena de minha vida, os corpos de minha família estirados no chão, minha mãe sem cabeça. Meu pai todo dilacerado, Charlie estava mutilada e Matt sem o coração. Cai de joelhos e as lagrimas de ódio caíram.


– NÃO – gritei.


– Já chega Nick – ouvi a voz de Sophia.


Quando abri meus olhos estava novamente presa naquele quarto escuro, Sophia estava ao lado de um gótico de cabelos brancos. Ele era mais branco que qualquer coisa que já havia visto. Ele usava roupas negras e um sobretudo também negro assim como todos que estavam aqui nesse maldito lugar.


– Pode sair , Nick – ordenou Sophia.


Nick virou-se de costas abandonado o quarto. O silencio me torturava parecia que a qualquer momento meus ouvidos seriam perfurados, tentei me mexer mais meu corpo parecia morto também a tanto tempo aqui presa quem não sentiria seu corpo acabado.


– Há quanto tempo estou aqui? – não reconheci minha voz.


– Sete dias – respondeu naturalmente.


– Por quê? – quis saber.


– Esses assuntos não dizem respeito a mim – respondeu Sophia fitando-me.


– Ok!


Fitei seus olhos, sentindo ódio por tudo o que estava passando naquele maldito lugar.


– O que querem comigo? – minha voz saiu como um rugido.


– Se estressar comigo não ira a ajudar em nada – Sophia agora estava com o rosto retorcido.


– Eu sei que iram me matar, já ouvi. E alem disso não sou tola... Mais por que tenho de esperar? – Fechei meus olhos, respirei fundo.


– Eu só posso dizer o porquê de eu estar aqui – Sophia parecia arrependida.


Levantei minha cabeça prestando atenção em Sophia.



– Há muito tempo cai em besteira de ajudar minha amiga a fugir de Benjamin. Um vampiro poderoso e temido, que foi aprisionado por uma bruxa e essa bruxa morreu. Então para que Benjamin me perdoe e parem de vir atrás de mim, tenho de fazer com que ele retorne e o único modo de isso acontecer é com o sangue da linhagem certa... Precisamos de uma duplicata legitima no caso você – Sophia me olhou como pena. Pude sentir pelo jeito como seus olhos brilharam porem ela nada disse.


– Então precisam de mim, para trazer esse tal de Benjamin de volta – disse mais para mim mesma do que para Sophia.


– Exato – concordou


Fiquei em silencio por alguns segundos, ate que começamos a ouvir gritaria do lado de fora. Os olhos de Sophia se arregalaram. E do nada a porta do quarto foi arremessada contra a parede, e como mágica um lobo enorme e preto invadiu o quarto, pulando contra Sophia. E então tudo era fumaça, sendo quase impossível de enxergar. Uma mão gelada tocou meus braços, mais daquele liquido espirrou por meus braços, mordi meus lábios para não fazer ruído.


– Me solta – gritei lembrei-me de Brendan e me apavorei.


– Lily, se acalme – era a voz de tio Jasper.


– Tio Jazz – sussurrei.


– Sim, sou eu – como isso me deixou contente.


Quando senti meu corpo solto, grudei em seu colo. Não queria mais o soltar, meu rosto estava sobre seu corpo gelado porem confortável e tão acolhedor naquele momento. Sentia o vento batendo em meu rosto – Tio Jasper era o segundo mais rápido depois de Vovô Edward.


– Emmett, chame a matilha – Tio Jasper gritou.


– Pode deixar – Tio Emmett gritou.


– Vamos embora pessoal.


Consegui escutar a voz estrondosa de tio Emmett de onde estávamos de olhos fechados não pude ver nada, apenas me segurava o mais forte possível em tio Jazz. Em um ponto tio Jazz parou e se abaixou ficando curvado ainda me segurando em seu colo. E de repente vi aqueles olhos dourados-ambares. Dei um sorriso fraco me senti melhor do que antes ele passou a mão em meus cabelos, sua cara era de espanto. Será que eu estava tão horrível assim?


– O que fizeram com você? – sua voz saiu fraca e triste.


– Tudo – comecei a chorar.


– Acalme-se Lilian, vai ficar tudo bem. Estamos aqui – Tio Jazz me abraçou beijando o topo de minha cabeça.


Vai ficar tudo bem. Estamos aqui” – Essas palavras ficaram em minha mente por alguns segundos e então tudo era escuridão.