Medicine 2° Temporada

Capítulo 33: Life Sentence!


Já acordou em um dia onde tudo parece estar de cabeça para baixo? ou simplesmente acordou com a sensação de estar em outra dimensão? Afinal o que aconteceu enquanto você dormia para ao acordar não reconhecer nada ao seu redor?. Encaro elena que se vestia de forma irritada me ignorando totalmente após o nosso banho que deveria ter terminado de maneira calma e produtiva mas tudo ocorreu da pior maneira possível e quando eu ví Elena estava a me ignorar ao sair da banheira o que de fato esta me irritando aos poucos enquanto termino de me arrumar também para trabalharmos.

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Você sabe que .. -- começo a falar mas ela me interrompe

Eu sei que não quero, simplesmente não quero fazer os malditos exames -- ela fala irritada parando de se maquiar para me encarar irritada -- Dá pra entender?

Da pra você entender que é essencial para sabermos que não há nada de errado com o bebê?-- falo forçando um sorriso e ela me ignora -- Elena, não é brincadeira...

Eu não to levando na brincadeira, eu simplesmente acho que deveríamos ser mais positivos e esperar pois eu não farei exame algum -- ela bate o pé de modo infantil

Sim, você fará essa merda desses exames -- eu grito já no meu limite

Quem esta gravida sou eu, então não farei -- ela grita e depois disso volta a me ignorar, finalizo de por meu sapato e saio do quarto sem querer prolongar toda essa conversa, uma hora elena perceberia que teria que fazer os exames ou se convenceria disso mas por hora, eu havia desistido.

Bom dia -- Rebekah me cumprimenta aparentemente sem seu bom humor quando eu entro na cozinha de casa e a loira parecia vidrada no seu café com leite mexendo o mesmo com uma colher de chá lentamente enquanto sua mão apoiava sua bochecha e o braço estava apoiado sobre a mesa.

Achei que só eu havia caído da cama hoje -- comento a fazendo sorrir -- O que há?

Eu não sei, acho que há tanta coisa acontecendo -- Rebekah suspira -- Eu acho que meu relacionamento com stefan é maravilhoso mas as vezes tenho a sensação que estamos empacados ou que não daria certo nada além disso

Relacionamentos são complicados -- falo servindo um pouco de café pra mim -- Gostar de outra pessoa é perigoso, nós ficamos vulneráveis e de certa forma permitimos que a outra pessoa nos magoe e ela o fará, pois demos a ela este poder, de nos ferir de alguma forma, e seres humanos fazem isso pois são falhos, e ainda assim criamos esperanças de algo melhor, um mundo melhor, com pessoas melhores, amores reais e melhores, familias perfeitas ... quando o sonho se quebra, nos magoamos e acreditamos que não acontecerá novamente mas quando vê esta de novo preso a um ciclo vicioso com a mesma pessoa ou com outra totalmente diferente que de alguma forma acabará com suas expectativas

Verdade -- ela concorda em um sussurro e nosso momento de reflexão é quebrado com um rosnado de Lexi entrando na cozinha quase se arrastando -- Ressaca?

Hum -- é tudo que sai da loira que senta ao meu lado -- Que dia é hoje?

Quarta feira -- respondo dando um peteleco nela e ela rosna sentindo a dor de cabeça reverberá por todo seu crânio e isso me faz rir -- É lamentável estar de ressaca numa quarta feira de manhã Alexia, a que ponto chegou?

Não há dias para ressacas -- ela resmunga baixinho antes de me tomar minha caneca de café e bebe todo de uma vez -- preciso de mais

Precisa mesmo -- resmungo tomando a minha caneca já vazia das suas mãos e Lexi sorri quando eu lhe entrego uma caneca e nos sirvo com o café da cafeteira, deixando o bule de vidro sobre a mesa quase vazio já.

Qual a programação pra hoje ?-- Rebekah pergunta servindo-se com o restante do café

Eu farei um transplante após o almoço, e ao sair da cirurgia vou fazer as fotos que tive que remarcar -- respondo não muito animado -- Eu realmente gostaria de uma agenda melhor e na qual fotos não fossem inclusas

Eu posso te acompanhar -- Lexi sugeriu e eu concordo com ela -- Não tenho nada melhor a fazer após meu turno

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Rebekah se prontifica a fazer algumas panquecas enquanto eu faço mais café, Lexi arruma a mesa e quando Elena desce com Stefan logo em seguida nós tomamos café em silêncio, poderia ser algo incomodo mas não para mim, eu gostava de silêncio e calma, principalmente antes de trabalhar afinal quando piso no hospital nunca sei como será meu dia, ou ele pode ser tranquilo ou ele poderá ser exaustivo e bastante conturbado. Lexi foi a motorista da vez, ela não dirigia a um bom tempo e eu estava sem muita paciência para isso, então apenas entrei no banco do carona passando o cinto de segurança e quando ela apareceu descobriu que seria quem nos levaria ao trabalho hoje.

Eu preciso de ação -- lexi comenta focada no caminho ao hospital e arrumou seu óculos escuro quando o mesmo estava um pouco baixo no nariz -- Não sentem a mesma coisa?

Sim -- respondo

Não -- o trio respondeu no banco de trás ao mesmo tempo

Vocês deveriam ser psicologos .. cirurgiões necessitam de ação e de movimento -- lexi resmunga fazendo eles rirem -- O que eu disse que engraçado?

Ação quer dizer grandes tragédias, e não acho que é algo bom -- stefan comenta obvio

Nós médicos vivemos pra isso -- reviro os olhos

Não é bom ter tanta ação quando o assuntos são bebês -- Rebekah explica obvia -- São vidas novas e inocentes

Tudo bem, só vamos trabalhar -- Elena comentou parando o nosso debate e tudo que me restou foi ligar o rádio para escutarmos alguma coisa

Assim que chegamos ao Seattle Grace Lexi me jogou as chaves do carro quando saímos do veículo, caminho lado a lado com ela e Rebekah, deixando Stefan e elena para trás afinal iríamos a locais diferentes e eu estava irritado com elena então iria evitá-la pelas próximas horas e talvez todo esse sentimento diminuísse um pouco até nos encararmos novamente.

Vocês parecem abalados -- Rebekah comenta enquanto nos afastamos da dupla logo atrás da gente e eu forço um sorriso a ela

Sorriso forçado -- lexi comenta obvia e eu a encaro -- Não adianta me encarar amigo, seu sorriso foi forçado e ninguém acreditaria nele

Nós tivemos breve desentendimento essa manhã -- respondo sem dar muitos detalhes e elas se mantém caladas, respeitando a minha decisão em não querer aprofundar o assunto e internamente eu agradeço por isso. Em nossa sala, Klaus estava a tomar café no sofá já pronto para seu dia de trabalho e ele parecia muito bem humorado para uma quarta feira de manhã --- Ta sorrindo por qual motivo?

Bom, eu acordei vivo isso é um motivo -- Klaus respondeu sorridente

Ele teve uma ardente e tórrida noite de sexo com a Forbes -- Lexi comenta bricalhona fazendo o loiro gargalhar -- Eu sabia

Eu transei e nem por isso to assim peidando arco iris -- resmungo pegando um uniforme limpo dentro dos sacos de lavanderia que estavam separando os femininos dos masculinos e havia vários sacos com uniformes dentro para nossa disposição.

Bom, não adianta transar e acordar brigando com a parceira -- Rebekah comenta obvia fazendo o mesmo que eu, deixando sua bolsa no armário e pegando um dos pacotes com uniforme feminino para colocar

Realmente,o objetivo aqui é transar, gozar, se tiver pique repetir, um orgasmo talvez, dormir e acordar disposto a uma rapidinha -- Klaus comentou piscando

Ah seu animal -- Lexi zomba se jogando em cima dele e tomando do loiro o copo de uma cafeteria que ele tava tomando o seu café -- Damon não é muito apto a seguir regras

Isso, esse lance de viver feliz e em algodão doce enquanto vomita arco iris não é comigo não -- concordo com Lexi enquanto vou até o banheiro e bato a porta

Não quebrou ainda -- Klaus grita do lado de fora e eu ignoro ele totalmente, troco de roupa dobrando a minha e saio do banheiro, coloco minha roupa sobre a minha pasta no armário e pego meu jaleco o vestindo enquanto que Rebekah segue para trocar-se, Lexi estava largada ao lado de Klaus terminando o café dele que a mesma roubou e após pegar meus instrumentos, coloco no bolso do jaleco, penduro meu esteto no pescoço e saio da sala sem olhar pra trás. Caminho despreocupadamente pelos corredores até chegar a cantina, peço um café e recebo minutos depois o meu copo com o meu nome escrito a pincel preto e um bom dia da atendente sorridente, forço um sorriso e sigo meu caminho até a emergência.

Bom dia Damon -- Kyle me cumprimenta não muito animado

Finalmente alguém que posso conversar -- falo parando no balcão e me apoiando e ele me olha perdido -- Não ta explodindo cores e sorrisos

É quarta feira -- ele disse parecendo entediado -- Por qual motivo eu estaria feliz e animado numa quarta feira? não é sexta e nem é meu dia de folga

É isso ai, bebe meu café -- falo oferecendo café a ele que agradece -- Plantão?

Sim, e eu prometi a Morine que ficaria hoje pois é aniversário da filha do meio dela -- ele explica me devolvendo o copo mas eu deixo que ele beba todo, já havia bebido e ele precisava mais do que eu -- Obrigado

Não precisa agradecer, fez algo por uma amiga e eu faço algo por você -- falo obvio -- Agora faço algo por mim e me diga qual o melhor caso no momento para que eu possa assumir

Até agora não há nenhum, Tyler, Liam e Bonnie sairam do plantão deles e fizeram um bom atendimento essa madrugada, os casos de overdose, os acidentes foram todos atendidos -- ele respondeu bebendo mais um pouco do café

Eu preciso de ajuda -- uma mulher entrou gritando na emergência desesperada

Eu preciso de uma maca -- grito quando vejo a filha da mesma no banco de trás do carro e o pai dela abrindo a porta do veículo para mim, a garota tinha um grande rombo no estômago e sua roupa estava encharcada de sangue -- O que houve com ela?

Um acidente, ela caiu da escada e uma viga de madeira entrou nela -- o pai respondeu nervoso e passou as mãos pelo cabelo, kyle surge com dois enfermeiros e uma maca, retiramos a garota de dentro do carro e a imobilizamos a levando para dentro da emergência -- Ela vai ficar bem?

Eu preciso de exames primeiro -- respondo colocando minhas luvas e elena e stefan entram para me auxiliar quando aparecem na emergência -- Preciso que verifiquem os sinais vitais, quero um ultrassom para verificar o estado interno da paciente

Eu vou pedir bolsas de sangue -- elena falou pegando o telefone do trauma 1 preso a parede para pedir bolsas de sangue para repormos o que a paciente perdeu

Não -- a mãe negou de imediato nos fazendo parar o atendimento -- Nada de sangue, nada de sangue

Mas senhora.. -- stefan tentou explicar

Não, não aceitamos sangue -- o pai da adolescente falou de prontidão e os dois residentes me olharam perdidos

Não peça o sangue Dra. Gilbert, você ouviu os pais -- falo obvio e eles agradecem -- Iremos trabalhar com o que temos, verifiquem os sinais vitais como pedi, Stefan veja o ultrassom por favor

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Os sinais vitais dela estão fracos -- elena fala após auscultar o coração e o pulmão dela, colocamos a mascara de oxigênio a 50% para ajudar e Stefan detecta uma porção de sangue acumulada internamente

Vamos drenar -- falo sem muitas opções e Kyle retira os pais do trauma

Podemos dar sangue a ela, eles já estão la fora -- elena fala obvia

Não, a religião deles não permite isso vamos respeitar -- afirmo seguindo o procedimento

Ela vai morrer Damon, perdeu pelo menos dois litros e meio de sangue -- stefan fala indignado

A escolha foi dos pais, não podemos fazer nada -- repreendo os dois e continuo o procedimento, insiro o tubo para drenar o excesso de sangue na cavidade -- Não há nenhum orgão acometido?

O baço dela, vamos perdê-la -- Stefan fala chateado -- Ele esta sangrando sem parar e não há mais opções

Vamos operá-la sem sangue ?-- elena questiona e eu confirmo

Vamos tentar manter a vida dela -- falo levantando as proteções da maca e nós três saímos empurrando, ficamos 3 horas em cirurgia para retirarmos totalmente o baço da paciente e os pedaços da estaca de madeira que atravessou ela, fechamos e quando acabou ela estava tão fraca e pálida que já parecia morta -- Levem ela ao quarto, vou conversar com os pais

Como esta minha filha?-- a mulher pergunta quando me vê na sala de espera e eu me aproxima puxando minha touca da cabeça e suspirando

Ela esta sendo levada ao quarto, vamos deixá-la confortável e depois poderão subir para vê-la -- explico e os dois se abraçam -- O quadro dela é bem critico, ela esta bem abatida e o corppo não responde totalmente como deveria, precisamos aguardar

Obrigado -- a mulher agradece e abraça o marido chorando ainda emotiva pelo que aconteceu, nós subimos até o quarto da adolescente e chegamos bem na hora que Stefan e elena estavam com uma bolsa de sangue -- Não.. oque estão fazendo ?

Ela ta muito fraca -- elena tentou

Nada de sangue, não entendem ?-- o homem grita irritado e eu tomo a bolsa de sangue dos dois -- Eu serei sincero com vocês, Clarice esta em estado bem critico e eu sugiro que comecem a se despedir dela pois não há grandes possibilidades de uma melhora no quadro dela, o sangue que ela perdeu foi demais, a retirada do baço foi extremamente necessária porém ainda assim ela perdeu muito sangue em cirurgia, o corpo dela esta fraco e orgão por orgão irão parar consequentemente

Não há nada que possam fazer? -- a mãe questiona

Bolsas de sangue --- elena responde

Não, nada disso a nossa religião não permite -- o pai mais uma vez nega e a mãe senta na poltrona chorando mais uma vez -- Não aceitamos sangue, não bebemos do sangue ..

Eu sugiro que comecem a se despedir da sua filha então, Clarice tem algumas horas no máximo -- falo saindo do quarto com a bolsa de sangue em mãos e Stefan e Elena me seguiram.

Damon, não podemos permitir que Clarice morra -- elena falou indignada e eu paro de andar me virando na direção dos dois os fazendo parar

A escolha é da família, eu ja avisei -- falo seriamente -- Já avisei a vocês sobre a religião deles rejeitarem o sangue, é repugnante para eles e devemos aceitar.. agora eu ja expliquei a eles o que vai acontecer, é escolha deles manter ou não a filha viva

Mas nós podemos fazer algo por ela, se dermos o sangue -- stefan falou insatisfeito e suspirou passando a mão no rosto

Não os pertubem, deixem que se despeçam da filha -- falo saindo dali e volto ao banco de sangue do hospital, uso o cartão e abro a porta a destravando, coloco o sangue novamente na câmara, com as portas de vidro e a fecho, saindo da sala batendo a porta e esta trava mais uma vez. Desço até a emergência e noto que Stefan e Eelena já estavam a atender ali e pego um prontuário para atendimento.

Olá Caius -- abro a cortina do leito 4 -- Sou o Doutor Salvatore, irei atendê-lo

Prazer -- ele me oferece a mão que esta livre enquanto a outra segura um pano contra seu rosto, aperto sua mão educadamente -- Dá para consertar isso?

Quando ele retira a toalha de rosto da sua face noto o grande estrago que foi feito ali, havia um corte assimétrico que se estendia do olho esquerdo até o queixo e as camadas de pele estevam soltas fazendo a mesma ficar pendurada

Como isso aconteceu?-- questiono pegando um par de luvas

Eu jogo hóquei, enfim um deslizar errado, uma queda e um amigo com patins afiados escorregando na minha direção -- ele explicou sorrindo nervoso e isso fez sangue escorrer da lateral da sua boca por ele ter movido os músculos da face

Tudo bem, isso aqui é caso de plástica -- falo verificando as camadas de pele -- Rompeu alguns vasos mas o sangramento maior é quando move o rosto.. vou bipar um cirurgião plástico para atendê-lo

Obrigado -- ele agradeceu e simplesmente ao falar mais sangue começou a escorrer, pego gases limpas e pressiono o local, ele geme -- Parece que ficarei horrivel depois de hoje

Não diga isso, temos cirurgiões plásticos excelentes aqui -- falo pegando meu telefone para ligar pra enzo

O que é ?-- ele atende e eu percebo que lorenzo ainda estava dormindo

Temos um caso de plástica aqui na emergência -- respondo usando mais gazes para pressionar o local já que ainda sangrava -- O quão disposto esta ?

Chama alguém do plantão, meu turno hoje é noturno amigo -- enzo resmunga me fazendo revirar

Só um segundo -- falo a Caius que confirma segurando as gazes sozinhos e fecho a cortina ao sair do leito.

O cara ta com as camadas da pele solta totalmente do lado esquerdo Lorenzo, foi um baita corte causado por patins de gelo afiadíssimos -- explico e escuto o som de algo caindo

Eu chego ai em 20 minutos, vai preparando ele pra mim -- enzo fala desligando o telefone na minha cara e eu retorno ao leito.

O nosso melhor cirurgião plástico esta a caminho Caius, eu irei prepará-lo para o atendimento -- explico ao retornar para o leito e novamente fecho a cortina, sento-me no banquinho e faço toda a limpeza local com alcool, ele reclama em alguns momentos e em outros parece totalmente distraído, perco as contas de quantos algodões sujos de sangue já joguei no lixo e continuo o procedimento, após estar limpo, verifico toda a espessura do corte e os dano visíveis causados no acidente.

Meu olho ta ficando escuro, eu não to conseguindo enxergar -- Caius fala nervoso e eu percebo que enquanto estava de cabeça baixa observando cautelosamente o estrago em sua face o seu olho havia inchado gradativamente e estava enorme, quase saindo para fora da orbita ocular.

Merda.. há sangue ocluindo o globo ocular -- resmungo pegando uma seringa e retiro a embalagem do papel, preparo a agulha e me aproximo ao levantar para realizar melhor o procedimento -- Se não retirarmos o sangue você poderá perder a visão ou até mesmo o olho ..

Meu deus -- ele quase grita

Calma, eu sei o que fazer -- falo estabilizando minha mão e mantenho sua palpebra aberta -- Não pisque o olho ou isso vai acabar muito feio

Ta -- ele concorda e injeto a agulha acima do globo ocular, fazendo a mesma passar pela camada de pele em volta delee puxo o embolo da seringa fazendo a mesma começar a encher de sangue, o tom do mesmo estava escuro e rapidamente o olho de Caius começou a diminuir, retiro a agulha e ele pisca apesar de ainda estar inchado, coloco um curativo breve para evitar exposição do mesmo o prendendo só do lado que a pele não estava solta e sento-me novamente na cadeira -- Meu rosto .. eu não sinto ele do lado esquerdo

é normal, houve alguns nervos que foram um pouco atingidos e eles devem estar comprometidos mas após o trabalho do Dr. Garcia e algumas sessões de fisioterapia para recuperar o movimento por completo, a sensibilidade retornará -- explico e ele força um sorriso, imagino como ele estava nervoso nesse momento, imaginando que poderia deixar o hospital com um grande problema facial, além de uma cicatriz que o tornaria menos chamativo ou seguro de si.

Damon?-- escuto a voz de enzo

Leito 4 -- respondo e ele rapidamente esta atravessando as cortinas do leito e arrumando seu jaleco, enzo estava ofegante mas logo se recompôs -- correu contra o tempo não é?

Obvio -- ele respondeu sorrindo -- Olá, eu sou o Dr.Lorenzo Garcia, cirurgião plástico

Poderá dar um jeito nisso ?-- Caius questionou apontando para o seu estado e Enzo me olhou sorriu e em seguida olhou pra Caius

Com uma mão amarrada nas costas -- respondeu confiante e eu dou o meu banco a ele, para que faça por si só a avaliação de Caius e apenas observo -- Vai querer me ajudar?

Precisa de ajuda?-- questiono

Não, mas começou atendendo ele -- enzo explica obvio

Não, tudo bem eu vou atender outra pessoa -- respondo dando um tapinha em seu ombro -- Melhoras Caius

Obrigado dourtor -- ele gradece e aperta minha mãos mais uma vez

Saio do leito 4 e fecho as cortinas, vou até o balcão e me aproximo pegando mais um prontuário e verifico o nome do paciente e o numero do leito antes de me encaminhar até ele.

Olá Bartô, sou Doutor Salvatore e irei cuidar de você agora -- falo puxando a cortina e a fechando e ele sorri gentilmente -- O que o trás aqui?

Bom .. eu estou sentindo umas dores em toda a região da minha barriga e peitoral -- ele respondeu

No prontuário diz que esta assim há dois dias -- falo após verificar e ele confirma com um balançar de cabeça

eu tenho problemas com hospitais, morro de medo e só vim hoje pois minha esposa acabou descobrindo e me obrigou -- ele falou sorrindo

Ela esta certa em te obrigar -- falo apontando o dedo para ele -- Como são essas dores?

Parece queimação, eu estou com uma alergia séria e começou a aparecer umas feridas na minha pele -- ele respondeu e abriu a blusa de botões que usava e eu pude ver sua pele totalmente machucada, algumas feridas recentes, e outras bolhas cheia de pus e água. Coloco luvas e me aproximo para tocar o mesmo -- Começou a surgir isos ha uma semana, após ter sido levado ao hospital e me medicarem

Só agora buscou assistencia para esses machucados?-- questiono e ele confirma sorrindo sem jeito, toco a parte do seu esterno e a pele solta um pouco sangrando, pego uma gaze e coloco no local que escorria sangue e um pouco de água -- Kyle?

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Sim?-- ele surge abrindo a cortina e eu olho para ele seriamente

Chame Bailey, e avise ao centro de queimados que estamos subindo -- falo forçando um sorriso na direção do paciente que me olha um pouco preocupado. Bailey me aparece alguns minutos depois e acaba confirmando as minhas suspeitas -- O que faremos?

Temos que deixá-lo o mais confortável possível -- Bailey fala suspirando -- Familiares?

Kyle irá ligar para os familiares e eu vou acompanhá-lo ao centro de queimados e cuidar dele até que não resista mais -- falo olhando para o leito aberto onde Kyle estava pegando informações dobre os familiares e Miranda Bailey apenas balança a cabeça concordando. Acompanho Bartô até o centro de queimados e o colocamos em um dos CTI, começo com os procedimentos, ele fica a se recusar a usar a máscara de ventilação quando sente falta de ar e eu começo a cobrir todo o seu corpo com bandagem ensopadas em vaselina.

Precisa de auxilio ventilatório Bartô -- falo finalizando de enrolar as bandagens em seu braço e ele nega tossindo um pouco -- O que pretende fazer então?

As pessoas costumam não acreditar muito em Deus -- ele comenta quando a crise de tosse passa e eu o olho um pouco confuso -- Eu sou pastor, eu acredito no criador Doutor Damon e eu acho que ele irá me ajudar nesse momento

Nós ligamos para a sua esposa, ela disse que esta a caminho -- falo ignorando o que ele disse e vou até o outro braço

Não acredita?-- questionou e eu continuo mudo -- Não acredita no criador ?

Não sei, eu simplesmente acredito na ciência -- respondo evasivo e ele me questiona o motivo -- Há comprovações, teorias cientificas para tantas coisas.. há motivos para isso e conseguimos respostas sempre quando levantados questionamentos

Deus dá respostas Doutor -- ele rebate

Não ele não dá -- nego de imediato

Por que diz isso?-- questionou e eu balanço os ombros levemente sem querer prolongar o assunto e continuo a enrolar seu braço com bandagens ensopadas de vaselina --- Não acredita em coisas boas?

Precisa da máscara -- falo a colocando sobre sua boca e nariz e ele respira profundamente antes de pedir que eu retire ela e eu o faço, ele parece melhorar um pouco quanto a isso e eu sento-me no banco ao lado da sua maca enquanto ele descansa os olhos brevemente e respira forte -- Eu não sei muito bem se acredito, como eu disse a ciência parece bem mais exata

O que o seu coração diz Damon?-- ele questiona

Não precisamos fazer isso Bartô, mantenha-se descansado para sua esposa quando ela chegar e seus filhos -- falo apertando a mão dele e ele aperta a minha de volta --Quem precisa de ajuda é você

Não, você precisa de ajuda querido -- ele falou abrindo os olhos -- Eu devo lhe ajudar de alguma forma

Eu estou bem, não há muito o que fazer -- sorrio o mais verdadeiro possível e ele me olha profundamente -- Digo...

Acredita ou não no criador Damon? -- questionou e eu me calo -- Por que diz que ele não possuí as respostas para vossos questionamentos ?

Por que não possuí, as pessoas vivem seguindo as regras e o admirando tanto e ainda assim coisas acontecem constantemente e essas pessoas se questionam o motivo disso mas não recebem respostas em retorno... não há respostas e devemos aprender a conviver com isso, com o vazio e com o silêncio da sua explicação, na ciência nós recebemos explicações -- explico e ele sorri tossindo um pouco

As coisas simplesmente acontecem Damon, não temos controle e você sabe disso -- ele comenta e eu concordo com seu argumento -- Não devemos cobrar nada do criador, olha pra mim e me diga se eu imaginei que morreria hoje? Claro que não mas se é a vontade dele, eu aceito afinal o meu propósito na terra foi cumprido se estou sendo chamado pelo pai, quem você perdeu?

Eu perdi as contas já -- respondo desviando o olhar e ele aperta minha mão

Quem até hoje faz tremenda falta a ponto de fazê-lo questionar sobre Deus ?-- questionou

Minha irmã mais nova, ela faleceu após um acidente de carro enquanto retornava de uma viagem com colegas da escola, foi a única vitima fatal daquele fatídico dia e quando ela se foi naquela madrugada eu soube que nada mais seria o mesmo e por muito tempo me perguntei onde ele esteve que não a protegeu ou intercedeu a mantendo viva -- explico olhando para a parede a minha frente de vidro que dava vista ao quarto ao lado vazio do cti para queimados e ele aperta minha mão.

Bom, com certeza ela foi uma boa garota 00 ele comenta e eu balanço minha cabeça concordando

Depois foi meu filho, ele ainda estava no utero quando começou a sentir dores e seus ossinhos quebravam-se sem ele precisar nem mover-se pra isso, meu filho foi expulso do conforto dele pra vim a mundo no quinto mês de gestação da minha esposa e ele ficou vivo por apenas alguns minutos, foram dolorosos minutos pra mim .. mas foram ainda mais dolorosos para ele pois simplesmente respirar pra nossa despedida o machucava de alguma forma ... e onde ele estava ? eu não sei dizer, meu filho morreu, meu filho sofreu ainda em gestação e sofreu em vida mesmo que curtamente, e onde ele esteve que não intercedeu por um ser tão pequeno e inocente que nem aproveitou do mundo? -- falo limpando uma lágrima que escorre e outra vem em seguida -- Onde ele esteve quando as duas pessoas que eu mais amei foram tiradas de mim assim repentinamente?

Damon querido .. -- ele tentou falar

Onde ele esteve quando a dor me consumiu e quando acabou comigo ? quando eu pedi ajuda e ele não respondeu, nem deu sinal ou qualquer outra coisa? onde ele esteve em todos esses momentos Bartô? eu não senti .. eu não sinto -- falo deitando minha cabeça na borda da cama e escuto ele chorar

Olhe pra mim Damon, eu não sei se aguentarei para me despedir da minha esposa ou dos meus filhos ... Acha que eu fico feliz com isso? não eu gostaria de tê-los comigo por horas a fio até a minha partida mas Lohaine e eles foram visitar uma tia, leva horas até chegarem aqui e eu aceito a vontade dele, eu aceito e eu de certo modo fico aliviado por eles não me verem assim, como uma múmia engessado e nesse estado catastrófico, Deus tinha um propósito de vida pra mim e se esta me levando é justamente porque o cumpri -- ele fala calmo e volta a tossir, coloco a máscara nele

Precisa descansar -- falo limpando as minhas lágrimas e ele nega tirando a máscara

Deus não responde nossas dúvidas, ele não pode .. nós devemos encontrar as respostas em seus ensinamentos, buscar conforto em suas palavras e naqueles que nos cercam, eles são enviados do pai para nos ajudar a seguir, a aguentar firme, a atravessar as barreiras, nossos familiares, nossos amigos, nossos amores ... Todos eles, estão em nossa vida por uma simples razão e quando partem é justamente por terem feito o que foram enviados a fazer -- ele fala puxando o ar fortemente e eu o encaro por alguns segundos -- Parece que não chorou o bastante não é?

Eu nunca vou esquecer, eu não posso esquecê-los -- sussurro

Não deves, o amor é duradouro quando verdadeiro e nada muda isso, nem a morte querido -- ele explica e segura minha mão -- Isso me conforta, eu sei que serei amado depois da minha partida, que uma parte deles nunca vai me esquecer ou deixar de me amar, de sentir minha falta e de alguma forma eu continuarei vivo, mesmo que em suas memórias

Isso é lindo -- ele sorri quando falo isso

Eu preciso que me faça um favor Damon -- ele pede baixinho e fecha os olhos por alguns segundos -- Passa um recado a Loraine e aos meus filhos

Você fará isso pessoalmente -- me nego e ele tosse

Por favor -- implorou e eu o observo fechar os olhos fortemente, e quando os abre estão encharcados de lágrimas e isso me atinge como um tapa na cara.

Tudo bem, eu passo -- concordo e ele sorri fraco -- O que quer que eles saibam?

tem um gravador? .... -- ele começou a falar e no meio de tudo suas crises de tosse aprofundaram-se em muitos momentos, eu escutava e gravava cada palavra que ele dizia e dava a ele a máscara para auxiliar na sua respiração, ainda lhe ofereci morfina mas ele não queria ficar dopado, queria estar consciente -- ficou bom ?

Sim Bartô -- confirmo e ele sorri puxando ar com a máscara na boca

Quanto a você querido, seja paciente e tenha fé -- ele aperta minha mão entre as suas e eu sorriu um pouco triste -- Olhe para as coisas boas da vida, viva como sua irmã e seu filho gostariam que vivesse, como viveria se eles estivessem vivos, eles estão de alguma forma vivos em você afinal, não culpe Deus por tudo isso, ele escreve certo por linhas tortas e um dia você irá compreender

Obrigado -- agradeço e ele sorri tossindo mesmo com a máscara presa a ele -- Calma, respira

Eu que agradeço Damon, minha ultima missão foi você afinal, ajudá-lo de alguma forma a diminuir suas dores, compreendê-las -- ele fala e aperta minha mão mais uma vez -- Não esquece de mostrar a eles a gravação

Eles saberão -- confirmo e ele sorri uma ultima vez antes do som irritante da máquina soar pelo quarto avisando que seu coração havia parado, que já não havia mais um Bartolomeu ali e sim apenas um corpo vazio. Saio do quarto após anunciar o horário da morte e os enfermeiros surgiram para começar a remover o corpo dali, removeriam os aparelhos e depois alguém subiria do necrotério e o recolheria para levá-lo até lá, caminho rapidamente e sem rumo sentindo-me sufocado e entro na capela por intuição.

Aproximo-me da bancada de velas e pego uma das apagadas coloco sobre a bancada do lado da que estavam acesas e pego o fósforo para ascender mas minhas mãos tremiam mais do que eu gostaria que ocorresse, não conseguia controlá-la.

Ei -- escuto a voz de Lexi assim que suas mãos tocam as minhas me ajudando a ascender o maldito fósforo e eu o apago após isso, jogando o palito no pequeno lixeiro que havia ao canto, lanço o mesmo sem em importar se cairia dentro ou não -- Eu vi você no segundo andar Damon te chamei desde então e você nem me ouviu .. o que há amigo?

Ah lexi -- é tudo que sai de mim antes de a abraçar fortemente ela retribui sem nem pensar duas vezes e eu posso aliviar a sensação ruim que estava em meu corpo desde a morte de Bartolomeu.

Tudo bem.. já passou -- ela sussurrou -- Já passou, ok?

Obrigado Lexi -- agradeço a soltando e nós dois sentamos em um dos bancos de madeira da capela e a loira me encara perdida -- Por tudo, você é um ser humano tão especial em minha vida e eu sei que não falo isso sempre mas ter você por perto é sempre o que me conforta

Eu sei, e sinto a mesma coisa -- ela confessa e suspira -- Precisamos um do outro, precisamos de suporte e u sempre estarei lá por você

Eu eu por ti -- confirmo a fazendo sorrir e ela me abraça

Me diz o que aconteceu ?-- questionou e eu explico a ela sobre o meu paciente -- É realmente triste, mas pelo menos ele foi em paz, estava tranquilo e havia aceitado o destino, ele tinha fé Damon e de certo modo, ele sabe que o pai não o abandonou, ele sente que não e isso deve tê-lo confortado

É deve ter -- concordo olhando para o vidral a nossa frente, colorido e feito a mão por algum artista que fez um belo desenho de anjos em seu esplendor, com uma linda luz os iluminando do céu e parecia tão real, justamente pela luz do sol atravessar esse vitral, é como se a luz iluminasse realmente a bela imagem, reconfortando quem entrasse ali.

Ta com fome ?-- lexi perguntou e eu balanço minha cabeça confirmando, ela levanta me oferecendo a mão

Eu não sei se irei para o ensaio fotográfico Lexi -- falo suspirando e ela para de caminhar me fazendo esbarrar nela que ia a minha frente

Sim, você vai -- ela ordenou

..............

Encaro o trio sentado a alguns metros de mim, logo abaixo sobre as poltronas da sala de espera enquanto Lexi e eu estávamos apoiados no parapeito de vidro e ferro branco, olhando a alguns minutos para as três pessoas evidentemente ansiosas, apoiando uma a outra enquanto aguardam noticia do pai e marido. Suspiro mais uma vez e caminho em direção a escadaria descendo os degraus sem muita pressa e com um pesar enorme no peito pela noticia que se procederia em alguns segundos, me aproximo cautelosamente dos três.

Loraine Benton ?-- chamo e uma mulher de no máximo uns 55 anos com cabelos castanhos claros e pele clara levantou da poltrona do meio soltando as mãos dos adolescentes que levantaram logo em seguida ficando ao lado da mãe -- Eu sou o Doutor Salvatore, atendi Bartô quando ele deu entrada no hospital há algumas horas atrás

como ele está? eu disse para me esperar que iríamos ao hospital juntos amanhã pela manhã -- ela falou ansiosa -- Posso ver meu marido ?

Nós precisamos muito conversar -- falo apontando para a poltrona e ela senta, sento- me a sua frente e seus filhos dividem a poltrona que estava atrás dela -- Seu marido deu entrada com sérios problemas tecidual, infelizmente ele adquiriu uma grave alergia aos medicamentos que estava tomando e esta alergia acabou separando o tecido do corpo dele, nós iniciamos um tratamento de contenção para mantermos ele confortável e estável o máximo possível

Como ele esta agora? -- O filho que aparentava ter uns 20 anos no máximo perguntou colocando a mão sobre o ombro da mãe

Eu sinto muito informá-los mas Bartolomeu veio a falecer há 4 horas atrás -- finalmente comunico e eles ficam estáticos, e o primeiro a romper-se em choro é a filha que parecia ter uns 17 anos, fecho meus olhos por alguns segundos buscando força para seguir com o que prometi a ele -- Eu fiquei com ele durante todo o tempo, ele não estava sozinho ...

Eu estava a caminho -- Loraine fala derramando lágrimas silenciosas -- Não consegui chegar a tempo ... Meu Bartô

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Ele pediu que passasse um recado a vocês -- falo finalmente encontrando voz enquanto observo o trio abraçar-se fortemente e tentar consolar um ao outro.

Podemos vê-lo primeiro ?-- Loraine pergunta e eu confirmo com um acenar de cabeça

Podem me seguir por favor -- dou comando e os três me seguem, Lexi estava ainda encostada ao parapeito observando e sorriu pra mim assim que eu a olhei, caminho pelos corredores com os três me seguindo e chamo o elevador, permanecemos calados até chegarmos ao subsolo onde ficava o necrotério, abro a porta após utilizar o cartão e o Dr. Harmon estava fechando uma das gavetas no momento

Olá Dr. -- ele cumprimenta

Eu trouxe a familia do Bartolomeu Benton para despedir-se dele -- explico e ele pega o prontuário verificando em qual gaveta ele estava, o ajudo a abrir e puxar a maca de dentro o colocando sobre a mesa, em seguida abro a porta e permito que eles entrem para despedirem-se dele, Harmon sai por alguns segundos afirmando que iria tomar um suco e eu fico em pé próximo a porta.

Me perdoe querido.. me perdoe por não estar aqui -- Loraine fala acariciando o rosto do marido enquanto chora altamente e eu viro meu rosto pro lado, sem querer presenciar muito disso, e dar-lhes mais privacidade -- Eu sinto muito, sinto muito Bartô por ter lhe perdido querido, eu te amo

Eu vou sentir tanto a sua falta papai -- a menina que se não me engano se chama Merina falou se aproximando do pai, do que restou dele -- Eu te amo tanto paizinho, prometo que vou me esforçar e te trazer orgulho, meu orgulho maior

Eu cuidarei delas pai, prometo dar o meu melhor pela mamãe e pela Meri da mesma forma que deu o seu melhor por nós -- Max o filho mais velho falou abraçando a mãe de lado e tocou a mão do pai.

Oi família, eu não tenho muito tempo restante e se estão escutando isso provavelmente não suportei mais, e partir mas preciso que saibam que esta tudo bem -- ele puxa um pouco mais de ar na gravação -- Eu fui bem tratado, fiz uma nova amizade com o Doutor Salvatore e eu não estou sozinho Lora, ele é um bom homem e esta me fazendo companhia por vocês, sinto muito se eu não aguentei a vossa chegada e disse tudo isso olhando mais cedo ou ontem, ou olhando nos olhos de vocês como gostaria de fazer -- Barto tosse algumas vezes e consegue recuperar o fôlego -- Mas eu amo vocês demais, sempre amei e vou amar, durante todos esses anos vocês foram os minha força e meu coração, cada dia que vivi ao seu lado Lora foi o melhor da minha vida, até as brigas bobas que tivemos e que eu sentirei falta -- ele ri e tosse mais uma vez -- Você fez de mim um homem de verdade querida, me deu vida e um propósito quando presenteou-me com nossos filhos, há 20 anos atras quando você veio ao mundo Max, eu percebi que minha missão era cuidá-lo e protegê-lo, ensiná-lo e você aprendeu tão bem filho, meu corajoso Maxoel, não fique desesperado ou sinta medo, o mundo não esta sobre as suas costas, e algumas coisas darão erradas mas você vai conseguir filho, só seja corajoso e responsável ... Quanto a você bonequinha do papai, minha Merina menina .. eu sinto muito Meri por não estar na sua formatura do ensina médio como sempre sonhamos, mas tenho certeza que ..-- mais uma vez ele tosse constantemente e puxa o ar fortemente enquanto eu escuto os soluços dos três na sala e seguro o telefone -- Tenho certeza que será a aluna mais bonita de toda aquela escola, não tenha medo .. encare toda plateia de frente e faça o seu belo discurso de oradora da turma, você foi sempre tão esperta, inteligente, dedicada e vai conseguir sim entrar na faculdade, e se não conseguir, tudo bem.. tente mais uma vez ninguém vai se decepcionar, só não desista dos seus sonhos nunca, papai vai te ajudar sempre.. Eu não estou chateado, eu compreendo tudo, eu aceitei o meu destino e quero que aceitem também, vivam, sejam felizes todos os dias.. eu estou bem e amo vocês pra sempre ...

Nós também te amamos querido -- Loraine falou após uma onda de soluços e abraçou o corpo do marido sobre a mesa de metal -- Nós sempre vamos te amar

Vamos ficar bem, nós ainda temos você -- Max falou enquanto acalentava a irmã que chorava copiosamente em seus braços

Obrigado Doutor, por cuidar do meu marido e estar ao lado dele -- Loraine vem até mim me abraçando e eu correspondo ao abraço levemente, escuto mais um soluço seu e fecho meus olhos.

Eu que agradeço, seu marido me ensinou muitas coisas durante o tempo em que esteve aqui -- falo sincero e ela sorri limpando as lágrimas com as mãos.

Pode me enviar esse áudio? é importante pra mim -- Merina falou olhando-me com o rosto banhado em lagrimas e um brilho de tristeza no olhar e eu confirmo, enviando a ela após alguns segundos, ela agradece e me abraça rapidamente antes de ir para os braços da mãe chorar a sua perda, por ultimo max me cumprimenta e me agradece também.

Eu preciso que assine alguns documentos Senhora Benton -- falo após sairmos da sala e ela confirma com um balançar de cabeça enquanto seguimos para a sala de reuniões, lexi me manda mensagem confirmando que já estava la com Bailey então os levo até lá, quando eles estão conversando com Miranda sobre o ocorrido e ela estar a explicar sobre a documentação que precisava ser assinada, e alguns outros tramites legais para liberação do corpo, eu me despeço dos três e saio da sala, vejo meu bipe apitar e vou ao encontro de Elena e Stefan.

Queremos que faça a transfusão de sangue em Clarice, salve nossa filha Doutor --- o pai da garota falou quando entrei no quarto e eu olho o estado da menina, pálida, fraca, e inconsciente, respirando com ajuda de aparelhos.

Peçam uma bolsa de sangue B+ -- falo para Stefan e ele sai correndo para ir buscar as bolsas pessoalmente, pego um par de luvas e preparo o acesso venoso para fazer a punção quando as bolsas chegassem, Stefan volta em tempo recorde e me entrega a bolsa, penduro no apoio e conecto a mangueirinha, limpo o local da pele dela com alcool e enfio a agulha, retirando e deixando apenas a borboletinha preso ao local com atadura, para segurar e abro o registro da mangueirinha fazendo sangue pingar e deixo que seja um pouco mais rápido para melhorar ainda mais as chances da paciente, Assim que finalizo isso, os dois agradecem e saio do quarto chamando por elena e stefan e eles me seguem. Após isso sigo para encontrar com Lexi afinal estávamos com horários apertados para a sessão de fotos que eu faria em pouco tempo -- Temos 25 minutos para chegarmos ao local das fotos

Merda -- Lexi resmunga fechando o jeans dela e colocando seus sapatos de salto ao se jogar no sofá da sala -- Não vai dar pra parar pra comprarmos algum lanche ..

Não mesmo -- respondo colocando minha blusa e a puxa rapidamente para baixo a vestindo por completo e pego minha pasta, no caminho para o carro lexi finaliza seu cabelo que estava amarrado com tranças e coque e o solta enquanto corre ao meu lado. Chegamos ao local das fotos faltando cinco minutos para o horário marcado.

Vamos a maquiagem -- uma mulher falou assim que chegamos e eu quis dizer a ela que não era preciso mas quando percebi ela ja estava me arrastando enquanto Lexi mantinha as mãos em minhas costas empurrando-me. Pelo menos eles fizeram só sumir com as minhas olheiras que estavam muito nítidas e essas coisinhas, nada muito extraordinário e eu agradeci internamente por isso.

Os flash's da câmera surgiam um atrás do outro enquanto eu tentava não rir da empolgação de Lexi ao lado do fotografo me incentivando como só ela sabia fazer. Lexi sorria enquanto eu olhava para a câmera fazendo minha cara mais séria possível, e até tentei ser sensual uma vez ou outra.

Meu Deus, essa foto vai deixar muita mulher excitada -- Lexi falou vendo a imagem na cãmera do fotografo -- Sua cara de '' Posso foder você?'' puta merda amigo

Esta realmente sexy -- o fotografo concordou piscando com Lexi sorrindo para ela que olhou pra mim com um sorriso contido, eu sei que o lado safado de Lexi esta pulando dentro dela por ter sido notada por um homem como ele. Retiro o blazer o segurando sobre o ombro para mais fotos e Lexi aceita o café que ofereceram, enquanto bebe e observa a sessão de fotos bem de perto, me dando dicas enquanto fazia-me companhia e até que foram três horas bem produtivas e divertidas, levando em conta que acabaram colocando música, pediram lanche e até jogamos conversa fora enquanto lanchávamos, no final da sessão estávamos alimentados, satisfeitos com as fotos selecionadas e com as horas gastas presos dentro do grande estúdio.

Vamos nessa cambada -- Lexi grita quando paro o carro no estacionamento para que Elena e Stefan entrassem no carro -- Boa noite

Boa Noite -- ambos respondem ao mesmo tempo

Como foram as fotos ?-- Stefan pergunta animado

Foram produtivas -- respondo -- Divertidas, eu sou um homem muito gostoso cara .. essas fotos só constataram isso

Quanto ego -- meu irmão sussurra nos fazendo rir

Sério, foi até que legal -- admito e Lexi ri mostrando o telefone dela para os dois no banco de trás das fotos que ela tirou nos bastidores

Pediram lanche?-- Elena pareceu

Sim, pedimos lanche, champanhe gelado para brindar, foram horas maravilhosas depois do dia de hoje --- lexi comentou travando o telefone -- Patrick o fotografo vai nos mandar fotos depois

Paro no semáforo fechado e ligo o rádio do carro, querendo acabar com a conversa mas eles continuam a falar, Lexi dar detalhes de como havia sido a sessão de fotos e eu decido ignorá-los, sem querer falar mais nada, eu realmente estava precisando de um momento só meu e não conseguia pensar em nenhuma forma de fazer isso. Assim que o sinal abre, piso no acelerador e mantenho a velocidade constante para chegar mais rápido em casa, reduzindo apenas quando há trânsito e quando paro o carro na minha vaga na garagem, saio do mesmo batendo a porta sem esperar por nenhum dos três.

Olá querido -- minha mãe fala sorridente quando eu entro na cozinha e vejo que ela estava a conversar com meu pai, ambos estavam cozinhando e pareciam ter tido um dia muito bom, sorriam e estavam calmos, relaxados, isso me fez sorrir -- Teremos massa para o jantar, talharim ..

Maravilha -- falo pegando um pouco de água na geladeira -- Eu estou faminto

ótimo, fizemos também bolo para sobremesa -- meu pai fala levantando e vai verificar a panela no fogo

Eu vou escolher um vinho -- minha mãe caminha até a adega e ao passar por mim me abraça carinhosamente, sorrio a apertando e a solto para que siga seu caminho e logo o trio esta entrando na cozinha. Elena arruma a mesa com Lexi e meu pai coloca o talharim nos pratos, minha mãe surge com uma garrafa de vinho branco, sentamos todos a mesa e começamos a nossa ultima refeição do dia enquanto falávamos sobre nosso dia e o momento em que passamos na companhia um do outro, foi bem acolhedor, retiro os pratos com Stefan e minha mãe se prontifica em lavar nos livrando dessa tarefa, agradeço despedindo-me dela com um beijo no rosto e lhe desejando boa noite para subir, Stefan faz a mesma coisa e ao cruzarmos a sala vejo que meu pai estava tomar uma dose de bourbon enquanto verificava seus emails concentradamente, não o atrapalho apenas desejo boa noite e recebo sua resposta assim como meu irmão.

Subo para meu quarto despedindo-me do meu irmão no corredor e bato levemente na porta de Lexi, ela estava saindo do banheiro enrolada em uma toalha, a loira sorri pra mim assim que eu abri a porta e desejo-lhe boa noite, ela responde carinhosamente e fecho a porta do seu quarto entrando no meu em seguida. Entro na banheira após encher a mesma e fecho os olhos, apoiando minha cabeça na borda da porcelana branca e gelada da mesma deixando que a água morna relaxasse meus músculos.

Você sabia que o pai de Clarice voltaria atrás e aceitaria o sangue?-- Elena pergunta parada na porta do banheiro, já com um pijama no corpo e os fios de cabelos soltos com uma escova de cabelos em mãos e eu confirmo com um acenar de cabeça.

Eu desconfiava -- respondo sincero

Como?-- questionou

Bom.. fazemos de tudo para salvar um filho elena -- respondo obvio e ela olha para o chão envergonhada com sua pergunta -- Faz parte do complexo humano, protegemos quem amamos

Eu não farei os exames Damon -- ela fala levantando o rosto e esta seria e decidida

Me diz por que?-- que questiono

Por que eu escolhi ter fé -- ela responde obvia e suspira -- Tenha um pouco de fé que seja mas por favor não me obrigue a fazer esses exames

Não me obrigue você a passar pela mesma coisa da outra vez -- eu rebato serio e ela fecha os olhos por alguns segundos -- Eu não farei, não irei te obrigar a fazer os exames mas não conte comigo para estar ao seu lado se novamente acontecer

Damon... -- ela tenta falar mas eu a interrompo

Bom, não conte comigo -- falo serio e ela concorda -- Mais alguma coisa?

Chegou um envelope pra mim com a data do julgamento do Mark -- ela responde me pegando de surpresa -- É em algumas semanas

Certo, avisaremos ao Richard para limparmos a agenda -- comento fechando os olhos novamente e quando abro para olhá-la elena já não estar mais parada na porta, quando saio do banho e coloco uma calça de moletom para dormir, ela já esta deitada parcialmente na cama, com o troco apoiado na cabeceira, e um travesseiro logo atrás, lendo um livro sobre maternidade enquanto anota algumas coisas em um bloquinho, deito-me ao seu lado e cubro-me parcialmente -- Boa noite

Boa noite Damon -- ela responde baixinho e eu fecho meus olhos apreciando o silencio e a calma do momento -- Me odeia ?

Não, só estou irritado -- respondo ainda de costas pra ela e sinto ela tocar meu ombro

Entenda meu lado por favor -- ela pede baixo

Entenda o meu também -- rebato e ela suspira quando viro para encará-la -- O que há de tão ruim em fazer os exames?

Eu não quero acabar com minhas esperanças, eu não quero ter que tirar outro filho -- elena responde fechando os olhos fortemente e balança a cabeça negativamente -- Foi doloroso demais, é doloroso demais pensar nisso e eu prefiro alimentar minhas esperanças, ter fé que tudo ficará bem

Eu prefiro tirar as dúvidas, nos preparar para o que pode vim -- explico o meu ponto e ela nega mais uma vez realizar os exames e eu concordo com um breve acenar de cabeça e torno a virar de lado para dormir, ignorando totalmente quaisquer coisa que sairia de sua boca em seguida para evitar mais brigas mas elena preferiu se calar e eu internamente agradeci por isso.

....................

Semanas depois

ELENA :

Os ultimos dias tem sido exaustivos demais, afinal precisava manter minha agenda livre por três dias seguidos para o julgamento que poderia se estender afinal e tudo que eu queria era que acabasse logo esse tormento que se aproximava me deixando ansiosa, tendo assim problemas para dormir, problemas com meu apetite que tem reduzido bastante na ultima semana e gerando-me muitas dores de cabeça terríveis. O pai de Damon estava em Londres após deixar Seattle, havia retornado a sua rotina de médico, a mãe dele havia sido levada novamente a clinica e nós focamos no trabalho, esquecendo por enquanto quaisquer conversa que não fosse sobre o julgamento, ou cirurgias.

O grande dia do julgamento havia chegado e eu estava acordada há horas na cama encarando o vazio a minha frente enquanto Damon dormia ao meu lado, levanto-me da cama para escolher uma roupa e caminho descalça pelo piso de madeira gelado do quarto, abro a minha parte de roupas e retiro muitos cabides com roupas pendurados procurando algo que passe uma boa impressão para o juiz e os jurados, escolho uma camisa de botões branca, um blazer preto, uma saia lapis preta os coloco sobre a ponta da cama, seleciono um par de lingerie branco e pego uma meia calça cor da pele, e para finalizar um par de scarpin preto, mais uma vez avalio a escolha de roupa e por fim a mantenho, retiro meu pijama e entro no chuveiro mesmo sem paciência para banheira, lavo meu cabelo para diminuir a sensação da enxaqueca que estava me atormentando ha dias. Passo mais tempo que o necessário embaixo da corrente de água quente do chuveiro e quando saio o despertador estava a tocar e Damon já estava acordando na cama, batendo violentamente no despertador para este parar de soar.

Não parece bem humorado -- comento e ele sorri brevemente

Eu estou radiante -- resmunga levantando da cama e caminhando até o banheiro, seco-me com a tolha que esta em torno do meu corpo e coloco a lingerie branca, a meia calça cor da pele e retiro a tolaha do cabelo, visto a blusa branca de botões, dobro um pouco a barra da manga, fecho o botão dela e coloco a saia lapis, deixando a blusa por dentro, e começo a secar meu cabelo, faço uma breve maquiagem para esconder as olheiras, diminuir a aparência de doente e faço babyliss nas pontas do cabelo o deixando solto, coloco um par de brincos pequenos e meu relógio, passo perfume e desço com o blazer em mãos e minha bolsa. Ligo a cafeteira para preparar o café do restante da casa enquanto bato rapidamente um suco de morango com hortelã para mim, coloco as torradas na torradeira e espero que elas fiquem pontas, deixando um prato com algumas delas sobre a mesa e a jarra de vidro da cafeteira já com o café quentinho sobre a mesma, sento-me a mesa e passo um pouco de geleia de amora na torrada enquanto tomo um pouco do meu suco --- Não precisava ter feito o café

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Eu já estava aqui embaixo mesmo -- respondo recebendo um beijo dele em mineus cabelos, Damon estava com roupa social também, camisa de botões, calça, sapato social preto, casaco preto, gravata, cabelos um pouco molhados ainda e barba havia sido feita totalmente -- Quantos tempo temos?

Tempo suficiente -- ele responde pegando a sua caneca no armário e senta ao meu lado servindo-se com o café -- O pessoal estará lá conosco a todo momento, revezando as horas de julgamento para nos apoiar

Eles são amigos maravilhosos -- comento bebendo um pouco mais do meu suco e calo-me sem querer falar muito disso, já estava ansiosa o suficiente para piorar o meu estado de nervos. Lexi aparece ao lado de Enzo e ambos estavam arrumados de acordo com a seriedade do momento, Lexi usava uma calça social na altura do tornozelo, com um salto aberto vermelho, uma camisa preta de seda e um casaco vermelho com o botão do meio fechado, os cabelos estavam presos a duas tranças gladiadoras finalizadas com um coque e nas orelhas possuía um par de brincos pequenos e discretos, sua maquiagem era totalmente clara e na boca o tom do batom havia sido trocado por um brilho labial apenas -- Bom dia

Bom dia casal -- enzo responde e Lexi apenas sorri brevemente, observo enzo com sua roupa tão arrumado quanto Lexi, ele usava uma calça num tom de azul escuro, um blazer combinando e aberto mostrando a blusa de mangas curtas na cor cobre, e uma sapato social num tom de marrom combinando com a blusa, sem meias, bem estiloso realmente. Pergunto por Stefan e descubro que ele havia passado a noite com Rebekah e que ambos iriam do apartamento dela para o tribunal afinal eram testemunhas também.

Desço do carro batendo a porta e suspiro ao encarar o grande prédio branco a nossa frente, meu coração acelerada só de imaginar as horas seguidas que passaria ali dentro, na entrada havia cerca de dez colunas gregas, cinco de um lado e cinco de outra, no meio destas uma grande porta preta estava aberta, e entre as colunas havia janelas escuras fechadas, com duas portinhas mais discretas ns laterais, próximas as ultimas colunas da entrada, subo a escadaria ao lado de Damon segurando sua mão e tento respirar o mais calmo possível, quando atravessamos a grande porta negra, com Lexi e enzo logo atrás dá gente, vejo Caroline logo no primeiro andar, então subimos mais um lance de escada agora dentro do prédio, com degraus cobertos por um tapete vermelho, preso por pequenos suportes de degraus dourados para evitar acidentes e aproximo-me da minha amiga recebendo um abraço dela.

Eu vim desejar boa sorte, tenho que estar na emergência em meia hora então não acompanharei o inicio do julgamento mas retornarei assim que possível -- ela explicou durante o abraço e eu balanço a cabeça sorrindo para a imagem da loira, com uma calça Jeans, blusa florida e um casaco branco, os fios dourados levemente ondulados por babyliss e um grande sorrindo confiante no rosto que por breve segundos me fez confiante também -- Richard e Adele estão lá dentro já, Stefan e Rebekah também, Boa sorte amiga

Obrigado Car -- agradeço a abraçando mais uma vez e ela alisa minhas costas em um carinho doce

Estarei aqui em algumas horas -- ela sussurra e despede-se do pessoal rapidamente antes de descer a escadaria rapidamente, louca para realizar seu trabalho no hospital e retornar e me dar apoio. Caminho pelo largo corredor a esquerda e ao chegar ao final deste, viro a direita deparand-me com mais um largo e pouco decorado corredor, tudo que havia nesse local eram algumas estatuetas sobre pilares, e quadros que remetiam a justiça e ao poder legislativo, simplesmente, as paredes eram brancas e com detalhes em colunas gregas, e cheirava a produtos de limpeza, vejo que no final do segundo corredor estava Adam o nosso advogado de defesa, Rebekah e Stefan eestavam sentados nas cadeiras presas a parede e Bailey e Richard escutavam atentamente as dicas de Adam, enquanto Klaus estava sentado ao lado da irmã.

ótimo, chegaram -- Adam fala vindo até nós e nus cumprimenta -- Como estão?

Eu não sei dizer -- respondo sincera e ele sorri caridoso

Ficará tudo bem, Lexi e enzo por favor -- ele os chamam para passar as dicas e eu vou até meu cunhado e a Rebekah, recebendo o bom dia deles com abraços confortantes, Klaus é o ultimo a me cumprimentar e em seguida cumprimenta a Damon -- Pessoal é o seguinte, apenas respondam o que lhe forem perguntado pela acusação e por mim, evitem alterações e tentem passar o máximo de calma possível a acusação tentará usar o nervosismo de vocês a favor deles

Temos que responde apenas com Sim ou não ?-- Rebekah questionou curiosa

Sim, porém eu irei pedir mais detalhes e a acusação pode fazer mas .. só darão os detalhes se forem pedido ou o juiz poderá interferir no testemunho -- ele explicou calmo e observo Damon esfregar as mãos ao meu lado -- Como tudo começou com o seu atentado Damon, você será o primeiro a depor no caso, suas testemunhas do flagrante são Stefan e Rebekah?

Sim -- damon responde

ótimo, eu chamarei primeiramente a Rebekah pois ela tem cirurgia anntes do meio dia -- ele falou após verificar as anotações e Rebekah sorri confirmando a informação, Adam nos explica como poderá ocorrer o julgamento no decorrer do dia, disse que podemos ter alguns minutos de recesso para lancharmos ou debatermos se a juiza decidir por um descanso ou simplesmente decidir continuar no dia seguinte, após isso todos nós entramos na sala, cruzando a larga porta de madeira marrom onde logo ao lado dela estava um policial armado, fazendo a segurança do loca, observo toda a grande sala luminosa, limpa e sinto meu estomago embrulhar na mesma intensidade que minhas mãos começar a suar geladamente, vejo que havia algumas pessoas dispostas a assistirem a sessão do julgamento, na sala havia duas portas laterais, uma do lado esquerdo por onde Mark entraria segundo Adam, e uma logo ao lado da alta e grande bancada da juíza, a bandeira do pais estava posta em um mastro e acima da bancada, havia guardas espalhados no local, um deles do lado da porta da juíza e outr ao lado da porta esquerda, um tabelião atrás de um computador que ficava ao lado do juiz porém um pouco mais baixo que a sua cadeira, e do lado direito logo atrás de uma pequena proteção de madeira estava as cadeiras dos juri, todas distribuídas em duas fileiras organizadamente.

Atravesso a portinha que o policial abre logo após Damon e em seguida Adam e novamente ele a fecha, sento-me na cadeira atrás da mesa da madeira escura a direita, onde as coisas de Adam foram dispostas por ele sobre o espaço vazio da mesa, e tento focar minha atenção na pequena luminária na ponta da mesa, sento-me na cadeira do meio, Damon na lateral esquerda e Adam na lateral direita.

Eu to tão nervosa -- sussurro para Damon e ele beija meu rosto carinhosamente, olho para trás e nas cadeiras dispostas do lado direito do tribunal vejo rostos familiares, Stefan e Rebekah, Lexi e Enzo, Richard e Bailey, vejo Tyler entrando na sala e ele sorri para mim sentando em uma das cadeiras da terceira fileira noto que o lado de Mark não estava vazio,, alguns familiares entre os bancos, vejo seu advogado arrumar a sua mesa a esquerda, Mark entra na sala algemado e guiado por um policial, viro meu rosto para e perceber que o Juri estava a se posicionar em suas cadeiras, em seguida assusto-me quando uma voz masculina soa ao microfone.

Caso 1864 Casal Salvatore contra o Réu Mark Redson --- Anunciam assim alguns minutos após a nossa entrada na sala de julgamento -- Realizado pela Juíza, presidente do supremo tribunal Marlee Parker

Uma mulher morena, aparentemente demonstra ter no máximo uns 50 anos, usando uma bata preta com babados branco no pescoço entra na sala pela porta ao lado direito, ela tem uma expressão séria e quando a vemos, levantamos todos de prontidão, ela senta-se em sua grande cadeira e aproxima-se do pequeno microfone preso a sua mesa alta que nos permite ver apenas dos seus ombros para cima.

Podem-sentar -- ela comanda e toda a sala senta-se de imediato, o policial que troue Mark posiciona-se também ao lado da porta esquerda e o que acompanhou a juíza ao entrar posiciona-se a frente do seu palanque, com as mãos a frente do corpo, noto o homem sentar em frente ao computador e fazer um sinal para a juíza -- Vamos começar a sessão, nos reunimos nessa manhã de segunda feira para darmos inicio ao Julgamento do Senhor Mark Tortillo Redson acusado de dupla tentativa de homicídio, pelas vitimas Doutor Damon Salvatore, e Doutora Elena Gilbert Salvatore

Suspiro lentamente escutando todo o discurso da Juíza e mantenho meu foco nela, de alguma forma sinto-me um pouco mais calma, não consigo olhar para o lado e ver Mark há alguns metros de mim, e muito menos mover-se para olhar pra trás e buscar forças nos meus amigos. Seguro a mão de Damon sobre a mesa e espero que ela termine de falar sobre tudo isso.

Senhor Mark Redson, o Sr. é acusado de tentar matar o casal aqui presente nesse tribunal -- ela fala o encarando seriamente -- O senhor se considera Culpado ou Inocente?

Inocente -- ele responde cinicamente e eu sou obrigada a escutar, fecho os olhos por breves segundos e acaricio minha barriga que já começava a dar sinais de uma gestação buscando forças para aguentar tudo isso que iria prosseguir no meu pequeno milagre, escuto Damon rir pelo nariz de modo debochado e aperto sua mão mais uma vez.

Vamos começar ouvindo a acusação -- a juíza da a ordem e Adam ergue-se de sua cadeira fechando o botão de seu terno e caminha até o centro da sala.

Meritíssima, aquele homem sentado na cadeira de Réu, a qual conhecemos publicamente como Mark Tortillo Redson é o delator que defato tentou contra a vida dos meus clientes, primeiramente ele tentou tirar a vida do então Médico Damon Salvatore casado com a Médica Elena Gilbert, como forma de vingar-se da minha cliente por ela ter ajudado Alice, a namorado do réu a fugir após as agressões constantes que sofria por ele -- Adam começou a explicar detalhadamente a história -- Alice deu entrada no hospital com sérios traumas, costelas fraturadas, trauma craniano, manchas já mais claras de agressões anteriores, e estes médicos foram responsáveis por atendê-la e ajudá-la a escapar das mãos deste homem que se diz inocente mas não é, tenho em mãos laudos feitos no dia do atendimento que detalha o estado da paciente

Protesto -- o advogado de Mark fala batendo na mesa -- Ele esta impondo uma condição de culpa ao meu cliente

Protesto negado -- a juíza fala enquanto recebe em mãos os papeis dispostos por Adam ao policial que entregou a ela, observo com a respiração presa a mulher observar de cabeça baixa os papeis e passar para o homem ao seu lado que estava calado apenas digitando-- Prossiga Doutor

A minha cliente apenas seguindo o seu juramente de sempre proteger e zelar pela vida humana ajudou Alice a ir embora, cuidou dela no hospital e conseguiu uma passagem de avião comprada com seu próprio dinheiro, além de ter conseguido dinheiro extra para que Alice conseguisse chegar aos familiares e esconder-se de Mark -- Adam continuou quando a juíza Parker deu a ordem -- Na manhã seguinte a fuga de Alice, este homem deu entrada no hospital transtornado e na frente de todos na emergência do hospital Seattle Grace ameaçou a vida da minha cliente e a atacou mas esta foi defendida pelo marido aqui presente e alguns amigos de profissão

Este fato é veridico Sr. Redson?-- a juíza questiona o olhando

Não -- ele nega de imediato

Sendo assim pode prosseguir -- ela olhou para adam

Eu gostaria de chamar a nossa primeira testemunha no caso, Dra. Alexia Branson -- Adam fala chamando seu nome e Lexi levanta-se da cadeira, atravessando a mesma portinha que a gente e caminhou até o local que Adam lhe apontou, subindo dois degraus ela sentou-se atrás do palanque de madeira ao lado direito da juíza e um pouco mais abaixo que ela, um policial se aproximou de Lexi com um livro enorme, pediu que erguesse a mão direita e repetisse.

Juro dizer somente a verdade, nada mais que a verdade - ela repetiu em alto e bom som e o homem se afastou

Senhorita Branson, é verdade que estava com o Doutor Salvatore no momento que Alice eu entrada no hospital?-- Adam questiona

Sim -- lexi responde de imediato

Poderia por favor nos explicar como a moça estava ?-- ele pedi gentilmente

Bom, Alice deu entrada no hospital pela manhã por volta das 9:00/10:00 não recordo-me muito bem e fisicamente estava fraca, magra, machucada e um pouco consciente, foi dito ao paramédico que a atendeu no local que ela havia acidentado-se em uma escada, e ela apresentava fraturas na costelas e um tramatismo craniamo -- lexi respondeu o mais calma possível e olhou para damon e eu rapidamente antes de voltar a olhar para Adam.

A defesa tem algo a dizer? -- a juíza deu a voz ao advogado de defesa

Sim, Meritissima -- o homem fala levantando de sua cadeira e Adam se afasta -- Doutora..

Branson -- lexi responde e ele agradece com um acenar leve de cabeça

Doutora Branson, responda-me uma coisa .. a senhorita já caiu da escada? -- ele pergunta

Não -- ela responde

Então não pode me afirmar que uma queda de escada é tão seria quanto qualquer outro acidente, que pode perfeitamente quebrar costelas, fraturá-las e cusar traumatismos cranianos ?-- ele fala e lexi permanecesse quieta - Responda por favor

Sim, pode sim --- ela confirma e eu suspiro derrotada

é fato, Alice não foi tocada por meu cliente, ela simplesmente acidentou-se -- ele disse óbvio --Por enquanto é isso, obrigado por sua resposta Doutora

Meritíssima por favor, eu gostaria de fazer mais perguntas -- Adam pede e ela confirma com um balançar de cabeça -- Quando alice deu entrada, qual procedimento foi feito e o que a senhorita juntamente ao Doutor Salvatore puderam averiguar?

Nós a levamos a sala de traumas da emergência, pedimos que Mark esperasse do lado de fora poais ele estava muito nervoso

Ele amava a namorada -- o advogado de Mark falou obvio

Protesto Meretíssima, ele esta atrapalhando o relato da minha testemunha -- Adam falou serio e irritado

Protesto aceito -- a juiza aceita e o advogado se cala -- A testemunha pode prosseguir

Durante os exames, constatou-se que o traumatismo craniano não era muito grave mas Alice tinha marcas de escoriações pelos braços, e pescoço como se houvesse sido asfixiada por alguém -- Lexi continuou e sua voz soa por todo o grande salão graças ao pequeno microfone -- Quando Mark pediu para a levar pra casa, eu percebi que a presença dele a deixava muito nervosa e acoada, decidir junto a Damon manter a paciente em observação pelo restante do dia para dar a ela mais tempo

Alice confirmou que era maltratada pelo namorado?-- Adam questiona

Sim, nós a pressionamos e ela confirmou que Mark a maltratava há alguns anos -- lexi confirma

A senhorita também estava no momento em que o réu aqui presente, apareceu no hospital para buscar a namorada e descobriu que ela havia fugido? -- adam questiona

Sim -- ela confirma

Pode nos detalhar por favor -- ele pediu

Nós deixamos os residentes livres para atender os leitos da emergência e elena estava no leito 4 atendendo uma moça, eu estava no balcão da emergência com Damon e Klaus -- Lexi apontou para eles quando o advogado pediu -- Escutamos um grito e eu reconheci ser a voz de Mark, quando fomos atrás da voz ele estava no leito 4 encarando elena e havia chutado o carrinho de utensílios contra a parede, a paciente estava assustada e elena também além de encurralada

O que aconteceu em seguida Doutora ?-- lhe foi questiona e lexi fechou os olhos por alguns segundos antes de responder

Damon entrou na frente da elena que na época era namorada dele apenas para protegê-la do Mark, Klaus pediu que ele se retirasse mas ele se negou, ofendeu elena ..

Como ele a chamava ?-- adam questionou

Vadia -- lexi respondeu e eu fecho meus olhos lembrando-me da cena e do medo que senti achando que apanharia dele naquele momento, Adam pede que ela prossiga -- Elena acabou confirmando que ajudou Alice a fugir e Mark avançou nela dizendo que ensinaria uma lição para que nunca mais se metesse na vida do outros, no meio disso tudo Mark atingiu Klaus com o cotovelo e ele após isso conseguiu conter o mesmo, os seguranças chegaram e o expulsando do hospital

Adam agradece o seu depoimento e ela desce do local retornando ao banco para assistir ao julgamento, agradeço lexi com um sorriso assim como Damon e ela sorri enquanto retorrna, Adam voltasse para o juri

Como podem ver, a paciente confirmou que este homem a maltratava, havia lhe asfixiado naquela manhã e a sacudido pelos pulsos fazendo a mesma cair da esccada ao perder o equilibrio e como Alice desmaiou e não respondeu aos seus chamados ele viu-se na obrigação de chamar ajuda achando que a havia matado -- Adam fala e voltasse para a juíza -- Este homem é um perigo para a sociedade meritíssima Juiza , ele batia em mulheres, ameaçou a vida de médicos que cuidam da nossa sociedade de uma forma tão dedicada

Doutor Klaus Mikaelson -- Adam chama sua outra testemunha e Klaus vai ao banco das testemunhas e faz o juramento, é questionado sobre o dia em que acabou levando uma cotovelada de Mark e a defesa tenta nos por como vilões por ter revidado o ataque com socos, o testemunho é encerrado.

Dou voz agora a defesa do réu -- a juiza fala quando Adam senta-se

Meritissima ... -- ele começa a falar e eu inicialmente escuto atentamente o que ele tem a dizer a favor do monstro que estava defendendo, porém viajo para um lugar onde não escuto baboseiras como '' Eles querem destruir a vida do meu cliente .. eles tiraram o amor de sua vida '' ou coisa como '' Não há realmente provas que mostrem que Foi meu cliente Mark que tentou contra a vida do médico aqui presente '' Penso em outras coisas, penso em Damon e eu no hotel fazenda, penso em Nicholas, penso no meu novo bebê, nos meus pais, mas evito escutar e guardar todas as atrocidades que saia da boca da defesa. Alguém da familia de Mark testemunha a favor dele falando que nunca o viu maltratar Alice e que não acreditava que fosse realmente verdade, isso me fez revirar os olhos ao abaixar a cabeça e após as perguntas que a defesa fez foi a vez de Adam falar.

Eu não tenho perguntas a testemunha mas gostaria agora de chamar o Doutor Salvatore para depor sobre a sua tentativa de assassinato exercida pelo Réu -- Adam fala ao por-se de pé e Damon levanta-se sentando no banco das testemunhas -- Doutor Salvatore, nós já sabemos de tudo que aconteceu com Alice mas apenas o Senhor pode nos dizer o que realmente aconteceu naquela noite em que Mark Redson tentou contra sua vida, poderia por favor nos detalhar o ocorrido ?

Sim -- damon confirma e suspira antes de começar -- Eu havia saído do hospital, deixado Elena e o pessoal pra trás ..

Que pessoal, pode nos dizer os nomes? -- ele questiona

Lexi Branson, Lorenzo Gracia, meu irmão Stefan -- ele responde -- Nós moramos na mesma casa, e nesse dia eu havia me irritado no hospital por uma briga com meu pai, então deixei eles pra trás, parei no bar do Joey, meu amigo desde que voltei a morar em Seattle e bebi um pouco

O que o senhor bebeu?- a defesa questionou quando a juiza lhe deu permissão

Whisky -- Damon responde

Um médico que bebe -- a defesa zomba e eu escuto a risadinha de Mark

Eu não estou morto, e nem estava em horario de serviço -- Damon rebateu impaciente -- Posso continuar?

Sim -- Adam confirmou e o homem se calou

Após cerca de uma hora, uma hora e meia conversando com Joey e algumas doses de Whisky decidir ir pra casa, eu não estava bêbado e consegui dirigir ate minha casa que não é muito distante, eu lembro que estacionei o carro na minha vaga de sempre, abri a porta e a fechei, decidir beber mais após preparar a banheira para tomar banho, desci e peguei uma garrafa de bourbon e escutei um barulho no segundo andar mas achei que fosse meu irmão, eu chamei e não recebi resposta então ignorei, quando eu voltei pro meu quarto. coloquei uma música e quando estava prestes a entrar na banheira o Mark apareceu, e me socou após falar algo sobre o piso estar um pouco molhado e escorregadio -- Damon contou tudo enquanto olhava para Adam e hora ou outra pra mim, e não sabia dos grandes detalhes dessa noite e escutá-los me fazia suar e tremer ao lembrar da sensação horrivel quando achei que o havia perdido pra sempre.

O que aconteceu em seguida?-- Adam questionou

Eu escorreguei de fato, estava um pouco desnorteado pela bebida e acabei batendo a cabeça na quina da banheira, começou a sangrar e eu fiquei tonto com a pancada -- damon respondeu -- Eu o reconheci e ele apontou pra banheira e disse '' Você cavou sua própria cova'' e ele me afogou enfiando minha cara na banheira, retirou quando percebeu que eu estava mal e riu antes de novamente afogar-me deixando a água laranja com meu sangue e no meio de transtorno ele disse algo '' Ela vai pagar''

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Ele referia-se a sua namorada na época, a sua esposa atualmente ?-- Adam questiona

Sim, acho que sim -- damon respondeu e me olhou

O que aconteceu depois ?-- ele questionou

Eu não aguentei, me rendi a água .. me afoguei de vez -- damon respondeu e suspirou lentamente -- Eu morri

Obrigado por seu depoimento Doutor -- Adam agradece e damon retira-se do banco da testemunhas após a defesa tentar por a culpa no fato de Damon ter bebido e confundir mark com outra pessoa e isso acabou fazendo damon ser rude com ele e irônico falando coisas tipo '' Quando alguém te mata você não esquece a face da pessoa que usurpou a sua vida, ou esquece?'' e o homem disse coisa tipo '' Mas esta vivo ainda Doutor, ninguém usurpou nada do senhor '' -- Eu quero chamar agora ao banco das testemunhas a Doutora em pediatria do hospital Seattle Grace Rebekah Mikaelson

Eu juro dizer a verdade, nada mais que a verdade -- rebekah fez o juramento

É verdade que a senhorita, juntamente ao seu namorado o até então irmão mais novo do Doutor salvatore encontraram ele morto na banheira?-- Adam questiona

Sim -- rebekah confirma

Poderia nos detalhar Doutora -- ele pede e ela confirma com um aceno de cabeça e demora alguns segundos olhando para a nossa mesa -- Quando quiser Doutora

Desculpa, eu .. é algo perturbador lembrar disso -- Rebekah fala voltando a atenção para o advogado -- Nós havíamos jantado em uma lanchonete após o problema que teve no hospital e Damon saiu , brigado com o pai, o clima ficou estranho e Stefan e eu decidimos sair e jantarmos só nós dois, e após o jantar cerca de duas horas e meia nós fomos para a casa dele, quando chegamos lá a porta estava encostada e pensamos que Damon havia deixado assim, esquecido devido o estado de nervos dele naquela noite ... O som do quarto dele estava ligado e após alguns minutos com Stefan no quarto dele, eu achei que ir falar com Damon fosse algo certo a fazer, como amiga quis saber se ele estava bem após a discussão com o pai, eu entrei no quarto dele e fui abaixar a musica pra ele me escutar, foi quando ví que o piso do banheiro dele estava molhado demais e me aproximei.. Damon estava no fundo da banheira, a água estava alaranjada e transbordava da banheira, eu gritei por Stefan e quando ele apareceu, nós o tiramos da água e começamos os primeiros socorros e ligamos para a emergência pedindo uma ambulância

Como Damon estava?-- Adam pergunta

Ele estava sem batimentos, estava pálido, e gelado .. ele havia morrido por um tempo -- Rebekah responde e ouvir aquilo, os detalhes me fez arrepiar, pego o copo de vidro a minha frente e coloco água da pequena jarra de vidro sobre a nossa mesa, minha mão tremia enquanto levava o copo a boca e fecho meus olhos para me concentrar -- Stefen se desesperou, Damon não respondia a massagem cardíaca ou qualquer estimulo que tentassemos ..

Doutora Mikaelson, por algum momento viram ou ouviram algo que indicava haver uma quarta pessoa na casa?-- o advogado de Mark questionou quando a juíza lhe deu permissão para fazer suas perguntas e Rebekah o olhou

Não -- respondeu sincera -- Mas Damon não tentaria suicidio, eu acredito nele quando diz que tentaram tirar sua vida

Não perguntei isso, perguntei se viu ou ouviu algo que indicava uma quarta pessoa naquela casa e a senhorita disse que não -- o advogado falou olhando para o juri -- é só isso, muito obrigado

Doutor Stefan Salvatore, poderia por favor nos dizer o que aconteceu naquela noite completando o depoimento da sua colega Rebekah Mikaelson?- Adam pergunta a Stefan e o meu cunhado dá seu depoimento respondendo tudo o mais calmo possível e mais uma vez o advogado de defesa o questionou sobre ter visto alguém ou escutado algo que indicava haver alguém na casa naquela noite.

Não -- stefan responde com pesar e após o depoimento do meu cunhado, eu finalmente tomo coragem e me movo na cadeira olhando rapidamente para trás e percebendo que Rebekah já havia ido embora afinal tinha cirurgia, e Klaus havia ido junto a irmã para assumir a emergência. Recebo um sorriso acolhedor de Adele que estava sentada em um dos bancos e sorrio de volta da forma mais contida possível, Richard e Bailey estavam sentados, com os olhos penetrados na juíza e nos advogados, escutando atentamente tudo que estava sendo dito ali e meu cunhado, sentou-se no banco novamente, após finalizar seu depoimento. Torno a olhar pra frente e olho o horário no meu relógio de pulso, estava próximo ao horário de almoço e minha barriga começava a roncar de fome, apesar de saber que não comeria da forma que deveria, não tenho comido muito bem, ainda assim estava respeitando meus horários e tentando ao máximo por algo no estômago.

Faremos uma pausa para o almoço e depois retornamos o julgamento -- a Juíza fala batendo seu martelo e levanta-se de sua cadeira, saindo da sala com escolta policial, sigo Damon e Adam para fora da sala e encontro com o pessoal no corredor para almoçarmos todos juntos, encontramos um restaurante próximo ao tribunal justamente para evitar quaisquer atraso no retorno. Como um pouco de purê de batata, filé de peixe e legumes grelhados, e um pouco de suco de laranja enquanto escuto o pessoal comentar coisas negativas sobre a defesa de Mark e Adam falar o que estar para acontecer mas não consigo me concentrar em nada disso, me sentia totalmente acoada e perdida e rezava para que esse tormento acabasse de uma vez por todas.

Quase não tocou na comida -- Adele finalmente chama minha atenção e eu retorno ao momento a olhando com um breve sorriso -- Precisa se alimentar querida

Eu to comendo -- me defendo e abaixo a cabeça sabendo que ela rebateria ou qualquer outra pessoa na mesa iria se opor a minha defesa e isso os faz permanecerem calados quanto a esse tópico, termino meu almoço aos trancos e barrancos e sou a ultima a finalizar devido o esforço que fiz para comê-lo, não peço sobremesa e encerram a conta, pagamos e retornamos ao tribunal caminhando para finalizar a digestão e por termos simplesmente deixado os carros no estacionamento. Aguardamos por cerca de meia hora até que a sessão recomeçou mais uma vez, Enzo deu o depoimento sobre o estado de Damon e detalhou o máximo possível, em seguida Bailey e Richard foram as testemunhas a depor e passamos cerca de 5 horas seguidas naquela sala ouvindo eles falarem sobre todo o atendimento, Adam finalizou detalhando o boletim de ocorrência feito por Giuseppe Salvatore quando soubemos que o caso de Damon havia sido caso de homicídio, houve breves desentendimentos entre os advogados e a defesa de Mark parecia irreversível quanto a tentar jogar a culpa sobre nós do ocorrido e isso me deixou cada vez mais indignada -- Me sinto sufocada

Calma -- Damon sussurra ao meu lado e segura minha mão

Bom, levando em conta as horas que passamos aqui e tudo que ainda precisa ser averiguado neste tribunal sobre o caso, eu declaro recesso até amanhã para descansarmos e assim finalizamos o caso se possível -- A juíza comanda e em seguida bate seu martelo

A volta para casa foi silenciosa, todos estávamos exaustos e desesperados por um banho e comida mas eu apenas pensava em minha cama, um bom chá e apenas isso. Encosto minha cabeça no vidro da janela e espero pela chegada, sem ânimo para quaisquer coisa, Lexi ainda sugere que jantemos em alguma lanchonete mas Enzo rebate falando que prefere pedir alguma coisa que estava cansado e com dor de cabeça, eles haviam ficado todo esse tempo conosco, sem trabalhar, aguardando o caminhar do processo e eu nem me toquei que para eles seria tão exaustivo quanto para mim ou Damon, lembro-me de agradecê-los depois e permaneço calada.

Eu vou subir -- falo subindo direto quando chegamos em casa e retiro minha roupa rapidamente, sinto meu estômago revirar e uma dor de cabeça tremenda apoderar-se do meu corpo e corro para o banheiro prestes a vomitar, encosto-me na banheira após fazê-lo e sinto meu corpo tremer de fraqueza e fico longos minutos no chão gelado do banheiro esperando a sensação passar com medo de levantar-me e ir ao chão. Quando finalmente sinto-me melhor, retiro a minha lingerie e entro embaixo do chuveiro e ligando o mesmo deixando que a água quente caia em cascata por meu corpo de forma relaxante, sento-me no chão e passo um tempo ali molhando minha cabeça, abraçada aos meus joelhos e choro deixando que todo o medo do dia, a apreensão, e as sensações ruins saiam de uma vez.

Tem certeza que não esta com fome?-- Damon questiona tirando sua gravata e seu relógio em seguida quando eu saio do banheiro enrolada em uma toalha e com uma segunda enrolada ao cabelo

Eu só quero dormir, não me sinto muito bem -- respondo pegando uma calcinha para vestir e coloco uma camisola e seco superficialmente meus cabelos com a toalha enquanto ele toma banho, deito-me de lado e puxo a coberta até um pouco abaixo dos seios e fecho os olhos cansada demais para esperar Damon e desejar boa noite.

Mais uma vez acordo cedo demais e fico a rolar na cama enquanto Damon dorme ao meu lado, vou a cozinha e esquento um pouco de leite pra mim ao sentir meu estômago doer por ter ficado sem comer tantas horas seguidas, sento-me na poltrona e bebo do leite com canela enquanto observo a sala vazia e imagino os muitos finais para o dia de hoje sem vontade alguma de ter que encarar um dia a mais na mesma sala que Mark e escutar as asneiras que o seu advogado diz em sua defesa tentando difamar a imagem de Damon e minha.

Quando percebo o horáario subo para tomar banho e percebo que Damon já estava no banheiro o fazendo, então arrumo a cama e separo uma roupa pra mim, camiseta preta, um terninho num tom de vermelho um pouco puxado pro vinho, e o mesmo scarpin preto do dia anterior, meu cabelo estava seco totalmente depois da noite de sono e eu não tinha ânimo para fazer nada nele, apenas o amarrei em um coque e entrei no chuveiro quando Damon terminou. Desço já vestida com minha bolsa em mãos e colocando um par de brincos pequenos e discretos e encontro o trio já na cozinha a tomar café com panquecas que Stefan havia feito para aguentarmos as próximas horas da manhã dentro do tibunal, sento-me a mesa e pego uma das panquecas, jogo mel em cima e como enquanto tomo um pouco de leite morno com canela mais uma vez, damon havia me proibido cafeína então restou-me o bom e velho leite para tentar substituir o meu café de todo dia.

Nós teremos que trabalhar hoje, mas ficaremos indo ao tribunal nos horários vago -- Stefan falou pegando sua terceira panqueca

Eu só poderei sair após dar meu depoimento hoje, e eu nem sei que horas ele poderá ser -- enzo comenta e enche a boca

Você é testemunha chave, estava comigo quando elena me ligou -- damon comenta obvio

Eu sei, Richard e Bailey irão depor hoje? -- Lexi pergunta

Bailey e Klaus, Richard, Kyle e Tyler irão depor, além de dois policiais que estavam la no dia e eram colegas de trabalho da policial que Mark matou naquele dia -- damon responde e eu finalizo meu café da manhã sentindo um gosto amargo na boca ao saber que nas próximas horas iria recordar detalhadamente um dos piores dias da minha vida. No caminho para o tribunal faço uma breve oração e tento a todo momento manter-me focada e calma, esquecer um pouco o medo mas ao atravessar as portas da sala onde Adam já nos aguardava a sensação de sufocamento retornava aos poucos, percebo que Caroline esta em um dos bancos ao lado de Klaus e ela sorri pra mim vindo abraçar-me antes que eu atravessasse a portinha de madeira e ficasse em um dos bancos dos réus, a Juíza surge meia hora depois dando inicio a continuação do julgamento e Adam mais uma vez começa expondo seus argumentos, sua voz era forte e determinada e Adam tinha um semblante sério no rosto, enquanto caminhava pelo meio do salão, olhando o juri e a juíza, olhando o publico que assistia ao julgamento.

Primeiramente ele chama os dois policiais que estavam juntamente a Carmen naquele fatídico dia e detalharam o comportamento de Mark enquanto estava sob custódia antes da rebelião, além de detalhar o que ocorreu até o momento da fuga, como encontraram Carmen e ouvir tudo aquilo estava me causando calafrios por todo o corpo. Escuto atentamente evitando olhar para o lado esquerdo da sala onde o mesmo estava com seu advogado e após o mesmo tentar diminuir a culpa de Mark, julgando os policiais culpados por terem perdido o homem de vista num hospital e tentando fazer com que o ataque que eu sofri fosse jogado sobre os ombros dos pobres policiais e eu quis rir ao escutar aquilo.

Se me permite meritíssima eu gostaria de chamar agora para depor, a vitima do ataque presente aqui nesta sala, Doutora Elena Gilbert -- Adam chama e eu levanto da minha cadeira recebendo um beijo em minha mão de Damon e fecho o meu blazer do meu terninho enquanto caminho para o banco das testemunhas, sento-me sobre o banco e apoio meus braços sobre a superfície de madeira polida da mesa. Um policial se aproxima de mim com o livro e pede que eu coloque a mão esquerda sobre ele e levante a mão direita e eu o faço.

Juro dizer somente a verdade, nada mais que a verdade -- repito o que ele me explicou e o mesmo balança a cabeça antes de se afastar

Doutora Gilbert, poderia nos confirmar se o homem que a atacou estar nesta sala ?-- Adam começa

Sim -- respondo de imediato

Poderia nos dizer seu nome e apontar para ele -- pediu e eu confirmo com um acenar de cabeça

Mark Redson -- respondo e aponto finalmente olhando para ele pela primeira vez hoje e recebo um sorriso seu em resposta que me fez embrulhar o estômago, volto meu olhar para o meu advogado e ele balança a cabeça levemente agradecendo

Eu sei que não é um dos seus assuntos favoritos mas é necessário que nos conte sua versão da história -- Adam pede solidário e eu concordo com ele -- Quando se sentir pronta é só começar

Eu estava no meu turno no hospital Seattle grace quando a noticia da rebelião estava em todos os noticiarios locais e logo alguns presos foram mandados ao hospital para atendimento, entre eles estava Mark que já deu entrada gritando quando me viu, culpando-me por ele estar na prisão -- começo a falar e me assusto quando Mark grita

Foi sua culpa -- ele berra levantando-se e eu prendo a respiração com o susto que levei, a Juíza bate o martelo chamando atenção e pede que o advogado dele o acalme antes que mandem o algemar novamente

Continue por favor -- a juíza comanda e eu solto a respiração ao perceber que ainda estava a prendendo e decido continuar

Eu fiquei assustada com a presença ele ali, e assim que tive a oportunidade sai da emergência com os exames dos outros médicos para solicitar como desculpa para me afastar dali -- continuo a contar -- Fui a cantina pedi um café e após tomar fui bipada para verificar um paciente com problemas respiratórios no segundo andar, após ajudá-lo eu precisei ir ao banheiro e quando sai do banheiro em um dos corredores seguinte ele me abordou, o hospital havia anunciado código vermelho pela fuga dele e as portas foram todas travadas, eu tentei fugir e me esconder mas ele ficou me procurando e ele dizia que havia me visto no banheiro que queria me pegar, quando ele me achou, eu conseguir escapar e corri para outra sala, me escondi e liguei para Damon pedindo socorro mas Mark me encontrou novamente e ele estava tão irritado, ele me deu tapas na cara e puxou pelos cabelos -- Não consigo controlar-me nesse momento e começo a chorar lembrando desse fatídico dia que eu venho tentando tanto esquecer, as imagens vem em flashs em minha memória ajudando-me a contar detalhadamente e piorando o meu estado de nervos.

Calma, sem pressa -- Adam fala me entregando o seu lenço de bolso para que eu limpe minhas lágrimas e eu agradeço -- O que aconteceu em seguida ?

Ele puxou uma tesoura do bolso e colocou na minha barriga me ameaçando deitada sobre o chão -- respondo escondendo meu rosto com ambas as mãos e um soluço escapa soando em toda a sala devido o microfone -- Tenho mesmo que fazer isso?

sinto muito elena, continue por favor - Adam pediu -- O que aconteceu em seguida?

Ele disse para me comportar e que se eu fizesse não doeria nada -- conto apertando o lenço em minhas mãos tentando controlar a tremedeira que estava sentindo -- Depois ele me puxou pelos pés e eu cai deitada e bati minha cabeça, Mark usou a tesoura para cortar a blusa do meu uniforme e eu implorei para ele não fazer mas ele estava se divertindo e rindo de mim, falando que a tesoura iria apenas apimentar as coisas, eu tentei impedir ele, usando minhas mãos mas ele me batia constantemente quando eu tentava, os tapas eram dolorosos e ardiam demais -- mais uma vez soluço e fecho meus olhos sem coragem de encarar ninguém naquela sala, passo a mão por meu peito angustiada -- Ele me estrangulou quando tentei o convencer a não fazer isso e por dias quando eu fechava os olhos conseguia sentir o ar sumir dos meus pulmões ... foi horrível

Como escapou dele elena?-- Adam questiona

Ele ficou passando a tesoura em mim para me amedrontar, e disse que quando estivesse brincando comigo queria que eu falasse algumas sacanagens -- respondo continuando e Adam espera parado enquanto me olha atentamente assim como o restante da sala -- Ele tentou parar meus gritos com a mão e eu mordi fortemente, e quando ele se desesperou ao ver que sangrava saiu de cima de mim para tentar limpar e eu tentei fugir da sala mas quando cheguei na porta ele gritou comigo, dizer que queria .. queria -- engasgo-me com as palavras

O que ele queria ?-- a juíza questiona interessada

ele disse que queria me foder -- respondo olhando para ela rapidamente e abaixo minha cabeça, escuto a risada de Mark

Mentirosa -- ele grita e a juíza o interrompe pedindo que se cale

Prossiga -- a juíza comanda e eu balanço minha cabeça levemente

Ele tentou impedir que eu saísse me puxando pelos cabelos, foi tão doloroso -- comento fechando meus olhos e engulo em seco lembrando a sensação dolorosa que foi aquele terrível dia -- Eu mordi o antebraço dele para que me soltasse e consegui sair mas ele me segurou e pôs a mão na porta, então eu fechei a porta contra seus dedos e corri enquanto ele gritava e me xingava, eu não sabia para onde ir e estava muito tonta, com dor e falta de ar, então eu imaginei que voltando ao local inicial ganharia mais tempo, foi quando vi Damon atraves da porta travada e ele estava atrás de mim -- olho para Damon sentado na mesinha a direita me olhando profundamente, parecia abalado, ele sorri sem mostrar os dentes pra mim -- Ele havia prometido que iria ao meu encontro e foi, eu nunca me senti tão aliviada e protegida como naquele momento, quando estava caminhando na direção dele ouvir Damon gritar e virei para saber se Mark estava se aproximando mas ele já estava atrás de mim, e tudo que eu me lembro depois disso foi da sensação da tesoura furando minha pele, a dor lacerante e o som oco que surgiu minutos depois, o resto disso é só um borrão e escuridão

Nada mais a acrescentar elena?-- Adam questiona

Depois desse dia, passei semanas fazendo tratamento psicológico para tentar me readaptar e noites sem conseguir dormir porque ao fechar os olhos sentia as mãos dele me sufocando, sentia a tesoura me perfurando, sentia todo o pânico me consumindo enquanto escutava o riso dele em meu ouvido -- falo e solto um longo suspiro -- Ele quase me destruiu

Como podemos ver, os exames da Doutora Gilbert -- Adam entrega os papeis a Juíza e entrega cópias ao juri -- Ela apresentava hematomas, sinais de asfixia e o couro cabeludo avermelhado provando que sim Mark lhe puxou os cabelos como a mesma descreveu, havia sinais de marcas em várias partes do corpo -- ele lhes apresenta fotos que foram tiradas por procedimento e eu recebo do policial um copo com água para me acalmar e agradeço bebendo de muito bom grado -- Este homem sem limite algum tentou tirar a vida do meu cliente e ao falhar viu na esposa dele uma oportunidade e tentou estupra-la no hospital em que estava atrás de atendimento e onde ela trabalhava, este home sim é culpado.. Temos provas suficientes para confirmar, os exames das vitimas, testemunhas, médicos de atendimento, fotos, relatórios médicos e o uniforme que Elena usava no dia em que foi atacada

Como podem ver o uniforme que este policial esta a segurar, há marcas de sangue do agressor quando a minha cliente o mordeu em sua defesa -- Adam começa a explicação -- Há sinais obvios e claros que o tecido do uniforme foi rasgado com a tesoura, objeto este que esta presente aqui -- Ele ergue o saco lacrado com a tesoura -- O sangue dela foi retido do metal da tesoura, esta tudo nos laudos periciais como podem ver -- e mais uma vez ele expôs as cópias a juíza e ao juri

Posso fazer algumas perguntas ?-- a defesa questiona e a juíza lhe permite, o advogado levanta de forma gloriosa e caminha na minha direção, Adam apoia-se na mesinha onde Damon estava sentado log atrás e cruza os braços -- Doutora Gilbert eu ouvir tudo que a senhora nos contou, então questiono aqui.. mas quanto ao meu cliente?

O que tem ele ?-- pergunto

Toda a agressão que sofreu pela senhora? as mordias, os chutes, a mão quebrada e finalizou com um tiro desnecessário de um dos policiais -- ele argumenta -- Esta mulher não é nenhuma vitima, soube defender-se muito bem do ''ataque'' que afirma ter sofrido do meu cliente, quando na verdade este foi o que mais saiu machucado, e ela disse em alto e bom som aqui que a tesourada aconteceiu quando virou-se, sendo assim foi um acidente

Ele iria me furar pelas costas -- falo obvia

Não pode afirmar isso Doutora, ele não o fez.. aconteceu quando você virou sendo assim foi acidental -- ele comenta olhando para o juri e o publico e eu escuto o burburinho começar pelo salão e a juíza pede silêncio ou manteria o julgamento a portas fechadas e todos teriam que sair dali. Olho para o homem indignada com o que ele acabou de dizer e sinto meu estômago embrulhar com tal barbaridade, seguro a ânsia de vômito e os burburinhos se calam quando a juíza Marlee Parker bate o martelo sem paciência -- Eu acabei com esta testemunha

Levanto-me com calma da cadeira e desço os dois degraus sentindo-me tremer com o que se passou, Adam agradece ao meu lado e eu tento sorrir mas acho que foi impossível, olho para o advogado de Mark e este estava sentando-se na cadeira ao lado dele, Mark estava a me olhar e ele sorriu quando viu que eu olhei na direção de sua mesa, sinto meu sangue parar de circular quando ele faz sinal de gravidez e em seguida levanta o polegar e pisca pra mim sorrindo cinicamente em seguida.

Elena?-- Adam chama meu nome mas eu não consigo responder -- Elena, esta sentindo-se bem?

Olho para ele tentando voltar ao meu corpo mas não consegui responder nada, mais uma vez olho para Mark e ele tinha o sorriso no rosto e usou o polegar para coçar a sobrancelha,sinto a vertigem me dominar e percebo de relance Damon levantar de sua cadeira e vim ao meu socorro antes que meu corpo dominasse o chão mas era tarde demais, tudo apagou-se....

Elena? .. elena ?-- escuto a voz de Caroline ao longe e sua imagem fica totalmente desfocada quando abro os olhos, fecho novamente os apertando e quando os abro sua imagem esta melhor e ela sorri pra mim aliviada,levanto do sofá marrom que estava deitada e sento no mesmo um pouco confusa e perdida -- Como se sente?

Um pouco confusa, tonta -- respondo e ela senta ao meu lado

Desmaiou no tribunal, eu te trouxeram para uma sala privada -- ela explica e alisa minhas costas -- Quer água?

Sim, por favor -- confirmo e ela levanta indo até a porta e a abre pedindo um pouco de água para o policial que estava nos escoltando, ele sai a procura e retorna minutos depois batendo na porta e lhe entrega uma garrafinha de água e um copo de vidro, Caroline agradece e fecha a porta, me serve um pouco de água e eu aceito ainda tremendo um pouco, minha amiga senta ao meu lado e espera que eu termine de beber a água e quando eu faço mais uma vez pergunta como estou --- Melhor, o julgamento...

Esta prosseguindo, Bailey estava dando o depoimento dela -- caroline explica e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, olho para a loira ao meu lado que sorri condescendente e me abraça fazendo meus olhos banharem-se em lágrimas que eu tentava controlar. suspiro pesadamente e limpo as lágrimas que desciam enquanto ela me consolava e eu tentava controlar-me mas o pavor estava tomando conta de mim de uma forma tão intensa que tudo que me ocorreu foi soluçar novamente.

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Ele viu, ele sabe da minha gravidez Caroline e se ele sair dessa livre irá atrás do meu filho -- falo aterrorizada

Não, não pense nisso --- ela pede angustiada e alisa minhas costas enquanto eu choro em seus braços com tanto medo -- Pense positivo, vamos pensar positivo ainda há o depoimento de Richard, Klaus.. dará tudo certo no final, você verás -- ela tenta me conformar e eu sinto as lágrimas pingarem após escorrer por meu rosto, após alguns minutos consigo me controlar e ela me oferece mais água,bebo um pouco mais e vou ao banheiro da sala privada, lavo o rosto arrumo meu cabelo, uso o banheiro e em seguida lavo meu rosto mais duas vezes, seco minha mão e o rosto com as toalhas de papel e saio do banheiro, Caroline estava falando com Enzo alguma coisa e ambos olharam pra mim.

Como esta Elena?-- ele pergunta

Bem, vou voltar para o julgamento -- respondo pegando minha bolsa do sofá

Richard esta finalizando o depoimento dele, sobre o que aconteceu após o seu ataque -- Enzo explica -- Damon pediu que eu viesse ver seu estado, ele teve que voltar para o salão e acompanhar o andamento do julgamento

Tudo que eu faço é balançar minha cabeça enquanto os sigo pelos corredores, atravessamos cerca de três corredores para chegarmos ao salão do julgamento novamente e Enzo abre a porta devagar, o policial nos cumprimenta com um aceno de cabeça e nós entramos, sento-me na minha cadeira após pela segunda vez atravessar a maldita portinha e Damon pega minha mão toca meu rosto e pergunta em um sussurro se estou bem e eu confirmo com um acenar de cabeça e tento sorrir. Olho para a Frente e Richard estava finalizando seu depoimento, enquanto Adam estava fazendo-lhe novas perguntas e explicando ao juri no que consistia as respostas do mesmo, Adam sorri pra mim ao ver me em meu lugar e eu faço o mesmo, ou pelo menos tento, mantenho minhas pernas cruzadas embaixo da mesa e uma das mãos sobre minha barriga em uma carícia constante enquanto tantas coisas passam por minha cabeça, o medo de Mark sair livre e ir atrás de mim novamente, tentar fazer algo contra meu bebê ou contra Damon e esse pensamento me aterrorizava totalmente.

Entraremos em recesso por uma hora para o almoço, em seguida retornamos aos testemunhos e finalizamos o julgamento se possível -- a juíza determina e sai da sala

Almoçamos no mesmo restaurante do dia anterior, Klaus ainda precisava depor e Richard ainda tinha algumas perguntas a responder, depois seria Lorenzo e finalmente acabaria os testemunhos segundo a programação, Bailey retornou ao hospital para almoçar com Ben e ficar no comando de lá já que havia dado seu depoimento e o hospital precisava de alguém para fazê-lo funcionar corretamente. Peço uma salada acompanhada de batatas, e aspargos e salmão grelhado, um suco de morango com hortelã enquanto os outros estavam com pratos diversificados, com massas, saladas, e ate batata fritas, olho a mesa rodeada de rostos conhecidos, Klaus e Caroline, Adam que estava sendo tão gentil e profissional defendendo nosso caso com unhas e dentes, Enzo, Richard e Adele, todos ao nosso lado nesse momento assustador que tem sido os ultimos dois dias mas finalmente acabaria, se tudo desse certo acabaria ainda hoje.

Lexi esta atolada com algumas fraturas e pós operatórios mas tentará vim antes do ultimo testemunho -- Enzo responde vendo a mensagem da namorada

Como esta o hospital?-- Richard questiona

Acho que inteiro, pelo menos não explodiram ele ainda -- enzo responde rindo -- Ela disse que esta tudo sob controle e que não há tantos casos graves assim, que Jô esta dando conta com ela e os residentes e internos

Quando terminamos o almoço, chegamos no tribunal em cima da hora para o retorno da sessão e Richard retornou ao banco das testemunhas para continuar a ser interrogado pelos advogados, mantenho-me quieta e observando cada movimento de Adam e do outro advogado, observo Richard responder tudo com calma e sem atropelar as palavras enquanto mantém as mãos sobre a mesa, ambas juntas sem movê-las demonstrando estar sereno e pacifico, sem medo ou quaisquer outro tipo de sentimento que pudesse atrapalhar seu testemunho, acaricio a mão de Damon sobre a mesa quando coloco minha mão sobre a sua e bebo um pouco da água rezando para que acabasse de uma vez esse tormento. Em segunda quando Richard finaliza as respostas, houve protestos dos dois advogados que estavam a dar suas opiniões e fazer suas defesas causando conflitos um ao outro, e a Juíza indeferiu algumas da subjeções destes, minhas mãos estavam geladas conforme eu ficava nervosa em alguns momentos e quando olhava para Damon questionava-me como ele conseguia passar tanta segurança, não suar frio ou sentir o ar lhe faltar quando uma decisão tão importante procederia esse julgamento, podendo ou não ser boa para nossas vidas, Enzo é chamado para testemunhar e conta como foi que aconteceu quando ele estava com Damon.

Elena ligou para ele, pedindo socorro pois Mark havia a encontrado -- enzo continua a história -- Nós estávamos presos todos na emergência lotada de prisioneiros alterados, Damon ficou tão desesperado por saber que Mark havia ido mesmo atrás de Elena mas não tinhamos nenhum dos cartões que liberava as portas para irmos a procura dela e salvarmos das garras dele -- Ele suspira e dá uma pausa -- Como Damon não ficaria quieto até conseguir um dos cartões e ir atrás da esposa, eu o ajudei a enganar um dos policiais ...

Imprudente -- o advogado de Mark fala o interrompendo

Fizemos um juramento, mantermos sempre a vida do próximo .. elena estava com a vida em risco então faríamos o possível para salvá-la -- Enzo fala óbvio -- Eu nunca deixaria o meu melhor amigo na mão, ele me ajudou em muitos momentos e quando ele pediu que o ajudasse a salvar a sua esposa, o amor da vida dele..eu pensei duas vezes e o ajudei -- explicou e sinto Damon apertar minha mão enquanto Enzo nos olha amigavelmente -- Eu distraí os policiais, Damon arrancou o cartão de suas mãos e quando um deles tentou impedir meu amigo de sair a procura dela, eu pulei nas costas dele sem medir as consequências

Por que?-- Adam questionou

Elena é minha amiga, eu estava preocupado com ela e sabia do que Mark era capaz após tentar matar Damon -- ele responde em seguida -- E como eu disse, ele é meu melhor amigo .. ajudamos um ao outro sempre

O que aconteceu em seguida?-- Adam questiona

Eu fiquei sem noticias dele por um tempo, o policial até ameaçou me prender mas nós contornamos a situação .. enfim quando passou longos minutos, Damon me ligou desesperado pedindo que liberassem o elevador e as portas pois haviam pegado Mark, ele estava tão alterado que eu sabia ter acontecido alguma coisa com elena mas não imaginava o que surgiu quando as portas do elevador se abriram, ela estava quase morta nos braços de Damon, havia levado uma tesourada no estômago e havia perdido muito sangue, Richard e Bailey fizeram seu melhor tratando dela e ainda assim foi necessário induzir um coma para que o corpo dela ganhassem tempo de recuperar-se, foi desesperador ver ela perder os sinais vitais na mesa de cirurgia e voltar duas vezes, elena é uma mulher forte e determinada, uma amiga muito boa .. ela faz meu amigo feliz, e ela é especial para todos nós, Mark quase nos arrancou sua vida e quase apagou a essência da verdadeira elena mas como eu disse, ela é forte ..

Escutar enzo falar aquilo me deixou emocionada, sorriu para ele limpando as lágrimas e ele sorri pra mim do banco de testemunhas e volta a olhar para Adam que parecia satisfeito com o depoimento do nosso amigo. Vejo os dois advogados afirmarem que já haviam feito todas as perguntas necessárias e Lorenzo é dispensado retornando ao seu lado, quando Klaus é chamado eu já me sentia exausta, havia se passado cerca de três horas desde o retorno do almoço, meus pés doíam dentro do salto, e eu queria tanto um banho e descanso mas temia nunca mais descansar caso Mark saísse livre dessa. Escuto o advogado de defesa questionar sobre o estado de Mark para Klaus, tentando tornar-me a agressora no caso e o seu cliente a vitima maltratada e coloquei a mão sobre a boca de Damon quando este quase riu altamente sem conseguir segurar a ironia que já era parte dele diariamente, seu riso sai esganado por minhas mãos e a Juíza nos olha por breves segundos e então Damon se recompõe por completo e continua a escutar o que o advogado de Mark tem a dizer, Klaus é sincero ao detalhar o quadro de Mark ao entrar na emergência após o tiro que recebeu do policial e isso me faz pensar que ele sairá livre dessa, quando ele finaliza Adam compara o meu quadro ao quadro do agressor, o verdadeiro agressor e Klaus responde também sincero como havia jurado fazer e eu fico me sentindo perdida, ansiosa para escutar qualquer sentença. O policial que atirou em Mark é chamado como ultima testemunha e eu temo que por esse ato, ele saia livre para viver sua vida e destruir as nossas enquanto escuto atentamente o que o mesmo diz sentado na cadeira das testemunhas e todos nós escutamos, ammbos os advogados fazem suas perguntas e finalizam finalmente, cada um deles recebem alguns minutos para finalizar a sua defesa e a juíza finalmente fala.

Daremos um tempo na sessão, uma hora para o juri decidir e retornaremos com o resultado -- ela anuncia antes de sair da sala com dois policiais a escoltando como sempre, vejo um policial se aproximar de Mark e o algemar enquanto ele sai com o seu advogado e viro-me para Damon que esta sentado ao meu lado, ele me olha também toca meu rosto.

E agora? -- pergunto enquanto o sigo para fora do salão,precisávamos de um tempo só nosso -- O que faremos Damon? o que faremos se ele sair livre dessa?

Calma, precisamos nos acalmar -- ele fala encostando na parede e me puxa para um abraço -- Não perca a cabeça ainda

Eu to apavorada, ele falou da minha gravidez.. eu to com tanto medo damon, se ele for inocentado nós fugiremos -- falo o olhando nos olhos -- Fugiremos, não é?

Quer fugir?-- ele questionou

Sim, se ele sair livre eu farei isso.. não quero correr riscos nenhuma comesse homem no mesmo solo que eu -- respondo sentindo o medo me domar e ele me abraça mais uma vez, fazendo um 'shiii'' baixinho pois sabia que eu estava prestes a desabar mais uma vez. Aspiro fortemente seu perfume e agarro-me ainda mais a ele, com medo de cair pois ele era minha fortaleza, meu refúgio e minha calma no meio da tempestade, fecho os olhos controlando as lágrimas e ficamos em silencio.

Fugiremos, prometo que saíremos de Seattle se ele for inocentado -- ele por fim responde me acalmando e eu apenas balanço minha cabeça -- Podemos ir a italia, viver entre Pienza e Florença.. fins de semana com vinhos, muita massa, calma

Parece maravilhoso -- confirmo e ele beija minha testa, fico feliz em saber que ele aceitaria fugir comigo caso nada saisse como esperado, que tinhamos um plano de contenção para refazer nossa vida de alguma forma longe desse homem que tanto nos fez mal, acalmo-me gradativamente em seus braços e por um momento esqueço a ansiedade por estar a um passo de finalizar um capítulo da minha vida, seja ele para bom ou para ruim. Faltando meia hora para retornar o julgamento, Lexi surge com Stefan, Jeremy e Bailey e Ben todos ansiosos achando que haviam perdido o resultado mas nos encontraram no corredor, em uma bolha de calma que não condizia com o momento atual mas de alguma forma havíamos conseguido. Eles entram e nós dois ficamos mais um tempo ali fora, vou ao banheiro e verifico meu estado, lavo meu rosto enquanto Damon me aguarda do lado de fora do mesmo, quando saio ele pega minha mão e me puxa pelo caminho da sala, entramos e sentamos em nossos locais ao lado de Adam, faltava cerca de dez minutos para retornar o julgamento, olho para trás mais uma vez e vejo Rebekah entrar no salão e sentar ao lado de Stefan, ela sorri pra mim e eu devolvo o sorriso antes de virar-me para frente novamente, Adam nos dá alguns conselhos baixinho sobre como prosseguir caso o resultado não seja o nosso esperado, que poderíamos recorrer e nos instruiu a como reagir, sem surtos e eu apenas balancei a cabeça temendo que realmente isso acontecesse.

Silêncio todos -- a juíza falou ao sentar-se em sua cadeira -- O juri chegou a um veredicto

observo um dos jurados caminhar até a juíza e lhe entregar o papel, retornando com seu rosto imparcial para sua cadeira e sentando-se, a juíza abre o envelope e o papel dentro deste que esta dobrado em dois e olha rapidamente antes de levantar o rosto e aproximar-se do microfone e seu rosto não demonstrava nenhuma reação e eu não consigo controlar minha respiração, e muito menos as minhas mãos que tremiam e suavam gelado enquanto olhava para a mulher forte, determinada, e durona a minha frente -- O jurados decidiram, e declararam o Réu culpado ...

Solto a respiração ao escutar aquilo e percebo que Damon também faz o mesmo, escuto o comemorar dos nossos amigos e alguns desconhecidos que estavam ali desde ontem observando o julgamento e sorriu para Damon, a juíza pede silêncio seriamente e após alguns segundos a animação some e ela espera cerca de mais três segundos antes de voltar a falar.

Sendo assim, eu declaro a sentença de 20 anos de reclusão pelo homicidio de Carmen Moreeles, somando mais 10 anos pelas duplas tentativas de homiciio de Damon e Elena Salvatore, e 5 anos pela tentativa de estupro da mesma aqui presente e por agressão contra esta e conta Alice, a ex namorada, somando um total de 35 anos de pena em regime fechado na penitenciaria do estado -- ela finaliza e bate o martelinho encerrando o caso -- Tenham todos uma boa noite

Quando a juíza sai da sala, eu levanto e recebo o abraço de Damon enquanto Mark é levado algemado e aos berros para fora da sala por três policiais, Adam vai cumprimentar brevemente o juri agradecendo a eles pelos serviços prestado e eu continuo abraçada ao meu marido enquanto sorrio sem parar e meu coração bate tão forte no peito.

Conseguimos, nós conseguimos -- Ele fala durante o abraço e Adam surge para nos cumprimentar finalmente, lhe agradeço mais de uma vez emocionada pelo fim que se teve a poucos minutos e com a consciência leve em saber que ele estará detido de uma vez com um bom tempo em uma sela minima, saio desta parte do salão e vou até meus amigos receber os cumprimentos, Caroline não se aguenta dentro dela de tão animada com o fim desse pesadelo e eu sinto a mesma coisa, sinto que posso respirar novamente como não faço a dias, abraço cada um dos meus amigos presentes e agradeço verdadeiramente a ajuda deles, com os testemunhos e principalmente o apoio que nos deram nesses dois dias.

Vamos jantar e comemorar -- Enzo fala animado enquanto abraça Damon -- Precisamos comemorar mais essa vitória

Sim, vamos sim -- Damon concorda e seguimos todos para um restaurante mexicano, fizemos votação e comida Mexicana acabou vencendo justamente por que Enzo, Klaus, Stefan, Lexi, Rebekah e Damon queriam tequila, até Benjamin votou por isso, fazendo eu, Miranda, Caroline, Adele e Richard perdermos a votação. Então seguimos todos ao restaurante Mexicano no centro da cidade, escolhemos uma grande mesa, Enzo pegou um dos bigodes falsos e colocou no rosto assim como Stefan e Ben, escolhemos alguma bebidas e eu fiquei no suco mais uma vez, porém Adele me acompanhou e Richard tambem,, assim como Bailey, pelo menos dessa vez não seria a única e passaria vontade. Como entrada pedimos tacos, e Ben logo estava apostando com Enzo sobre quem aguentava comer tacos com o molho de pimenta do local sem beber nada para refrescar-se porém os dois perderam, olho a mesa e a felicidade que se espalhava entre nós e isso é impossível não sorrir, estávamos todos satisfeitos com o resultado, devoramos tortas compostas que são sanduíches feitos em pão de baguetes e com recheios variados dentro, comemos também enchilladas que são tortillas fritas enroladas com recheio de diversos sabores, pedimos também guacamole com totopos, que são um purê de abacate com lascas de tortillas, e no final de tudo eu estava me sentindo pesada.

Eu não quero ver comida mexicana por um bom tempo -- Lexi comentou enquanto entrávamos em casa

Nem me fale, jogarei o molho de pimenta aqui de casa fora -- Stefan completou fazendo Rebekah rir do namorado

Comeram mais que a Elena, e olha que ela come por dois -- Rebekah comentou zombando do namorado -- Vem, precisa de um banho

Eu preciso vomitar -- ele rebateu enquanto a seguia -- Mas eu aceitaria uma tequilinha

Nada disso, vem vamos pro banho --- ela o ajudou a subir as escadas e eu caminho logo atrás do casal, rindo de Stefan que soprava seu bafo na cara da namorada deixando Rebekah tonta pela pimenta e por toda a tequila que ele bebeu, jogo meus sapatos no chão do quarto e começo a me livrar da minha roupa , estava louca para tomar um banho e deitar na cama afinal os ultimos dois dias foram exaustivos fisicamente e psicologicamente também, amarro meu cabelo e retiro a lingerie preta, abro o chuveiro e entro no box molhando todo o meu corpo e tomando cuidado para não molhar meu cabelo, pela primeira vez em dias teria um sono tranquilo finalmente.

Lexi reclamou que estava cheia, mas pediu chocolate belga --- damon comenta me assustando e isso o faz rir quando ele percebe, dou risada em seguida tanto pelo susto quanto pela fome de lexi que a pouco dizia ter comido tanto que não queria ver comida mexicana mais, Damon retira sua gravata rapidamente sem paciência para isso, ele odeia ter que usá-las e foram dois dias seguidos com isso no pescoço, em seguida ele abre os botões da sua camisa após livrar-se do blazer, ele puxa o tecido branco para fora da calça e retira o cinto, e abre a calça, quando vejo ele já esta de box preta a retirando enquanto caminha para dentro do box dou espaço a ele embaixo do chuveiro --- O que?

Nada, eu tava apreciando a vista -- respondo óbvia e isso o faz rir -- Não posso?

Pode -- ele respondeu e me puxa pela cintura -- Na verdade, deve pois se não arrumo outra mulher

Bobo -- reviro os olhos e ele sorri mordendo minha boca levemente -- Eu quero um beijo

é pra já -- ele responde colocando a mão em meu pescoço e puxando-me para a direção de seu rosto beijando-me ferozmente enquanto segura-me contra seu rosto e isso me faz ficar com as pernas bambas, agarro-me a suas costas buscando manter-me firme a ele e um contato maior com seu corpo conforme o desejo vai aumento no meu e a sua boca toma a posse da minha de uma forma tão agressiva, excitada, urgente que tenho a sensação de que não sinto os meus lábios mais, que tudo não passa de formigamento. Sinto sua língua tocar a minha e enroscar-se a ela antes de ambas desunirem-se em nossas bocas e moverem-se no mesmo ritmo,um ritmo nosso como numa dança uma coreografia ensaiada com perfeição e realizada com maestria. Suspiro durante o beijo sentindo o ar ficar cada vez mais escasso dentro do box onde o vapor subia pela água quente e Damon livra minha boca me dando oportunidade de respirar e respirando da mesma forma, ele beija minha mandíbula e desce por meu pescoço fazendo com que eu incline o mesmo para o lado lhe dando total acesso para beijá-lo, lambê-lo e chupá-lo como ele gosta de fazer, arranho seus braços já entregue a ele e quando percebo estávamos embaixo da grande cascata de água e meus cabelos já estavam encharcados, não havia mais volta.

Mais uma vez sua boca esta sobre a minha, impondo o ritmo do beijo e eu fico presa entre ele e a parede enquanto a cascata nos molha por inteiro, agarro-me ao seu pescoço e correspondo a altura, mantendo-me o mais colada a ele possível e sentindo Damon tão excitado quanto eu, ele passa a mão por meus seios, minha cintura, minhas coxas e empurra minha perna mais para o lado, abrindo-as mais e passa a mão em minha intimidade me fazendo fechar os olhos sensível ao seu toque, ele morde meu seio me fazendo gemer alto e acaricia-me em círculos, ritmado e constante enquanto eu arranho sua nuca e puxo os seus fios de cabelo, tentando ao máximo me manter em pé.

Sem prolongar por favor -- eu imploro e ele sorri ao parar o beijo que havia acabado de iniciar mais uma vez e concorda, seus lábios juntam-se ao meu mas não me beija, ele me dá impulso segurando minha coxa e eu estou presa entre ele, e a parede, com as pernas em volta de sua cintura enquanto ele penetra-me de uma vez fazendo-me gemer junto a ele, nossos gemidos encontram-se entre nossas bocas e se perdem na garganta um do outro, e então damon começa a mover-se levando-me ao céu com seu corpo completando o meu dessa forma, enquanto a sua boca completa a minha e sua língua que tanto me conhece, se une a minha em um novo beijo.

Seguro-me firme a Damon enquanto a água nos molha e deixa tudo ainda mais quente dentro do box, embaçando o vidro devido a temperatura da água e aumentando assim a temperatura dos nossos corpos juntos, por vários vezes chamo seu nome e recebo o meu em resposta, ele sorri pra mim quando abro meus olhos e beija meu rosto em vários locais, meu nariz, minha bochecha, meu queixo e minha boca, a mordendo em seguida.

Assim -- ele sussurra me virando de costas e seu pé afasta minhas pernas enquanto ele se posiciona atrás de mim, e mais uma vez entra em meu corpo e eu quase grito com a forma intensa que senti. Meu rosto cola-se ao frio do azulejo da parede causando leves choques mas eu não me importava tudo que eu queria era ter o corpo dele de tantas formas nesse box, tento olhar para ele mas não consigo e sinto ele puxar meus cabelos soltos e molhados causando uma leve dor no meu couro cabeludo que logo foi substituída por um formigamento gostoso, Damon leva a outra mão até a laterao do meu corpo e desliza para a frente, segurando meu seio direito o massageando enquanto move-se atrás de mim, entrando e saindo da minha intimidade num ritmo constante e rápido, sua mão envolve meu seio o apertando, fazendo movimentos circulares e brincando com meu mamilo, o prendendo entre o polegar e o indicador, fazendo o mesmo endurecer ainda mais, solto um gemido engasgado ao sentir isso fazendo a sensação no meu baixo ventre aumentar, eu estava perto, estava perto da borda.. ele percebe e puxa o mamilo entre os dedos o apertando e girando e esse é meu fim, eu explodo em torno dele soltando um gemido satisfeito e ele vem em seguida, após mover-se um pouco mais, segurando minha cintura e eu movo meu corpo contra o seu para ajuda-lo, ele aperta minha pele com os dedos quando alcança seu orgasmo e sinto minhas pernas fraquejarem e eu caio sentada no chão do box assim como ele.

Parece com sono -- damon comenta após alguns minutos ali embaixo da cascata de água quente,enquanto eu estava sentada em seu colo, de frente pra ele que estava sentado com as pernas esticadas o máximo que conseguia, e ele mexia em meu cabelo.

Estou um pouco -- admito e colo minha testa a sua -- Podemos fazer de novo amanhã ?

sexo no banho?-- ele me olha rindo

Sim, sexo selvagem e no banho -- respondo

Faremos onde quiser ,como e quando quiser -- sua resposta me faz sorrir e eu beijo sua boca -- Não me beije, ou começaremos tudo de novo

Hum -- resmungo rebolando em seu colo e isso faz ele rir e puxar meu lábio inferior o prendendo entre seus dentes e isso teve um contato direto com a região entre minhas pernas

Eu amo quando esta safada -- ele comenta deitando-me no chão do box e coloca uma das minhas pernas na lateral do seu corpo segurando minha coxa enquanto mais uma vez completava meu corpo com o seu belo corpo.

Boa noite Damon -- sussurro após finalizarmos nosso banho e colocar uma camisola apenas

Boa noite -- ele responde já de moletom, sem blusa e beija meu rosto antes de deitar-se na cama, faço a mesma coisa e sua mão toca minha barriga que já estava começando a aparecer, meu terceiro mês havia completado finalmente há algumas semanas e notar os sinais da gestação se manifestando me faz ainda mais feliz, toco sua mão sobre minha barriga e beijo sua boca antes de deitar-me e o abraçar de forma aconchegante pronta para finalmente dormir em paz.