Memories of a Potter and a Scamander

Landscapes and Ravens


Lorcan Scamander

Primeiro dia em Hogwarts. Cheio de despedidas e pais chorosos. Meus pais não vieram junto com os Weasleys/Potters, como eu achei que viriam. Mas cheguei lá e logo vi Albus. Nós nos abraçamos, como se não nos víssemos há anos, mas tínhamos nos visto há menos de uma semana.

Depois disso, consegui localizar os Malfoys - Anne e Scorpious -, todos os Weasleys e Teddy Lupin... É. Tudo estava como eu tinha imaginado.

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Entrei no trem quando chegou a hora. Lysander estava conversando com Rose, provavelmente sobre algum livro, mas ela estava olhando para Scorpious. Eu sentia um pouco de pena de Lysander. Ele gostava de Rose desde sempre, praticamente. Ela era inteligente e lia tanto quanto ele. Mas ela era apaixonada pelo Malfoy. Percebia-se isso de longe.

Entrei no trem de vez, mesmo que sem Albus. Eu conseguiria me virar num trem sem ele. Encontrei-o num dos vagões vazios.

— Lorcan!! - ele parecia feliz em me ver. - Tentei esperar você falar com seus pais, mas minha mãe já estava me empurrando para dentro...

— Tudo bem. - eu disse, dando de ombros. - Teremos tempo de sobra agora.

Ele riu.

— Sim. Teremos. - ele olhou para o chão. Acho que Albus olhava para o chão tanto quanto eu dava de ombros. - Para qual casa você quer ir?

— Corvinal - digo. - Você não preciso nem tentar adivinhar. Grifinória.

Ele assentiu.

— Ainda porque quer agradar seus pais? - ele balançou a cabeça positivamente. Suspirei. - Ainda acho que você deveria ver a casa que mais parece com a sua personalidade, e não com a dos seus pais. - Ele abriu a boca para responder, quando eu acrescentei: - Mas a escolha é sua.

Ele olhou para os pés. Eu sabia que ele estava pensando em algo. Ele tinha um olhar, uma expressão típica de quando coisas importantes ou interessantes passavam pela sua cabeça, de quando ele estava ligando informações. A maioria das pessoas não vê, mas eu consigo. Depois de muita observação.

— Qual casa você acha que eu pareço? - ele perguntou, olhando para mim. Não consegui me impedir de sorrir levemente.

— Acho que... Ou Corvinal ou Lufa-Lufa. - digo.

— Você está falando todas as casas que não são Sonserina, que eu não quero, e Grifinória, que meus pais querem. Escolha uma casa.

Suspirei. Sabia que ele falaria algo assim.

— Corvinal. - digo, sem pestanejar. Ele realmente combina com a Corvinal. A expressão de Albus é de surpresa.

— É a mesma que você quer ir!

Sorrio.

— Sim, é. E combina você. Muita gente não sabe que você gosta de ler, e sempre que você descobre alguma coisa interessante, ou importante, parece que você está fazendo ligações na sua cabeça... Você claramente faz isso.

Ele parecia ainda mais surpreso.

— Como você sabe isso tudo?!

— Observação, meu caro. Sou bisneto de Newt Scamander, praticamente fui criado para observar. - Ele riu. - E, continuando a questão da Corvinal... Os corvinos são os mais bonitos.

Ele enrubesceu e voltou a olhar para o chão. Céus, eu nunca tinha percebido como ele ficava fofo com as bochechas vermelhas... Meus lábios formaram um sorriso. Mordi os lábios para disfarçar.

Olhei pela janela e vi a paisagem que passava no caminho de Hogwarts. Era lindo.

— Você está perdendo a paisagem. - digo, cutucando a perna de Albus com o meu joelho.

Ele olha para a paisagem e fica boquiaberto. Eu também estava assim.

— É como se... É como se a magia de todos que já passaram por esse trem estivesse concentrada em formar a beleza desse lugar...

Acho que foram por coisas como essa que disse que Albus seria da Corvinal. Porque... Bem, a Corvinal merecia alguém como Albus.

Foi quando um pássaro pousou na nossa janela. E o pássaro era um...

Corvo.