Desejos secretos

Estávamos na praia que ficava ao lado da casa.

—Como será que estão todos?-perguntei saudosa.

—Eles estão bem amor. -Lukas disse apertando de leve a minha mão enquanto andávamos.

—Podemos parar?! Estou sem folego. - disse sem ar e parando.

—Claro, vamos sentar. -ele disse e me pegou no colo me colocando na sombra enquanto eu respirava fundo.

—O que você gostaria de ganhar de presente de ano novo?-Lukas perguntou e respirei fundo antes de responder.

—Um filho. -disse e ele me olhou confuso.

—Se eu pudesse pedir algo só está noite, pediria para ter um filho seu. Era tudo o que eu mais queria. -disse e ele me abraçou forte.

—Sei que você não pode carinho, mas se pudéssemos também queria ter um filho seu. -Lukas disse e ri me deitando na areia.

—Eu posso fazer o tratamento. -disse e ele fechou os olhos.

—Não quero que você sofra, não mesmo. -Lukas disse de olhos abertos.

—Eu não mereço alguém tão carinhoso quanto você. -disse e ele me abraçou forte.

—Querido, você pode pegar meu doce de leite. -pedi manhosa e ele suspirou.

—Claro. -ele disse e voou para dentro de casa voltando com meu pote.

—Agora estou com as duas coisas que eu amo. -disse me sentando na areia.

—Pensei que fosse só eu. -Lukas disse possesso de ciúmes e lhe dei um beijo.

—Você é meu amor mor. - disse e ele riu.

—Sou é?- ele disse e começou a me fazer cocegas enquanto eu ria alto.

—Adoro ver você rindo. É o melhor som do mundo.

—Você não existe. -disse rindo e ele me deu um beijo.

—Serio Tony, preciso comer meu doce. -disse e ele resmungou enquanto eu começava a comer.

—Você devia parar de comer isso sabia?-Lukas questionou depois de um tempo.

—Por quê?

—Por que você pode acabar ficando diabética.

—Engraçadinho. -disse e fui pegar mais uma colherada e meu pote havia sumido.

—Lukas Anthony Swan Cullen me devolva agora meu doce.

—Eu não peguei nada. -ele disse inocente.

—Me devolve. Eu preciso dele. - disse chorando compulsivamente.

Por que eu estava chorando por causa de um doce?!

Nem eu sabia a resposta.

Só sei que Lukas ficou realmente preocupado e me devolveu o motivo da crise de choro.

—Nunca vi você tão possessiva com algo que não fosse eu. -ele disse me olhando.

—Você está com ciúme de um doce?-perguntei colocando meu pote de lado e olhando para ele.

—Estou. Esse doce tem mais a sua atenção do que eu, isso magoa sabia?! –Lukas questionou se fazendo de vitima.

—Não fica assim. –disse e comecei a beijar seu queixo, pescoço e ombro.

—Estou muito bravo senhora Cullen. -ele disse e eu comecei a beija-lo.

—Você ainda está bravo?-questionei no seu ouvido e o beijei.

—Estou. -ele disse sem forças.

—Não fica bravo comigo não. Vai. -pedi beijando seu pescoço e depois o seu peito.

—Quem está bravo carinho?!-ele disse nos rolando pela areia.

Havia areia por todo meu rosto e cabelo e Lukas não ficavam atrás.

—Você sabe que eu te amo não sabe?-Lukas questionou me olhando no fundo dos meus olhos e acariciou meu rosto.

—Sei.

—Por que apesar de tudo que passamos e vamos passar sempre vou estar ao seu lado, te amando e zelando por você. Por que te amo e sempre vou te amar até depois que deixar de existir.

—Eu sei de tudo isso amor. E você teve um pressentimento não foi?

—Foi. -ele sussurrou envergonhado.

—Eu sei que você me ama. -disse beijando a ponta do seu nariz e ele riu. - Mas é bom ouvir sempre que você me ama.

—Eu sempre vou te amar.

—E eu também sempre vou te amar. - disse e ele me beijo delicadamente ao som das ondas que quebravam no mar.

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—Amor. -gritei colocando minha cabeça do lado de fora do quarto.

—Onde é o incêndio?-ele perguntou brincalhão.

—Não tem graça. Olha Alice me mandou um e-mail com as fotos do nosso casamento. Ela disse que o álbum ficou lindo. -disse e ele se sentou para vermos juntos.

—Você estava linda, parecia uma princesa. -Lukas disse me abraçando.

—E você o meu príncipe. -disse lhe dando um beijo.

—O que temos para o jantar mestre cuca?-perguntei e ele sorriu.

—Lasanha. -ele disse e pulei no seu colo para enchê-lo de beijos.

—Você é o melhor marido do mundo. -sussurrei e beijei sua bochecha e seu queixo.

—Sou é?-ele sussurrou e sorri lhe dando outro beijo.

—É, adoro lasanha. -disse lhe dando um ultimo beijo e correndo para a cozinha.

—Não acredito que você me trocou por um pedaço de lasanha amor. -ele disse e ri enquanto colocava uma fatia bem grande no meu prato e comecei a procurar o Ketchup, pois odiava maionese.

—Na geladeira. -Lukas disse ligando a televisão enquanto eu abria a geladeira.

—Não acredito. -gritei emocionada. - Você fez pudim de doce de leite só pra mim?!

—Sim, já que você está com um amor por esse doce. Achei melhor me unir a ele e não brigar com ele. -ele disse ainda prestado atenção a um filme que começava.

—Me casei com o melhor homem do mundo. Ele é literalmente cama, mesa e banho. -disse rindo enquanto fechava a geladeira e indo em direção à sala.

—Qual é o filme?-perguntei me sentando no sofá e Lukas colocou meus pés em seu colo.

—E o vento levou. -ele disse fazendo carinho nos meus pés.

—Sempre gostei desse filme. –disse e ele sorriu.

—Eu também. -ele disse me olhando e voltou a assistir o filme.

Depois que terminei de comer me senti cansada e sonolenta, era sempre assim.

—Com sono?-Lukas questionou assim que coloquei minha cabeça me seu ombro.

—Hum. -murmurei sonolenta e senti ele me pegar no colo para me levar para cama.

Lukas me colocou delicadamente na cama e se deitou ao meu lado fazendo cafune no meu cabelo não demorou muito e eu já estava dormindo pesadamente.

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Assim que abri os olhos Lukas não estava na cama e ao jugar pelo cantarolar suave do andar de baixo ele deve estar na cozinha.

Relutante me levantei da cama e senti uma tontura que me fez cair na cama de novo.

—Esses meus sintomas de TPM estavam começando a me assustar pra valer. -sussurrei para mim mesma e levantei devagar para não ter tontura novamente

Depois que me arrumei desci para tomar café e Lukas estava no netbook olhando algumas coisas.

—Bom dia amor. –sussurrei e ele sorriu assim que entrei na cozinha.

—Quer dizer boa tarde amor. -ele disse e pisquei confusa.

—Como assim boa tarde?-questionei confusa.

—São 15:24 da tarde amor. -ele disse olhando para a tela do computador.

—Essa terra está mexendo comigo. –sussurrei e peguei a jarra de suco de laranja.

—Se você quiser podemos ir embora.

—Não, gosto daqui. -disse e tomei meu suco de laranja mais ele me fez enjoar assim que o coloquei na boca.

—Credo, isso tá horrível. -resmunguei depois que coloquei todo o suco para fora.

—Há algo que queira me contar?-Lukas questionou me olhando sério.

—Eu não.

—Ou perguntar.

—Eu não, e para de ficar me olhando como se eu fosse uma experiência de laboratório. -reclamei nervosa enquanto saia da cozinha.

—Lanna, por acaso você está gravida?-Lukas questionou e parei de respirar depois tive uma crise de risos.

—Gravida?! Eu?! Me poupe. Você por acaso tomou sangue de algum animal dopado?!-questionei irônica.

—Vou fingir que você não falou isso. Mas você está agindo estranha como a minha mãe agiu quando estava gravida da Nessie. Se você quiser posso te levar... -ele começou a falar e dei um grito.

—Para de tentar controlar minha vida. Mas que coisa chata, se você tentar me levar à força para um hospital eu me divorcio de você. -gritei histérica.

—Você está começando a me assustar pra valer querida. -ele disse preocupado.

—Me esquece e vai cuidar da sua vida. -disse furiosa e subi para o meu quarto.

—Quem ele pensa que é para ficar controlando a minha vida?! Meu pai? Me poupe. -disse andando de um lado para o outro furiosa.

—Não vou deixar ele controlar minha vida de jeito nenhum não mesmo. -gritei e me sentei na cama, mas logo ouvi meu estomago roncar e tive que descer para a cozinha.

—Acho que temos que conversar. -Lukas disse assim que aparece na cozinha.

—Não tenho nada para conversar com você. -disse abrindo a geladeira e sentindo o cheiro da lasanha de ontem que fez meu estomago se revirar enquanto corria para a pia.

—Lanna. -ouvi Lukas dizer e segurar meu cabelo enquanto eu vomitava sem parar.

De repente senti o cheiro ir embora e agradeci mentalmente.

—Vem você precisa se sentar. -ele disse me ajudando a sentar em uma cadeira. - Você está péssima.

—Obrigada pelo elogio. -sussurrei fraca e ele me deu um copo de agua.

—Não. -sussurrei afastando o copo.

Só de ver água eu já enjoava.

—É, acho que alguém vai ficar de cama o dia todo. -ele disse me pegando no colo e subindo.

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—Lukas?-sussurrei, pois ele não estava ao meu lado.

—Aqui amor. -ele disse se sentando na cama. - Você está bem?

—Sim, ainda não amanheceu?-questionei sonolenta.

—Já, mas você dormiu o dia todo.

—O dia todo?-perguntei me levantando mais acabei me desequilibrado e ele me segurou.

—Fique na cama, você dormiu muito então ainda deve estar meio tonta. -ele disse e senti seu perfume de orquídea que me causou um enjoo terrível.

Me afastei de Lukas rapidamente e corre para o banheiro tentando vomitar mais não saia nada.

—Tudo bem querida, tudo bem. -ele disse acariciando minhas costas de leve enquanto mais uma onda de enjoo percorria meu corpo.

Quando finalmente parei de enjoar desabei no ombro de Lukas cansada.

—Estou realmente mau, acho que agora é o momento de você me arrastar para um hospital. -disse e Lukas acariciou meu cabelo de leve.

—Eles não iriam entender o que está acontecendo com você. -ele disse e me afastei dele .

—E você sabe o que está acontecendo comigo?-questionei curiosa.

—Desconfio. -ele sussurrou e me olhou com cuidado. -Só que é meio assustador pra mim, nunca pensei que isso pudesse acontecer.

—Do que você está falando Lukas?-questionei confusa.

—Você está gravida Lanna, só você ainda não se deu conta disso. -ele disse e bufei de raiva.

—Me poupe, eu sou infértil lembra?! O medico me disse e você estava lá. -disse me levantando do chão.

—Eu sei e me lembro disso, mas estou desconfiado que você esteja gravida desde que começou a andar por ai com um pote de doce de leite e a comer feito louca.

—Para de inventar coisas que não podem ser verdade. -disse entre lágrimas enquanto me sentava na cama.

—Hei, não estou inventando querida no fundo você sente a verdade. -ele sussurrou ajoelhado na minha frente.

—Você acha?-solucei nervosa.

—O que?

—Você acha que eu possa estar gravida?-questionei com medo de ouvir a verdade de mim mesma.

—Eu acho Lanna. -ele disse e segurou as minhas mãos.

— Só você e seu corpo ainda não perceberam que talvez tenham alguém aqui dentro de você crescendo um pouco a cada dia. -Lukas disse fazendo carinho em meu ventre. - Um pedaço meu e seu.

—Eu tenho tanto medo. -disse e o abracei.

—De que amor?

—De não estar e decepcionar você. -disse abraçando-o forte.

—Você nunca vai me decepcionar Lanna. Se você não estiver tudo bem, podemos adotar e eles serão nossos filhos e daremos muito amor a eles. -Lukas disse acariciando meu cabelo.

—Sim daremos. -prometi.

Será que eu estava gravida?!

Mas eu não podia engravidar.

Eu só podia estar doente.

Era isso.

Estava definitivamente doente.

Uma doença com sintomas de uma gravidez igual a da minha sogra.

Uma gravidez de um vampiro.

Sacudi a cabeça e voltei à ideia da doença.

Definitivamente estava doente.