Regina estava sentada na poltrona enquanto ouvia Kath que falava com ela na do lado.

K: Você não pode fazer isso!

R: Eu sei!

K: Ela tem direitos! Ela é a outra mãe!

R: Eu sei!

K: E é claro que ela conta!

R: Por Deus Kath! Eu sei que ela é a outra mãe, que tem direito e é claro que eu sei que ela conta!
K: Então porque você bateu a porta na cara dela?

R: Porque... Porque eu estava brava, porque eu fiquei muito brava com ela de verdade! Então eu bati a porta na cara dela... Pra ver se assim acabava com essa discussão! Ela falou coisas que me machucaram!

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K: Vocês têm que parar com isso! Porque isso afeta o bebê também!

R: Quando ela falou “desculpas” Eu pensei que a gente ia finalmente conversar direito sobre isso tudo, sabe... Mas daí... – bufou

K: Você tem que entender o lado dela também, não é mesmo? Você fez uma coisa sem total permissão dela; simplesmente jogou ela no meio do mar sem salva-vidas! Eu iria querer matar você se fizesse uma coisa dessas comigo!

R: Eu seeeei totalmente que errei! Serio eu sei muito disso! Você não tem idéia o quando eu sei disso! E quando eu falei que a Emma não contava, não foi pra valer, eu juro! Não vou deixar ela de fora, vou esperar a poeira baixar um pouco e tentar conversar com ela de novo!

K: Muito bem Regina Mills, não me decepcione!

R: Prometo que não irei!

[...]

E: Merda! Cadê? – Emma revirava o sofá procurando suas chaves.

[Flashback on]

“E: Droga! – olhou para o relógio no pulso para logo depois começar a jogar as almofadas do sofá no chão – Cadê? Cadê?

R: O que esta acontecendo aqui?

E: Amor eu preciso... – celular de Emma chama e ela atende – Graham eu já estou indo! Sim, eu já sei! Espera só mais um pouquinho! Merda – falou desligando a chamada.

R: Pode me dizer por que está tão estressada assim?

E: Porque eu não encontro as minhas chaves e eu tenho um caso importante pra agora!

R: Já procurou direitinho?

E: Já! Não encontro!

R: Tem certeza Emma?

E: É claro que eu tenho Regina! – falou incomodada porque chegaria tarde.

Regina se aproximou do corpo da loira abraçando ela por trás ou ao menos foi o que Emma pensou.

E: Amor eu não tenho tempo pra isso agora – as mãos da morena apalpavam o abdômen dela.

R: Shhhhh! – fez no ouvido da loira que arrepiou.

E: Re... – a morena abriu o zíper do bolso da Jaqueta da loira, enfiando a mãos e tirando de lá o chaveiro com as chaves que a loira estava procurando.

R: Serio que você procurou direitinho? – retirou os braços em volta da loira.

E: Ai meu Deus eu te amo! – foi até a morena dando um selinho nela.

R: Uhum...

E: O que seria da minha vida sem você!

R: Provavelmente teria que ir e voltar do trabalho a pé... “

[flashback off]

A campainha tocou, Emma ficou imóvel por alguns segundos ate a campainha tocar mais uma vez, deixou a almofada cair no chão e foi até a porta abrir para ver quem era.

E: Mãe? – arregalou os olhos – O que você está fazendo aqui?

I: Vejo que está feliz de me ver... – foi até Emma beijando sua bochecha – Não vai convidar a mamãe para entrar?

E: Claro! Sim! Entre por favor!

I: Que bagunça é essa?

E: Esquece! Mãe aconteceu alguma coisa?

I: Não Querida, eu apenas vim te ver, saber como minha filha está! – sorriu colocando a bolsa no sofá – Passei direto no seu trabalho, mas sua amiga Ruby me falou que você ainda não tinha chegado, então vim para cá.

E: Mãe você tem que avisar antes! Eu tenho uma vida corrida, não posso ficar aqui com você!

I: Quando eu ia para a sua casa, sim eu avisava, vou ficar em um hotel, não preciso te avisar! E eu sei que você não tem tempo! Mas, ao menos para um almoço ou lanche acho que te encontro, não é?

E: Affe! Ta certo como seja! – continuou procurando

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I: Então... – Emma olhou para ela – Esta tudo bem mesmo?

E: Esta! Por quê? Você quer me contar alguma coisa?

I: Não! Como estão as coisas com a Regina? Eu tenho falado com a Ruby e ela me contou...

E: Que a Regina está grávida! – completou

I: Sim

E: Ruby está abrindo muito a boca esses últimos tempo – bufou

I: Ela é sua amiga e se preocupa com você, já que você nem isso conta para a sua mãe!

E: Não quero falar da Ruby e muito menos ouvir todo esse seu drama agora, estou atrasada!

I: Ok! Mas qual é o seu plano?

E: Plano? Plano pra que mãe?

I: Ora Emma! Aquela criança é sua! Não é? – Emma assentiu – Eu conheço um dos melhores advogados, posso ligar para ele e podemos começar a descobrir qual o seguinte passo a tomar!

E: Espere, espere... O que você está dizendo exatamente?

I: O bebê pertence a nossa família! Você é a mãe, eu a avo... Conversamos com o advogado, Regina carregará a criança esses nove meses, logo após o nascimento o bebê vem morar com nós, eu te ajudo! Regina apenas será a barriga de aluguel...

Emma arregalou os olhos chocados com o que Ingrid tinha acabado de dizer, o celular da loira chamou, ela olhou para a tela vendo o nome de Graham aparecer ali.

E:Mãe, não! Porque você se intromete em tudo?

I: Você passou por um divorcio e eu não falei nada! Emma, eu só preciso falar com o advogado, depois falar o que pretendemos fazer a Regina!

E: Não! De jeito nenhum!

I: Deixe-me ajudar, Querida!

E: Você não vai ajudar mãe! Você apenas vai piorar tudo! Não posso ser mais clara com você sobre isso, não! Não quero que você fale com a Regina nem fique importunando-a! Não quero que chegue perto dela, ok? O problema é meu e dela, não seu! Entendido?

Os olhos claros encararam a loira mais nova e Ingrid apenas assentiu para a filha sem dizer nenhuma palavra.

[...]

Regina estava sentada em um café olhando para o celular, ela tinha marcado com Zelena, elas iriam se ver, conversar, Regina contaria a novidade para ela também. Distraída lendo uma matéria no celular, uma voz a tirou do seu momento.

I: Regina! Que grande surpresa encontrar você por aqui!

A morena levantou a vista do celular dando de cara com a loira que antes era a sua sogra.

R: Oi Ingrid! Como você está? – olhou logo para os lados procurando por Zelena que não chegava nunca.

I: Bem e você? Posso lhe fazer companhia?

R: Na verdade não tenho muito tempo, já estava de saída... – levantou mais uma tontura tomou conta do seu corpo todo, Ingrid pego-a pelo braço.

I: Oh Querida sente, Por favor! Esta tudo bem se sente! Isso também acontecia comigo...

Regina sentou novamente, Ingrid aproveitou a deixa para sentar do lado dela.

R: Acho que falou com a Emma.

I: Oh, não vamos falar dela agora, quero saber sobre você! Está de quantas semanas? – Regina apenas olhou para ela, mas as palavras não saíram – Está tudo bem, não precisamos falar disso se não quiser. Eu compreendo, eu vou indo então... Não quero importuná-la – fez menção de levantar da cadeira, mas antes disso Regina suspirou e suas palavras saíram.

R: 13 Semanas... Quase 13 semanas.

I: Tem tido enjôos matinais? – voltou a se ajeitar na cadeira apoiando os braços na mesa

R: Algumas manhas sim, outras não.

I: Você tem sorte! Eu não tinha escolha, não conseguia parar de vomitar quando estava grávida de Emma! – Regina sorriu – Achei que estava com alguma virose. Demorei uma semana inteira para perceber que estava grávida. Foi um choque!

R: Sim, é assustador, uma vez que você descobre que tem um serzinho crescendo dentro de você. Quando o teste deu positivo eu não consegui acreditar que tinha dado certo, não me cuidei da forma como deveria depois do procedimento, fiz besteira, até bebi...

I: Mas agora você esta se cuidando direitinho, não é?

R: Sim, muito! – olhou para as mãos e decidiu se abrir um pouco, as vezes a morena sentia falta de ter uma figura maternal por perto, já que Cora preferia viajar do que desempenhar esse papel para as filhas – Eu já estava bem emotiva, mas não chorei no dia em que Emma assinou os papeis...

I: Oh Querida... Quer dizer que você já sabia que estava grávida no dia que Emma assinou os documentos do divorcio?

R: Sim, eu já estava desc... – a voz da morena se quebrou e ela sorriu triste – Foi um dia difícil. Eu estava sentada na frente dela vendo... Eu só conseguia pensar como... Eu só precisava de tempo para pensar, processar.

I: Hum – analisou a morena – Eu teria feito a mesma coisa.

Regina olhou para ela soltando um sorriso fraco, Ingrid deixou sua mão deslizar pela mesa até chegar a da morena.