Minecraft. O Ninho De Creepers

Na Teia Da Aranha


O resto do dia prosseguiu normalmente. Nada ocorreu para atrapalhar a tropa. Nenhuma criatura fora encontrada no meio do caminho, exceto por um momento em que um Creeper surgiu do meio das árvores, na tentativa de atacar o exército, porém, antes que ele pudesse fazer algo, uma espada foi fincada rapidamente no centro de seu corpo e ele se desmanchou em pólvora.

O corpo dos Creepers tem um grande armazenamento de pólvora dentro, o que faz com que eles gerem a explosão. Ninguém sabe ao certo a anatomia deles, pelo fato de que simplesmente ao chegar eles explodem na tentativa de matar. E como surgiram é algo mais curioso ainda.

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O almoço foi apenas pão seco com um pouco de água e carne esquentada improvisadamente. Todos se reuniram em pequenos grupos onde conversavam. Bruce e Steve ficaram sozinhos, Nicko queria poder ficar com eles, mas Dave o forçou a ficar com ele. Não sabiam o que Dave queriam, mas Nicko não poderia negar.

Enquanto Steve e Bruce comiam, iam conversando:

–Então... -Começou Bruce. - Como foi que você e Nicko passaram todo aquele tempo no cânion?

Steve bebeu um longo gole d'água para ajudar o pão seco a descer, e disse logo após:

–Foi mais incômodo do que perigoso. Quero dizer, perigoso foi, encontramos muitas criaturas por lá, porém nada mais.

–E o que vocês comeram?

–Capturamos alguns peixes e fizemos uma fogueira improvisada.

Bruce deu uma grande mordida em sua carne, acabando com seu pequeno pedaço. Ao engolir, terminou o pão e o copo d'água.

–Mas tem uma coisa que me incomoda mais... -Disse Bruce limpando a boca com o braço. -Como vocês sobreviveram a queda?

Steve passou a mão em seus machucados gerados pela queda e lembrou momentaneamente da cena de quando caía.

–Sorte como sempre. -Respondeu simplesmente. -O rio pode até ter me ajudado, porém, o impacto com a água com certeza era pra ter me matado, não apenas inconsciente...

Bruce continuou olhando para ele esperando que ele continuasse.

–Enfim... Eu caí no rio e desmaiei, perdi tudo o que carregava comigo... A correnteza nos levou e depois de algum tempo encalhamos em algum local na beira dele. Quando acordei Nicko já havia providenciado comida, conversamos um pouco e dormimos ao ar livre mesmo, por não haver abrigo. -Steve ficou em silêncio enquanto terminava sua refeição. -O resto você deve imaginar como foi, de manhã procuramos um lugar por onde poderíamos sair ma nada... No final da tarde daquele dia encontramos a tropa na ponte e o resto você já sabe como foi.

Bruce fez um sinal com a cabeça de que havia entendido. Franziu a testa e comentou:

–Foi bem sofrido o que vocês passaram...

–Já tive dias piores, acredite. -Respondeu Steve.

Bruce parou para imaginar como era a vida de Steve enquanto ele vivia sozinho, pois ele sempre a retrava de um jeito sombrio e tenebroso, onde nada pelo o que ele passasse fosse pior do que algo que já tenha feito. Tenso, pensou.

–Mas agora me fale você, -Interrompeu Steve os pensamentos dele. -O que aconteceu enquanto eu estava com Nicko?

–Ah, nada. Quando acordei estava sendo carregado pela tropa. Tive uma pequena discussão com Dave, nada mais. Poderia ter voltado para Colina Nevada, mas a distância me atrapalhava, e Dave também não queria me deixar partir. Fiquei com eles, estava desarmado, não queria confusão. -Ele parou um pouco. -Perguntei sobre você e me disseram... bom... que você...

–Estava morto. -Completou Steve.

–Isso. -Disse Bruce rapidamente. -Fiquei bem... Não importa... Enfim, prossegui com eles e quando chegamos na ponte encontramos vocês.

A conversa cessou por um instante. Ambos olhavam a sua volta o que ocorria, os soldado que comiam e conversavam, os pássaros que voavam sem nenhuma preocupação pelo céu, e tudo mais que estava a volta deles.

Logo o silêncio fora quebrado:

–Só uma coisa Bruce... -Disse Steve. -Por que você veio atrás de mim? Ficar em Colina Nevada sera o melhor a fazer.

Bruce demorou a responder, mas logo disse:

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–Eu pensei "O que eu tenho a perder?", não tenho mais família, nem muitos conhecidos na aldeia, a única pessoa que fiquei mais próximo foi você, e logo partiu... E no fim das contas era para a gente estar aqui, não era? E se eu for morrer batalhando, que seja logo agora, antes que eu me arrependa.

Um silêncio brutal caiu sobre os dois.

–Esses são argumentos bem fortes... -Reconheceu Steve. -Agradeço por ter vindo atrás de mim.

–Não me agradeça, sei que faria o mesmo... Acho.

Steve colocou a mão no ombro de Bruce.

–Não ache, tenha certeza, porque agora você também é a única pessoa que eu tenho.

Bruce riu com um sorriso meio torto.

–Isso foi meio estranho cara. -Riu.

–Eu sei. -Respondeu Steve rindo também.

Ambos riram por um longo tempo. Quando as gargalhadas cessaram, Bruce respondeu:

–Obrigado, Steve.


* * *


O resto do dia se passou entre conversas enquanto todos caminhavam distraidamente pela mata. Dave ia na frente com Nicko ao seu lado, juntamente com outro mais forte e maior. Os três conversavam e discutiam sobre algo que por acaso só os três sabiam. O resto da tropa conversava separadamente em grupos. Steve e Bruce eram os últimos, somente os dois seguiam sozinhos distantes de todos.

As horas foram se passando e rapidamente o Sol foi sumindo no horizonte. O céu começou a escurecer e logo uma grande e brilhante Lua cheia pairava acima deles no tenebroso céu.

Estranhando o fato de eles não terem parado para dormir, Steve deixou Bruce para trás e foi falar com Dave. Atravessou em passos rápidos todos que caminhavam lentamente e chegou dizendo:



–Dave! -Chamou gritando. Todos os olhares se voltaram a ele, mas Steve não se incomodou. - Não acha melhor pararmos?



Dave riu.

–Como assim pararmos? -Caçoou.

–Oras, já anoiteceu e agora as criaturas podem nos pegar desprevenidos a qualquer momento. Acho que não quer perder nenhum soldado, quer?

–Você está achando que tem autoridade para falar o que eu devo fazer? -Dave aumentou o tom de voz irritado. Agora todos estavam calados e olhando para eles. -Escute bem Steve, ao amanhecer deveremos chegar ao nosso destino, e nosso atraso naquela ponte foi algo que não esperávamos, não podemos perder mais tempo do que já perdemos.

–E soldados? Você quer perder?

Dave ficou em silêncio e o fitou Steve com um olhar que, apesar de todo aquele silêncio, ele sabia o que ele queria dizer.

–Vamos tropa! -Falou Dave se virando. -Vamos continuar.

Todos retomaram a caminhada falando em cochichos e comentando sobra o que havia acabado de ocorrer. Steve ficou parado olhando todos sumirem ao longe.

–Por que não vamos embora? -Perguntou Bruce quando o alcançou. -Não devemos nada a ele mesmo.

–E voltar só nós dois essa distância toda? A noite? Não mesmo, vamos continuar, e eu estou pressentindo que isso ainda vai dar errado alguma hora.

Logo os dois voltaram a andar no puro silêncio da noite. Apertaram o passo para se aproximarem de todos, pois se fosse atacados poderiam pedir ajuda.

Com o passar das horas, a vegetação começou a mudar bruscamente, e de altos pinheiros, árvores baixas e retorcidas cresciam no meio da água enlameada e plantas rasteiras. Logo adentraram no pântano, onde a escuridão parecia ser mais dominante agora.

Muitos monstros surgiram, mas não era problema, havia pessoas demais para que não conseguissem vencer. Certa vez passaram um aperto quando um soldado levou uma flechada na perna e caiu duro no chão. Outros que foram socorrê-lo acabaram atingidos também, porém, logo que o esqueleto que levava o arco fora encontrado, fora devidamente punido com um conjunto de espadas e arcos indo em sua direção. Nada mais, não viram sinal de nenhum animal ou de alguma coisa anormal, e dentre cipós e poças de lama eles prosseguiram, matando as criaturas que surgiam. Em certo momento, Steve ouviu Dave:

–Então Steve... O que você disse mesmo? Ah é, quer perder soldados?

Dave caiu em uma gargalhada histérica que parecia ser a de uma bruxa, mas com um toque de masculinidade.

O pior de tudo era o fato de que a tropa matava as criaturas como se estivessem brincando, era fácil demais. Steve sabia que algo estava errado, tudo estava calmo demais, algo ainda estava para acontecer, ele sabia disso.

Poucos minutos haviam se passado quando Leon se aproximou embainhando sua espada ensanguentada com o sangue de seus inimigos monstruosos.

–Não liga não. -Disse ele conforme ia conversando com Bruce e Steve. -Vamos passar daqui intactos, vocês verão.

–Estou incerto sobre isso. -Falou Steve em um tom de voz estranhamente baixo.

–Eu acho que não há com o que se preocupar Steve, se com todas essas horas não aconteceu nada, algo pior não pode acontecer de uma hora para outra. -comentou Bruce distraído.

–É isso mesmo Bruce. -Concordou Leon. -Não se preocupe Steve, me contaram pelo o que você já passou e sei que agora pode estar sendo difícil para você.

Steve o olhou com o canto do olho.

–Por que exatamente veio falar comigo? -Questionou.

–Conversei um pouco com Nicko sobre o que aconteceu com vocês lá no cânion, -Respondeu. -também sei que, posso estar erradoo, mas acho que não era para Dave estar aqui nos guiando, não é?

Bruce e Steve se encararam.

–Não exatamente. -Respondeu Bruce entre os dentes.

Os três prosseguiram conversando durante o resto do trajeto.

Quando já haviam parado para comer e aniquilaram mais algumas criaturas, todos conseguiam avistar os primeiros raios de Sol surgindo além do horizonte.

–Viu Steve? -Comentou Leon rindo aliviado. -Não tem mais com o que se preocupar agora.

Steve relaxou os ombros.

–Realmente nã... -Ele foi interrompido quando algo pulou nas costas de Leon o derrubando no chão com tudo.

Na tentativa de não cair, ele segurou a mão de Bruce, que foi ao chão também.

E então Steve pôde ver o que realmente aconteceu, uma enorme Aranha pulara nas costas de Leon, na tentativa de atacá-lo.

As Aranhas eram espécies também extremamente curiosas tanto quanto qualquer outra criatura que andava sobre aquelas terras. Eram aranhas quase normais , mas o fato de serem muitos maiores que uma aranha comum (quase o tamanho de um humano), e mais fortes consequentemente, as tornavam de risco extremo aos humanos. Como todos os outros monstros, sem algum motivo aparente, exceto a sede de sangue, elas também atacavam as pessoas, principalmente a noite. Uma coisa porém as tronam mais fracas: Elas não possuem veneno. Estranhamente, de dia elas apresentam um comportamento mais calmo, de somente atacarem se intimidadas, ou quase sempre. Sua aparência física é a de uma tarântula, com a exceção de seus quase um metro e meio.

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Com ataques letais ele começou a atacar o rosto de Leon, que gritava de dor. Em uma reação rápida, Steve tirou sua espada da bainha e partiu a Aranha em dois, tomando cuidado para não acertar Leon.

–Rápido! -Gritou Steve. -Preciso de ajuda aqui!

Alguns soldados ao verem Leon caído correram em sua direção, e igualmente, mais Aranhas surgiram de entre a densa mata e os atacaram.

Steve gelou, sabia agora o que estava acontecendo.

–Todos fiquem atentos, entramos em um território das Aranhas! -Gritou enquanto todos se preparavam para mais ataques. -Depressa Bruce, se levante! -Disse Steve erguendo a mão para ele.

Bruce teve uma única reação, apontar para trás. Steve se virou com a espada empunhada nas mãos. Três Aranhas estavam andando sobre os galhos de árvores atrás deles, preparadas para atacar a qualquer instante. Quando a primeira veio para cima dele, a espada foi fincada agressivamente bem no meio do corpo da criatura, e com o corpo dela preso a espada, Steve foi ao chão, e as demais que estavam nas árvores pularam juntos para atacá-lo. Steve foi mordido com violência por todas as costas. Se virava de um lado para o outro na tentativa de se livrar das duas, mas elas estavam decididas e não saiam de modo algum. Segundos inquietantes de agonia se passaram lentamente enquanto Steve era torturado, achou que não teria ajuda para sair daquela sozinho, e então as duas criaturas que estavam em cima dele foram arremessadas bruscamente para o lado, cada ma com um corte enorme onde um estranho líquido roxo e quente escorria. Alguém o ajudou a se levantar.

–Bruce! -Exclamou ao ver quem era. -O-obrigado!

–Me agradeça quando sairmos vivos. -Respondeu ele simplesmente o entregando a espada de Leon que estava em um estado melhor.

–Cadê o Leon? -Perguntou.

–Já o socorreram, peguei a espada e o arco dele, agora preste bem atenção, você tinha razão, vai ser meio difícil sairmos daqui agora. -Disse Bruce ajeitando agora uma aljava nas costas. Ele falava firmemente, mas dava para perceber em sua voz o temor que sentia.

Steve pegou a espada nova e quase caiu de novo ao ver a cena que estava a sua frente. Dezenas de aranhas, no mínimo umas vinte travavam batalhas com a tropa. Soldados lutavam com seus arcos e espadas, perfurando as criaturas, mas na maioria das vezes eles que eram atacados, e caíam sem defesas no chão enquanto os monstros também revidavam com tamanha ferocidade. Bruce atirou uma flecha em uma Aranha que atacava um homem no chão, ela caiu de lado, e o soldado com o rosto completamente ensanguentado se levantou e enfiou a espada no meio da criatura.

Agora o sangue que escorria pelas costas de Steve eram um mínimo detalhe perante aquilo que ocorria ali. Ele ergueu a espada e se aproximou de Bruce.

–Pronto? -Perguntou baixinho.

–Não. -Respondeu Bruce recarregando seu arco.

–Então vamos.

Os dois foram juntos ao campo de batalha, primeiramente ajudando os soldados caídos no chão. Percebia-se que muitos já não apresentavam algum sinal de vida, mas atacavam e aniquilavam as criaturas do mesmo jeito.

Terminando essa simples tarefa, os dois foram juntos para debaixo da copa de uma árvore. Observaram a cena que cada vez ia de mal a pior, e apesar de as Aranhas estarem sendo brutalmente atacadas, mais e mais surgiam de onde menos se esperava.

–E agora? -Perguntou Bruce tentando não perder a calma.

Steve observou, as Aranhas eram criaturas fortes, não o bastante para matarem todos, mas o suficiente para fazerem um belo e grande estrago ali. As únicas alternativas eram lutar ou fugir, porém se fugirem muitos seriam deixados para trás, e seriam facilmente pegos e mortos.

–Só podemos lutar. -Respondeu simplesmente.

Bruce o encarou.

–E depois? São muitas, não vamos fazer milagre.

–Bruce! -Steve começou a gritar. -Eu sabia que a gente não deveria vir, sabia que algo errado ia acontecer, agora se Dave quis continuar, temos que nos virar sozinhos.

Steve se virou com uma grande agilidade e decepou uma Aranha que preparava para dar um bote logo atrás deles.

–Agora ouça. -Falou sacudindo a espada para tirar o sangue da criatura. -Suba na árvore mais alta e me dê cobertura. Você tem flecha o suficiente, qualquer coisa atire sem piedade.

Bruce concordou com um simples aceno. Steve respondeu:

–Boa sorte.

–Para nós. -Disse Bruce indo na direção da árvore mais alta que vira.

Steve seguiu para onde a massa de Aranhas era maior e ligeiramente começou a atacar. Bruce olhou para os galhos da árvore, que não era muito alta, e avistou uma Aranha na parte superior.

–Podia ser pior. -Disse ele começando a subir.

Se agarrou ao tronco e começou a subir. Chegando na parte de cima, viu apenas uma boca pequena cheia de pequenos e afiados dentes rugindo para ele com um bafo horrível. Em resposta ele deu um forte soco bem no meio da cara da criatura, que cambaleou para o lado e caiu da árvore com um forte baque. Antes que ela pudesse reagir, Steve passou e a dividiu em dois.

–Um a zero. -Disse ele.

Bruce piscou rindo.

–Veremos.

Steve voltou ao campo de batalha e Bruce se deitou no galho mais firme da árvore e pendurou sua aljava em um outro galho. Carregou o arco e esperou a primeira vítima surgir.

Steve prosseguiu para onde o restante dos outros estavam. Viu um soldado ser atacado ferozmente, mas este carregava com si uma pequena adaga que foi fincada nas costas da criatura. Viu Nicko, que acabara de cortar fora a cabeça de uma Aranha do resto de seu corpo. Foi para junto dele.

–Você está bem? -Perguntou enquanto se armava para qualquer ataque.

–Agora um pouco melhor. -Respondeu limpando o suor que escorria por seu pescoço. -Onde está Bruce?

–Naqueee... -Steve não conseguiu terminar de falar, pois em uma rápida reação decapitou uma Aranha. -Naquela árvore. -Disse ele apontando para a árvore onde Bruce estava com a espada ensanguentada em mãos.

Ficaram ali, um de costas para o outro, defendendo-se e ao mesmo ajudando o companheiro. Qualquer criatura que se ousasse aproximar deles era ligeiramente atacada, e as que apenas passavam perto a procura de mais uma vítima era atacada tão rapidamente que nem conseguia distinguir o que a atingira.

Depois de um tempo que eles ficaram ali, Steve conseguiu Bruce dizer:

–Um a um!

Ele se virou e então viu uma Aranha caída com as patas para cima com uma flecha quase completamente enfiada na parte inferior de seu tronco.

–Veremos! -Disse Steve em resposta.

Nicko o encarou com o canto do olho sem entender o que fora aquela situação.

–Steve, não podemos ficar aqui parados para sempre, precisamos agir logo. -Comentou Nicko.

–E eu não sei?

Nicko ignorou o comentário e prosseguiu:

–Talvez se atrairmos todos os homens para um específico lugar e logo depois atacarmos em conjunto todos de uma veee.... -Nicko partiu uma Aranha em duas em pleno ar. -...Todos de uma vez, talvez elas não resistam, já que agora estão em menor número.

Steve parou para pensar, não era uma ideia boa, mas não conseguia pensar em outra melhor.

–Talvez... Não sei.... E como iremos avisar a todos? Estão todos ocupados, podemos dizer assim.

–Deixa comigo isso. -Respondeu Nicko saindo. -Apenas escolha um ponto estratégico onde possamos todos ficar juntos.–E saiu.

E no meio daquele mar de confusão e fúria, Nicko sumiu de vista.

Steve empunhou sua espada e correu, já sabia para onde ir. Atravessou o campo de batalha ensaguentado com os corpos das malditas criaturas, e uma vez ou outra, de companheiros que agora jaziam imóveis no chão. Atravessou a espada pelo corpo de uma Aranha que corria distraída e chegou de baixo da árvore de Bruce.

–O que faz aqui? -Perguntou Bruce quando Steve chegou correndo.

–Nicko tem um plano. -Respondeu simplesmente.

Bruce não quis saber mais, recarregou o arco e atirou em uma Aranha que fugia devagar, bastante machucada.

Minutos depois Nicko chegou com um pouco mais de vinte homens e todos se reuniram em volta da árvore de Bruce. Inesperadamente, Steve quebrou o silêncio:

–Todos aqui que tiverem uma boa experiência com arco subam em árvores e esperem meu sinal.

Todos se entreolharam, alguns hesitaram, mas logos todos correram pela mata subindo o mais rápido possível até as árvores.

–Mas para que isso? -Perguntou Nicko.

–Não vai adiantar se ficarmos todos aqui embaixo, vamos precisar de reforço nas árvores, senão não vai adiantar de muita coisa. -Raciocinou.

–Realmente....

–Cadê o Dave?

–Escondido, talvez. -Respondeu Nicko, enojado.

E então a primeira parte do plano começou a surtir efeito, todas as criaturas restantes começaram a fechar um cerco sobre toda a tropa, e de pouco em pouco o espaço de fuga ia ficando menor e os riscos aumentavam. Bruce conseguia ouvir o palpitar nervoso de seu coração, e a tensão no ar era tanta que até parecia mais difícil respirar, apesar de tudo ser o medo. Todos suavam frio sabendo que se uma mísera parte saísse errado, muitos ainda perderiam a vida.

As Aranhas estavam quase encostadas na tropa quando Steve quebrou o insano silêncio:

–AGORA!

Flechas foram disparadas de todos os lugares da floresta, homens saíram correndo brandindo sua espada e atacando as feras, e consequentemente, os monstros também revidaram. Um soldado fora atacado inesperadamente por um conjunto de três Aranhas, e dentre mordidas e bote, Nicko cortou toa ao meio de uma vez. Estendeu a mão para ajudar o colega atacado, mas gelou por completo ao ver que ele já se fora. Nicko fez um sinal e jurou acabar com todas aquelas malditas criaturas a partir daquele momento.

E com poucos minutos, as Aranhas foram ficando cada vez em uma quantidade menor. Steve decepou uma e logo depois viu um soldado correndo indefeso de uma das Aranhas que sangrava muito. Correu na intenção de ajudá-lo. Sentiu o suor cair de seu corpo enquanto corria, os batimentos de seu coração eram fortes e até incomodavam.

Mas no meio da travessia ele fora atacado por outra Aranha que inteligentemente ficara escondida entre as sombras das árvores. Sua espada fora arremessada para longe e ele caiu indefeso. Viu a mortal criatura pular para cima dele. Instintivamente, se levantou e desesperadamente foi em direção de sua espada. Perto de poder pegá-la, o monstro pulou em cima dela bloqueando sua única defesa. Indefeso correu para o meio das árvores, e a criatura o seguiu, não deixando a distância entre ambos ser muito grande.

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Steve olhava de um lado para o outro procurando por algo que lhe pudesse servir como arma, mas a única coisa que consegui ver era os borrões verdes e marrons da mata que passava conforme ele corria.

Desavisado, Steve não viu um lago que cortava o caminho a sua frente, e caiu na água enlameada e suja. Viu a criatura pular para cima dele a ponto de dar o bote, e na tentativa de escapar se deito na água suja. Ficou ali por segundos esperando um ataque. A lama batia no rosto e o incomodava naqueles segundos de agonia. Estranhando nada ter acontecido, se levantou e tirou a sujeira do rosto. Olhou para o lado e viu o tronco da Aranha caído ao seu lado com uma flecha bem em sua cabeça. E mais a frente ele pôde ver Bruce completamente vermelho e com o arco e a aljava fazia em mãos.

–Dois a um.