Millenium - Fic Interativa

Mansão Van Hamberd: Lar de confusões.


Mary estava de malas prontas, aguardando somente George ir buscá-la. Seu objetivo, enquanto estivesse infiltrada na mansão Van Hamberd, era claro: auxiliar e proteger George. Por alguma razão que ela desconhecia, não conseguia parar de pensar naquele mauricinho metido.

- Eu mereço isso, aquele mauricinho atormentando minha vida e George atrasado. Eu juro que acabo matando George, eu mesma - Disse ela, bufando. Ao ouvir três batidas na porta, ela já sabia quem era. Correu até a porta e pediu para George entrar, ele também não parecia estar num dia muito bom, não que isso importasse muito para Mary.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Você está atrasado, Sr. Pontualidade - Disse sarcástica, pegando suas duas malas.

- Desculpe. - George respondeu, sem expressão alguma - Antes de irmos, acho melhor avisá-la... A sua presença naquela casa causará muito desconforto. Prepare-se para o pior tratamento possível.

- Bem, seria até divertido ver as expressões dos riquinhos ao me verem entrando com você... Mas se você quiser avisá-los, vá em frente - Disse Mary, dando de ombros.

George revirou os olhos, não avisaria os Van Hamberd do que estava fazendo. Afrontá-los faz parte do seu plano, principalmente Silena - que parecia mostrar as garras quando é contrariada. Além do mais, Hector estaria o dia todo na mansão, e Elizabeth e Sebastian chegarão de viagem daqui a algumas horas. O dia prometia ser bem agitado naquela mansão.

Mary começou a pensar se estava certa sobre aquilo tudo, não sabia se devia ir para a casa dos Van Hamberd. Olhou para George de canto e logo olhou para baixo, aquele caso realmente não era para eles. No final, todos acabariam mal e isso era exatamente o que ela não queria.

- Vamos? - Perguntou, com um sorriso irônico. Saiu na frente, rapidamente. George foi atrás dela, impaciente. Sabia que teria que confiar na garota, mas ele não conseguia confiar totalmente em Mary e no seu jeito "esquentadinho". Eles pegaram o táxi, em silêncio.Nenhum tinha vontade alguma de falar, estavam presos em seus pensamentos

- Tem certeza que se sente melhor, Candy? - Lola perguntou preocupada para a amiga - Não sei, não... Talvez mais uns dois dias... Você ainda está tão pálida!

- LSenhoraola, eu já disse que me sinto melhor. Não aguento mais ficar deitada nessa maldita cama de hospital. Preciso sair logo daqui, esse lugar cheira a morte - Disse Candy, irritada.

- Lola, se está preocupada com a segurança de Candy, fique tranquila. - Johnnie disse à Lola, tentando acalmá-la - Vou garantir pessoalmente que estejam seguras.

- Hmmm - Candy disse, sorrindo maliciosa para os dois - Vai garantir pessoalmente, é?

- Sim, pessoalmente... A SEGURANÇA, de vocês - Disse Johnnie, um tanto corado. Ele rapidamente saiu da sala e Candy olhou para Lola, maliciosa.

- Vocês ficariam bem juntos, Lola - Disse Candy, aparentemente desinteressada.

- É... Ele faz meu tipo, se quer saber. Só que é muito certinho, profissional... Você mesma viu. - Lola disse, se sentando próxima a amiga, sorrindo - Vamos nos ver com frequência, posso tentar bagunçar um pouco a cabeça dele. - Sorriu maliciosa - Mas não vai passar disso.

- Hum... Sei - Disse Candy, sorrindo de canto - Mas me diga, como estão indo as coisas fora do hospital?

- Ah, nada mudou. Sinto sua falta... Todos sentem. - Lola sorriu para a amiga - Mas nada de voltar imediatamente, vá com calma, se recupere primeiro. O dinheiro que temos vai bastar, por enquanto.

Lola ficou preocupada quando sua amiga não respondeu, ela olhava com um olhar um tanto questionador para a porta.

- Ah sim, o que dizia Lola? - Perguntou Candy, voltando a atenção para sua amiga.

Lola olhou para a porta aberta e viu um casal pegando alguns exames na recepção. Assim que os viu, a moça que segurava a pasta de exames olhou para ela, curiosa, como se a estivesse reconhecendo. "Não... É a Candy, ela está olhando pra Candy". Lola fechou a porta, e olhou para a amiga.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Conhece aquele casal? - Lola perguntou, séria. - E não minta pra mim.

- Tenho uma vaga lembrança, mas não conheço - Disse Candy, dando de ombros. Ela realmente só tinha uma vaga lembrança, mas se reconhecesse não iria ficar muito feliz em dividir.

- Que seja - Lola revirou os olhos, entediada - Vou procurar o maldito médico que disse que passaria aqui e até agora nada. Já volto. Vê se não arruma briga com aquela perua da recepção... Tô achando que você pegou o marido dela e ela tá desconfiada.

- Vá logo, quem sabe eu não consigo sair daqui - Disse Candy, fazendo um sinal para a amiga, como se a expulsasse do quarto. Logo abaixou o braço e sorriu para a amiga.

Mary e George estavam parados na frente da porta da grande casa. Eles se entreolharam e sorriram de canto, entrando na casa. Assim que entraram, encontraram com May e Nick. Que olharam primeiramente para George e logo olharam para Mary.

- Olá riquinhos metidos - Disse Mary, com um falso tom de surpresa.

- Mas... O quê? - May olhou confusa para Nick, que olhou confuso para George - O que essa garota tá fazendo aqui? Essa casa virou zona agora? Até o detetive está pegando alguém e eu nada?

- Se você quiser, posso te apresentar alguém tão acéfalo quanto você. E não, o detetive aqui não está pegando ninguém... Pelo menos que eu saiba, né Georgezinho? - Perguntou Mary, colocando a mão no ombro de George, escondendo uma risada enquanto George revirava os olhos.

- Espera aí. - Nick se aproximou de George, irritado - Você não é convidado nessa casa, cara, se toca! Aqui é o seu lugar de trabalho. Como é que você vai investigar alguma coisa com essa coisinha aí perturbando todo mundo? Além do mais, você já descobriu alguma coisa ou só está aqui para comer de graça? - Nick disse olhando em seguida para Mary.

- Eu não sou convidado, mas que mal tem eu trazer uma dama para ficar comigo? Exatamente, trabalho... Você achou que fosse o que? Não a chame de coisinha, porque essa "coisinha" está aqui... A negócios. Claro que já descobri, como por exemplo May ter sido o motivo da morte de sua mãe, seu pai Logan ter abandonado vocês quando tinha 3 e 2 anos respectivamente e outros detalhes que não preciso falar - Disse George, com um sorriso de deboche - E eu não estou aqui para "comer de graça".

- Como assim eu fui a razão da mamãe ter morrido? - May disse com uma voz chorosa e confusa.

- Que nada May, o cara só disse isso para dizer que tá investigando alguma coisa nessa casa. E sei bem os negócios que essa daí vai fazer. - Sorriu malicioso para Mary - Mas se quer saber, não precisamos fazer nada, May... Acho que a Silena vai se encarregar disso pra gente, e pela primeira vez vou apoiá-la nisso. Vamos indo, May. - e os irmãos saíram da casa, mas May voltou logo depois.

- E eu não preciso de nenhum dos seus amiguinhos do seu nível, mocréia. - May disse à Mary e saiu novamente.

Mary a olhou e começou a andar atrás deles.

- Quem você acha que é? Tão rica assim, acha que pode sair por aí pisando em qualquer um? Você e seu irmão babaca, são sempre assim? Vivem no mundinho cor de rosa de vocês não é? Acham que são os únicos que cresceram sem família? Acham que por terem dinheiro, devo dizer que roubado de acordo com todas as finanças da sua família, podem sair por aí falando besteiras. Eu sei cada detalhe da vida de vocês, e não me importaria de sair por aí espalhando todos os detalhes para os jornais. Além disso, meus amigos pelo menos são verdadeiros, e não estão comigo por dinheiro ou porque tenho um irmão "atraente". Se você não quer que sangue jorre do seu corpo, é melhor não falar da vida dos outros. Acreditem, qualquer um é melhor que qualquer pessoa da sua família - Disse Mary, puxando o ombro dela. Tirou uma faca do bolso na frente do rosto da garota - Não se meta comigo, você vai acabar morta, provavelmente no inferno como todos da sua família.

Nick ficou na frente da irmã, protegendo-a de qualquer golpe que a garota tentasse contra May. George puxou Mary pelo braço, já bastante irritado, e sussurrou no ouvido da garota "Comporte-se, é o primeiro dia, não precisa sair ameaçando todo mundo de morte!". Mary esconde a faca no bolso, e tenta se acalmar.

- Deixa, ô detetive de merda - May provoca novamente, Nick tenta segurá-la - Não tenho medo dessa daí não. E só pra avisar queridinha, falar da minha família não me ofende, e o inferno, fofa, é aqui, seja bem-vinda. Ah, se você olhar para trás, vai ver o capeta.

- Que baderna é essa? - Silena surge, atrás de Mary, furiosa com toda aquela confusão. George sorri, animado.

- Talvez eu tenha que concordar com você, May - Disse Mary, se virando e encontrando o olhar de Silena - Olá, Senhora Silena - Disse Mary, frizando o "senhora".

Silena não responde a garota, somente lança seu olhar frio para George, tentando compreender a situação. Seu mordomo vem até até ela, provavelmente aguardando suas ordens.

- O que significa isso, Sr. Kennedy? - Silena pergunta séria, porém mais calma.

- Essa é minha acompanhante, espero que não se importe... Eu preciso que ela fique aqui comigo, para o andamento das investigações - Disse George, friamente para Silena.

Silena observa Mary com desdém, avaliando a garota dos pés a cabeça. Nick aguardava ansioso que Silena mandasse o imbecil do seu mordomo chamar os seguranças para arrancá-los dali. Em vez disso, Silena sorri. Tão poucas vezes ele vira aquela mulher sorrir, e todas as vezes aquilo lhe causava arrepios.

- Edward - Silena chamou seu mordomo, e ele respondeu prontamente - Pegue as malas da Senhorita...?

- Whittangels. Mary Whittangels. - Disse Mary, desconfiada. Enquanto olhava o mordomo se aproximar. Ele era tão alto quanto... Não podia ser, Silena não estivera lá na empresa naquelanoite... Porque ele estaria.

- Pegue as malas da Senhorita Mary Whittangels e leve-a para um dos aposentos. - Silena disse, friamente - Quanto à vocês, Nick e May, espero que não os importunem. Acho que tem muito o que descobrir. E lembrem-se, crianças, cada passo de vocês é observado e calculado. Não saiam dos eixos. Edward, assim que acomodar a senhorita venha até meu escritório. Temos coisas a discutir - Disse, mandando um olhar desafiador aos irmãos e logo entrando na casa.