Meu pequeno herói!

Não é uma "queda" e sim um "penhasco"


Poderia ter sido a língua que Stiles poderia ter mordido, mas foi apenas um caroço de pipoca, um bem chatinho e que o fez tremer em agonia, mas não se conteve e voltou a pegar mais pipocas com uma mão apenas enquanto assistia o filme e ignorava totalmente o a fala do seu melhor amigo sobre o filme e principalmente, a explicação que Lydia dava de fundo sobre.

Gostava daquele tipo de rotina noturna com seus amigos, curtia passar a sexta-feira de noite para descansar da melhor forma e de uma bem gordurosa e com a virada da noite para a madrugada, era relaxante e tranquilizador, fazendo com que o mundo não fosse tão terrível e assustador como era. Sorria com o rolar de olhos de Lydia e achava engraçado como a amiga era uma apreciadora da sétima arte do cinema.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Não, você entendeu errado — Ela o corrigiu e de boca cheia, terminou de engolir a pipoca da boca e pediu auxílio para Stiles com o olhar — Não dá pra simplesmente matar o personagem sem alterar a linha do tempo, iria alterar tudo!

— Mas faria mais sentido! — Rebateu e ele também olhou para Stiles — Não é? É só olhar para exterminador do futuro, a skynet sempre vai existir porque ela é inevitável — Argumentou e Lydia voltou a bufar, sem paciência alguma e Stiles apenas observada o pote de pipoca com a amiga já que Scott manteve o dele longe do amigo.

— É física e probabilidade pura, Scott — Rebateu — Não tem como alterar o seu passado, mas esquece! Você não deve nunca nem ter visto a teoria do avô... — Murmurou, se contendo e dando finalmente o pote de pipoca para Scott encher a mão — Acho que consigo sobreviver assistindo essa coisa de Donnie Darko contigo sem não explicar tudo bem moído.

— Ótimo, podemos ver ele discutindo com a professora? Obrigado — E finalmente, Stiles deu o ar da graça para falar, tendo o silêncio agradável como resposta e a atenção dos amigos com o filme.

De soslaio, ele viu a luz do celular iluminar a pouca luz do quarto de Lydia e ainda o distrair da cena do filme. Ignorou em primeiro momento e depois já chamou novamente sua atenção, pegando o aparelho e o desbloqueando, vendo as mensagens da sua nova colega, talvez amiga, Cora Hale. A menina que seus amigos insistiram em que ela fizesse amizade para não ficar só no intervalo e se alvo dos valentões ou das valentonas da escola. Stiles era quase um super-herói...

Perguntando se poderia passar mesmo o intervalo com eles e se na hora de ir embora, era poderia acompanhá-lo junto do irmão, que queria retribuir para não deixar o mesmo sozinho. Sorriu com a mensagem e só com o áudio do filme abaixando e sentindo olhares sob si, abaixou o aparelho e viu seus amigos sorrindo e já esperando uma resposta.

— É apenas a Cora Hale, gente... — Resmungou, vendo o sorriso de Scott aumentar ainda mais com o que Stiles disse.

— Ela é uma gracinha — Lydia comentou, dando uma risada e olhando de soslaio para o celular de Stiles — E ela gostou de você, ela acha que deve algo ou que não quer que a deixe, talvez seja medo — Sugeriu e franziu o cenho com o olhar desconfiado de Scott e o confuso de Stiles — O quê? É meio óbvio, a família dela dá arrepios em qualquer um da cidade, o nome Hale é famoso.

— Principalmente quando alguém da família veio de Metropolis e outra é uma modelo — Scott acrescentou, dando de ombros e sendo bem rápido, tomando o celular de Stiles — Quem colocar senha no celular?

— Eu coloco senha no celular, senhor espertinho — Rebateu, pegando de volta o celular e vendo a cara de diversão do amigo.

— Ela aceitou mesmo ficar no intervalo com a gente ou você criou uma pegadinha e quer fugir da gente por não ter falado a verdade? — Lydia indagou, cruzando os braços — Quer sabe? Nem responde, vamos descobrir apenas na segunda de manhã mesmo e na entrada do colégio.

— Sou tão levado a sério... — Deu uma risada fraca, vendo Scott aumentar o volume do filme e tudo sobre o assunto se dissipar.

A noite do filme acabou até que bem e sem nenhum assunto constrangedor, afinal, de constrangedor já bastavam os tombos de Stiles por meio mundo e que uma cidade pequena já conhecia de cor e salteado. Por isso, quando chegou logo a manhã de sábado e ele almoçou por lá, acabou por ir embora mais cedo que Scott para ir em casa, afinal, seu pai poderia confiar muito bem nele, mas ainda mantinha o tentava manter a pose de durão e responsável quando na maioria das vezes, se mantinha ausente. Stiles sabia que seu pai tentava bancar o responsável quando ele ia para a casa de Lydia e dormia lá apenas por ela ser uma garota e por um tempo atrás, ele ter comentado apenas de relance que teve uma queda pela mesma, mas fazia tanto tempo...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Quando chegou em casa, largou as suas coisas perto da escada, estranhando a presença do xerife e seu pai, Noah Stilinski, na sala. Ele nem pareceu notar a presença de Stiles ali e... Ele estava chorando? Ele olhou bem e não havia nem mesmo uma lata de cerveja ou um copo de bebida ali... Algo de muito ruim aconteceu ou Stiles fez uma merda enorme. Talvez as duas.

— Pai? — O chamou e o mesmo fungou, ajeitando a pose e ficando reto no sofá, atraindo ainda mais a confusão de Stiles — O que aconteceu, pai?

— O quê...? Stiles? Quando... Que horas são? — Perguntava, perdido.

— São onze da manhã, pai — Respondeu, chegando perto e se sentando na outra beirada do sofá, mantendo uma distância do seu velho — Aconteceu algo na delegacia? Você não costuma ficar tão tarde em casa... — Apontou e o mesmo deu uma risada, tossindo.

— Tudo bem, filho... Apenas — Pausou, olhando para Stiles e depois, se virando e pegando algo para entregar a ele.

Cartas.

— Chegaram hoje e estão endereçadas a você... — Murmurou e Stiles as pegou, curioso.

Cartas de universidades que ele tinha enviado seu boletim de notas... Uma era de São Francisco, outra de Nova Iorque, Metropolis e... Gotham. Abriu e todas tinhas quase o mesmo texto impresso com o carimbo de seus diretores, as mesmas palavras e uma frase... “Você foi aceito”.

Largou as cartas e se levantou, abraçando de uma forma desajeitada o seu pai e o ouvindo chorar, molhando a roupa que ele usava e chorando com ele. Não era algo para o mesmo ficar triste, mas... Seu pai não tinha mais a sua mãe ao lado e só ele, apenas o Stiles. Mesmo que ele ficasse fora da cidade ou do estado, ele ainda veria o seu pai.

Não trocaram palavras, se separaram e seu pai sorriu, orgulhoso para ele e dando uma risada que o contagiou. Não esperava ver aquelas cartas tão cedo, mas... Ele tinha tempo ainda.

Observou as opções e conversou com elas com seu pai. Como xerife, ele prontamente negou as opções de Gotham e Metropolis pelas mesmas sempre estarem com constantes ataques, fossem alienígenas ou... de terroristas, ou de alguém complexo de super-vilão. Mas ele gostava da universidade de Gotham, as referências que ele tinha dela e de que era uma universidade de grande nome pelo país não era atoa, mas... Claro que ele ouviu lendas urbanas de que todo criminoso perigoso se formou por lá também, mas, fazer o que? Apenas lendas urbanas.

Agora... Estudar em Nova Iorque seria caro, muito caro. Caro demais! Sem Nova Iorque. Metropolis... Bem, deveria ter um seguro vida para algum incidente para invasão alienígena, certo? Aliás, era uma universidade que tinham pesquisas com suporte das industrias LexCorp, se ele fizer mais de uma formação, seria reconhecido e teria um suporte... Pensou alto demais, mas então sobrou a de São Francisco, ficava do outro lado do país e tão fora de mão, menos cara que Nova Iorque, o índice de perigo e criminalidade eram baixos demais que deixariam Gotham e Metropolis chorando de inveja. Mas ele escolheu e delas, Metropolis foi a escolha mais sofrida de todas, seu pai apenas deu uma risada e contou uma piada de que Stiles sempre atraia perigo e encrenca, que a cidade inteira iria colocá-lo sob controle em uma semana.

Foi assustador? Foi. O desmotivou? Nem um pouco.

Só o deixou mais atentado ainda a não largar de vez a escolha, por isso ele fez a coisa mais estupida de todas e ficou comparando as opções dele com Lydia e Scott ficou de fora pelas cartas de aceitação do mesmo não terem chegado, fofocando enquanto tentava preparar de forma estranha e desengonçada o almoço junto do seu pai, o mesmo se recusando ir a delegacia para passar um tempo em casa.

Foi um final de semana estranho, ele não estava acostumado com isso, mas gostava, era bom e o fez sorrir como nunca.

Quando a bendita segunda-feira chegou, sorriu quando viu Cora chegar perto dele no corredor e vendo a mesma acenar com a cabeça. Como ela era tímida e não o conhecia tão bem, ele preferiu se o tagarela e desembuchar tudo de uma vez, soltando cada piada ruim no meio para descontrair até o sinal da primeira aula tocar, seguindo seu rumo e a deixando ir, voltando a encontra-la no intervalo e a guiando até a mesa onde se sentava com seus amigos.

— Gente, essa é a Cora — Os apresentou, deixando sua bandeja com a comida na mesa e se sentando, sendo acompanhado pela garota — E Cora, esses são Scott McCall e essa é Lydia Martin, os amores da minha vida.

— Nossa, delicado e gentil — Lydia comentou, sorrindo tão abertamente que assustaria qualquer um, menos Cora — Prazer em conhecê-la, Cora.

— É legal conhecer vocês, gente... — Falou, ainda tímida e dando atenção para a sua comida e Stiles não ficou para trás, deu uma “generosa” mordida em sanduiche já feito — Pra onde vai toda essa comida...? — Perguntou, assustada e Stiles sabia que era com ele, afinal, Scott lançou uma careta nada agradável e Lydia conseguia fazer qualquer um se arrepender apenas com um olhar.

— Ele tem um famigerado buraco negro nessa coisa que ele considera uma barriga — Lydia comentou, negando com a cabeça.

— Eu tô com fome, qual é! — Resmungou e falou de boca cheia, atraindo uma risada de Cora.

Dos males o menos pior, ele não assustou por completo a garota.

— Recebeu as suas cartas, Scotty? — E Lydia mudou o assunto, atraindo a atenção de todos para o McCall ali.

— Recebi antes de vir pra escola... Não li ainda, mas uma é da Carolina do Sul e outra de São Francisco — Contou — Não foram muitas opções, não sou a pessoa mais inteligente entre nós aqui, muito menos da escola — Deu uma risada sem graça e Stiles negou com a cabeça — Nem pensa, come e engole tudo antes de soltar chuva de migalhas em mim, seu sem educação.

— Você não mandou suas referências no esporte? É fácil você ganhar uma bolsa por esporte — Lydia comentou — Deveria tê-lo feito, ainda dá tempo, aliás.

— Stiles? Já conseguiu se decidir? — Scott indagou.

— Metropolis — Falou de boca cheia, engolindo e bebendo seu suco novamente, dando tempo de ver a feição de surpresa de todos — O quê?

— Lá não tem seguro de vida — Lydia brincou, mas com um tom de seriedade, afinal, ele só comentou de quais cartas ele recebeu e não de qual ele escolheu, era notável a surpresa dela

— Você vai trazer mais problemas para a cidade que a supergirl, cara — Scott comentou, dando uma risada fraca — Literalmente um imã para problemas.

— Metropolis não é tão ruim — E Cora falou, defendendo a cidade e aparecendo com um anjo para ajudá-lo — Meu irmão estudou e trabalha lá, a cidade não é tão ruim e se falam assim, não viram Gotham... — Murmurou o final, claramente com vergonha pela atenção ter se voltada para ela.

— Trabalhar lá? Acho que Stiles já tem a recomendação de um futuro emprego pra se manter — E Lydia comentou, lançando uma piscadela para Stiles.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Jesus Cristo, não pode nem comer em paz? — Resmungou — Não ligue para o que ela diz, querida, eu consigo me arrastar pela rua e fazer comédia, sei fazer até a minha própria comida.

— Queimada — Scott deu ênfase com outra palavra.

— Acho que Derek poderia ajudar, você teria ótimas referências por ele — Cora comentou e Stiles negou com a cabeça, novamente.

— Não, a última coisa que eu quero é parecer interesseiro só porque seu irmão mais velho trabalha na cidade que justamente eu escolhi a minha universidade — Argumentou e Cora... Sorriu?

— Eu monto um currículo dele e mando pra você, Cora — Lydia se intrometeu — Me passa o seu número.

— Não precisa, gente — E lá vai ele, tentando se defender.

— Aqui, pode anotar e colocar o seu nome — E a Hale passou o celular para Lydia bem na frente de Stiles e ignorando tudo o que ele acabou de falar, na maior cara de pau.

Ótimo! Imã pra perigos uma ova! Será que as leis do universo conhecem a senhorita Lydia Martin?

Só isso foi o estopim para Lydia conversar de forma clara e negociar o futuro de Stiles, de novo, como se fosse uma prima ou irmã mais velha dele, mas surpresinha, não era. Era sua melhor amiga, então, dava na mesma. Scott também não ajudou tanto, opinava aqui e ali e Cora tinha se enturmado de uma forma tão rápida que o estresse de Stiles com toda aquela recomendação dele para trabalhar acabou ficando de fundo.

O resto da manhã e parte da tarde foi muito bem, acabou que naquela segunda não teria treino do time e quando deu a hora de ir embora, Lydia tinha sumido e Scott grudou em uma aluna nova para se apresentar, enquanto isso, ele foi parada por uma garota sorridente no corredor com uma promessa que ele nem mesmo fez questão de recusar. Cora falava de forma mais solta com ele e ao sairem do colégio, ela sorriu ainda mais ao ver a figura do irmão um pouco mais distante e com uma garota parecida com ela, só que com roupas caras e lindas demais para a cidade de Beacon Hills.

— Podemos acompanhar o Stiles até em casa? É caminho e uns minutos de atraso — Foram essas exatas palavras que ela disse e não um “oi irmãozão e irmãzona queridos”.

— Se ele não se incomodar — A mulher falou, sorrindo para Cora — Prazer em conhecer você Stiles. Aliás, acho que foi você que vi no vídeo do acidente aqui no colégio...

— Foi esse mesmo... — Murmurou, envergonhado. Não queria nem lembrar que ainda tinha pesadelos com aquilo, mas que se tornavam sonhos incríveis quando apareciam “aquela pessoa”.

— Espero que a escola tenha tomado uma providencia, foi algo horrível o que aconteceu — E o irmão mais velho, Derek, comentou.

O alarme de “meu senhor alado, tem duas pessoas lindas preocupadas comigo, socorro?” começou a tocar loucamente na cabeça dele.

— Foi horrível, sim — Concordou com a cabeça — Mas não precisam me acompanhar, sei me virar.

— Se Cora insiste e vocês parecem ser tão amigos, não vejo porque não — E a irmã mais velha de Cora falou — Me chamo Laura, a propósito.

No que ele foi se meter...? Deu uma risada de nervoso e apenas acompanhou a conversa de Cora, sorrindo ao vê-la tão empolgada.