Capítulo 9: Grávida

Meu irmão estava me esperando, e na frente do colégio. Quando isso acontecia significava que ele me levaria para o quarto escuro.

-Rápido, vem comigo. - Sussurrei puxando Marcos.

Infelizmente o Nate viu a gente e começou a correr atrás de nós.

Depois de muito correr, conseguimos despistar eles. Como eu já disse, Marcos é bem rápido, e eu também.

-Vamos para a escada de incêndio. - Eu falei e ele empalideceu.

Ele ficou que nem estátua lá, vai entender os homens!

Eu não ia ficar ali pra ser pega por um dos capangas do meu irmão.

-Tchau Marcos, a gente se vê mais tarde. - Eu abracei ele, ele continuava petrificado - Cuidado.

Eu comecei a correr para a escada.

Ninguém mais achava estranho eu sair correndo por ai, era normal hoje em dia.

Enquanto eu corria eu pesava em como minha vida mudou de dois anos pra cá. A mudança repentina do Raul comigo. Antes ele era brincalhão, legal e super divertido, o irmão ideal, mas ele mudou do nada. Começou com um espancamento aqui e outro ali, e faz um ano hoje que ele começo a me estuprar.

Enquanto eu estava nos meus devaneios, eu esbarrei num garoto.

Minha mochila, que não estava nas minha costas, vôo pra longe, e meus livros, que estavam na minha mão, voaram também.

-Ai meu Deus! Por que isso acontece comigo?! - Falei para o vento.

Peguei os meus livros e decidi que seria melhor deixar os livros na mochila.

Meus livros estavam todos estropiados.

Peguei a minha bolsa e quando eu abri vi um pacote de absorventes, e me lembrei que fazia um tempo que eu não mestruava.

Não, não, não!

Decidi que iria matar aula pra ir numa farmácia.

Quando eu cheguei lá um cara muito simpático me atendeu, todo mundo é muito simpático já percebeu?

-Eu quero um teste de gravidez. - Falei ríspida.

-Você não é muito nova não? - Perguntou o lindo e gostoso.

-Me dá logo essa Por**! - Não to bem do humor!

-Ok! - Falou ele me dando uma caixinha - É sete reais. (N/A: Nunca comprei um teste de gravidez, por tanto não sei o preço.)

Fui pro banheiro da farmácia e fui fazer o teste.

...

Depois de um momento muito intimo, entre eu e aquele termômetro, eu estava esperando aquela bosta ficar vermelho.

-Vermelho! Pelo o amor de tudo que é sagrado, que fique vermelho!

Mas sabe o que aconteceu? Ficou verde, eu estava grávida do meu irmão!