Mary Bennet

Capitulo 3 - Mais que uma esposa.


— Georgiana ficará muito contente com sua chegada Mary – Diz Elizabeth – Finalmente terá alguém melhor que eu para tocar em duetos com ela.

—Com certeza isso será muito agradável. Tenho de confessar, entretanto Lizzy que não tenho me dedicado tanto ao piano como costumava, mas tenho certeza que aprenderei muito com Georginana, nunca vi ninguém tocar de maneira tão solene e harmoniosa como ela.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— De fato, nunca me canso de ouvi-la tocar.

—Em breve poderemos todos compartilhar de atividade tão gratificante – diz Sr. Darcy, sorrindo para Elizabeth – Já estamos chegando.

...

— Diga-me Mary, compartilha dos mesmos hobbys de Lizzy? – Diz Georgiana.

— Leitura e caminhadas? Aprecio muito caminhar por belas paisagens, mas não se esquipara a minha satisfação com a leitura, apesar de que estando aqui em Pemberley, creio que devo fazer os dois.

—Cuidado para não bater a cabeça em uma arvore ao andar e ler ao mesmo tempo – Diz Elizabeth rindo. – Mamãe me mataria se voltar solteira e com um calo na cabeça.

— Posso até imaginar o que ela diria: “Oh Sr. Bennet, Lizzy não tem nenhum cuidado com os meus nervos, além de não me ajudar, permite que Mary fique marcada para sempre. Como arranjara um marido com um rosto marcado assim?” (Risos).

— Achei que com o casamento de Lizzy e Jane, ela não se preocuparia tanto em casar vocês duas. – Diz Georgiana.

— Eu também achei, mas não foi o que aconteceu. Ela praticamente obriga ao Sr. Bingly a trazer seus amigos solteiros sempre que ele vai a Londres, na esperança de encontrar bons pretendes para nós. Não consigo entender por que ela não pode aceitar que eu não quero me casar.

— Mas por que não quer se casar Mary? – pergunta Georgina e Elizabeth escuta atenta.

— Não acredito que a felicidade na vida dependa de compromisso com um homem. Se avaliarmos bem, são os homens que dependem das mulheres e não o contrario.

— Muito interessante o seu ponto de vista Srta. – Diz um rapaz alto de olhos azuis e cabelos negros, na entrada da sala – Gostaria de ouvir seus fundamentos para essa afirmação. – Diz chegando até as moças e cumprimentando Georgiana.

— Muito cavalheiro de sua Parte Sr. August Blastorn entrar em uma conversa sem apresentado – Diz Elizabeth aceitando o comprimento do rapaz.

— Ora não seja dura com ele Lizzy, sabe como August gosta de entradas impactantes – Diz Georgiana rindo.

— Mas isso não é desculpa para ser mal educado e intrometido, não é verdade? – Diz Coronel Fitzwilliam.

— De fato não o é! – Diz Darcy, entrando no recinto juntamente com o Coronel. – Srta. Mary Bennet este é Sr. August Blastorn. Sr. August Blastorn, está é minha cunhada Sta. Mary Bennet.

— Srta. Bennet, por favor, me esclareça. Como pode um homem depender de uma mulher? – Diz Sr. August Blastorn.

Mary não sábia o que fazer. Poderia responder todos os motivos que se encontravam em sua mente. Mas sua timidez era como um muro que aparece de repente impedindo a de dizer uma única palavra.

Todos a olhavam ansiosos por uma resposta, mas Mary permanecera ali, como uma tonta (aos seus próprios olhos) parada olhando a cada um daqueles rostos.

Elizabeth notara que sua irmã estava entrando em um grande torpor, assim tomou a frente em dizer:

— Creio que um homem dependa de uma mulher desde que nascera afinal se não houvesse uma como poderia ter vida? – e sorriu para Mary, que encarou esse ato como uma salvação da parte de sua irmã.

— Sim, mas seguindo esta linha de raciocínio, tanto a mulher, como o homem dependem de um homem e uma mulher para nascer. Assim, não pode ser essa base que a Srta. Mary se referia, seria? _ Pergunta Sr. August Blastorn a Mary.

— Talvez seja em relação à criação – Diz Georgiana. O que deixa Sr. Darcy surpreso, pois não é de seu feitio participar de discussões como estas, que para ele deve ser efeito da convivência com Lizzy.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Sim e não – Diz Mary recatadamente. – Um homem pode ser criado por outro sem a exigência de uma mulher para educação. Mas de toda maneira, ele depende de uma mulher para cuidar dele e de sua casa, pode não ser uma esposa ou mãe, mas todos dependem de uma serva.

— Mas da mesma maneira isso também se aplica a uma mulher – Diz Sr. August Blastorn.

— Perdoe-me, mas não vejo da mesma maneira. Uma mulher de condição humilde cuida de si mesma, e não precisa de um homem.

— Nisso, tenho de concordar com Mary, aqui no condado á mulheres humildes que mantém sua casa sem a necessidade de um homem para viver – Diz Sr. Darcy. E ao ouvir isso Lizzy sorri afetivamente ao marido devido a tal comentário e a concordância com Mary.

— Interessante seu argumento. – Diz o coronel Fitzwilliam.

— Mas isso não se aplicaria a uma mulher sozinha com uma boa condição financeira, pois ela precisaria de um homem para cuidar de suas finanças. – Diz Sr. August Blastorn com um sorriso ao notar uma brecha no argumento.

— Talvez, mas uma mulher inteligente pode muito bem cuidar de suas finanças sem a necessidade de um contador. – Diz Mary o que deixa o Sr. August Blastorn sem resposta e com espanto diante de tal comentário.

—Sra. Darcy – Chama Sra. Reynolds. Elizabeth pede licença para atender ao pedido da Governanta.

— Quanto tempo pretende ficar Fitzwiiliam? – pergunta Darcy.

— Sr. August Blastorn e eu temos 03 meses de férias da milícia, mas visto que tenho negócios em Londres para resolver, diria que 01 mês.

— Parabéns Sr. August Blastorn, Fitzwilliam nos contou de sua promoção na milícia, agora se tornou Major. – Diz Georgiana.

— Obrigada! È uma honra poder servir. – Diz Sr. August Blastorn com um sorriso orgulhoso.

Elizabeth retorna informando a todos a hora em que o jantar será servido, assim Mary pede licença e se retira poder caminhar ao ar livre antes que tenha que se preparar para o Jantar. Elizabeth a acompanha, assim como Georgiana.

Assim que chegaram ao inicio do Jardim Oeste de Pemberley, Elizabeth pergunta a Mary: - Diga-me, por que não pretende se casar?

Olhando para o horizonte Mary responde: - Realmente, para mim, não vejo necessidade em me casar para ser feliz. Sei que para muitas mulheres isso seria o mesmo que morte, mas não vejo o casamento como algo essencial quando não se tem verdadeiro amor por alguém. Para mim o casamento é um compromisso que só deve ser feito por duas pessoas que se amem verdadeiramente e que não consigam viver mais separadas.

— Então não encara o casamento como uma maneira de ter segurança? – Indaga Georgiana.

— Para algumas mulheres sei que essa é a maneira mais logica de garantir o próprio futuro, mas no meu caso, acredito em minhas capacidades para poder ter o próprio sustento.

—Então só temos que encontrar alguém que lhe ame e que você possa retribuir tal amor! – Diz Georgina sorrindo.

— Essa é a questão, não quero procurar, se ele aparecer será maravilhoso, mas não quero passar minha vida a procura, há tantas coisas a se fazer, tantos lugares aonde ir. Não quero perder tudo por estar preocupada em arranjar um marido, quero ser algo mais que uma esposa.

—Para mim, pode ser uma bela de uma escritora ou pianista assim como Georgina se te dedicares a isso, e eu sei que o fará, assim que decidir o quer. Prometi a mim mesma que nunca me casaria se não fosse por amor assim, creio que entendo claramente o que quer dizer. – Diz Elizabeth.

Assim as moças seguiram sua caminhada conversando sobre os mais variados assuntos.

Ao retornar para seu quarto, Mary meditara em tudo que lhe ocorrera, estava mais convicta em suas decisões do que nesta manhã. Sentia que voltaria diferente para casa após essa estadia em Pemberley.