— Franja foi mesmo embora... Droga.
— Tô cansada.
— Ei, não. Segurou-a antes que caísse no chão. — Vá tomar um banho e vista alguma camisa minha, você está fedendo a álcool.
— Me dá um banho?
— Não.
— E se eu morrer afogada na banheira?
E ele foi.
Constrangido, sem olhar, apenas conferindo vagamente se ela não tinha se afogado.
A deixou na cama e pôs uns lençóis por cima da moça e foi para o sofá.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Cebolinha. Mônica se sentou na ponta do sofá com o rapaz. — Por que não dorme comigo?
— Não quero. Disse friamente, estava cansado demais para dar atenção a Mônica. — Volte para a cama, eu tenho que trabalhar amanhã e você tem faculdade.
— Posso me deitar com você? Ela me faz parecer estranha, é muito grande. Antes que ele negasse se aconchegou e ficaram numa posição de conchinha.
"Como isso foi acontecer?"
...
— Menezes! Gritou Cascão invadindo a casa do rapaz, mas não o surpreendeu. — O-o que é isso?
— O álcool. Se levantou e a encostou no travesseiro do sofá. — Que horas são?
— Cedo, acho que seis e alguma coisa, pensei que poderíamos ir a empresa juntinhos, seu pai tem uma surpresa para você, duas, mas não vou estragar totalmente.
— Eu odeio surpresa. Procurou no bolso de sua calça da noite passada sua carteira de cigarro.
— Por isso vim lhe antecipar, sua irmã Maria foi realocada para a delegacia da cidade. Sorriu mostrando os polegares. — Agora, você a verá mais.
— Que delegacia? Olhou atônito.
— Seu pai disse que era uma perto de uma cafeteria.
"Ah... O detetive vai dar trabalho."
— E... Como vai sobreviver a ela? Menezes fitou Mônica na cama.
— Ela vai me dizer coisas absurdas assim que despertar.
— Boa sorte, lindão, se ela acordar e me vê aqui também ela vai arranjar algum utensílio cortante e estourar a veia de minha garganta.
— É mesmo, quer tomar café da manhã aqui em casa?
...
São exatamente quatro letters.
...
— Eu bebi tanto assim? Olhou para o teto e depois para o advogado lendo um livro silenciosamente. — O que está fazendo aqui?
— A intrusa é você.
— Eu vou te matar. Se levantou e sentou no seu colo. — Então, onde me tocou? Seu ser humano imundo?
— Não é nenhum pouco ameaçador ficar em cima de mim. Disse sério. — É até perigoso.
— Não fale besteiras. Mônica riu, atirou o seu livro para longe e continuou em cima dele. — Qual o perigo mesmo?
Menezes a pegou pelo pulso e a derrubou na mesa levantando-se.
— Eu cuidei de você a noite toda, estou cansado, perigosamente cansado. Segurou o rosto dela com a mão. — Você deveria me respeitar mais, ainda mais quando posso fazer o que quero como recompensa, além do mais, você está sem calcinha.
— O que você fez?! Tentou fugir se suas grossas mãos.
— Eu não vejo graça brincar com você quando está indefesa, ah, nada. Sorriu. — Eu vou trabalhar e creio que você não quer ficar na minha casa, eu dobrei suas roupas e se quiser tomar banho deixei a toalha ao lado.
Tão perfeitinho que dá arrepios.
...
Mais morta de constrangimento impossível, vestiu suas roupas da noite passada e saiu correndo antes que acontecesse mais alguma saia justa.
Entrou na casa nervosa e viu o jovem detetive.
— Ah. Suspirou. — Que susto.
— Oi... Dc... Como entrou? Nossa, minha cabeça tá martelando.
— Estava destrancada. Ele colocou uma mensagem de texto no seu campo de visão. — Ontem você me mandou uma mensagem, perguntando se eu te amava.
Eu tenho que me livrar do álcool.
— Eu só vi hoje.
— Me desculpe, eu bebi ontem, estava muito triste e acabei exagerando.
— Tudo bem, todos nós temos recaídas.
— Minha recaída foi pesada.
— Onde passou a noite?
— Eu... O garoto lhe sorriu com tanta doçura que ela fez questão de mentir para não ver seu rosto murchar. — Na casa de Denise e Ana.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Mesmo? Abaixou sua cabeça e confrontou suas expressões.
— Aham.
— Enfim. Colocou o celular de volta ao bolso. — Quer me ajudar a descobrir o próximo alvo?
— P-posso? Mesmo depois daquilo.
— Esqueça aquilo, erros acontecem.
— Me sinto uma incompetente, eu arrisquei a vida dos policiais e acabei desmaiada no hospital, eu só lhe trago problemas.
— Não vai me ajudar?
— Mil desculpas, eu preciso focar mais na minha faculdade e parar com minhas fantasias, eu estou ficando louca.
— Se me der um beijo eu acreditarei que você não quer mais descobrir quem é o Heart.
— O que tem a ver? Se afastou para trás.
— Nós queremos a mesma coisa, Mônica. Caminhou em direção a moça. — Mas se escolher a segunda opção não irei me sentir tão rejeitado.
— Eu não lhe rejeitaria de modo algum, Maurício, eu q-quero muito, mas as pessoas...
— Quem liga para essas pessoas? Quem se importa, apenas aceite, eu lhe darei qualquer informação sigilosa sobre o caso e em troca você encaixa as peças, você é mais rápida que eu e preciso de você.
— Sim, quem liga. Sorriu com um traço insano. — Eu te ajudarei.
— Mas... Eu ainda quero lhe dar um beijo.
O rapaz a beijou acariciando seus cabelos da nuca, a abraçou vazio como uma pedra.
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