Meu Gêmeo Favorito

O Pesadelo


Pov. Duncan

Mal acordei e Percy e Annabeth já queriam explicações sobre o meu desmaio. De acordo com Percy, se eu continuasse a desmaiar iria tomar o posto de Bela Adormecida de Jason. Depois de eu explicar o ocorrido, todos foram se deitar, até porque já estava tarde e amanhã sairíamos em busca de alguma pista dos deuses.

O meu casal favorito, vulgo Percy e Annabeth ficaram no único quarto de visitas do apartamento, enquanto eu continuei no confortável sofá da sala.

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Acabei por estar sem sono e resolvi ligar a televisão. Estava passando The Big Bang Theory. Comecei a devanear sobre como era bom passar as madrugadas assistindo séries. Mas agora descobri que sou um semideus...

Sou tirado dos meus devaneios por um grito. Levanto imediatamente do sofá, jogando as cobertas no chão. Corro em direção ao grito. Paro em frente à porta do quarto da Arabella. O que será que houve? Vai ver às vezes tem uma barata lá dentro e ela é voadora...

Abri lentamente a porta e o quarto estava completamente escuro. Ok, nada de baratas. Quando me acostumei com a escuridão, pude distinguir a figura de uma menina sentada na cama abraçada aos joelhos soluçando.

Cheguei mais perto e tateei o criado-mudo em busca de um abajur. Achei e o acendi. Sentei-me na beira da cama e assim que me viu, Arabella desandou a chorar mais. É... Com certeza o problema não era uma barata voadora.

— Calma, calma – pedi pegando em seus braços – o que aconteceu? Ouvi um grito.

— Tive um sonho. – Murmurou ela entre soluços – Tenho esse todos os dias, há dois anos.

— Um sonho? Está mais pra pesadelo, não? – falei

- Um pesadelo, com certeza. – afirmou

— Quer contar pra mim? – perguntei

— Eu não consigo. – disse soluçando – Só sei que você sempre está e uma mulher aparece da terra e depois você... Morre...

Parei por um momento. Com uma mulher da terra? E eu morro? Essa mulher só poderia ser Gaia. E se tiver alguma coisa haver com a deusa, ela corre grave perigo. Mas o quê raios Gaia quer com ela? Eu vou descobrir. Ou não me chamo Duncan. Fui despertado de minhas suposições por um soluço alto da loira.

— Não é real. – falei erguendo seu rosto e enxugando as lágrimas – Eu estou aqui. E não vou morrer tão cedo. – E em seguida a abracei

Comecei a acariciar o topo de sua cabeça e quando achei que ela tinha se acalmado e adormecido, a deitei na cama novamente e cobri-a.

— Pode ficar aqui comigo? – Arabella perguntou assim que eu encostei a mão na maçaneta – Por favor?

— Claro. – respondi

Deitei-me em sua cama e a puxei para se deitar em meu peito.

— Você já sabe, mas – sussurrou – Eu te amo.

— Eu sei mesmo – respondi rindo – E eu também te amo.

Estiquei-me com cuidado, apaguei o abajur e logo apaguei também.

[...]

Acordei e Arabella havia sumido do quarto. Olhei para o lado e o relógio marcava onze horas. Todo mundo já devia estar acordado. Annabeth devia estar furiosa comigo, pois a mesma queria que acordássemos cedo para procurar pistas, afinal São Paulo é uma cidade gigantesca. Ela deve estar tendo um ataque. Vai ser engraçado. Não, espera... Não vai ser engraçado se ela me encher de porrada. É. Definitivamente não é engraçado ela me encher de porrada. Ri com meus próprios pensamentos e levantei.

Me preparei para a bomba e entrei na sala. Mas não havia ninguém lá. Resolvi verificar se Annabeth e Percy ainda estavam dormindo. Quando me virei, a porta da sala abriu e o casal mais adorado do mundo adentrou o apartamento.

— Bom dia irmaozão! – exclamou Percy

— Bom dia casal! – respondi

— Hoje não é um bom dia. – disse Annabeth – Não achamos nenhuma pista sobre os deuses e fora que o senhor não acordou pra nos ajudar.

— Desculpa? – falei inseguro

— Posso saber o que aconteceu? – a loira indagou – Você não estava no sofá.

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— Foi porque eu dormi com Arabella – murmurei

— Aaaaah safadão! – berrou Percy

— Não é nada disso, idiota. – defendi-me – Ela só teve um pesadelo e eu fui lá acalmá-la.

— Qual o lance ente vocês? – perguntou Annie – E que tipo de pesadelo?

Então expliquei todo o lance que Arabella era minha fã e se apaixonou logo quando me viu, isso faz três anos, contei de como ela sofreu e tentou se matar quando os pais morreram em um acidente de carro e eu era a única coisa que prendia ela no mundo. Acabei criando um laço com ela. E contei finalmente do sonho dela e de minhas suposições sobre Gaia.

— E falando em Arabella, cadê ela? – Percy quis saber

— Acabei de acordar e não a vi. – respondi

— Estranho... – disse Annabeth – Ela saiu junto com a gente e, isso foi oito da manhã, ela disse que só iria comprar pão e voltava.

— Já faz três horas que ela foi comprar pão. – disse Percy – Padaria movimentada essa ein.

— Para Percy. – a loira repreendeu – E se tiver acontecido algo grave? Precisamos ir atrás dela.

— Mas você sabe qual padaria ela foi? – perguntei – Existem milhares espalhadas.

— Não sei. – ela respondeu com raiva. Annabeth odiava não saber de algo. – Vamos nos dividir, vamos a todas as padarias por perto.

— Vai com calma Loirinha. – falei – Vou achar ela rapidinho.

— Como? – indagou Percy

— Ela deve ter levado o celular, – comecei – vou rastreá-lo.

— Você não devia estar usando celular, vai atrair monstros. – reclamou Annabeth

— Como exatamente você vai fazer isso? – perguntou Percy ignorando Annabeth

— Fiz umas paradas e ele não atrai mais monstros, Annabeth. Se quiser depois, posso fazer o mesmo com o seu. – falei respondendo Annabeth – E Percy, digamos que eu manjo das coisas.

Tirei o aparelho do bolso, nem tinha percebido que eu havia dormido com ele. Consegui rastreá-la e acessar sua câmera. A tela ficou toda preta.

— Droga! – grunhi – O celular deve estar no bolso dela. Espera... Tem alguém falando.

“Seus amigos não podem te achar, é impossível” disse uma voz abafada já que o aparelho estava dentro do bolso. “Mas nós sabemos onde encontrá-los, então é melhor colaborar, ou eles sairão gravemente machucados”

A única coisa que a voz não sabia era que eu tinha a localização exata deles.

— Ela está no Teatro Municipal. – falei – Mas a pé é muito longe. Droga!

— Eu peguei seu carro de volta. – disse Percy – Catei as chaves de você e Annie e eu voltamos e o recuperamos.

— Você é dez. – falei – Vamos? Temos uma criança de vinte anos para regatar.