Meu amor veste Dior.

Novos Horizontes, Futuras emoções.


Três meses se passaram desde a reunião com o conselho. Maura estava com o ritmo do dia a dia mais acelerado que o normal, visto que o pequeno teste que implantaram para Jane, Marc e pra a terceira pessoa Clarisse Baier. Clarisse era a líder da arte de design da empresa. E ia de produzir os cenários até o designer da revista. Enfim, eram esses três nomes que passaram e assumiriam a presidência. Maura sabia que colocar Jane como a presidente geral e os outros dois como o seus auxiliadores seria o certo. Ora, elas praticamente moram juntas e já se passaram três meses do relacionamento delas, e embora fosse pouco tempo, Maura sabia que Jane era íntegra demais para querer tirar proveito de algo, não que os outros dois tivessem o caráter duvidoso, mas ela sabia que Jane iria procurá-la, caso não soubesse o que fazer com a direção da empresa, e colocar duas pessoas auxiliando-a seria uma ajuda e tanto para a morena.

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Era mais um dia na revista, todos trabalhando com afinco, os modelos cada um em seu set fotográfico, posando para as diversas marcas, fazendo a publicidade de diversas marcas para que essas fossem lançadas na revista de Império da Moda. Naquele mesmo dia, mais tarde, todos sem exceção, estariam no auditório da empresa, porque Maura queria dar uma breve notícia para ambos. Mas antes disso, ela chamou os três futuros cabeças da revista para sua sala de reuniões.

– Aconteceu algo, Maur? - Jane foi a primeira a chegar e questionou a loira.


– Não, amor. Apenas uma notícia que eu preciso dar a você e a Marc junto com Clarisse.

– Não me diga que? Maura!

– Calma.

A porta se abriu e Marc entrou, seguido de Clarisse. Os quatro já estavam na sala, Maura pediu para que eles se acomodassem e todos sentaram-se. Marc era um homem lindo. Alto, corpo atlético, e sério. Marc era um homem galante, embora Jane pensasse que todos os homens que trabalhavam lá, ou eram gays, ou eram bissexuais, mas sempre tinham uma tendência para o mesmo sexo, raros para o sexo oposto, e Marc era diferente, nunca houvera boatos que ele saíra com outro homem, sempre com mulheres, mulheres muito conhecidas e todas lindas. Só ouvira dizer que ele estava solteiro, depois de um namoro de seis meses com uma atriz. Jane não gostou nada do olhar do homem para as pernas de Maura, não que ela estivesse com uma saia curta, Maura nunca vestia saias curtas para ir para o trabalho, sua saia um dedo acima do joelho e muito bem acinturada. Sua blusa social de seda fina na cor rosa clarinha e seus sapatos preto de santo alto a deixava ainda mais linda e muito admirável.

– Sim, senhorita Isles. Com certeza eu acho que o foco dessa reunião não seja as suas pernas.

Nesse momento Clarisse riu, porque também havia percebido o olhar de Marc sobre as pernas da chefe. O homem endireitou-se na cadeira e Maura ficou sem entender a piada de Jane.


– O que há com minhas pernas, Jane?

– Por Deus! Nada, Maura.

– Fique tranquila, Maura. Não há nada – disse Clarisse. - Por que nos chamou aqui?

– Bom, boa tarde a todos. Eu os chamei aqui apenas para dizer-lhes que haverá mudanças no setor onde vocês lideram. Exceto para Jane. Então, Marc preciso que você indique para o rh alguns nomes para te substituir, pessoas de confiança, e que tenham competência com o trabalho deles, Clarisse, o mesmo. Preciso que esses nomes sejam entregues até amanhã sem falta, por que na sexta-feira, na festa da revista, estaremos anunciando os novos cargos.

– então seremos demitidos? - perguntou Marc.

– Não. Eu estou saindo da revista, estou me aposentando da carreira de modelo, para me preparar para o que eu realmente quis e quero ser.

Marc se remexeu na cadeira, e Jane percebeu, não só ela como Clarisse também, mas ambas ficaram quietas. Jane queria entender porque esse cara estava junto, visto que ele não ia mudar em nada sendo presidente ou não.

– Então, só quero comunicar quem será o responsável geral pela revista. O conselho já está ciente, e eu fiquei de comunicar a vocês, então, a presidente geral da Império da Moda é você – Maura sorriu para todos, de Jane até Clarisse, passando por Marc, e voltando o olhar pelo mesmo caminho – Jane Rizzoli. Clarisse, você é a primeira vice-presidente, e Marc, você o segundo vice-presidente.

Jane estava calada olhando para Maura como se tivesse vendo um fantasma, Clarisse sorria mais contida, Marc permanecia com a mesma expressão de qual entrara.

– Vou treiná-los a partir da semana que vem, vocês dois irão auxiliar Jane em tudo. Representá-la em eventos, trazerem novas ideias para cá. Enfim, a gestão geral será dela a partir de segunda-feira, e eu apenas irei treiná-los para que ano que vem vocês dêem seguimento nessa revista.

– E a sua mãe, Maura? O que ela disse?

– Minha mãe concordou, mas disse que irá vir a cada bimestre ver como estão as coisas, sabem como é. - sorriu -mais alguma pergunta?

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– Por que a Jane será a presidente geral se ela não tem nem um ano aqui? Mas Clarisse está aqui há muito tempo, e eu também, porque colocar uma pessoa inexperiente para liderar uma empresa desse porte?

– Justamente por isso que a coloquei como a primeira vice. Garanto a você que Clarisse estará ajudando Jane mais de perto, do que você. Enfim, Marc, não faça eu me arrepender de ter o colocado aqui. Embora Jane ainda não seja a presidente, eu continuo sendo a dona da revista estando aqui ou não, espero que tenha entendido que o tempo de casa de ambos não significa o poder de escolha ou preferência para cargo. No demais, Clarisse e Jane fica, você pode ir.

– Qual é a desse cara? - Jane perguntou.

– Ele é filho dos melhores amigos dos meus pais. Mamãe disse que eu só poderia passar a presidência caso ele estivesse junto.

– E você o colocou como segundo vice por quê?

– Sinceramente? Eu não confio no Marc. Mas fiz o que mamãe pediu. Espero que vocês fiquem de olho nele. Jane, eu sei como você é e Clarisse, sei que entrou junto comigo, e que faz o seu trabalho como ninguém, conto mais com a ajuda de vocês do que de Marc. Jane, você terá autonomia suficiente para mandar e desmandar aqui, se Marc pisar na bola em sua gestão, vocês duas poderão decidir o que fazer com ele. Sinceramente, minha mãe às vezes é louca.

****

Alguns meses depois.

Depois das mudanças de cargos, e de todo alvoroço que essa mudança teve, Maura pôde finalmente fazer o que estava gostando. O relacionamento dela e de Jane havia ganhado proporções gigantescas, havia dias em que Maura passava meses na casa de Jane, e a morena na casa da loira, roupas de ambas já se fazia presente no guarda-roupas de cada uma, sapatos, bolsas e todo os tipos de acessórios. Jane até pediu que aumentassem o tamanho de seu closet, porque mesmo Maura não sendo mais modelo, ela tinha roupas que daria para montar uma grife nova. Já Maura pediu que aumentasse o seu closet porque Jane era bagunceira demais, e sempre deixava as gavetas da loira uma bagunça enorme “você esconde minhas camisetas aqui, eu nunca acho” era a justificativa da morena para tentar amenizar a situação com a namorada. Maura havia procurado o seu mentor na época da faculdade, o doutor Connor, a loira queria obter uma ajuda para entrar como residente em um dos hospitais de Nova York, e para a sorte de principiante da loira, e com a recomendação do professor, na segunda semana daquele novo ano ela iria começar a sua residência no Hospital Mount Sinai, um dos melhores hospitais de Nova York, a loira estava radiante. Já Jane estava de vento em poupa com a profissão, a revista no qual sua namorada é dona, estava entre as mais lidas no mundo, muitas inovações ocorrera durante os meses em que ela – Jane – Clarisse e Marc estavam sendo treinados por Maura. Jane e Clarisse deram muitas novas ideias, Marc embora mais distante, contribuiu para as inovações. Todos gostaram da nova liderança, mas lamentaram por Maura parar tão cedo com a carreira dela, no qual ela se saíra muito bem. Jane havia saído cedo para o trabalho, deixaria a empresa cedo, e iria fazer uma viagem para Los Angeles, em um ensaio fotográfico de uma nova tendência. Embora fosse inverno ainda, o trabalho não podia parar, e seus estilistas criaram tendências maravilhosas para aquela estação. Jane era uma mulher elegante, e chamava atenção mesmo estando simples. Aquele dia pela manhã, ela e Maura haviam dormido cada uma em suas casas, o relacionamento delas estavam de ótimo, havia discussões sobre a bagunça de Jane e a ordem impecável de Maura, mas nada que as deixassem por muito tempo brigadas. Jane naquela manhã optara por ir de táxi para a revista, o dia estava frio, mas não corria risco de uma tempestade de neve acontecer, o que ela realmente agradecera. Não sentiu que ninguém a observara de longe, e logo entrou no táxi e seguiu o seu rumo.

A vida de quem mora em cidades grandes, em megalópoles é corrida, estressante, ainda mais se essa pessoa for alguém influente da mídia. Para dois homens de ego ferido, a vingança e a satisfação de ferir o que lhe trouxera dor e ódio, seria a melhor coisa que pudesse ser feita, sem ter que se importarem com as consequências de seus atos, afinal, pra quem tem muito dinheiro, tudo era simples e fácil.