Minha Garotinha

Capítulo 16- Final


PV EDWARD

Eu e Bella estávamos desde ontem na mansão, pois Esme e meus irmãos estavam fazendo o quarto dos gêmeos e devido à poeira, era melhor Bella não ficar em nossa casa.

Bella estava terminando de tomar banho quando desce para providenciar seu café da manhã. Carlisle já devia estar voltando da padaria, ele havia ido comprar pão fresco para a Bella. Quando eu já estava quase terminando de preparar o café da manhã ouvi um barulho estranho vindo do quarto. E fui rapidamente até lá.

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— BELLA! - a chamei desesperado quando a vi caída no chão.

— Minha garotinha acorde!

— Ah! Graças a Deus. - me sinto um pouco aliviado ao ouvir Carlisle a poucos metros da mansão.

Eu estou tão preocupado que não consigo nem fazer os procedimentos básicos para saber o que ela tem.

— PAI VENHA RÁPIDO.

Ele percebeu que algo estava errado e correu o mais rápido que pôde e entrou rapidamente no quarto e vê que Bella está desmaiada.

Ele checa os sinais vitais dela.

Pressão muito alta, perda de consciência, a pele dela está começando a ficar azul-arroxeada. Céus! Não pode ser? É eclampsia!— pensou Carlisle apreensivo.

— Temos de fazer uma cesariana agora. –fala de maneira urgente.

— Mas pai ela ainda está de sete meses e a sua pressão está instável. –digo nervoso.

— É a única chance de salvá-los, filho. – me olha aflito.

A vida da minha mulher e dos meus filhos estava em risco.

Deus por favor, que dê tudo certo, por favor. Eu o implorei.

Entrei no meu quarto e vi meus filhos, eles estavam em minha cama deitado um do lado do outro, pareciam dois anjinhos dormindo. Minha mãe estava velando o sono deles. Esme estava feliz pelo nascimento dos meus filhos, mas a tristeza era evidente no seu olhar, os demais estavam da mesma forma, mas eu não surtar com minha própria dor já estava me custando tanto que não havia força para fazer a dor de ninguém amenizar.

Mamãe me deu um abraço apertado e saiu do quarto sem dizer uma palavra, ela sabia que não havia palavra nesse mundo que fosse trazer alívio para mim agora.

Andei em direção aos meus filhos, eles eram tão pequenininhos, mas nasceram saudáveis apesar do parto prematuro, graças a sua metade vampírica.

Sentei-me ao lado deles e fiz um carinho de leve em seus rostinhos para não acordá-los. E eles eram um pouco mais quentes que Bella.

Há alguns dias com a ajuda de um amigo de Carlisle acabamos descobrindo como eram as características e o desenvolvimento dos híbridos, ele havia conhecido um. Nos disse que híbridos se alimentam de sangue e comida, se desenvolvem na velocidade de um humano inclusive tem todas as características de um, com a diferença que a temperatura corporal é mais elevada e tem uma inteligência acima do normal, mas quando atinge a maturidade ganham as habilidades de vampiro, serão fortes, rápidos e resistentes e se tornam imortais também.

Imortalidade...

Como isso parecia tão certo de que ia acontecer com ela e de uma hora para outra essa possibilidade não existe mais. Como isso foi acabar dessa forma? Como?

Eu não aguentei mais segurar e comecei a chorar baixinho para não acordar meus filhos.

Ouvi minha família discutir na sala se vinha ou não falar comigo, mas optaram por não, e eu agradeci mentalmente por isso. Eu não gostava de ser consolado, preferia ficar sozinho com minha dor.

Mas parei de chorar depois de um tempo, quando percebi que chorar não resolveria nada, pois havia meus filhos eu precisava ser forte por eles.

Ouvi a respiração deles acelerar, estavam acordando.

— Oi! Meus filhos.

E inacreditavelmente ouvi na mente deles que me entenderam e reconhecerem pela minha voz que era o pai deles.

Achei que não poderia ler suas mentes, pensava que seriam como a Bella, já que não ouvia as suas mentes quando eles estavam na barriga dela, mas eu estava enganado. Bella devia involuntariamente bloquear os pensamentos deles para mim assim como fazia com os dela. Nunca desvendei esse mistério e agora é que realmente nunca desvendarei... Deixei isso para lá, isso não daria em lugar em algum mesmo.

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Eles abriram seus olhos lentamente e percebi que me olhavam com curiosidade. Céus! Eles tinham os olhos de Bella, a mesma cor de chocolate derretido e eram tão profundos como se eu pudesse ver a alma deles, exatamente como em Bella.

E continuavam a me olhar observando cada pedacinho meu. E eu fiz o mesmo com eles. Eu ainda não havia parado para analisá-los dessa forma. Elisa era quase a Bella toda, de mim tinha apenas a cor dos meus cabelos e Lucas tinha meus traços, só que com os olhos e a cor de cabelo da Bella.

Como eu vou ser capaz de seguir em frente se a vejo neles.

Eles notaram meu desespero e começaram a chorar preocupados comigo.

— Ei! fiquem calmos. - os pego em meus braços. E me recriminei mentalmente por tê-los feito se preocupar comigo.

— Está tudo bem, nós três vamos ficar bem para sempre eu prometo. – os embalo e foram se acalmando até que dormiram novamente.

Os coloquei na cama e os cobri com a manta.

Como vou explicar isso a vocês quando perceberem o que realmente aconteceu? Como vai ser sem ela aqui conosco? Como vamos suportar sua perda?

Tantas perguntas e nada de respostas. Mas eu vou cumprir minha promessa meus filhos.

— Eu ainda não sei como meus anjinhos, mas darei um jeito de ficarmos bem. - digo num sussurro e dei um beijinho na testa de cada um deles.

Alice entra no quarto dizendo que estava tudo pronto para o enterro.

— Você pode ficar aqui com eles? Eu quero me despedir de Bella antes de colocá-la no caixão.

— Claro que fico maninho.

E eu saio do quarto.

— Hum! Eu termino a história amanhã. - falo a Elisa e Lucas quando eles bocejaram.

Eles estavam adorando a história, mas como é longa e já fazia tempo que tinha passado da hora que eles costumam dormir, estavam quase caindo de sono.

— Ah! Não papai eu quero saber o resto da história. – diz Lucas me olhando.

— Por favor, papai, termina de contar. - pede Elisa fazendo biquinho para mim.

Eles são como a Bella sempre consegue o que quer de mim, eles têm apenas três anos e se a genética não me enganar, essa espécie de “dom” deles por assim dizer só aprimora com o passar dos anos como em Bella.

— Certo, mas vou resumir o que ainda falta então. Ok?

— Tá papai. – disseram ao mesmo tempo, apoiando suas cabeças novamente no meu peito.

Eles gostavam de ficar um de cada lado abraçados a mim para ouvir histórias antes de dormir.

— Bom então continuando eu fui até Bella, ela ainda estava sobre a maca onde foi feito o parto com a diferença que Alice havia a arrumado para o enterro. E vê-la ali me fez lembrar dos últimos momentos naquele lugar. Após o nascimento de vocês que foi um dos momentos mais felizes da minha vida por finalmente ter vocês em meus braços, mas que infelizmente nem pude apreciar esse momento direito, pois o coração de Bella parou, Carlisle começou a fazer massagem cardíaca forçando o coração dela voltar a bater, os coloquei em outra maca e fui injetar meu veneno em Bella rapidamente numa tentativa desesperada de salvá-la. Mas não funcionou, o coração dela não voltou a bater.

— E relembrar esses últimos momentos angustiantes fez com que o desespero que eu estava com muito custo reprimindo viesse à tona.

— E eu disse: - Me diz Bella como eu faço para ser forte por nossos filhos? Me diz como faço para continuar vivendo sem você? Implorei olhando para ela, sabendo que jamais me responderia por estar morta.

— Foi quando para minha surpresa eu obtive minha resposta. O coração de Bella voltou a bater. A resposta era simples, eu não podia, não sem ela. Até hoje não temos ideia de como o meu veneno mesmo horas depois que eu o injetei começou a agir naquele instante. Mas isso era irrelevante o que importava é que Bella havia voltado para a gente.

— E três dias depois eu acordei para essa nova vida para sempre. – diz Bella ao entrar no quarto.

Minha garotinha, minha mulher, mãe dos meus filhos bem ali nossa minha frente, eu sempre sentia que ia explodir de felicidade sempre que a olhava, a ouvia falar ou a tocava. A sensação de saber que Bella estará sempre ao meu alcance é indescritível.

— Ah! É tão linda a história de vocês! – diz Elisa.

— E incrível! – acrescentou Lucas.

— Correção meus filhos, é linda e incrível a nossa história, pois vocês fazem parte dela também. - Bella fala se deitando conosco na cama.

— E o melhor é que nossa história só aumenta nunca terá um fim. – afirmo abraçando os três amores da minha vida de uma só vez.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.