Meu Refugio.

Capítulo 22


POV: PEETA.

Eu sei que a Katniss estava querendo ser legal com a Delly, mas a sua ansia por isso já está passando dos limites da minha paciencia. Eu não aguento mais ouvir o quanto Gale e Delly são perfeitos juntos e o quanto são babacas por não terem percebido isso logo. Desde que começou com seu plano maluco, Katniss está fissurada e só fala nele. Eu pensei que quando eu me declarasse, eu teria um pouco mais de tempo pra ter ela pra mim, mas parece que as coisas só pioraram. Ela não cala a boca, nunca. Não temos mais os nossos momentos romanticos que eu tanto esperei e gosto. Tudo o que eu mais queria foi arrancado pelo romance prematuro de Delly e Gale. Mas que droga de vida, hein.

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- Você está tão quieto.- Katniss disse, se sentando pra avaliar minha expressão. Estavamos deitados numa rede que eu consegui no Prego e nós colocamos nas arvores da floresta. Pra ter paz. Era sábado. Balancei a cabeça.

- Ah, finalmente você percebeu que eu estou aqui!- Eu disse. Eu sei que eu parecia um menino mimado querendo mimo. E era isso mesmo, carencia. Ela riu.

- O que você quer dizer com isso? É claro que eu sabia que você estava aqui o tempo todo. Sua presença não é ago dificil de ser notado.- Ela disse, revirando os olhos. Eu balancei a cabeça.

- Não é disso que eu estou falando!- Eu disse, ela devia estar querendo me irritar. Só pode! Mas porque ela estava fazendo isso, meu Deus?

- Então me explica, oras! Eu não tenho bola de cristal!- Ela disse, jogando as mãos para o alto.

- E você vai me deixar falar? Vai mesmo? Porque você não estava fazendo isso á alguns minutos atrás, porque só você estava falando, e eu estava ouvindo, apenas...

- Você tem algum plano pra meajudar a juntar Delly e Gale? Mas eu pensei que você estivesse irritado...

- Delly e Gale!- Eu disse, me irritando.- Você já parou pra pensar que talvez eu queira falar de outras coisas além desse romance que você imaginou?

- Eu não imaginei! Ele existe. A gente só precisa fazer tornar real.- Ela disse, dando de ombros. Eu bufei. Ela vai continuar falando neles, é sério?

-Tá, Katniss, quando você tiver um assunto interessante pra conversar comigo, você me chama de novo, por hora, eu vou voltar á padaria. Tenho muito trabalho pra fazer e pouca hora pra concluir, e eu não vou gastar essas poucas horas ouvindo sobre Gale e Delly!- Eu disse, me levantando. Ela balançou a cabeça.

- Eu não estou acreditando que você está com ciumes por isso!- Ela disse. Eu bufei.

- Eu não estou com ciumes, ok? Eu só quero um pouco de atenção, entendeu? Agora, quando eu falo com Delly, ela só fala do Gale, você só fala deles e eu não tenho mais ninguém! Eu não tenho o direito de me sentir carente?- Cruzei os braços. Ela sorriu.

- Ah, você está carente?- Ela perguntou, se aproximando de mim e colocando os braços ao redor do meu pescoço. Eu balancei a cabeça. Não, eu não vou me render, eu vou resistir...

- Estou, e ficar aqui com você não está ajudando em nada, é melhor eu ficar na padaria mesmo, eu pelo menos posso fazer algo que eu gosto.

- Você não gosta de ficar comigo?- Ela se afastou, fingindo estar magoada. Eu revirei os olhos.

- Não tem coisa que eu goste mais do que isso, Katniss. Mas eu também gosto de manter a minha sanidade e se eu continuar aqui eu vou enlouquecer.- Até porquê, ficar aqui com ela e não poder beijá-la é quase um pecado.

- Eu prometo que não falo mais neles e você prometer ficar aqui comigo.- Ela fez um biquinho todo lindo. Eu estava enganado, eu não sou forte, eu não vou resistir. Balancei a cabeça. Linda desgraçada.

- Sua linda...- Eu disse, pegando o rosto dela nas minhas mãos e me aproximando.

Eu sentia cada centímetro da sua boca na minha. Sua lingua se enroscando na minha. Minhas mãos estavam loucas e quando eu me dei conta nós estavamos deitados na révoa, ofegantes, e sua pernas estavam enlaçadas na minha cintura. Opa. Alerta ativado. Eu me afastei e me sentei ao seu lado. Ela arrumou o cabelo que estava uma bagunça e eu sei que fui eu quem fiz aquilo.

- Porque você parou?- Eu balancei a cabeça.

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- Porque eu amo você.

- Bom, é isso que as pessoas fazem quando elas se amam...- Ela estava muito corada, o que me fez rir. Balancei a cabeça.

- Sim, mas depois de um monte de etapas que eu pretendo seguir á risca.

- Etapas?- Ela ergueu uma sobrancelha.

- Eu quero namorar você, primeiro, e que eu me lembre, você não aceitou da ultima vez.

- Eu não disse que não...

- E não disse que sim. Mas tudo bem, eu estou te dando um tempo pra se dar conta do quanto está terrivelmente apaixonada por mim.- Eu disse, convencido. Ela balançou a cabeça.

-Tá certo... Mas quais são as outras etapas?- Eu sorri.

- Segredo.- Ela balançou a cabeça.- Mas pode apostar que não vai rolar antes de eu casar com você.

- Mas eu nunca vou me casar, Peeta...- Ela disse, balançando a cabeça. Eu suspirei.

- Eu lamento muito. Por você e por mim.- Eu disse.- Talvez você deva procurar outra pessoa...- Eu não gostei da minha ideia. Ela bufou.

- Não vou procurar ninguém. Não é plano meu deixar que os meus hormonios me dominem, gosto do poder.- Ela disse, rindo. Eu balancei a cabeça.- Mas eu gosto...

- De?

- Ficar perto de você. Bem pertinho... Eu me sinto tão protegida.- Ela disse, abaixando a cabeça tentando esconder, em vão, sua timidez. Eu balancei a cabeça. Minha bobinha...

- Pode ter certeza que eu gosto tanto quanto você, e pelo que eu sei, até muito mais.- Eu disse, passando os braços ao redor de seus ombros. Ela deitou a cabeça no meu peito e eu beijei a sua testa.

- Eu queria poder ficar aqui pra sempre.

- Na floresta?

- Nos seus braços.- Ela disse. Eu sorri de leve. Deve ter sido uma das coisas mais bonitas que ela já me disse desde que descobri a reciprocidade de seus sentimentos por mim, e meu Deus, o que eu faço com o calor no meu peito? Com a alegria e sua lágrimas desgraçadas? Eu nunca choraria perto dela.

- Eles são seus, pra sempre, vão estar sempre aqui pra te segurar, pra te deixar segura. Pode ter certeza.- Eu disse, respirando fundo e sentindo o aroma de seus cabelos. Ela balançou a cabeça.

- Fica comigo, Peeta.- Ela se afastou pra me olhar nos olhos. Ela estava chorando.- Eu nunca consegui fazer ninguém ficar tanto tempo perto de mim, eu nunca fui boa em fazer as pessoas gostarem de mim. E eu estou tão feliz por ter você. Você não pode, nunca, se afastar de mim, tá bem? Me promete isso? Por favor, Peeta, fica comigo.- Ela soluçava agora. Isso era perturbador. Eu a abracei a novo.

- Sempre.

(...)