Meu Priminho Preferido

Capítulo 18


– Bom, eu já vou indo. E tranquem a porta. – mamãe se retirou do quarto.

– Amor, nem liga pra isso. – Ed me abraçou.

– Eu não vou ligar. – dei um selinho nele e me levantei pra trancar a porta.

– Aproveitando que ela me lembrou de ontem... Bella, quem foi o colega de elenco que você já ficou? – ri sozinha enquanto girava o trinco da porta. Voltei pra cama e me sentei sobre ele.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Ah, foi um carinha qualquer aí. – ele estava sentado na cama com as costas encostadas na cabeceira, nossos rostos estavam na mesma altura. Levei minhas duas mãos até seus cabelos da nuca e os puxei com um pouco de força.

– E qual o nome desse carinha? – ele entrou no meu jogo e rapidamente sua mão direita penetrou minha camisa, enquanto a outra alisava minha coxa.

– Hmm... – me prensei a ele e sussurrei em seu ouvido. – Não lembro. – passei a língua sobre sua orelha e dei uma mordidinha em seu lóbulo. Ele fez um barulho estranho e eu me motivei a continuar com as provocações. Mas dessa vez virei o jogo ao meu favor, já que ele parecia ter esquecido completamente o assunto “já fiquei com um colega de elenco, vulgo Corin”. Corin e eu ficamos na primeira vez que eu contracenei com ele, antes mesmo do meu namoro com Riley. – Amor. – chamei baixinho em sua orelha assoprando de leve o local. Vi os pelos dele se arrepiarem e resolvi ir além. Passei muito fracamente minhas unhas na base de seu abdômen, causando uma sensação gostosa no local e no resto do corpo. Agora sim ele gemeu e aproveitei para fazer o que eu sabia de melhor: atuar. – Edward? – gemi em seu ouvido.

– Hm? – ele murmurou concentrado demais nas carícias que fazia debaixo da minha blusa, meu sutiã completamente fora do lugar a essa altura.

– Fala uma coisa pra mim. – comecei a beijar seu pescoço com lentidão, para ir aumentando o ritmo aos poucos. – Fala? – mordi para logo em seguida abandonar um chupão no lugar. Dessa vez ficaria a marca.

– Uhum.

– Quem é essa Tanya, bebê? – antes que ele tentasse responder, puxei sua boca pra mim e o beijei com ferocidade. – Ein?

– Uma funcionária da construtora. – ele ia parar de falar então eu puxei seus cabelos, fazendo-o me encarar. – Ela é supervisora de obras. – sorri. Supervisora de obras... Então se acontecesse algum problema com a obra, ela era a responsável por avisar ao chefe. Ok, com essa eu me contento. Edward, num ato que eu não esperava, me jogou pra trás. Com um sorriso safado, ele puxou minha camisa por cima da minha cabeça e me despiu, já que o sutiã meia taça estava abaixo do umbigo. Seus lábios não se demoraram a encontrar os meus e...

****************************

Sexta-feira, 18:47.

– Só mais um pouquinho de blush e pronto. – o maquiador disse, passando mais uma camada de blush em minhas bochechas. Alice estava ao meu lado também se maquiando.

– Ai, prima, você está linda! – ela disse dando pulinhos quando os maquiadores terminaram os trabalhos. Encarei minha prima e ela também estava divina com um vestido Donna Karan Atelier rosa clarinho e de ombro único.

– Você também está belíssima. – ela continuou se olhando no espelho e virando pra lá e pra cá como uma princesa. O alfaiate fazia os últimos arranjos em meu vestido e eu não podia me mexer, do contrário, seria espetada por uma agulha.

Varri a sala com os olhos e o encontrei num sofá no canto do quarto mexendo no celular. Lindo. Edward já era lindo usando um moletom, imagine só com um terno Armani feito especialmente pra ele. Perfeito! Ele provavelmente estava jogando, um vício que ele adquiriu nos últimos dias. Ao seu lado estava Jacob, que também nos acompanharia na premiere.

Hoje seria a premiere de One Last Love. Eu estava nervosa, ainda não tinha assistido o filme todo pronto. Quais seriam as críticas? Argh, como se eu já não tivesse feito premieres suficientes na vida, eu sempre ficava aflita. E ainda tinha os repórteres e paparazzi. Deles eu não teria como fugir, e certamente perguntas sobre os acontecimentos passados não seriam evitadas. Eu já tinha conversado com Jane e sabia exatamente o que responder, então esperava não ter maiores problemas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O alfaiate terminou e eu me olhei no espelho. O vestido dourado rendado de Zuhair Murad era divino e realçava muito minhas curvas. Sorri lembrando do ataque de Edward quando eu lhe mostrei uma foto do vestido que eu tinha tirado na minha última prova de roupa com Rachel Zoe. Segundo ele, o vestido era transparente demais e eu me exporia muito, e como ele não poderia estar ao meu lado mostrando que eu pertencia a ele, eu deveria vestir outra coisa. Há!

Fui até o canto da quarto onde estavam Edward e Jacob e dei uma voltinha na frente deles.

– Como estou?

– Linda. – Jacob me elogiou.

– Maravilhosa. – apontou Edward. Tive vontade de ir até ele e sentar em seu colo, mas havia mais umas cinco pessoas no local, além de Jacob, pessoas essas que não poderiam desconfiar de nada.

– Vocês também estão muito gatos, já vi que terei trabalho hoje. – me sentei cuidadosamente para não danificar o vestido. Ao fundo eu podia ouvir as gargalhadas de Alice e Jane.

– Trabalho? – Jake estranhou.

– Sim, vou ter que cuidar de vocês, não posso deixar que nenhuma aproveitadora chegue perto dos meus primos. – Edward ergueu uma sobrancelha em diversão, afinal, ele entendia minhas indiretas.

– Olha aí, Jacob, já quer virar nossa dona. – Ed falou e ganhou um olhar mortal meu.

– Há! Bells, quando me vir com uma mulher, passe bem longe. – gargalhamos e Edward, num surto de consciência, se manteve calado.

Alguns minutos depois, alguma assistente veio me chamar pra pegar a limusine e partir para o local do evento. Me despedi com abraços e boa sorte dos meus familiares, exceto por Edward, que fez questão de me regalar um beijo na ponta da boca. Torci para que ninguém tivesse reparado e segui para o elevador do hotel. Eles iriam alguns minutos depois de mim.

Ao chegar ao tapete vermelho, meu coração resolveu dançar como se estivesse na Sapucaí. Era sempre assim e eu deveria ter me acostumado a esse ponto, mas cada filme era uma nova emoção.

Felix, meu segurança particular, abriu a porta do carro e então eu mergulhei num mundo completamente meu. Ouvi os gritos dos fans e suas frases de apoio, assim como os “eu te amo” que eles faziam questão de ecoar. Acenei para eles e vi pela expressão de seus olhos a euforia tomar conta. Atuar era minha paixão, mas nada se assemelhava a sensação de ter fans, fans que faziam de tudo por um “olá” seu. Reconheci alguns rostos no meio da multidão, pessoas que faziam parte do meu fan clube oficial e sempre me seguiam.

Caminhei até onde os fotógrafos estavam e estanquei. As vezes eu fazia umas caretas, ou alguém me contava uma piada pra me fazer gargalhar, e os flashes continuavam me cegando. Vi de relance quando meus primos chegaram e também se encaminharam para as fotos. Andei todo o corredor de fotografia e por fim pude me dedicar aos fans.

– Bella!

– Bella, eu te amo!

– Deixa eu te abraçar!

Eram as coisas que eu escutava. Tirei várias fotos com eles, dei muitos autógrafos e muitos abraços. Ri com as coisas que eles contavam sobre como fizeram para chegar ali.

– Hey, Annie. – cumprimentei a fan que eu já conhecia.

– OMG, Bella, você está linda! – ela me puxou para um abraço.

– Obrigada!

– Me dá um autógrafo? – ela pediu com a carinha de anjo.

– Mais um? Quantos você já tem?

– Ah, mas cada um é de uma ocasião diferente. Esse vai ser meu décimo oitavo. – neguei com a cabeça, ela era doida. Enquanto assinava, senti uma mão possessiva em minha cintura. Virei imediatamente pra dar de cara com Edward. Eu já ia abrir a boca para questionar sua atitude, quando ele sussurrou em meu ouvido.

– Calma, só vim te chamar pra ir tirar fotos com a gente.

Assenti e me despedi da plateia. Observei que algumas pessoas olharam de uma maneira diferente para Edward, mas não quis me preocupar com o significado do olhar deles. O segui até onde estavam Alice e Jacob e nos posicionamos para as fotos. Eu entre os homens e Allie do lado de Jake.

De vez em quando eu sentia o aperto das mãos de Edward em minha cintura e me segurei muito para não reclamar ali mesmo. Parece que ele queria dar o que falar aos jornalistas de plantão. Logo a produção os tirou dali e os substituíram por Corin. Há! Se Edward imaginasse que tinha sido ele o colega que eu fiquei... Tiramos mais fotos com o resto do elenco e eu me dirigi até onde as entrevistas seriam feitas.

– Bella! Bella! Aqui! – fui até um repórter qualquer e esperei pelas perguntas.

– Boa noite! – cumprimentei.

– Noite. Bella, fala pra gente como foi trabalhar de novo com Corin.

– Corin é um amigo de longa data. Já havíamos contracenado antes, logo, nossa interação foi mais fácil, e a química que nós temos também ajuda pro trabalho ser melhor executado.

– Como foi gravar a cena de sexo? – fiquei vermelha na hora.

– Ah, foi meio tenso. Justamente por Corin ser meu amigo, eu não conseguia fazer. – menti, eu ficava com vergonha pois já havia feito aquilo com ele em tempos passados.

– Mas o fato de ele ser seu amigo não deveria ajudar?

– Deveria, mas em relação a essa determinada situação, não ajudou. Nós ríamos o tempo todo, demorou um dia inteiro pra cena sair. Ralph, - que era o diretor do filme. – nos odiou aquele dia. – eles gargalharam.

– E qual foi a cena que você mais gostou de fazer?

– Sem dúvidas foram as cenas do zoológico. Foi mágico. A interação com os animais e tudo. No laboratório, eu passei mais de um mês indo ao zoo todos os dias. Participava de todas as tarefas e eu realmente aprendi muito. Minha personagem é uma veterinária, nada mais justo que eu agir como ela.

– Isabella, - uma outra repórter chamou. – como são seus preparos para os filmes?

– Eu gosto de ser muito intensa. Em One Last Love, eu interpretei uma veterinária. Pra adentrar 100% no personagem, eu vivi a vida de um vet dentro do zoo. Em Eternal Flame, eu era uma drogada, então passei a frequentar clínicas de reabilitação. Eu acho que esse laboratório que me ajuda na minha atuação, pois eu vivencio tudo ao extremo.

– Hey, Bella, é verdade que você está frequentando um nutricionista? – suspirei, era agora que as perguntas particulares começavam.

– Sim, é verdade.

– Por quê?

– Nos últimos meses aconteceram muitas coisas na minha vida, e eu acabei me descuidando com a minha alimentação. Perdi alguns quilos e agora estou recuperando.

– E que coisas foram essas? – mas que petulante!

– Acho que eu não preciso responder, né? Afinal, vocês sabem tudo sobre a minha vida. – o repórter pareceu meio enraivecido com a minha resposta.

– Bella! – uma mocinha chamou. – Hoje seus primos vieram com você.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Sim. Minha família me apoia muito e o fato de eles estarem aqui hoje só confirma isso.

– Ouvi dizer que sua avó, dona Eleanor Higginbotham, não gosta da sua profissão. – puta que pariu, ouviu quem dizer?

– Minha avó sempre quis que eu fosse médica, e quando eu decidi me tornar atriz, ela não aprovou muito. Mas também ela é a única, todos os outros me dão toda a força que eu preciso. – alfinetei mesmo. Eleanor que se explicasse com a mídia por negar a carreira bem sucedida da neta. – Alice sempre vai a eventos comigo, ela é como uma irmã.

– E Riley? Vocês dois declararam que seriam amigos, ele não deveria estar aqui com você? – agora eu me estressei de vez com essa mulher.

– Me diga você. Apesar de se tornar meu amigo, é recente o nosso término, e eu acho que essa distância por hora é mais saudável pra nós.

– Bella, numa reportagem, a apresentadora Renata Goslin levantou suspeitas sobre seu namoro com Riley e o motivo do fim de vocês. O que você tem a declarar? – ótimo, essa seria minha chance de falar um pouco dessa vadia.

– Isso é um assunto que me incomoda um pouco, sabe? Essa mulher, Renata Goslin, tenta me destruir desde o início da minha carreira. Já perdi as contas de quantas mentiras ela já inventou ao meu respeito, de quantos boatos já espalhou por aí sobre a minha integridade. Sei que sou uma pessoa pública e que o quê acontece comigo chega aos ouvidos de todos, mas a vida é minha e só eu tenho o direito de vivê-la. Ultimamente, parece que ela vem se esforçando mais e mais pra conseguir algo contra mim. Primeiro ela inventou toda aquela história de que eu havia traído Riley, até me incriminou com fotos com o próprio Riley. Por coincidência, o nosso término foi justo quando essa confusão aconteceu, dando a entender que esse tinha sido o motivo para o nosso fim. Pior, ela ainda tenta colocar a minha família na situação para maximizar as consequências. Eu já disse e repito: essa mulher é uma sensacionalista aproveitadora. Sempre pega o nosso fraco e transforma no forte dela. Se isso é profissionalismo, se fuxicar e especular a vida das pessoas é profissionalismo, eu estou fazendo algo muito errado na minha profissão. Eu mesmo sei de muita coisa que ela já fez por aí e nem por isso eu me meto num programa e conto para todo o país. Para mim, essa mulher já deveria ter sido despedida há muito tempo e é só. Boa noite!

Saí dali de encontro aos meus primos que estavam próximos a entrada do teatro. Entramos e sentamos, Jacob, Alice, eu e Edward.

– Está tudo bem? – Ed questionou baixinho.

– Aham. – as luzes do cinema se apagaram e uma gravação do diretor do filme parabenizando os atores começou. Edward trouxe sua mão até a minha e entrelaçou nossos dedos. Olhei pra ele no mesmo instante que ele me mirou, seus olhos brilhavam com a pouca luz emitida da tela, seu sorriso perfeito estava lá.

Dei uma olhada no local, as pessoas ao nosso redor estavam entretidas com qualquer coisa que não era nós dois, e estava escuro também. Aproximei-me de Edward e colei meus lábios aos dele num selinho. Então se fez um clarão e eu me afastei dele rapidamente e percebi que havia sido um flash.

PUTA QUE PARIU.