Mind Games (interativa)
Capítulo 33 - Consequências.
Mansão dos X-Men, sala da diretoria. – 9:43.
— O que ela faz aqui? – Pergunta Emma, enfurecida. John se pôs entre a mãe e Carrie.
— Nós... nos aproveitamos do ataque à S.H.I.E.L.D. para invadir o Hellfire Club. – John balbucia. – Nós a resgatamos.
— Você tem alguma ideia do que acabou de fazer? – Emma ergue a voz. – Shaw vai saber que estavam lá. Ele obviamente vai dar pela falta dela. Agora além de estragar todo um plano de infiltração, você também expôs o Instituto à um ataque brutal.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Nós não somente a resgatamos. – Diz Helena, ficando ao lado de John. – Kate invadiu os sistemas deles. Conseguimos a informação que vocês queriam.
— Não era somente pela informação. – Psylocke, que estava detrás de Emma, franze o cenho. – Nós queríamos uma informante.
— E esse investida irresponsável de vocês estragou tudo. – Emma ergue o dedo na direção de John. – Agora Shaw vai lançar um ataque tão grande sobre Nova York que seremos obliterados! Você não sabe do que ele é capaz. Ele matou o seu pai!
— Dentre outros. – Acrescenta Psylocke. – Ele não lida muito bem com derrotas, e acabamos de impedir o seu ataque à S.H.I.E.L.D. Ele virá com tudo o que tem. Não sobrará pedra sobre pedra.
— Lidaremos com isso quando vier. – Diz John. - Carrie fica. Sem reclamações.
— Eu não sei se você percebeu, mas ela é a filha de Shaw. – Diz Emma, sorrindo ironicamente. - E os poderes dela são tão instáveis quanto uma pedra de uma tonelada equilibrada em uma corda. Se Shaw não nos atacar, ela pode nos destruir por dentro.
— Já discutimos isso. – John franze o cenho. – Ela não estava no controle de si. Eu a devolvi suas memórias.
— E por acaso apagou as suas no processo? – Emma cerra os dentes. – Isso vai estragar tudo o que planejamos! Tempo e recursos desviados para nada!
— Emma... - Psylocke põe a mão no ombro da líder. – Já foi feito. Não tem como voltar atrás agora.
— Eu sei, porra! – Emma se senta e esfrega o rosto com as mãos, em seguida apontando o dedo para John. – Você está de castigo até fazer dezoito anos. E você... – Ela agora se dirige à Carrie. - Está proibida de sair dos limites do Instituto. – Ela volta sua atenção para John. – E a sua equipe também estará proibida de sair para qualquer missão. E... - Emma tira um momento para pensar em um bom castigo, Psylocke sussurra algo em seu ouvido. – E vocês terão aulas em dobro com Illyana. Agora saiam de minha frente antes que eu tenha um ataque.
— Você ainda não...? – Psylocke começa, mas um olhar de Emma a fez mudar de assunto. – Tudo bem então. Podem ir.
John, Carrie e Helena saem do escritório rapidamente, deixando Psylocke acalmando os nervos ser Emma.
***
— Eu acho que sua mãe não gosta muito de mim. - Diz Carrie, após ficar sozinha com John novamente.
— Não leve para o lado pessoal. – John a envolve com um braço. – Ela é super protetora, mas... – John franze o cenho. - Deixa para lá, não pensei em bons argumentos.
— Ela não está errada, você sabe disso. – Carrie para de andar. John recolhe seu braço e a encara.
— O que você quer dizer? – John arqueja. – Não está... feliz por estar aqui?
— Não é isso... – Carrie acaricia o rosto de John com uma mão, o olhar dele ainda preocupado. – Mas não consigo parar de pensar que ela tem razão. Me resgatar, mesmo que tenha sido muito... heroísmo da parte de vocês, pôs este lugar em perigo. E meus poderes não estão na sua melhor forma.
— Podemos lidar com isso. Somos bem protegidos e agora temos até a S.H.I.E.L.D. nos apoiando. – Ele dá um sorriso fraco. - Você estará segura. Nós todos estaremos. E além do mais, você está em uma escola para mutantes. Não te faltará treinamento para controlar seus poderes.
John abaixa a cabeça para beijar a testa de Carrie, que dá um sorriso torto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Só... Relaxe, ok? – Pede ele, envolvendo-a em seus braços. Ela faz que sim com a cabeça. – É bom ter você aqui.
— É bom estar aqui. - Ela se desvencilha de John, brevemente encostando seus lábios nos dele. - Eu só tenho uma pergunta.
— Sim? - Eles voltam à caminhar.
— Onde é que eu vou ficar? – John franze o cenho, não havia pensado nisso. O Instituto estabelecia os quartos no começo do ano, e estava em sua capacidade máxima atualmente. John era um dos poucos que tinha um quarto individual, junto à poucos alunos de sorte e professores.
— Por mais que eu queira que você fique perto de mim, eu não acho que minha mãe ou Psylocke vá permitir que você divida comigo o meu quarto. – Carrie sente o rosto queimar em vermelho. John continua. – Mas eu não quero que você fique perto de alguém que não conheça...
— E o que você sugere?
— Bom...
***
John bate na porta do quarto de Helena, Carrie ficou de pé ao seu lado, ansiosa. Helena abre a porta e encara o casal.
— Oi John. Carrie. Em que posso ajudar vocês? – Ela sorri.
— Bem... Você é uma das poucas estudantes que não foi designada à uma colega de quarto. – Helena cobre os olhos com uma das mãos, entendendo o que o amigo ia pedir.
— Eu entendi. – Ela arrasta a mão dos olhos para os cabelos, atravessando-os com os dedos. Ela respira fundo antes de continuar. – Ela pode ficar.
— Obrigada. – Carrie respira fundo, aliviada.
— Não é como se eu tivesse muita opção, afinal você é a namorada do meu melhor amigo/líder da minha equipe. – Helena dá de ombros.
— Nós não oficializamos... – John coça a parte de trás da cabeça. Helena dá um tapa na orelha direita do mesmo.
— Nós quase morremos para tirar ela de lá. - Helena cruza os braços. – Considere oficial.
— Falando em quase morrer, como está Akio? - Helena se apoia na porta, desconfortável com o assunto.
— Ele está se recuperando. - Ela dá um meio sorriso. - Kate conseguiu mantê-lo estável ate chegarmos aqui. Ouso dizer que ela até reverteu parte do dano.
— Bom saber que ele está bem. - John respira fundo. - Eu acho que fico devendo uma à ele. Teve que lutar contra a própria irmã, que se revelou ser do mal e tal...
— Eu lutei contra meu ex. - Diz Helena. - Muita coincidência. Quem mais está lá, a Lady Gaga?
— Isso vai ser... Interessante. – Diz Carrie, referindo-se à sua estadia com Helena, a mesma se volta para ela.
— Não me julgue mal. Normalmente não sou tão antipática. Estou naqueles dias, sabe. – Disse ela, sem se preocupar com John.
— Veio mais cedo esse mês, não? – Comenta John. Carrie ergue uma sobrancelha com o fato de ele não se incomodar nem um pouco com o assunto. John percebe sua surpresa e sorri.
— Helena e eu somos praticamente irmão e irmã.— Ele diz, em sua mente. – Temos esse nível de intimidade.
— Ok... mas não deixa de ser muito estranho.— Carrie responde. Helena encarava os dois.
— Agora vocês só precisam arranjar uma cama extra. Eu vou começar à arrumar as coisas por aqui. – Helena fecha a porta, deixando-os sozinhos.
— Podemos resolver isso com Illyana. – Sorri John. – Vamos, acho que ela vai adorar finalmente te conhecer.
***
— Eu não acredito que você fez mesmo isso. – Disse Illyana, alternando o olhar entre Carrie e John. – Mesmo quando Emma me contou...
— Está zangada? – Pergunta John. Illyana respira fundo.
— Não. – Ela dá um meio sorriso. – Um pouco irritada por você não ter me contado e muito mais irritada por estragar o plano de infiltração, mas...
— Bom saber que alguém não quer me matar por causa disso. – Diz John. – E onde achamos a cama?
— Ela vai ficar em que quarto? – Pergunta Illyana.
— No de Helena. – Responde John. Magik some por alguns segundos, retornando em seguida.
— Pronto. Helena já estava terminando de arrumar o quarto para você. – Diz Illyana. – Falando nisso, é bom finalmente conhecê-la. John já deve ter contado alguma coisa ou outra sobre mim...
— Algumas histórias, sim. – Carrie dá um sorriso tímido. – E maioria envolvendo demônios e viagens inesperadas para lugares bem peculiares.
— É justo. – Magik dá de ombros. – Você deve começar à ter aulas comigo em breve. Só queria deixar claro que não vai ser nada pessoal.
— O que ela quis dizer com isso, John? - Pergunta Carrie, telepaticamente, para John. O garoto sorri.
— Você vai descobrir quando tiver uma aula com ela. Ela faz a aula de Miss. Dejardins parecer um esconde-esconde no Jardim de infância. – John agora se dirige à Magik. – Obrigado pela a ajuda, Lya.
— Faz tempo que você não me chama por esse apelido. – Illyana sorri. – Querem uma carona?
— Eu ainda tenho muito à mostrar para Carrie. – Diz John. – É melhor irmos à pé.
— Sim, esse lugar é enorme. – John passa seu braço pelos ombros de garota.
— Juízo, vocês dois... – Illyana observe enquanto os dois saem do ginásio, e revira os olhos. – Ah, eu me esqueci... Esse é o John.
***
— E isso encerra nosso tour pelo Instituto. - Diz John, os dois se encontravam nos jardins.
— É realmente um lugar bem agradável. - Carrie se senta em um dos bancos dispostos à sombra de um grande carvalho. - Mas muito ainda me preocupa.
— Se for sobre você sendo uma "ameaça" à segurança desse lugar, fique calada. - John se senta ao seu lado. - Você está segura aqui, todos nós estamos. Não irão nos atacar depois que falharam com a S.H.I.E.L.D., e nossa invasão também os enfraqueceu.
— Não é só isso. - Ela respira fundo. - Sem querer ser ingrata, mas eu não tenho nada meu aqui. Quero dizer, não tenho nada mais do que as roupas que eu estou usando, que aliás, precisam ser trocadas.
— Não podemos voltar lá para pegar suas roupas, mas eu ficaria satisfeito em comprar novas para você.
— John... Eu agradeço, mas...
— Dinheiro não é problema. - John faz um meneio com a cabeça. - E eu posso ir sozinho, já que você não pode sair.
— Se esqueceu que nós dois não podemos botar um pé para fora do Instituto? - Carrie cruza os braços e sente o rosto ficar vermelho. - Aliás... Eu não quero que você vá comprar roupas íntimas para mim.
— Eu sempre posso pedir para Illyana comprar algo. - Diz John. Carrie se lembra da imagem da loira, com uma jaqueta e calças de couro, com um top que deixava sua barriga exposta.
— Eu não acho que o estilo dela vá combinar muito com o meu. - Diz Carrie, após pensar um pouco. - Talvez Helena saiba o que comprar para mim. Ela parece ter um estilo semelhante ao meu.
— Bem, vamos até o quarto dela. - John se levanta. - Ela já deve ter terminado de arrumar o seu lado do quarto.
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— Meu Deus, Helena... - Disse John, ao entrar no quarto da amiga. - Como você fez isso em uma hora?
O quarto estava dividido em duas áreas, separadas pela janela entre as duas camas. O lado esquerdo já estava arrumado com as coisas de Helena, que deixou o outro lado do quarto já arrumado para a nova colega de quarto, com toalhas limpas e produtos de higiene pessoal. John nunca entrara no quarto de Helena desde que voltara ao Instituto. Os pôsteres de filmes e desenhos foram substituídos por prateleiras com livros e pinturas. Muitos vasos de plantas e flores rodeavam o quarto.
— Eu também deixei uma troca de roupa para você. - Diz Helena. - Somos quase do mesmo tamanho.
— Uau. - Carrie sorri, genuinamente agradecida. - Obrigada. O banheiro é aqui, ou...
— É aí mesmo. - Diz Helena. - Você deveria tomar um banho antes do almoço, parece que você está cansada.
— E estou. - Carrie vai até sua nova cama, que pouco diferia da de Helena. Ela pega a toalha, o sabonete e a troca de roupa, se dirigindo ao banheiro.
— Obrigado. - Diz John, ao ouvir o barulho do chuveiro.
— Pelo quê? - Pergunta Helena.
— Por fazê-la se sentir bem vinda. - Helena dá um soco no ombro de John.
— Elá é bem vinda John. Agora, se puder sair, eu também tenho que me trocar para o almoço.
John percebeu que ela ainda estava de pijamas, e deu meia volta. Antes de sair, virou-se.
— Você a leva para o refeitório? - Helena ergue uma sobrancelha com a pergunta do amigo, e revira os olhos.
— Ela está em boas mãos. - John faz um meneio com a cabeça, confirmando.
E com essas palavras ele se dirige para fora do quarto, em direção ao seu próprio dormitório. Essa havia sido uma manhã e tanto.
E o dia apenas começara...
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