Um dia você me deu um beijo.

Em outro você me abraçou.

Um dia você partiu.

E o meu amor ficou.

Guardo em minha memória.

Histórias muito românticas.

Histórias alegres.

E histórias distantes do agora.

Um dia você me contou muita coisa.

No outro me esqueceu.

Bravo com a vida.

Pergunto se fui eu.

Em Janeiro você sorriu.

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Em Maio me beijou.

Em Junho nos brigamos.

Em Novembro tudo acabou.

Eu guardo as datas.

Me lembro das horas.

Me lembro de cada palavra.

E do fim que nos esperava.

Por mais que doa.

Sabíamos a verdade.

Eu não gostava de lamentos.

Você cansava da minha euforia.

Minha amizade é eterna.

Meu amor também.

Mas esse amor não é romântico.

Ele é terno.

Eu já lhe disse mais de uma vez.

Paixão não é amor.

Mas você não me escuta.

Mas eu te explico com ardor.

Eu sou sua ouvinte.

Sua terapeuta.

Aquela que se importa.

Em manter sua sanidade.

Por isso guardo as datas.

Todos os momentos.

Todos os pensamentos.

E todas as palavras.

É para lembrar.

Que paixão não é o fim.

E para esquecer a saudade.

Por isso guardo as datas.