Meu Gêmeo Favorito

Encontro no Starbucks Acaba em Tiroteio


Pov. Percy

— Trouxe um chá pra você, Annabeth. – disse minha mãe depositando a xícara em cima da mesinha.

Annie que estava deitada em meu colo levantou-se e tomou um gole.

— Obrigada, Sally. – agradeceu ela.

— De nada querida.

— O que vamos fazer? – perguntei

— Eu não sei. – disse Annabeth suspirando

— Eu vou atrás dele. – pronunciou-se Arabella

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— Não! É muito perigoso. – falei

— Eu sei, mas eu preciso... Tem razão, não conseguiria me defender se fosse atacada por diversos monstros – disse com uma cara triste.

— É tudo culpa minha. – murmurou Annabeth

Pov. Duncan

Estava no Central Park, deitado na grama. O carro estava amassado em algum lugar por aí, mas quem liga? Estava com um corte na testa, mas quem liga? Quem liga quando pessoas que você ama podiam ter morrido por uma simples bobagem de uma estúpida filha de Atena? Quem ela pensa que é? Que raiva!

Estava xingando mentalmente Annabeth quando uma grande sombra pairou em mim.

— Quem é e o que quer? – perguntei de mal humor.

— É assim que você trata as pessoas? – indagou.

— Se for a Annabeth sim. – respondi ainda de olhos fechados.

— Sente-se – ordenou.

— O que exatamente você quer? – abri os olhos – Reyna? O que está fazendo aqui?

— Bem, eu te mandei uma M.I. e vi você aqui deitado parecendo um zumbi – disse ela – Então pedi pra Cipião me trazer aqui. Mas senta aí, vamos limpar esse sangue na sua testa enquanto você me explica o que aconteceu.

Então eu disse que enquanto estava dirigindo furei algumas preferenciais e sinais vermelhos e, em uma dessas vezes, um caminhão atingiu o carro, viajei nas sombras na hora, o vidro estourou e ainda sim um caco conseguiu atingir minha testa.

De repente, comecei a ser estapeado pela morena a minha frente.

— Seu, seu... Idiota – disse em meio aos tapas – Você podia ter morrido, sabia? Idiota, idiota, idiota, idiota...

— Já entendi, okay? – falei segurando seus pulsos – Desculpa tá?

— Só desculpo se você for falar com a Annie, você está errado, sabe disso.

— Mas ela também está errada... – protestei fazendo um bico

— Está, mas ninguém liga. – disse ela – Agora vamos.

— Espera, que tal a gente... Sair? – perguntei olhando pro chão.

— Sair? Tipo pra onde?

— Que tal ir algum lugar legal pra comer alguma coisa, - sugeri – depois voltamos pro apartamento...?

— Isso é um encontro? – perguntou ela curiosa

— Talvez. – falei e peguei em sua mão – Vamos.

Saímos do Central Park, ah como eu adorava aquele lugar, e caminhamos algumas quadras até achar um Starbucks, entramos e sorte nossa que estava meio vazio. O que eu menos precisava naquele momento era ser reconhecido. Tarde demais, eu e minha boca grande.

— Ah meu Deus! É o Duncan! – gritou um garoto que devia ter minha idade – Posso tirar uma foto?

— Err... Claro. – como eu podia negar? – À vontade.

O problema é que me menos de dez minutos, o estabelecimento lotou de pessoas e eu simplesmente não conseguia conter a multidão. Como queria que meu agente estivesse aqui, falando nele, pobre James, devia estar maluco desmarcando tantas apresentações. Eu espero que quando tudo isso acabar eu possa voltar a minha carreira.

— Calma gente. – falei – Não se empurrem, por favor.

A cada segundo parece que as coisas só pioravam. O gerente do local inclusive estava no bolo de pessoas, tentando contê-las? Nope. Estava tentando chegar perto pra uma foto. As coisas foram de mal a pior quando repórteres adentraram o recinto com suas grandes câmeras e abrindo espaço entre as pessoas.

— Estamos aqui no Starbucks da Quinta Avenida, - começou a falar um repórter muito parecido com o presidente pato Donald Trump – com o grande astro da música, Duncan Harrison, acompanhado de sua nova namorada, qual o nome dela Duncan?

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— Éééé... – respondi – Na verdade...

— Qual o motivo do cancelamento repentino dos shows? – Disse outro jornalista me cortando.

— Meu agente, James, vai fazer um pronuncia...

— Todo mundo pro chão! – disse uma voz grave de repente – Agora!

Ouvi um barulho de estouro muito alto e logo percebi que era um tiro. Pessoas começaram a gritar e se desesperar.

— Todo mundo parado! – berrou o meliante mascarado – Meu assunto é com esse cara aí, Duncan.

Pov. Percy

Mais ou menos duas horas depois do incidente de Duncan e Annie, minha mãe veio correndo na sala e parecia desesperada.

— Liguem a TV, agora! – exclamou ela.

Peguei o controle rapidamente e liguei a televisão. Estava passando uma espécie de confusão num Starbucks.

— Ah meu Zeus! – gritou Annabeth – É o Duncan ali?

— Puta merda! É. – falei – “Astro da música é ameaçado por ladrão armado”

— O que foi que eu fiz? – murmurou Annie – Meu Zeus! Eu sou a pior pessoa do mundo.

— O que você quer? – disse Duncan pela TV.

— Cem milhões de dólares na minha conta, agora! – disse o homem encapuzado.

— Aquela ali é Reyna? – perguntou Arabella assim que viu Duncan cochichar algo no ouvido da morena.

— O que ela tá fazendo aqui? – indaguei

— Shhhh Percy. – chiou Annabeth

— Olha, - começou meu irmão a dizer e se aproximar lentamente do homem – Aqui eu não tenho esse dinheiro, mas a gente pode resolver isso em outro lugar, sem ter tantas pessoas em volta, pode ser?

Observei Reyna no cantinho da tela se esgueirando lentamente para trás do meliante.

— Eu não sei, - disse o homem – preciso de garantia. Ei, o que está fazendo? – perguntou o homem quando viu Reyna.

Ele apontou a arma para ela e apertou o gatilho, só pude ver um borrão pulando em frente à ela e a empurrando para trás. Vi um corpo caído no chão com uma poça de sangue em volta dele. Observei o olhar chocado de todos na sala. O corpo era de Duncan.

— Meu Deus! – gritou minha mãe – M-mas o que...?

— Precisamos ir lá rápido. – Disse Arabella me tirando do transe em que me encontrava.

Então eu, Annabeth, Arabella e minha mãe saímos correndo quase imediatamente para fora do apartamento. Entramos no carro de Paul que acabara de estacionar e estava com uma cara de confuso. Explicamos por cima a situação para ele, que disparou a correr pelas ruas de New York.

Chegando ao estabelecimento, havia uma grande confusão por todos os lados, policiais pra lá e pra cá, equipe médica e é claro, um bando de curiosos tentando ver o que acontecia. Reyna que estava falando com um policial, nos avistou e veio correndo até nós.

Annabeth deu um passo à frente e a abraçou com força.

— Foi tudo culpa minha, - disse Reyna fungando – se eu tivesse sido mais rápida e mais discreta, Duncan estaria bem.

— Não diga isso – respondeu Annie – nada disso é sua culpa, entendeu? Mas agora preciso que me responda, pra onde levaram ele?

— Hospital Saint John, não me deixaram ir junto na ambulância, me fizeram dar depoimento para a polícia...

— Está tudo bem, querida. – falou minha mãe à Reyna – O importante é que sabemos que Duncan está em boas mãos e sabemos onde está.

— Para o hospital então? – perguntou Paul – Vamos!

No caminho para o carro pude ver o quanto de sangue Duncan perdeu. Espero que ele fique bem, ele é forte mas o tanto de sangue que ele perdeu... Melhor nem pensar nisso.