Tragédia

Aos poucos foi dando oito horas e quando deu oito e meia nós nos decidimos e Eric nos levou para perto do lugar onde logo em frente estavam três seguranças enormes de terno preto conversando vagamente.

-Ok, e agora como nos livramos daqueles caras enormes? –Perguntou uma Priscilla nervosa e aterrorizada morrendo de medo.

-Eu tive uma idéia. –Disse Gabriella um sorriso travesso no rosto.

Gabriella foi até o banheiro e quando voltou estava com uma macha vermelha na testa e lagrimas nos olhos e se dirigiu aos seguranças aos prantos...

-Moços me ajudem! A-a-a Minha irmã tava estacionando ai uns, uns caras vieram e estão batendo nela! –Disse ela puxando dois enquanto o outro a seguia-os, todos chocados com o que a menina dizia, segurei o riso, a Gabriella deveria ser atriz!

-Impressionante! –Disse Henrique enquanto nos dirigíamos a entrada do prédio.

Encarei a todos e então respirei fundo era tudo ou nada!

-Vamos ficar de olho. –Disse Stefanie sorrindo.

-Eu sei que vão. –Suspirei com medo de algo dar errado. –Qualquer coisa estranha que eu disser ou se eu mandar fugir e chamar a policia, não percam tempo, ouviram? É a minha vida que esta em jogo, e eu não vou morrer aqui! –Falei enquanto eles afirmavam positivamente com a cabeça.

Entrei e tive que me esquivar de varias pessoas que saiam, por sorte não fui visto e então peguei o papel que Eric me deu e segui as instruções.

Cheguei a um corredor escuro iluminado por uma luz fraca então fui em direção a sala de onde esta vinha e antes de entrar respirei fundo; entrei e logo avistei Dennis sentado em uma cadeira de couro mexendo no computador a sua frente com um sorriso de satisfação quando me viu sorriu sadicamente.

-Ora, ora, o que faz aqui Dominik? –Perguntou ele falsamente surpreso.

-Vim te ver, minha mãe disse pra eu avisar pra você que ela esta aqui e que vamos jantar no shopping. –Menti calmamente.

-Entendo. –Disse ele.

-Você sabe? Eu pensei em dizer pra ela que você me bateu, mas eu não tenho certeza se conto... –Falei despreocupadamente e apertando o botão do gravador disfarçadamente.

-Ora, Dominik se eu fosse você não faria isso com seu novo papai... Ou se não vai levar não só um soco como antes e sim vários moleque da língua afiada. –Pronto! A primeira já foi agora só falta à segunda confissão, essa vai ser difícil, mas eu tenho que conseguir...

-Não fique bravo comigo, eu só estou curioso... –Banquei o inocente.

-Curioso com o que? –Perguntou ele aconchegando-se a poltrona.

-É que você me disse que não tinha emprego quando eu apostei. –Falei encarando-o tentando manter-me calmo.

-Queria te irritar moleque... Nesse mundo não se vive sem emprego... –Disse ele mexendo no computador.

-O que está fazendo? –Perguntei enquanto ele ria.

-Sua mãe disse para enviar um dinheiro para a conta dela, então me deu a senha de sua conta para fazer isso, ela confia plenamente em mim. –Disse ele rindo enquanto eu imaginava como minha mãe era boba às vezes, ela nem conhece o cara e faz isso.

-Por que esta sorrindo assim? –Perguntei sabendo a resposta.

-Simples, agora eu passei todo o dinheiro dela para a minha conta, eu não imaginava que fosse tão simples e fácil enganar aquela mulher e o bom é que eu nem precisei casar-me com ela para dar o golpe! –Ele ria enquanto eu ria por dentro agora estava feito.

-Eu vou contar! –Falei ameaçando-o.

-Se você fizer isso ela não vai acreditar além de que eu não vou gostar de bater em criancinhas Dominik. Então seja um bom menino e diga a sua mamãe que não poderei jantar com ela hoje a final vou estar muito ocupado arrumando minhas malas. -Disse

-Esta bem. –Falei fingindo desistência e me retirei, já estava no corredor todo feliz por ter conseguido quando...

-Ah! Esqueci-me de perguntar Dominik. –Me virei para encará-lo deparando-me com ele frente a sua sala, virado em minha direção com um revolver apontado para mim, tremi de medo. –O que está no seu ouvido? –Depois da pergunta um disparo que quase me acerta, comecei a correr e correr loucamente descendo as escadas rapidamente e pressionando o aparelho.

-Machadinho! Stefanie! Chamem a policia! Ele quer me matar! –Gritei enquanto tropeçava na escada e quase caia ouvindo tiros e mais tiros e só pensava em aonde fui me meter, sai do prédio como louco e vi expressões assustadas de meus amigos. Amigos? É sim eram meus amigos que estavam ali! –Corram! Ele quer nos matar! –Ouvi gritos e logo todos nós estávamos correndo pelo shopping atraindo olhares das pessoas que passavam como borrões e começavam a correr, pois mesmo ali naquela área movimentada Dennis não para de atirar! Ele era louco! Mas quem sou eu pra falar? Como me meti naquela fura? Há! É mesmo ele queria casar com a minha mãe e dar o golpe! Tanto faz! Eu só não quero morrer ainda! Conhecer a morte com essa idade? Nunca não vou desistir!

Saiam lagrimas de meus olhos pude senti-las apesar do medo e por correr o máximo que pude; quando vi estávamos todos do lado de fora uma garoa fina caia.

De repente tropecei e cai com tudo, olhei para traz e vi Dennis atrás de mim pronto para atirar, me encolhi e fechei meus olhos tapando os ouvidos como se fosse ajudar, bem que dizem que antes de morrer sua vida passa bem diante dos seus olhos, a minha passou, o tiro veio e acertou em meu peito não me lembro de mais nada...