Mentora Russa

"Adeus loirinha" uma vírgula!


– Aquele russo mesquinho! Soviético de beco! Ele não tem ideia de com quem está lidando! Ele vai pagar caro por isso! Se ele queria uma guerra contra a SHIELD, ele conseguiu! Vão ver só! A morte de Helena Carter será vingada! – Coulson esbravejava. Eles estavam no carro seguindo pela estrada que dava pra pista de jatos.

– É. Eu gostava de dar aula pra ela. Era boa aluna. – Ward concordou em tom calmo enquanto dirigia. – Pena que ela morreu. Vai fazer falta pra muita gente...

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De repente, algo cai em cima do capô do carro os assustando e Ward freia na hora. Eles desceram do carro assustados. O capô estava amassado e saía um pouco de fumaça, mas tinha um corpo no chão. Logo reconheceram.

– Mas o quê? – Coulson falou assustado. Se aproximou, e a olhou examinando-a.

– É assim que eles “dão um jeito”? eles simplesmente jogam os corpos dos agentes mortos ladeira a baixo? Que tipo de agência é essa? – Ward perguntou indignado.

– O do tipo muito estúpida, e bruta. – Phil sussurrou espantado. Ele olhou pra Ward com os olhos arregalados. – Ela está viva.

Ward ficou meio pasmo.

– Precisamos levar ela daqui, antes que venham atrás de nós. – Ward falou se aproximando. A tomou nos braços e a colocou dentro do carro. Ele conseguiu fazer o carro rodar até chegar na pista. Entraram num grande avião. Entraram num laboratório onde dois jovens faziam algumas pesquisas. Os dois pararam ao vê-los.

– O quê aconteceu? – a garota perguntou.

– Não, sabemos, Simmons. Ela precisa de ajuda. – Ward respondeu.

– É a agente Carter? – o jovem loiro perguntou.

– É sim, Fitz. – Coulson respondeu enquanto ele arrumava uma maca improvisada pra colocarem ela. - Precisamos aquecê-la. Ela pode ter uma hipotermia.

Ward a colocou na maca.

– Eu vou preparar o avião pra decolar. – ele falou e saiu.

– Jemma, checa a temperatura e os batimentos cardíacos. Eu vou preparar uma cama na ala de exames. – Fitz falou para Simmons que concordou. Ele saiu da sala.

– Ela reagiu ao soro. – Simmons falou checando os batimentos cardíacos e a temperatura.

– Levou um tempo. Pensamos que estava morta. O coração tinha parado. – Coulson falou observando a jovem que estava inconsciente. – Ela é mais forte que imaginávamos. Já tinha o soro em seu próprio DNA. Com essa dose, que foi significativamente maior...

– Pode ser que tenha aumentado suas habilidades, ou pode ser que não haja mudança alguma. – Simmons completou. – Vamos ter que fazer alguns exames pra saber. – ela falou, o termômetro apitou, ela tirou e arregalou os olhos. – Mas, primeiro precisamos aquecê-la. Leo!! – ela chamou.

– Tragam ela aqui! – Fitz chamou da porta.

– Então ajude, oras! – ela retrucou. Ele correu até eles e ajudou Coulson a carrega-la até o laboratório. Eles a colocaram numa maca que Fitz preparou. Cobriram-na com cobertores, e Fitz virou as lâmpadas de luz amarelas sobre Lena pra ajudar a aquecê-la.

Simmons tirou uma amostra de sangue e Phil saiu dizendo que iria ajudar Ward. Fitz fez o check-up.

– Meu Deus! – Simmons exclamou assustada. – Leo, cuida dela, que eu já volto! – ela falou se levantando e saindo com o frasco com o sangue de Lena.

– Tá. – Fitz concordou a observando sair. Suspirou se aproximando de Lena que ainda estava inconsciente. Pousou a mão na testa dela. Sua temperatura já voltara ao normal. Desligou as lâmpadas de luz amarela. Notou que ela tinha um corte na lateral de sua testa, e outro na maçã de seu rosto. E estavam sangrando. Ele pegou uma gaze e umedeceu no soro e começou a limpar a ferida na testa dela.

Ficou um tanto admirado. Como uma menina tão jovem, pode aguentar tanta coisa? Ele fez um curativo em sua testa, mas ao tocar com a gaze na maçã de seu rosto, Lena segurou-lhe o pulso o assustando, e ele deu um berro.

Lena abriu os olhos cor de esmeralda lentamente.

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– Te assustei? – ela falou. Ele abriu a boca pra responder, mas não saiu som algum.- O que estava fazendo? – ela perguntou.

– Você... você estava com o... o rosto machucado e... e sangrando, então, eu só... só estava... limpando. – ele gaguejou. Lena o olhou desconfiada, mas sabia que ele não era má. Ela o soltou e ele suspirou aliviado.

Lena se sentou, mas gemeu ao sentir seus músculos e seus ossos doerem.

– Você... você é Helena, né? – ele tentou puxar conversa. – Você está bem?

– Não, tá tudo bem. Só meus ossos, meus músculos e meus órgãos já eram. – ela brincou fazendo uma careta de dor. Fitz riu. – Por que meu corpo dói como se eu tivesse servido como um saco de pancadas pra um troll nervoso? – ela perguntou.

– Bom, de... deve ser um efeito colateral do soro, ou também, porque você rolou de um morro e destruiu o capô do carro do Coulson com seu corpo. – Fitz deu de ombros.

– Bom, saber. – Lena concordou. – Sou sim. Helena Carter. – Lena respondeu com um pequeno sorriso.

– Sou Fitz. Leo Fitz. – Fitz se apresentou sorrindo.

– Fitz! É incrível! Os glóbulos brancos! As células! O nível de imunidade! – Simmons entrou na sala com alguns papeis nas mãos. – Ah! Oi. – ela falou ao ver Lena. Lena a cumprimentou com um pequeno aceno.

– Jemma, sabe onde tem analgésico, ou relaxante muscular? A queda no carro do Coulson tá fazendo efeito nela. – Fitz pediu.

– Deve ter na cozinha. – ela respondeu. Fitz deu um sorriso e saiu. – Que bom que acordou. – Simmons sorriu pra Lena.

– Obrigada. O que tem minhas células? – Lena perguntou.

– Como sabe que estava falando das suas células? – Simmons perguntou surpresa.

– Bom, esses exames nas suas mãos, são exames de sangue, e meu braço está meio dormente, e tem esse curativozinho. – Lena cutucou seu braço.

– Bom, é incrível! Suas células queimam 5 vezes mais rápido que os de uma pessoa normal- Simmons falou.- Você não engorda, quando tiver 80 anos, vai ter corpo de 29...

– E não fico bêbada. – Lena completou.

– E seu nível de imunidade é o mais alto que eu já vi! Você não precisa se preocupar com vírus transmissíveis pelo ar, ou qualquer outra coisa. Câncer, tumores, aidis... nem nada! Você não pega nem resfriado. – Simmons falou.

– E... poderiam usar meu sangue pra... antídotos ou vacinas? Até, pra achar a cura pra vírus como HIV, ou algo assim? – Lena perguntou.

– Eu receio que não. Isso pode acabar matando algumas pessoas. Você não morreu, porque já tinha o soro em seu sangue. Ainda mais, porque esse provavelmente foi um dos primeiros testes. Mas, vai precisar de mais alguns exames pra ter certeza de que você vai ficar bem. – Simmons respondeu.

– Legal. Eu só não entendo uma coisa. – Lena falou pensativa.

– O que?

– Minhas células. Queimam 5 vezes mais rápido. Mas, a do meu avô, queimam 4. E eu só tinha o soro em meu DNA, por causa dele.

– Bom, sua dosagem foi significativamente maior. Então, aumentou algumas de suas habilidades. – Simmons explicou. Lena concordou compreendendo.

– E reforçou o que eu já tinha. – Lena completou.

– Isso. – Simmons concordou.

– É uma excelente bio-cientista. – Lena elogiou.

– Como...

– Não é difícil adivinhar. – Lena falou indicando o laboratório. Simmons riu concordando.

– Sou Simmons. – ela se apresentou estendendo-lhe a mão.

– Carter. – Lena apertou.

Fitz entrou na sala com um comprimido e um copo de água.

– Aqui. É analgésico. – Fitz lhe entregou, Lena agradeceu e tomou. Já podia sentir o efeito do remédio quando Coulson entrou na sala. Ele sorriu ao vê-la.

– Como se sente? – ele perguntou.

– Viva. – Lena respondeu. Ele riu.

– Acho que isso é seu. – Coulson lhe entregou o bracelete que Lena ganhara de natal. – Se não fosse por isso, jamais teríamos te encontrado a tempo.

– Obrigada. – Lena sorriu pegando o bracelete. Ela apertou a pedra central que era o comunicador. Ouviu o som do teclado de um computador. – Esmeralda pra Cristal. – Lena falou.

“- Aqui é Keys. Identifique-se.” – uma voz conhecida falou com certo tom de ódio.

– Ben. Sou eu. Lena. – ela sorriu.

“- OK. Essa foi boa, Jemma. Pare de zombar disso. Foi ideia do Leo, né?” – Ben falou com tom zangado. Lena lançou um olhar confuso pra Fitz e Simmons que desviaram o olhar.

– Ben, sou eu, Lena. – Lena insistiu.

“- Prove.” – Ben desafiou.

– Deixe de ser besta, garoto! Olhe o respeito! – Lena brigou.

“ – Lena!!!! Não acredito! É você mesmo??? Como???” – Ben exclamou. Lena deu um pequeno sorriso, os outros ficaram, confusos, mas Lena conhecia o amigo melhor que ninguém. “– Disseram que você estava morta! Puxa, os outros não vão acreditar se eu contar!”

– Então não conte. Deixa... deixa eu mostrar. Não conte a ninguém, por enquanto. – ela pediu.

“- Tá. Eu... eu espero você chegar.” – ele concordou ainda meio atordoado.

– Obrigada, amigo. Eu explico tudo pra você quando chegarmos. Mas, e os outros, como eles estão? Sabe, Clint, Frankie, Steve, Natasha, Dani...? – Lena perguntou. Fez-se uma pausa tão demorada, que Lena chegou a pensar que ele tinha desligado. Ela notou que Phil desviara o olhar. – Ben?

“-Não te contaram?” – Ben perguntou com a voz meio seca.

– Contaram o quê? – Lena perguntou. Ao notar a expressão de Phil, ela começou a se preocupar. – Benjamin, o que aconteceu?

“ – Na... na emboscada...” – ele gaguejou, como se não encontrasse palavras.

– O que aconteceu na emboscada? Fizeram alguma coisa com Clint?? – ela se assustou.

“- Não, não. Ele está bem, mas... a... atiraram no Dani.” – Ben contou. Lena sentiu o coração gelar e ficou pálida.

– Ele... ele está bem? Meu irmãozinho... está melhor? A quanto tempo foi? – Lena disparou esperançosa.

“- Lena... ele se foi.” – Ben falou sombrio. Lena serrou os dentes apertou o punho com tanta força, que o copo de vidro em sua mão se esmigalhou.

– Quem foi? – ela perguntou com raiva.

“- Foi um agente da KGB. Um tal de Rayel. Mas, Clint matou ele.” – Ben contou.

– Ótimo. – Lena falou sombria.

“- Lena, sinto muito.” – ele falou.

– Não sinta. Sinta muita pena dos soviéticos de beco. – Lena falou e desligou. Olhou pra Coulson com os olhos brilhando de ódio e dor. – Você sabia disso.

– Sabia. Eu cheguei com a ambulância pra levar o corpo. – Coulson contou.

– E não me contou? – ela perguntou.

– Você acabou de acordar. – ele falou.

– Bom, eu teria que saber uma hora ou outra. – Lena se levantou deu o bracelete na mão dele. Olhou pra Fitz. – Foi mal pelo copo. – ela pediu e saiu da sala.

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– Mas, o que aconteceu? Quem é Dani? – Simmons perguntou. Phil suspirou.

– Daniel, era o irmãozinho da agente Carter. Ela quem passava a maior parte do tempo com ele. – Coulson contou. Simmons cobriu a boca horrorizada.

Lena, ao atingir uma distância considerável da sala, se escorou na parede de um corredor. Sentiu como se tivessem aberto deu peito e espremido seu coração, tamanha dor que sentia. Ela só escorregou lentamente até sentar no chão. Abraçou os joelhos, e pela primeira vez, ela chorou. Chorou como nunca antes. Era de ódio, dor, raiva, e culpa. Não conseguia dizer nada, nem pensar em nada. Apenas chorava.

...

Ouviu-se o som da campainha. A porta se abriu.

– Will. – Frankie falou. O rapaz de cabelos loiros e olhos claros a olhou com paixão e tristeza. Frankie o abraçou e chorou.

...

Lena desolada, fitava o vácuo.

– Russos são uma droga. – ela gemeu com a voz rouca e pesada.

– E alemães são frios. – uma voz conhecia falou ao seu lado a fazendo pular.

– Ward. O que você quer? – ela perguntou. Ele se sentou ao lado dela.

– Coulson acha que eu devia vir falar com você, porque eu sou seu mentor, e você está sofrendo. – ele falou.

– Ele realmente acha que você se importa? – Lena falou irônica. – Você é meu professor, não meu amigo.

– É o que eu penso. – ele concordou. – Mas, ser seu mentor tem lá suas vantagens. Pelo menos eu não tenho que ficar repassando as instruções pra você. Mas, se bem, que eu não levo o menor jeito com crianças.

– Conheço um cara que fala assim. – Lena comentou lembrando de Clint. Ward deu um pequeno sorriso olhando pra baixo.

– Você... quer comer alguma coisa? – ele perguntou. Lena o olhou.

– Pare de fingir, Grant. Você é péssimo mentiroso. – Lena falou.

– Não quero Coulson no meu pé dizendo que eu não tentei. – ele riu se levantando. – Você quem sabe. Não vou oferecer de novo.

Lena deu um pequeno sorriso e se levantou. De certa forma, ela a ajudara. Ninguém mais conseguiria fazer isso de um jeito que funcionasse tão bem.