Memorias de Guerra - Interativa

V - Cemiterio de Borboletas


"Às vezes os problemas são sinais de que chegou a hora de o guerreiro iniciar uma nova batalha". – Roberto Shinyashiki.

Algumas pessoas me dão certa curiosidade, mas não ouso me aproximar, ouço suas historias de antes do aperfeiçoamento e observo suas atitudes julgo-os e penso se eles serão bons ou ruins aliados. Nathaniel Jackson foi o primeiro que não pude julgar, talvez por parecer comigo, ele me julgou assim como eu julguei.

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Sempre odiei os complexos dos militares, fui em um complexo das Ilhas de Pedra certa vez com meu pai, a brutalidade com que eles treinam são desnecessárias, desenvolvi chips para cada um deles, melhoramentos para as armas e etc. mas nunca imaginei que um dos treinamentos consistia em tortura.

Já fazia mais de uma semana que Nathaniel permanecia no complexo, o seu treinamento consistia em treinar sua habilidades e enfrentar seu medo. Nathaniel escondia seu medo bem para todos ao seu redor, era o saldado perfeito. Encarei seus olhos verdes que faiscavam orgulho ao dizer isso, dei uma risada irônica. Porém nem todo mundo é perfeito, Nathaniel foi deixado num quarto escuro sem agua ou comida, o pensamento de que iria enlouquecer invadia sua mente a todo momento.

Vozes ecoavam pelo quarto, escuro e apertado, Natte fechava os olhos e enrijecia o músculo, a porta ao ser aberta ardeu os olhos de Nathaniel, horas depois descobriu que sua primeira missão seria além dos muros de Razza.

As Runas não é um lugar impossível de se viver, apenas mais difícil, acredito que Nathaniel saiu para a missão para encontrar Mattew Collins.

Mattew Collins tirava o folego das jovens e dos jovens das bases, porém as vezes sua personalidade afasta, dou risadas de algumas quando a suspiros e sussurro para mim “sem chance”.

Matt consertava a sua cúpula quando ouviu o marchar dos Corvos próximo a sua casa, cruzou os braços e observou o marchar dos mesmos. Mark Levingne se aproximou de Matt segurando uma garrafa de agua.

– Consertando a cúpula? – Mark jogou a garrafa de agua para Matt.

– É... Essa porcaria esta quase desabando. – Matt bebeu a agua e devolveu a Mark.

– Você acha que essas pragas estão aqui por causa das bombas?

– Talvez Mark. Aqui foi o único lugar que não foi atingido, acho que quem jogou as bombas – Matt se virou e tentou acionar a trava de proteção da cúpula – não acha que aqui seja parte de Razza.

As Runas, dificilmente eram considerados parte de Razza, era ignorado quem fugia para as Runas estavam destinados a morrer, por causa da radioatividade ou da violência. As Runas é um lugar sem lei.

– E faz? – Mark cruzou os braços.

– Não Mark, mas aqui é melhor que Miras de Sol.

Matt abriu a porta de sua casa e entrou, tomou um banho rapido – o banho era contado se você ficasse mais que 1 minuto e meio no chuveiro, o chuveiro era desligado automaticamente – deitou na cama e dormiu por algumas horas até acordar por conta da fome, sentia seu estomago colar na sua costela, pegou seu arco e reuniu o resto de energia que tinha.

Acho uma puta bobagem arriscar-se por comida, Matt tinha direito a ração, mas sempre esta atrasado demais para pegar, acredito eu, ou talvez apenas não goste da comida – se é que se pode chamar de comida.

Matt é habilidoso e não demora muito para achar sua presa, achou dois coelhos e resolveu dar para Mark, ele tinha família, duas filhas chamadas Sofie e Lucia. Deixou o alimento com Mark e foi em direção a casa quando foi parado por um Corvo.

– Mattew Collins? Deseja se juntar aos Corvos?

Matt e Nate foram enganados como a maioria deles, mas isso deixou de ser algo importante para ser algo trivial, todos nós temos historias e experiências ruins, talvez eu te apresente finalmente o meu cemitério de borboletas.