Minha Amada Potter

Na Sala Precisa...


Lilly Potter narrando:

Estou dez minutos atrasadas, fiz isso de propósito, enquanto Riley ficou esperando na sala Precisa, passei no banheiro e tentei por minha janta para fora, mas algo me fez parar e lembrar-me do pedido de Riley, e também Lith me empurrando para longe do vaso, impediram-me de vomitar.

Meus passos estão mais rápidos do que eu pretendo, mas tudo bem. Deixo-me levar, já estou atrasada mesmo, e se for uma pegadinha, todos eles já foram embora. Chego ao sétimo andar e sinto meu coração acelerar. Abro a porta da sala precisa e vejo Riley Malfoy parado, fitando o nada, ele havia pedido uma sala enorme, como uma sala de visitas, é bonita, mas estou com meu coração tão acelerado que não presto atenção.

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-Pensei que não fosse vir – ele sussurra passando a mão em um leopardo negro, deve ser o leopardo dele. Eu suspiro e sento no sofá a sua frente e Lith senta no chão á minha frente.

-Eu vim – respondo o encarando – Não sei porque estou aqui ainda, mas estou aqui, então pergunte o que quiser Malfoy, que eu irei responder.

-Riley, pode me chamar de Riley, Lilly – ele dá um sorriso de canto e de alguma maneira meu coração pula, ele é bonito, e tem uma voz suave, quando quer obviamente. Eu suspiro e reviro os olhos – Eu só quero saber, porque seus parentes a odeiam?

-Porque o céu é azul Riley? – eu pergunto dando um sorrisinho irônico – Eu me pergunto isso todo o santo dia antes de abrir os olhos, e antes de me deitar de noite. Eu vasculho toda a minha vida pensando onde será que eu pequei para que tantos me odeiem, e sabe o que eu descubro? Que não fiz nada, que as pessoas me odeiam, e é assim que é. Você me odeia, xinga-me e me maltrata sem saber quem eu sou, penso que se souber porque faz isso, tenha a resposta para a sua pergunta.

As palavras escapam da minha boca, elas estão repletas de coragem, uma coragem que nunca havia sentindo antes, Riley me encara, ele está pensando, ele analisa meu rosto, seus olhos parecem acreditar no que eu digo. Ele suspira.

-Eu não te odeio, pensei que te odiava, Rose disse que você quase a matou quando era criança, e que você é tão mimada e patética que merecia sofrer – ele fala para mim, aquelas palavras doem, eu apenas mordo o lábio, elas são mentirosas – Fui tolo em acreditar em sua prima.

-Foi, e mais tolo ainda quando fez tudo o que fez para mim – retruco, e vejo Riley suspirar – E quer saber mais? Não é apenas a bulimia que me atinge – então eu arregaço as mangas do meu moletom e mostro meus cortes a Riley – Aqui está outra coisa provocada por suas idiotices.

-Lilly – ele levanta e se aproxima de mim, ele segura meus pulsos levemente, e beija os cortes – Eu sinto muito, sei que não irá mudar o que eu fiz – ele sussurra – Nem o que continua acontecendo em sua vida, mas eu prometo lhe ajudar...

É quando eu percebo que estou tremendo, falar aquilo era mais difícil do que eu pensava, eu tento me acalmar, mas não consigo, é inútil, e então sinto os braços de Riley me abraçarem protetoramente, eu me encolho, e uma sensação de segurança passa por mim.

-Você não pode me ajudar Riley, ninguém pode – eu sussurro escondendo minha cabeça em seu peito, e sentindo o perfume do Malfoy, era tão bom, e o que está dando em mim?

-Eu fiz isso, eu posso ajudar – ele sussurra no meu ouvido – Eles vão se arrepender Lilly, todos eles, inclusive Rose, eles me fizeram fazer tudo o que fiz com você, tem culpa minha nisso, mas...

-A maior parte da culpa é sempre dela – eu completo por ele – Minha mãe gosta mais dela, meus irmãos são mais irmãos delas, meus únicos amigos, viraram amigos delas, todos os que eu amo ela tira de mim e faz que me esqueçam – minha voz saí em um sussurro fraco e eu estou quase chorando.

-Ela vai se arrepender Lilly eu juro – ele sussurra para mim e me abraça, não sei por quanto tempo ficamos assim, eu sei que paro de tremer, e Lithium começa a brincar com o Leopardo dele, e os dois começam a brincar de lutinha, os dois estão engraçados e eu e Riley começamos a rir – Black seja educado e deixe Lithium vencer – Riley fala rindo.

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Deixar ela ganhar o que, essa pantera vence de mim de olhos fechados - eu rio ao ouvir a reclamação de Black e escuto Riley rir também.

Você é um Leopardo muito frouxo – eu escuto a voz dele ressoar em minha mente, e então eu me toco que eu e Riley podemos falar com felinos.

Desculpe Black se eu sou melhor – Lithium comenta e lambe o leopardo eu solto outra risada, e Riley me acompanha.

Lithium, deixe de ser tão convencida - eu comento rindo e então Riley olha para mim confuso e sorri.

-Você também pode falar com felinos? – ele pede sorrindo, e eu assinto com um gesto de cabeça – Então nós podemos nos falar mentalmente?

-Acho que sim – eu sussurro para ele. Como posso confiar nele depois de tudo o que ele me fez? Não sei, simplesmente, algo dentro de mim está falando para que eu confie. E então eu e Riley conseguimos falar mentalmente um com o outro o que é legal em certa forma.

E aí começamos a falar sobre música, somos parecidos nisso, e é engraçado em saber como o garoto que minha prima jogou contra mim na verdade é um dos únicos capazes de me entender. Ele poderia ter sido meu melhor amigo desde o início se não fosse ela.

Riley Black Malfoy narrando:

Passamos horas conversando, e perdemos a janta, mas não faz mal, eu e Lilly, vamos ainda conversando até a cozinha, onde eu confiro se ela comeu tudo, e ficamos conversando por um bom tempo, e até cantamos trechos de músicas. Lith e Black estão se provocando mentalmente, e eu e Lilly rimos disso também, é estranho ver que eu afastei uma garota tão parecida comigo por tanto tempo.

Ainda estou tentando entender porque Rose jogou e joga toda Hogwarts contra Lilly, ela é tão encantadora, e teria a escola inteira com ela se não tivesse sofrido tanto e se Rose não fosse à garota mais popular e irritante da escola inteira.

-Como vai ser amanha? – Lilly quebra o silêncio de dois segundos que pairou entre nós – Você vai fingir que não tivemos essa conversa e me proteger de longe, ou vai ser meu amigo e andar com a garota deslocada? – ela sorri irônica com isso, mas sei que ela não acha graça e nem gosta da situação, mas espera que eu faça isso.

-Vou ficar do seu lado minha pequena – eu falo fazendo-a rir – Não vou deixar que a machuquem, e vou ter uma conversinha com seu irmão e sua prima...

-Não Ri – ela fala me dando um apelido, incrivelmente eu gosto e sorrio, mas não entendo porque ela não deixa que eu cuide da situação – Eu passei tempo demais calda, e achando que tinha que ser assim, vamos deixar que com o tempo tudo se resolva, mas não faça nada, quem tem que fazer isso sou eu, e sinceramente ainda não estou pronta para isso – ela fala decidida, e realmente é diferente da Lilly que rose pinta e borda para todos na escola, ou melhor para todos em qualquer lugar.

-Tudo bem Lilly – eu falo segurando a mão dela e a levando até o dormitório da grifinória – Você está certa, não posso me meter nisso, mas vou te proteger, eles não podem mais te machucar – ela sorri para mim e solta um suspiro.

-Eles vão conseguir fazer suas provocações Ri, mas vou ser forte – ela sorri para mim – Obrigada, por tudo o que fez hoje, e se isso for um sonho eu espero não acordar.

-Não é um sonho, pequena, não mesmo – eu falo a abraçando – E você é mais forte do que pensa, aguentou-nos durante tanto tempo, você é uma vencedora Lils, e eu nunca vou me perdoar pelo que eu fiz.

-Se perdoe Riley, porque eu estou começando a te perdoar – ela sorri para mim – Obrigada por tudo o que fez hoje e obrigada por se importar comigo, uma coisa que há muito tempo ninguém faz – ela me abraçou e beijou minha bochecha, corando e entrando correndo no Salão Comunal da Grifinória, deixando-me parado na frente do Retrato da Mulher Gorda, com a mão na minha bochecha e um sorriso bobo na cara. O que Lilly Potter está fazendo comigo? Eu não faço a menor ideia, mas o calor no meu peito indica que é algo bom.