Meu Primeiro Amor Impossível

Preocupações II


Fiquei sentada ao lado dele na cama por um tempo indeterminado. Troquei novamente o adesivo para febre, o cobri e sai do quarto silenciosamente. Fui à cozinha ver se tinha algo para ele comer, e não tinha quase nada.

Liguei para minha mãe e expliquei a situação. Ela me ajudou a fazer uma lista básica de alimentos e disse que iria passar aqui mais tarde para trazer uma muda de roupas e preparar uma canja de galinha, o que iria fazer bem para Noah.

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Eu raramente levava minha carteira para a escola, mas agradeci a mim mesma por tê-la pego naquele dia. Fui rapidamente ao mercado, comprei o que minha mãe disse e voltei para a casa de Noah. Organizei a compra e fui ver como ele estava. Sua febre tinha abaixado um pouco, mas ele estava suando bastante.

– E agora? – Me perguntei. Eu não sabia o que fazer. Pensei em ligar para minha mãe, mas ela estava no trabalho e eu não podia ficar atrapalhando.

Eu pensei e pensei, e como nada vinha na minha cabeça, decidi procurar no Google. Acessei a internet no celular e encontrei algumas coisas interessantes dizendo que, “se o paciente está suando, isso é bom, pois sua temperatura corporal está abaixando”. Uma dica que o site deu foi de usar roupas de algodão, o que iria reduzir a sensação de desconforto.

Procurei nas gavetas do Noah alguma blusa de algodão e achei várias, só que... Só então me deparei com um “problema”.

Eu teria que despi-lo.

– Ele não vai ligar, né? Eu acho que não. Eu espero que não. E também, eu já vi meu pai várias vezes, não deve ser diferente. Só vou tirar a parte de cima. Não preciso tirar embaixo, né? Não preciso, isso mesmo... Mas... – Eu estava envergonhada.

– L-Lena?

– A-Aahh, desculpa. Eu te acordei?

– Não, vem cá. – Disse ele deitado.

– Como você se sente? – Fui até ele e me sentei ao seu lado.

– Como se um trator tivesse passado por cima de mim. – Sua voz continuava fraca.

– Era de se esperar... – Passei a minha mão pelo pescoço dele, enxugando o suor. – Noah, você consegue se sentar? Vou te ajudar a trocar de blusa.

– Huum, danadinha. Você queria tirar minha roupa enquanto eu estava dormindo, não é?

– O-O que?! Eu nunca fa...ria...isso...

– Oh, meu deus. Tem uma moça querendo abusar de mim... Socorroooo... – Disse ele “encenando”.

–Eii, você ainda não está vivo o suficiente para fazer essas brincadeirinhas.

– Mas estou vivo o suficiente para te ver. Isso basta para mim.

– Mas não para mim. Vamos trocar logo essa blusa... – Eu disse envergonhada.

Ajudei ele a sentar e a tirar a blusa. Nunca achei que eu fosse pensar em algo assim, mas “MEU DEUS, QUE CORPO”. Era definido, mas não exagerado... A criação perfeita! Eu não iria me surpreender se ele dissesse que era modelo, porque com esse corpo... Céus, até eu seria.

Saindo dos meus pensamentos, agi completamente “normal”. Coloquei a blusa suada dele de lado e o ajudei a vestir a de algodão branca. Ele estremeceu.

– Está realmente frio aqui.

– É por causa da febre, logo vai passar.

– Mas eu estou com frio. E você é a responsável, então...

– O-O que?

Ele me puxou para si e deitou. Meu rosto estava apoiado em seu tórax e ele me abraçava de forma gentil. Estávamos deitados juntos.

– Então você vai ter que me esquentar.

– O-O que v-você e-e-está f-fazendo?! – Meu coração estava acelerado.

– Se acalme, eu não vou te morder. Você que é a vilã aqui, Lena. – Sua voz era gentil.

– Mas...

– Não se preocupe, não estou em condições de fazer nada contigo. Só fique comigo... Um pouco.

Ele estava doente e com frio. Se eu me mexesse muito, poderia machuca-lo. Desisti de fugir antes mesmo de tentar. Controlei minha respiração e fui me acalmando. Eu confiava nele.

– Está bem... Mas pelo menos, me deixe cobri-lo.

Ele me soltou e eu ajeitei a coberta sobre nós dois. Deitei ao seu lado e, novamente, ele me puxou para si. Eu podia sentir sua respiração, seu coração e seu calor. Estávamos tão próximos que dormir seria uma missão impossível para mim.

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Já que dormir não era uma opção no momento, decidi pensar. “Como ele ficou doente? Por que ele está sozinho em casa? Será que ele mora sozinho? Ele come fora? Ele se alimenta bem? Ele dirige? Ele trabalha?...” Me fiz várias e várias perguntas e nenhuma delas eu sabia a resposta.

Não sei se foi porque embaixo do cobertor estava quentinho ou porque eu estava cansada, mas acabei caindo no sono.